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Síndrome de Marfan
Síndrome de Marfan

 

Síndrome de Marfan

 

Interpretação

  • Uma paciente de 45 anos foi internada na unidade de terapia intensiva com história de dor torácica importante com irradiação para as costas. O estudo ecodopplercardiograma transesofágico mostrou dissecção ascendente da aorta e a paciente foi submetida à reposição da valva aórtica e colocação de protese em sua raiz (figuras), em caráter de emergência. Paciente relatou que há 6 anos estava em tratamento da síndrome de Marfan com ß-bloqueador.

Como entender o caso?

A síndrome de Marfan é resultante de uma desordem dominante autossômica no gene que codifica a fibrilina, um componente dos microtúbulos. As manifestações clínicas incluem o deslocamento do cristalino e anormalidades musculoesqueléticas, mas a principal causa de morbidade e mortalidade é a dilatação aneurismática da raiz da aorta e sua dissecção.

Os avanços recentes da genética molecular identificaram os defeitos genéticos responsáveis pelas três maiores doenças cardiovasculares de características familiares: cardiomiopatia hipertrófica, síndrome do QT longo de Romano-Ward e síndrome de Marfan, Cada uma é herdada como um traço mendeliano autossômico dominante, com penetração e expressividade variáveis. Embora relativamente rara na população geral, cada defeito pode causar morte cardíaca súbita entre seus portadores.

Os fatores de risco de dissecção aórtica incluem história familiar de eventos cardiovasculares e o padrão, grau e índice de dilatação da aorta.

Os pacientes portadores da síndrome de Marfan devem ter avaliação cardiológica anualmente com a ecodopplercardiografia. Dadas as suas características hereditárias, os parentes de primeiro grau devem ser pesquisados através da ecocardiografia.

O tratamento com ß-bloqueador para reduzir a carga pressórica na aorta é o mais apropriado. A intervenção cirúrgica no tratamento dos pacientes assintomáticos está indicada nos casos de diatação excessiva da raiz da aorta (>50 a 55 mm) ou quando há um índice acelerado de dilatação*.

* O cálculo do índice da dimensão da raiz é realizado em relação à dimensão esperada para a idade do paciente e o seu tamanho corporal e fornece um índice normalizado que pode ser utilizado para comparar os pacientes e para observá-lo através do período normal de crescimento, na infância e na adolescência.

Referências:

Buskens E, Grobbee DE, Frohn-Mulder IM, Wladimiroff JW, Hess J – Aspects of the aetiology of congenital heart diseases. Eur Heart J. 1995;16:584-587.

Legget ME, Unger TA, O’Sullivan CK, Zwink TR, et al- Aortic root complcations in Marfan’s syndrome: identification of a lower risk group. Heart. 1996;75:389-395.

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A síndrome de Marfan ou Aracnodactilia, é um disturbio genético e hereditário, que se caracteriza pelos membros do corpo (pernas e braços) muito longos. Também há o comprometimento de outras estruturas do organismo como o esqueleto, os olhos, o aparelho cardiovascular e os pulmões, atingindo também osistema nervoso central. Foi o pediatra frencês Antoine Marfan quem primeiro descreveu a síndrome no ano de 1896, daí seu nome.
 
Síndrome de Marfan
Síndrome de Marfan

Causas e Incidência

A síndrome de Marfan é uma síndrome genética e é hereditária, assim se um dos pais possuir a síndrome a possibilidade dos filhos apresentarem o mesmo problema é de 50%, no entanto também pode aparecer em pacientes sem diagnósticos familiares, como uma mutação espontânea, iniciando assim uma nova cadeia. A taxa de incidência da doença é de 1/10.000, ou seja, atinge uma pessoa num universo de 10 mil pessoas.
 
Genética
Genética

Sintomas e Diagnostico

A Síndrome de Marfan tem vários sintomas e problemas esqueléticos e de saúde que caracterizam o diagnóstico, no entanto suas principais características são uma estrutura corporal alta, com os braços compridos e os dedos como de aranhas, daí o nome aracnodactilia, além de alterações na caixa do tórax. Também é muito frequente os problemas oculares e cardiovasculares, com especial importância para a incidência de aneurismas e as dissecações da artéria aorta. Os sintomas que definem o diagnóstico são primeiramente os antecedentes familiares.
 
Doença
Doença
A estrutura do corpo, altura, braços, mãos e formato do tórax, escoliose, problemas visuais e descolamento da retina, pé chato, problemas na arcada dentária, rosto fino e delgado, dificuldade ou até incapacidade de aprendizagem com conseqüentes problemas escolares, mandíbula pequena e hipotonia são exemplos. Como se pode perceber as principais manifestações da Síndrome de Marfan acontecem em três áreas bastante distintas do corpo humano, na estrutura esquelética, no sistema cardiovascular e nos olhos, e essa peculiaridade recebe o nome de pleiotropia.
 
