PATOLOGIAS
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Saiba o que é um aneurisma cerebral, um aneurisma da aorta, quais os seus sintomas e por que ele é tão perigoso.

Você sabe o que é um aneurisma?

Um aneurisma é uma dilatação do vaso sanguíneo causada por uma fragilidade da parede do mesmo.

O aneurisma pode ser sacular ou fusiforme (clique na imagem abaixo para ampliá-la). Como ele ocorre por uma fraqueza da parede, o seu grande perigo é a ruptura. Essa fraqueza ocorre por doença do vaso, que perde sua elasticidade.

Aneurisma sacular e fusiformeA gravidade do aneurisma depende do seu tamanho e do local acometido.

A aorta é a maior e mais calibrosa artéria do corpo. Imaginem a gravidade que é a ruptura dela. A maioria dos pacientes falece antes de conseguir chegar a um hospital.

Obviamente quanto maior for o tamanho do aneurisma, maior seu risco de ruptura.

Qualquer vaso pode apresentar uma dilatação aneurismática, porém os dois locais mais comuns são a aorta e os vasos cerebrais.

Os principais fatores de risco são:

Cigarro 
Obesidade 
- Sexo masculino
Colesterol alto e aterosclerose
- Hipertensão (leia sobre o sal e sobre lesões da hipertensão)
- Idade avançada
- História familiar

Algumas doenças aumentam o risco da formação de aneurismas:

- Síndrome de Marfan
- Síndrome de Ehlers-Danlos
- Doença renal policística autossômica dominante
- Síndrome de Moyamoya

Existe uma variação do aneurisma, chamado de aneurisma dissecante.

Aneurisma - Dissecção da aortaOs nossos vasos são compostos por 3 camadas de músculos. A dissecção ocorre por uma fraqueza na camada em contato com sangue, criando um falso trajeto entre as camadas da artéria. Conforme o tempo passa a pressão do sangue vai rasgando esse vaso em todo seu comprimento. O sangue passa a seguir 2 caminhos, a luz verdadeira do vaso e a luz falsa.

Mais uma vez o risco de ruptura é imenso.

Além da ruptura, os aneurismas também oferecem risco de formação de trombos em seu interior. Os trombos podem ocluir o vaso ou embolizar para locais distantes (leia AVE (acidente vascular encefálico) para entender sobre trombos e êmbolos).

Quais os sintomas de um aneurisma ?

Em geral, os aneurismas são assintomáticos a não ser que estejam crescendo rapidamente, dissecando ou rompendo. A dissecção do aneurisma da aorta torácica causa uma intensa dor no perto, do tipo pontada, com irradiação para o meio das costas. O doente normalmente fica muito agitado, sudoreico e muitas vezes hipotenso. O quadro clínico pode lembrar o do infarto (leia : SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA ). Aneurismas de aorta abdominal causam os mesmos sintomas, porém, localizados na região abdominal.

O aneurisma cerebral também costuma ser assintomático. Os Sinais e sintomas ocorrem nas complicações. Costuma se manifestar como uma dor de cabeça intensa, normalmente a pior dor de cabeça da vida do paciente ( leia: DOR DE CABEÇA (CEFALÉIA) - SINAIS DE GRAVIDADE). Pode vir acompanhado de sinais neurológicos que lembram um AVC ou mesmo levar o paciente ao coma.

Em geral os aneurismas são complicações graves e a cirurgia de correção apresenta grande mortalidade.