Imagens
Imagens

Tratamento

Não existe uma tratamento que cure esta doença, existem sim, uma série de tratamentos para cada um dos problemas que a síndrome de Marfan desencadeia. Assim os problemas visuais devem ser tratados e corrigidos quando for possível, o desenvolvimento da escoliose deve merecer atenção especial durante a adolescência. Esses pacientes devem ser submetidos a tratamento com uma equipe multiprofissional, onde além dos médicos especialistas devem estar presentes fisioterapeuta, cardiologista e também psicólogo.
 
Características
Características

A maior preocupação no tratamento deve se concentrar nos problemas cardiovasculares, que requer cuidados especiais pelos altos riscos à saúde que representam, diminuindo muito a expectativa e a qualidade de vida desses pacientes. Mulheres com síndrome de Marfan podem ter filhos, mas há um grande risco nesta gestação que, portanto deve ser monitorados em tempo integral. Não há prevenção contra a síndrome de Marfan, no entanto pessoas que tem histórico familiar da doença, deverias consultar um geneticista antes de programar uma gravidez

SÍNDROMES DE DOR

1) SíndromE da Fibromialgia - Sinónimos 
A Fibromialgia pertence ao grupo da síndroma da dor musculo-esquelética idiopática difusa.

O que é? 
A Fibromialgia é uma doença caracterizada por dor musculo-esquelética generalizada e prolongada, rigidez nos tecidos moles (músculos e tendões), e fadiga severa.

É uma doença vulgar? 
A fibromialgia surge principalmente em adultos. Raramente ocorre em crianças, e nestes casos acontece predominantemente em adolescentes. 
As mulheres são afectadas mais frequentemente que os homens. As crianças com esta doença compartilham muitas características com as que sofrem da síndroma de dor musculo-esquelética idiopática ( = causa indefinida).

Quais são os sintomas principais? 
Os doentes queixam-se de dor difusa em tecidos profundos. A severidade da dor é subjectiva. A dor acontece em ambos os lados do corpo, e nas extremidades superiores e inferiores dos membros.. 
O sono é irregular e, pela manhã, os doentes têm a impressão de despertar de um sono não refrescante e não reparador. 
Outra queixa importante é a de fadiga severa, acompanhada pela diminuição de capacidades físicas. 
Os doentes relatam frequentemente queixas generalizadas, como dores de cabeça, uma sensação de inchaço dos membros (não presente), e entorpecimento. 
Estes sintomas causam ansiedade, depressão, e muitas faltas à escola.

Como é diagnosticada? 
Antecedentes de dor generalizada em 4 áreas de corpo, durando mais de 3 meses, em conjunto com dor em 11 de 18 pontos sensíveis verificados no exame clinico, são as características que permitem o diagnostico. 
Os pontos sensíveis são clinicamente mensuráveis por pressão do dedo polegar, que é tão eficaz como o dolorimetro, um instrumento especial que mede a dor.

Qual é o tratamento? 
Um objectivo importante é a diminuição da ansiedade produzida pela doença, explicando ao doente e família que, embora a dor seja severa e real, não há nenhum dano nas articulações, nem uma doença física séria. 
A terapia é determinada por uma aproximação multidisciplinar (equipa com especialistas em áreas diferentes), e baseia-se numa intervenção tendo em vista 3 objectivos distintos: 
O primeiro e mais importante, consiste em iniciar um programa de treino cardiovascular progressivo, sendo o melhor exercício a natação. O segundo objectivo é começar uma terapia de comportamento cognitiva, individualmente ou em um grupo. 
Finalmente, alguns doentes podem precisar de tomar medicamentos, nomeadamente para restabelecer o sono. O uso de uma almofada especial, que mantém o apoio do pescoço durante o sono, pode ajudar.

Prognóstico ( evolução a longo prazo) 
Não é fácil de recuperar da doença, sendo necessário empenho do doente e um grande apoio por parte da família. Geralmente, a evolução em crianças é muito melhor que em adultos, e a maioria deles recuperará completamente. A adesão e cumprimento de um programa de exercício físico regular é um dos factores mais importantes para a recuperação.

2) Síndroma de Dor Musculoesquelética Idiopática Localizada

Sinónimos 
Distrofia Simpática Reflexa, tipo de Síndroma de Dor Regional Complexo

O que é? 
Dor extremamente aguda de um membro, de causa desconhecida, frequentemente associada com alterações na pele.

É uma doença vulgar?
Não há nenhuns dados seguros em relação à sua frequência. Contudo, sabe-se que é mais frequente em adolescentes (idade média de inicio é cerca dos 12 anos ), e em raparigas.

Quais são os sintomas principais? 
Normalmente há uma história longa de dor muito severa e duradoura num membro, resistente às diferentes terapias e que vai aumentando com o passar do tempo. Frequentemente resulta em impossibilidade de usar o membro afectado. 
Sensações indolores para a maioria das pessoas, como a exposição à luz, podem resultar extremamente dolorosas para estes doentes. Este fenómeno chama-se alodínia.
A combinação destes sintomas dificulta as actividades diárias das crianças afectadas, que normalmente faltam muito à escola. 
Um subconjunto de crianças desenvolve, com o passar do tempo, alterações na cor da pele (que fica com uma aparência marmoreada, pálida ou roxo), temperatura (normalmente reduzida) ou transpiração. Às vezes a criança mantém o membro em posturas incomuns, recusando efectuar qualquer movimento.

Como é diagnosticada? 
Até alguns anos atrás, estas síndromas recebiam diferentes nomes mas, apesar disso, considerando que a maioria é de origem desconhecida e que o tratamento é igual, a tendência actual é de as pôr debaixo do mesmo "guarda-chuva", a síndroma de dor musculoesquelética localizada. Um conjunto de critérios é utilizado no diagnóstico da doença. 
O diagnóstico é clínico, baseado nas características da dor (severa, prolongada, limitando a actividade, indiferente a terapias; presença de alodínia) e no exame físico. A combinação das queixas e dos achados clínicos é bastante característica. O diagnóstico exige a eliminação de outras doenças que, na maioria dos casos, já estão eliminadas quando o doente vê um reumatologista pediátrico. Exames laboratoriais são normais.

Qual é o tratamento? 
A aproximação que resulta melhor é a iniciação de um programa de terapia de exercício físico significativo, supervisionado por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, com ou sem psicoterapia. 
O tratamento é duro para todos os envolvidos, a criança, a família e a equipa de tratamento. Uma intervenção psicológica é normalmente necessária por causa da tensão produzida pela doença. 
Muitos tipos diferentes de tratamentos, só ou em combinação (anti depressivos, “biofeedback”, excitação de nervo transcutânea eléctrica, modificação de comportamentos) têm sido propostos sem resultados definitivos.

Qual é a evolução a longo prazo (prognóstico)?
Esta doença tem um prognóstico melhor em crianças que em adultos. Quase todas as crianças recuperarão.

E o dia a dia da criança?
As crianças devem ser encorajadas a manter um nível normal de actividade, indo à escola regularmente e a socializar com os seus colegas.

3) Eritromelalgia

Também é conhecida como Eritermalgia. A doença deriva de 3 palavras gregas auto-explicativas: Erythros (vermelho), Melos (membro), e Algos (dor). É extremamente incomum, embora possa aparecer mais de uma caso na família. 
A maioria das crianças tem cerca de 10 anos de idade quando apresentam a doença. É mais frequente em meninas. 
A doença é caracterizada por uma sensação de queimadura, com os pés quentes, vermelhos e inchados ou, mais raramente, as mãos. 
Os sintomas pioram com a exposição ao calor e são aliviados arrefecendo a parte atingida, ao ponto de algumas crianças recusarem remover os pés da água gelada. O curso é inflexível. 
O evitar do calor e o exercício vigoroso parecem ser as medidas terapêuticas mais úteis. A doença em crianças normalmente não responde a medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, que se revelaram eficazes em adultos. Medicamentos vasodilatadores (que facilitam a circulação do sangue) podem ajudar.

4) Dores de Crescimento

O que é? 
Dores do crescimento são uma síndroma benigna que corresponde a um padrão característico de dor nos membros e que normalmente acontece em crianças com menos de 10 anos de idade.

É uma doença comum? 
As dores nos membros estão entre as principais causas que originam a ida a especialistas em pediatria. 
Entre estas, as dores de crescimento são as mais comuns. 10-20% das crianças a nível mundial sofrem de dores de crescimento, principalmente entre as idades dos 3-12 anos. Os rapazes e raparigas são igualmente afectados.

Quais são os sintomas principais? 
A dor aparece principalmente nas pernas (peles, barriga da perna, atrás dos joelhos ou coxas), e é normalmente bilateral. A dor aparece ao fim do dia ou à noite, acordando frequentemente a criança. Os pais geralmente relatam que as crianças apresentam a dor em dias de actividade física aumentada. 
A duração da dor normalmente é entre 10 e 30 minutos, embora possa variar de minutos a horas. 
A sua intensidade pode ser moderada ou muito intensa. 
As dores de crescimento são intermitentes, com intervalos sem dor de dias a meses. Em alguns casos a dor pode ocorrer diariamente.

Como é diagnosticada? 
As manifestações de dor características combinadas com um exame físico normal levam ao diagnóstico. Não há necessidade de executar análises ou exames de raios X , pois estes serão normais.

Qual é o tratamento? 
Explicar a natureza benigna do processo reduz a ansiedade da criança e da família. Durante os episódios de dor, massagens no local e analgésicos moderados podem ajudar. Em crianças com episódios frequentes, uma dose nocturna de ibuprofeno pode diminuir ou evitar a dor.

Qual é a evolução a longo prazo (prognóstico)? 
As dores de crescimento não estão associadas com qualquer doença orgânica séria, e normalmente desaparecem no fim da infância. Em 100% das crianças, a dor desaparece com o seu crescimento.

5) Síndroma de Hipermobilidade benigna

O que é? 
A síndrome de hipermobilidade benigna (SHB) refere-se a dores nas extremidades, devido a uma mobilidade aumentada (ângulo de movimento) das articulações, sem qualquer doença congénita ou conectiva dos tecidos associada.. Deste modo, a SHB não é uma doença mas muitas vezes, um facto normal.