Gota – Distúrbio do Ácido Úrico

Introdução

A Gota é um distúrbio metabólico caracterizado por níveis anormalmente altos de ácido úrico - um subproduto do organismo - no sangue e nos tecidos. Na gota, são depositados cristais de ácido úrico nas juntas onde irão causar a chamada artrite gotosa. Eles também podem se depositar nos rins onde podem causar o aparecimento de cálculos renais (pedras). Em alguns pacientes, os altos níveis de ácido úrico são ativados por uma dieta rica em substâncias químicas chamadas purinas encontradas nas anchovas, nas nozes e em comidas de origem animal (derivadas de fígado, rins e articulações). Em outros pacientes, a própria produção corpórea de ácido úrico é simplesmente muito alta, independente da dieta deles. Isto também pode acontecer em certas desordens metabólicas genéticas hereditárias, na leucemia e no tratamento citotóxico para o câncer (quimioterapia). Ultimamente, a gota também pode acontecer quando a excreção renal (dos rins) de ácido úrico for muito baixa. Isto acontece em algumas formas de doença dos rins, na fome crônica e no consumo excessivo de álcool. Para alguns pacientes, é uma combinação destes fatores que conduzem ao ácido úrico em excesso no corpo e conseqüentemente à gota.

Alguns dos principais fatores de risco para a gota incluem a obesidade ou o ganho súbito de peso; uma dieta rica em purina; o abuso de álcool, especialmente aqueles que bebem em excesso mas de forma inconstante; pressão alta, especialmente se tratada com drogas diuréticas (que fazem urinar) como a Hidroclorotiazida; uma história familiar de gota; trauma ou grande cirurgia; e em certos tipos de câncer ou tratamentos para o câncer. Aproximadamente 90 por cento dos pacientes com gota são homens acima dos 40 anos de idade. A gota é bastante rara em mulheres jovens, e quando ocorre nelas, tipicamente aparece muitos anos depois da menopausa.

Quadro Clínico

O primeiro ataque de artrite gotosa normalmente envolve só uma junta (articulação), em geral o dedão do pé (hálux). Porém, o joelho, o tornozelo, o pulso, o pé ou os outros dedos, às vezes, são afetados. Na artrite gotosa, a junta afetada pode ficar vermelha, inchada e extremamente sensível ao toque. Tipicamente, até mesmo o lençol da cama não pode esbarrá-la sem ativar uma intensa dor. Depois do primeiro ataque de gota, os episódios subseqüentes mais comumente envolvem várias articulações. Às vezes, se a gota persistir por muitos anos, os cristais de ácido úrico podem se depositar nas juntas ou nos tendões dos músculos, debaixo da pele ou no pavilhão das orelhas, formando um depósito brancacento chamado de tofo (como pequenos nódulos).

Diagnóstico

Seu médico irá te perguntar quais medicamentos e dieta você faz uso (inclusive o consumo de álcool) e sobre qualquer história familiar de gota. Ele fará um exame físico com atenção especial para suas juntas dolorosas e para a presença de qualquer tofo.

Ele pode usar uma agulha estéril para remover uma amostra de líquido de sua junta inflamada. No laboratório, este fluido será examinado para ver a presença de cristais de ácido úrico microscópicos, que irão confirmar o diagnóstico de artrite gotosa. Seu médico também pode solicitar exames de sangue para medir o nível de ácido úrico em seu sangue. Dependendo de sua história e sintomas, você pode precisar de exames de sangue e urina adicionais para conferir a função dos rins.

Prevenção

Você pode ajudar a prevenir a gota ingerindo uma dieta saudável, evitando o abuso de álcool (especialmente as “bebedeiras”), evitar a desidratação, a perda de peso rápida, se você for obeso, e evitar o uso de diuréticos (pílulas para urinar) se possível. Para a maioria dos pacientes, as restrições dietéticas parecem ter pequeno benefício, mas você deve evitar qualquer comida que parece ativar ataques de gota.

Tratamento

Para tratar um ataque de artrite gotosa, seu médico começará o tratamento prescrevendo um antiinflamatório não-esteroidal (AINE), como a Indometacina (Indocid), o Ibuprofeno (Advil, Motrin) ou o Naproxeno (Aleve, Anaprox). A aspirina deve ser evitada pois pode elevar os níveis de ácido úrico no sangue. Se você não tolera o uso dos AINE (pacientes com gastrite, úlceras pépticas gastro-duodenais, etc), ou se estas drogas forem ineficazes, seu médico pode sugerir o uso de um corticosteróide. Podem ser dados corticosteróides por via oral ou podem ser injetados diretamente na junta afetada. Outra opção é uma injeção de hormônio adrenocorticotrófico, uma combinação que dirige sua glândula supra-renal a fazer mais cortisona. Embora às vezes a colchicina oral pode ser usada, ela tende a causar efeitos colaterais desagradáveis como náuseas, vômitos, câimbras e diarréia; sendo pouco tolerada em aproximadamente 80 por cento dos pacientes.