É uma doença vulgar? 
Esta síndroma é extremamente comum em crianças, verificando-se em 25 a 50% dos jovens com menos de 10 anos de idade. A sua frequência diminui com a idade. Frequentemente passa de uma geração para outra da família..

Quais são os principais sintomas? 
A hiper-mobilidade causa frequentemente dores intermitentes, profundas, e periódicas no final do dia ou à noite nos joelhos, pés e/ou tornozelos. Em crianças que tocam piano, violino, etc. pode afectar os dedos das mãos ao invés dos pés. 
A actividade física e o exercício provocam e/ou aumentam a dor. Em casos raros, pode ocorrer inchaço moderado das articulações.

Como é diagnosticada? 
Com base num conjunto predefinido de critérios que quantificam a hipermobilidade das articulações.

Qual é o tratamento? 
O tratamento é muito raramente necessário. Se a criança pratica desportos de impacto repetitivo como o futebol ou ginástica, e desenvolve distensões periódicas e entorses, então um fortalecimento muscular e a protecção das articulações (com cintas próprias) deverá ser praticada.

Vida Diária
A hipermobilidade é uma condição benigna que diminui com a idade. As famílias deveriam estar avisadas que o seu risco principal vem de impedir as crianças de viver vidas normais. 
As crianças deveriam ser encorajadas a manter um nível normal de actividade, incluindo praticar qualquer desporto em que elas estejam interessadas.

6) Sinovite Transitória da anca, Sinovite tóxica, Anca Irritável.

O que é? 
Trata-se de um derrame articular (presença de líquido dentro da articulação) da anca, de causa desconhecida, que se auto soluciona sem deixar qualquer dano.

É vulgar? 
É a causa mais comum de dor na anca, em pediatria. Afecta 2 a 3% das crianças entre 3-10 anos. É mais comum nos rapazes, por cada menina afectada há 3 ou 4 meninos que o são.

Quais são os sintomas principais? 
Dor na anca e coxear. A dor na anca pode manifestar-se como dor na virilha, coxa superior ou ocasionalmente no joelho, normalmente de começo súbito. A manifestação mais comum é quando a criança desperta a coxear ou recusando caminhar.

Como é diagnosticada? 
O exame físico é característico, apresentando coxear, com dor nos movimentos da anca. Em 5% dos casos, ambas as ancas são afectadas. Os exames de raios X revelam-se normais, de forma que normalmente eles não são pedidos.

Qual é o tratamento?
A base do tratamento é o descanso, que deve ser proporcional ao grau de dor. Medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides, ajudam a diminuir a dor. Em casos de dor forte, tratamentos de tracção da perna podem ser usados. O problema resolve-se normalmente sem terapia, em média depois de 6-8 dias.

Qual a evolução a longo prazo (prognostico)? 
Excelente, com recuperação completa em mais de 99% das crianças. No entanto, por vezes surgem novos episódios de sinovite transitória, normalmente mais moderados e mais curtos que o primeiro.

7) Dor patelo-femural - dor de Joelho

Introdução 
Dor patelo-femoral (a patela é a rótula) é a Síndroma de uso excessivo mais comum em idade pediátrica. Este grupo de problemas resulta de lesões devidas a movimentos repetitivos e ligados a exercícios contínuos de uma parte particular do corpo. 
Estas desordens são muito mais comuns em adultos (cotovelo de golfe ou ténis, síndroma de túnel carpal, etc) que em crianças.

Sinónimos 
Síndroma Patelo-femural, Condromalácia da rótula, Condromalácia, dor de joelho Anterior.

O que é? 
Esta síndroma refere-se ao desenvolvimento de dor na zona anterior do joelho, devido a actividades que colocam carga adicional em cima da articulação patelo-femural (articulação formada pela rótula e a parte de baixo do osso da coxa ou fémur). 
Quando a dor é acompanhada de alterações no tecido da superfície interna da rótula (cartilagem) o termo condromalácia da rótula ou condromalácia patelar é usado.

É uma doença vulgar? 
É pouco frequente em crianças com menos de 8 anos de idade, sendo progressivamente mais comum em adolescentes. 
A dor patelo-femoral é mais comum nas meninas. Também pode ser comum em crianças com uma angulação significante dos joelhos para dentro (joelhos valgos) ou pernas arqueadas (joelhos varos), bem como também nos com doenças da rótula (instabilidade periódica e mau alinhamento).

Quais são os sintomas principais? 
Os sintomas característicos são dor anterior do joelho que piora com actividades como correr, enquanto subir ou descer degraus, agachar ou saltar. A dor também piora com o sentar prolongado, com o joelho dobrado.

Como é diagnosticada? 
Em crianças saudáveis é feito um diagnostico clínico (análises ou estudos imagiológicos não são necessários). A dor pode ser reproduzida por compressão da rótula, ou contendo o movimento superior da rótula quando o músculo da coxa (quadricípete) é contraído.

Qual é o tratamento? 
Normalmente não é necessário qualquer tratamento. Na maioria das crianças, sem outras doenças associadas (tais como angulação defeituosa dos joelhos ou instabilidade rotular) a dor é uma condição benigna que se soluciona por si só. Se a dor interfere com desportos ou com as actividades diárias, a iniciação de um programa de fortalecimento dos quadricípete (músculos das coxas) pode ajudar. A aplicação de gelo pode aliviar a dor depois do exercício.

Vida Diária
As crianças devem ter uma vida normal. O seu nível de actividade física deve ser ajustado para os manter sem dor. As crianças muito activas e envolvidas na práctica de desporto devem usar uma joelheira especial, com dispositivo de fixação da rótula.

8) Epifisiólise proximal do fémur

O que é? 
É um deslocamento de causa desconhecida da cabeça femoral pela cartilagem de crescimento. A cartilagem de crescimento é uma porção de cartilagem intercalada entre tecido ósseo, responsável pelo crescimento ósseo em comprimento. É a parte mais fraca do osso, e quando fica mineralizado e se transforma em osso, os ossos param de crescer.

É vulgar? 
É uma doença pouco vulgar que afecta entre 3-10 em 100.000 crianças. É mais frequente em adolescentes, e em rapazes. A obesidade parece ser um factor de risco.

Quais são os sintomas principais? 
São dor na anca e coxear, que pioram com a actividade física, com diminuição de mobilidade da anca. A dor pode ser sentida na parte superior (dois terços) ou inferior (um terço) da coxa, e aumenta com a actividade. Em 15% das crianças a doença afecta ambas as ancas.

Como é diagnosticada? 
O exame físico é característico, com mobilidade da anca diminuída. O diagnóstico é confirmado através de radiografias, sendo preferível a axial ou visão de rã.

Terapia 
Fixação cirúrgica (estabilização da cabeça femoral com fio metálico, para a manter no lugar).

Prognóstico 
Depende em quanto a cabeça femoral deslizou antes do diagnóstico e do grau de deslizamento.

9) Osteocondroses (Sinónimos Osteonecroses, necroses Avasculares).

Introdução 
A palavra "Osteocondrose" quer dizer "morte do osso”. É um grupo diverso de doenças de causa desconhecida, caracterizado pela interrupção do afluxo de sangue aos centros primários e secundários de ossificação, dos ossos afectados. Os ossos ao nascer são feitos principalmente de cartilagem, um tecido mais macio que é substituído com o passar do tempo por um tecido mais mineralizado e resistente, o osso. Esta substituição começa em locais específicos dentro de cada osso, o chamado "centro de ossificação", espalhando-se para o resto do osso com o passar do tempo.

O que é? 
A osteocondrose refere-se ao processo associado com a perda de fornecimento de sangue ao centro de ossificação dos ossos, e sua substituição posterior por tecido reparador do osso. A dor é o sintoma principal destas desordens. 
O diagnóstico é confirmado através de exames radiológicos ou outros exames com imagem. As radiografias mostram, sequências de fragmentação ("ilhas" dentro do osso), colapso (fractura), esclerose (aumento de densidade, o osso aparece "mais branco" nas imagens) e, frequentemente, re-ossificação (formação de novo osso) com reconstituição do contorno do osso. 
Embora possa parecer uma doença séria, é bastante comum em crianças e, com a possível excepção de envolvimento extenso da anca, tem um prognóstico excelente. Algumas formas de osteocondroses são tão frequentes que são consideradas "variantes normais" de desenvolvimento do osso (doença de Sever). 
Outras síndromas podem ser incluídas nas síndromas de sobre-utilização (doenças de Osgood-Schlatter e Sinding-Larsen-Johansson).

9.1) Doença de Legg-Calvé-Perthes 
O que é? 

A necrose avascular da cabeça femoral (parte do osso de coxa mais próximo da anca).

É comum? 
Não é uma doença comum, verificando-se 1 entre 10.000 crianças. É mais frequente em meninos (4 ou 5 meninos para cada menina) entre as idades de 3 e 12 anos, particularmente em crianças de idades entre os 4 e 9 anos.

Quais são os sintomas principais? 
A maioria das crianças apresenta vários graus de dor e coxear, e às vezes nenhum. Normalmente só envolve uma anca, mas em aproximadamente 10% dos casos, a doença afecta ambas.

Como é diagnosticada? 
A mobilidade da anca é prejudicada e pode ser dolorosa. As radiografias podem ser normais inicialmente mas depois mostram a progressão referida na introdução. Imagens do osso e Ressonâncias Magnéticas detectam a doenças mais cedo que as radiografias simples.

Terapia 
As crianças com a doença de Legg-Calvé-Perthes devem sempre recorrer a um serviço Pediátrico Ortopédico. O tratamento depende da severidade da doença. Em casos muito moderados a simples observação pode ser suficiente. 
Em casos mais severos, a terapia é apontada para conter a cabeça femoral afectada dentro da articulação da anca, de forma a que quando do inicio da formação do osso novo, a cabeça femoral recupere a sua forma esférica. 
Este objectivo pode ser alcançado a um grau variável usando uma cinta especial (em crianças mais jovens) ou por reconstrução cirúrgica do fémur (osteotomia, cortando uma cunha de osso para manter a cabeça numa posição melhor, para crianças mais velhas).