Seu médico pode prescrever o Alopurinol (Zyloric) para abaixar a produção corporal de ácido úrico.

Se os ataques são raros e respondem prontamente ao tratamento, esta abordagem não é necessária, mas geralmente é recomendada quando:

  • Há ataques freqüentes de gota.
  • Há ataques de gota que não respondem prontamente ao tratamento.
  • Há ataques de gota que afetam mais de uma junta de cada vez.
  • Há uma história de cálculos renais e de gota em outra época.
  • Os tofos se desenvolveram.

Aproximadamente 24 horas após a primeira dose de Alopurinol, os níveis de ácido úrico normalmente começam a cair, com uma diminuição máxima alcançada depois de duas semanas de tratamento diário. Outra abordagem de tratamento é aumentar a excreção de ácido úrico pelos rins tomando Probenecid ou a Sulfinpirazona. Estas drogas são efetivas em 70 a 80 por cento dos pacientes mas não são recomendadas se houver qualquer doença renal significante ou história anterior de cálculos renais.

Quando são prescritos medicamentos para reduzir o ácido úrico, um segundo medicamento para prevenir um ataque de gota também deve ser prescrito porque qualquer mudança no ácido úrico, aumentado ou diminuído, pode ativar um ataque. A colchicina de baixa-dosagem (por exemplo, 0.6 miligramas uma a duas vezes ao dia ou dia sim, dia não) ou uma dose pequena de AINE funcionam bem como terapia preventiva durante a terapia redutora de ácido-úrico. Uma vez o ácido úrico é abaixado podem ser descontinuados tanto o AINE como a colchicina. Porém, o remédio tomado para reduzir o ácido úrico (o Alopurinol, o Probenecide ou a Sulfinpirazona) tipicamente é prescrito por um longo tempo.

Qual médico procurar?

Procure um reumatologista ou um clínico geral sempre que você tiver dor e inchaço em uma junta. Se você já teve gota no passado ou uma crise típica, seu médico pode sugerir um antiinflamatório que ficará disponível para ser tomado precocemente em qualquer sinal de uma crise.

Prognóstico

Durante os primeiros ataques de artrite gotosa, o tratamento precoce com remédios normalmente aliviará os sintomas dentro de 48 horas ou menos. Sem tratamento, os sintomas de gota podem se resolver por si só, mas isto leva tipicamente vários dias.

Os medicamentos que diminuem a produção de ácido úrico ou aumentam a excreção de ácido úrico pelos rins são muito efetivos para reduzir seus níveis sanguíneos. Sem remédios a longo prazo para controlar o nível de ácido úrico no sangue, mais de 50 por cento dos pacientes que tiveram um ataque de artrite gotosa terá um segundo, dentro de seis meses a dois anos. Se sua doença for severa o bastante para levá-lo a usar um medicamento preventivo, tal tratamento é altamente efetivo para prevenir as crises e, durante meses ou anos, resolver até mesmo os tofos.

Fonte: www.policlin.com.br

Ácido Úrico

 

Alimentação

DIETA NA DOENÇA

HIPERURICEMIA (AUMENTO DO ÁCIDO ÚRICO)

Indivíduos com esse distúrbio, têm dificuldade de eliminar o ácido úrico, produto final do metabolismo da purina, formado na quebra de proteínas, principalmente de origem animal. Geralmente desenvolvem a gota úrica, doença que lembra a artrite, pela ocorrência de dores nas articulações.

Segue abaixo uma orientação dietética.