Prognóstico 
Depende em quão extenso é o envolvimento de cabeça femoral (quanto menos, melhor) como também da idade da criança (melhor se mais jovem que 6). O processo inteiro (da fragmentação à regeneração) leva entre 12 e 18 meses para completar. Globalmente, aproximadamente dois terços das ancas apresentam a longo prazo um bom resultado radiográfico.

Vida Diária
Depende do tratamento aplicado. Para crianças sob observação deviam ser evitados impactos fortes na ancal (saltar, correr). De resto, elas devem levar uma vida escolar normal e participar em todas as outras actividades que não impliquem suportar grandes pesos.

9.2) Doença de Osgood-Schlatter 
É o resultado do trauma repetido pelo tendão da rótula do centro de ossificação da tuberosidade anterior da tibia (pequena proeminência em forma de crista presente 4-5 cms abaixo da rótula, onde se liga o tendão rotuliano). Está presente em aproximadamente 1% dos adolescentes, sendo, no entanto, mais comum nos que praticam desporto. 
A dor piora com actividades como correr, saltar, subir ou descer escadas e ajoelhar. O diagnóstico é estabelecido pelo exame físico, com uma ] rigidez ou dor muito características, às vezes acompanha-se de inchaço, na inserção do tendão da rótula na tíbia. 
As radiografias podem ser normais ou mostrar pequenos fragmentos de osso na região da tuberosidade anterior da tíbia. O tratamento baseia-se no ajuste do nível de actividade das crianças de modo a mantê-los sem dor, aplicando gelo depois dos desportos, e com descanso. Passa com o tempo.

9.3) Doença de Sever 
Também chamada ”apofisite do calcâneo". É um osteocondrose da apófise do calcâneo (o osso do calcanhar), provavelmente relacionado com a tracção aplicada pelo tendão de Aquiles. 
É uma das causas mais comuns de dor do calcanhar em pediatria. A doença de Sever está relacionada com a actividade e é mais comum nos rapazes. O seu começo é normalmente por volta dos 6-10 anos de idade, com dor do calcanhar e ocasionalmente com coxear depois de exercício. 
O diagnóstico é feito pelo exame clínico. Não há nenhuma necessidade de terapia além do ajuste do nível de actividade, para manter as crianças sem dor e, se não resultar, recomenda-se o uso de uma almofada debaixo do calcanhar. A situação se auto-resolve com o passar do tempo.

9.4) Doença de Freiberg
A osteonecrose da cabeça do segundo osso metatársico, do pé. A sua causa é provavelmente traumática. É pouco vulgar e na maioria dos casos afecta as adolescentes. A dor aumenta com a actividade. 
Um exame físico mostra dor à pressão por baixo da cabeça do segundo metatarso e inchaço ocasional. O diagnóstico é confirmado através de radiografias, embora possa levar duas semanas desde o princípio dos sintomas para se verificarem alterações. 
O tratamento inclui descanso e um apoio da zona afectada.

9.5) Doença de Scheuermann
A doença de Scheuermann´s ou "cifose juvenil" é uma osteonecrose do núcleo de ossificação dos pratos vertebrais (que constituem as superfícies superior e inferior da vértebra). É mais comum em adolescentes do sexo masculino. A maioria das crianças com este processo apresenta uma postura má, com ou sem dor das costas. A dor é relacionada com a actividade e pode ser aliviada através de descanso.
O diagnóstico é verificado pelo exame (curvatura pronunciada nas costas) e confirmado com radiografias. 
Para ser considerada como sofrendo de doença de Scheuermann, a radiografia da criança tem que apresentar irregularidades dos pratos vertebrais e "cunha anterior" de 5º em pelo menos três vértebras sucessivas. 
A doença de Scheuermann normalmente não implica mais que ajustar o nível de actividade da criança, observação e, em casos severos, utilização de cintas.

 

Dor do crescimento: criança começa a sentir a partir dos 3 anos

 

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras: sete cervicais, doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais fundidas formando o osso sacro e quatro coccígeas também fundidas e formando o cóccix. Dentro delas há um canal por onde passa a medula nervosa ou medula espinhal.

Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, localizam-se os discos intervertebrais, que têm o feitio de um anel constituído por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto. A hérnia de disco aparece quando parte dessa estrutura sai de sua posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna e se dirigem para o resto do corpo.

Hérnia de disco pode ser assintomática ou provocar dor de moderada e leve intensidade até dor muito forte e incapacitante.

FORMAÇÃO E PREVALÊNCIA

Drauzio – Como se forma a hérnia de disco?

Osmar José S. de Moraes - A coluna vertebral sustenta todos os ossos do corpo. Como a carga que suporta é muito grande, possui um sistema de amortecimento para dar-lhe estabilidade. As estruturas mais importantes desse sistema são os discos intervertebrais constituídos por um tecido elástico que suporta deformação, mas que se desgasta com o uso repetitivo. Esse desgaste favorece o aparecimento de pequenas rupturas que facilitam o extravasamento de parte do disco, ou seja, a formação de uma hérnia, ocorrência muito mais comum do que se imagina, mas, geralmente, de boa evolução.

 

Drauzio – Qual é prevalência da hérnia de disco na população?

Osmar José S. de Moraes – Acredita-se que 15% da população mundial tenham algum tipo de protusão ou herniação discal. Ou seja, aproximadamente 800 milhões de pessoas no mundo são portadoras de algum tipo de alteração anatômica na coluna vertebral.

Drauzio – As hérnias de disco costumam aparecer em que região da coluna?

Osmar José S. de Moraes - No indivíduo normal (imagem 01), a porção inferior da coluna que se articula com os membros inferiores é constituída por cinco vértebras fundidas que formam o osso sacro. Imediatamente acima, estão as vértebras lombares, as torácicas e as cervicais, separadas umas das outras por discos de tecido fibroso que funcionam como amortecedores de impacto.

As hérnias de disco são mais frequentes nas regiões lombar e cervical da coluna, porque essas são áreas mais expostas ao movimento e que suportam maior carga. Já menosde 10% do total de hérnias se formam na coluna torácica, onde o desgaste do disco é menor, uma vez que o gradeado costal (as costelas) impede movimentos mais bruscos e ajuda a promover o amortecimento.

Tudo sobre Tendinite do manguito rotado

 

Sinônimos: Ombro de nadador, ombro de tenista

O manguito rotador consiste em um grupo de músculos e tendões que se prendem aos ossos da articulação do ombro, permitindo a movimentação do ombro e mantendo-o estável.

  • Tendinite do manguito rotador referese à irritação desses tendões e a inflamação da bursa (uma camada normalmente macia) que reveste esses tendões.
  • A ruptura de um manguito rotador ocorre quando um dos tendões é lesionado por uso excessivo ou ferimento.

 

Causas

A articulação do ombro é uma junta articulada em que a parte superior do osso do braço (úmero) forma uma junta com a escápula. O manguito rotador mantém a cabeça do úmero dentro da escápula e controla o movimento da articulação do ombro.

Os tendões do manguito rotador passam por baixo da área óssea em direção à união com a parte supeerior do osso do braço. Quando esses tendões ficam inflamados, eles podem se tornar mais desgastado nesta área durante os movimentos do ombro 

Às vezes, um osteófito pode estreitar o espaço ainda mais.

Esse problema é chamado de tendinite do manguito rotador ou síndrome do impacto e pode ocorrer ao:

  • Manter o braço na mesma posição por um longo período, como ao trabalhar no computadorou arrumar o cabelo
  • Dormir sobre o mesmo braço todas as noites
  • Praticar esportes que exigem que o braço seja movido sobre a cabeça repetidamente, como no tênis, beisebol (especialmente no lançamento), natação e no levantamento de peso sobre a cabeça.
  • Trabalhar com o braço levantado por muitas horas ou dias (como pintores e carpinteiros)
  • Coordenar ou controlar insatisfatoriamente o ombro e os músculos da escápula

A má postura por muitos anos e o desgaste normal dos tendões que ocorre com a idade também podem levar à tendinite do manguito rotador.

Lacerações do manguito rotador podem ocorrer de duas maneiras:

  • Uma laceração súbita ou aguda ao cair sobre o braço esticado ou após um movimento súbito não controlado ao tentar levantar algo pesado.
  • Uma laceração crônica do tendão do manguito rotador ocorre lentamente com o tempo. É mais provável em pessoas com tendinite crônica ou síndrome do impacto. Em algum momento, o tendão ficará desgastado e se romperá.

Há dois tipos de laceração do manguito rotador:

  • A laceração parcial ocorre quando uma laceração não rompe completamente os ligamentos do osso.
  • A laceração total ou profunda refere-se a uma ruptura completa. Ela pode ser pequena, como a cabeça de um prego, ou afetar todo o tendão do músculo. Rupturas completas provocam o deslocamento do tendão do ponto de união e não saram muito bem.

Exames

Um exame físico pode revelar sensibilidade no ombro. Pode haver dor quando o ombro é levantado acima da cabeça. Normalmente, há uma fraqueza do ombro quando colocado em determinadas posições.

Raios X do ombro podem mostrar um osteófito. Eles podem ser realizados no consultório médico.

Se o médico suspeitar que você está com uma laceração do manguito rotador, você poderá fazer um ou mais dos seguintes testes:

  • Um exame de ultrassom usa ondas sonoras para criar uma imagem da articulação do ombro. Em geral, ele pode mostrar uma laceração no manguito rotador.
  • A ressonância magnética do ombro pode mostrar inchaço ou uma laceração no manguito rotador.

Às vezes, um teste de imagiologia especial, chamado artrografia, é necessário para diagnosticar uma laceração do manguito rotador. O médico injetará um contraste na articulação do seu ombro. Em seguida, uma radiografia, tomografia ou ressonância magnética é usada para obter uma imagem. O contraste geralmente é usado quando o médico suspeita de uma laceração pequena do manguito rotador.

O tratamento envolve repousar o ombro e evitar atividades que provoquem dor. Pode consistir em:

  • Aplicar bolsas de gelo no ombro por 20 minutos, 3 a 4 vezes por dia
  • Tomar drogas como ibuprofeno e naproxeno para ajudar a reduzir o inchaço e a dor
  • Evitar ou reduzir atividades que possam causar ou piorar os sintomas

Para obter mais informações sobre como controlar os sintomas em casa e ao voltar à prática de esportes ou outras atividades, consulte Manguito rotador - cuidados caseiros.

Você deve iniciar a fisioterapia para aprender exercícios de alongamento e para fortalecer os músculos do manguito rotador.

Se a dor persistir ou se a fisioterapia não for possível por causa de dor severa, uma injeção de esteroides poderá ajudar a reduzir a dor e o inchaço dos tendões afetados o suficiente para permitir uma fisioterapia eficaz.

Com descanso e exercícios, os sintomas geralmente melhoram ou desaparecem. Entretanto, isso pode levar semanas ou meses para acontecer.

A artroscopia pode ser usada para remover tecidos inflamados e parte do osso que se localiza acima do manguito rotador. Remover o osso pode aliviar a pressão nos tendões 

Lacerações do manguito rotador

Uma pessoa com laceração parcial do manguito rotador que normalmente não sobrecarrega o ombro pode tentar descansar e se exercitar.

Se o manguito rotador tiver uma ruptura completa ou se os sintomas persistirem apesar de uma terapia conservadora, poderá ser necessária uma cirurgia para reparar o tendão. Na maior parte dos casos, a cirurgia artroscópica pode ser usada. Alguns rompimentos amplos requerem cirurgia aberta para reparar o tendão lesionado.

 

Expectativas

Muitas pessoas se recuperam completamente após combinar medicamentos, fisioterapia e injeções de esteroides após um episódio de tendinite do manguito rotador. Algumas precisam alterar ou reduzir o tempo dedicado a certos esportes para se verem livres da dor.

As pessoas com rupturas do manguito rotador tendem a ter bons prognósticos, embora o resultado dependa enormemente do tamanho da ruptura e de quanto tempo ela esteve presente, bem como da idade e do nível de funcionalidade anterior à lesão.

Prevenção

Evite movimentos repetitivos acima do nível da cabeça. Fortaleça o ombro em grupos de músculos opostos.

O que é AVC?

O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.

Tipos de AVC

  • Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro
  • Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro.
 

Sintomas de AVC

  • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
  • Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos
  • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem
  • Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente
  • Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

Tratamento de AVC

O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.

Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da cama.

A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular,depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital.

Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado.

Prevenção

Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.

Diagnóstico de Câncer de mama

Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar anualmente um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas. Além disso, toda mulher entre 50 e 69 anos deve fazer, pelo menos, uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!

O exame clínico das mamas é realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Nesse exame, poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia

Prevenção

O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse autoexame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração, deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde.

Getty ImagesAutoexame da mama

Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.

 

Fatores de risco

Se uma pessoa da família - principalmente a mãe, irmã ou filha - teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem ter cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.

O que é Câncer de mama?

É o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira e consiste no desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno

Sintomas de Câncer de mama

O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja. Também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama e, por isso, é importante consultar um profissional de saúde.

O que é Colesterol?

O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. Ele está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol:

 

  • LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento
  • HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.

Tipos

Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, ele precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções.

A associação dá origem às chamadas lipoproteínas. Essas, sim, são aptas a viajar por todo o organismo via corrente sanguínea. As lipoproteínas - ou apenas colesterol - assumem algumas formas, sendo divididas em "bom colesterol" (HDL - high density, ou alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - low density ou baixa densidade).

Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios.

Fatores de risco

Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos fatores mais comuns é adieta.

AA

dieta rica em colesterol inclui grandes quantidades de alimentos de origem animal: óleos, leite não desnatado e ovos. As gorduras, sobretudo as saturadas, contribuem para o problema do colesterol elevado.

A gordura saturada é um tipo de gordura que, quando ingerida, aumenta a quantidade de colesterol no organismo. Está presente, principalmente, em alimentos de origem animal. A carne vermelha, mesmo quando aparentemente "magra", possui moléculas de colesterol entre as suas fibras e deve ser evitada. As margarinas light ou diet devem ser as escolhidas em substituição à manteiga.

As gorduras insaturadas estão presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal. Elas são essenciais ao organismo, mas o corpo humano não tem condição de produzi-las. É por isso que é necessário consumi-las na alimentação. A substituição de gorduras saturadas por insaturadas na dieta pode auxiliar a reduzir o colesterol no sangue. Quando quiser preparar um pão mais saboroso, prefira margarina light ou diet à manteiga.

 

Tratamento de Depressão

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.

 

Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão.

A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.

12 alimentos para combater a depressão

 

 

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