Alimentos a serem evitados:

Miúdos em geral (miolo, fígado, rins, coração, moela)

Alguns alimentos do mar, como sardinha, mexilhão, anchova, bacalhau, salmão, truta, atum, arenque, camarão, lagosta, ostra, caranguejo

Algumas aves, como pombo, ganso, peru, galinha, galeto

Carne de porco, embutidos, toucinho defumado, bacon

Caldo de carne e molhos prontos

Feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, trigo

Frutas oleaginosas, como coco, nozes, castanhas, amêndoas, amendoim, pistache, avelã

Presunto, banha, extrato de tomate, chocolate, pão de centeio

Alho porró, aspargo, brócolos, cogumelo, espinafre

Todos os grãos e sementes

Alimentos restringidos:

Carnes magras (patinho, coxão duro)

Peito de frango, filé de peixe (pescada branca)

"2 porções pequenas por dia"

Alimentos permitidos:

Leite e iogurte desnatados, queijos brancos

Ovos

Vegetais (exceto os acima)

Pães brancos e biscoitos de água e sal

Frutas em geral

Macarrão e arroz

Batata

Óleos vegetais (girassol, canola), em quantidade moderada

Recomendações Importantes:

Utilizar preparações com carnes cozidas desprezando a água do cozimento

Carnes assadas não devem ser tostadas

Não utilizar preparações ou alimentos ricos em gorduras

Não ingerir bebidas alcoólicas

Ingerir 2 a 3 litros de água por dia

"Esta orientação nutricional não substitui a necessidade de acompanhamento médico."

Fonte: www.dietnet.com.br

O conhecimento do metabolismo do ácido úrico é necessário para entender como ocorrem as diversas doenças a ele relacionadas e para possibilitar o tratamento adequado.

Sabemos que as alterações dos níveis séricos, do ácido úrico para cima ou para baixo causam complicações como:

gota
artrite úrica
insuficiência renal aguda e/ou crônica
cálculo renal

O ácido úrico é um produto do metabolismo das purinas (proteínas), por ação de uma enzima. Ele é um ácido fraco e a sua forma ionizada, o urato monossódico, é a forma encontrada no plasma humano, no líquido extra-celular e na sinóvia. A sinóvia é o líquido viscoso, que preenche as cavidades articulares.

Os alimentos contêm diversas substâncias constituídas por moléculas que são:

os açúcares (hidrato de carbono)
gorduras (ácidos graxos)
proteínas (aminoácidos)

Os aminoácidos se decompõem no organismo em:

ácidos nucléicos
nucleotídios
bases purínicas

As purinas estão presentes nos alimentos ingeridos e também em proteínas do nosso próprio organismo.

As purinas sofrem um processo de degradação em hipoxantina e esta se transforma em xantina. Por sua vez, a xantina, por ação irreversível de uma enzima denominada de xantina oxidase, se transforma em ácido úrico e este em urato de sódio. A maior parte dos uratos são produzidos no fígado provenientes do desdobramento das proteínas endógenas e exógenas. Vale ressaltar que a velocidade e a quantidade de ácido úrico formado a partir das purinas dependem da xantina oxidase, quanto maior for a quantidade desta enzima maior a formação de ácido úrico. Há defeitos familiares, como pequena produção da enzima que, herdados, podem influir na quantidade de ácido úrico formado.

Na evolução da nossa espécie, perdemos uma enzima produzida no fígado, a uricase e só nos restou a xantina oxidase. As aves, répteis e peixes que conservaram a uricase conseguem oxidar o urato em alontoina, uma substância 80 a 100 vezes mais solúvel que o urato e que é facilmente excretada pelo rim. Isto permite que esses animais tenham níveis muito baixos de ácido úrico.

Assim, as enzimas humanas, transformadoras das purinas, não são tão perfeitas como a uricase de outros animais; por isso, a taxa dos uratos do nosso organismo está no limite da solubilidade dos uratos, que é de 6,8 mg %, na temperatura normal do corpo humano. Os sais de urato de sódio são muito solúveis à temperatura de 37º C, mas se depositam com facilidade nas articulações periféricas, joelhos, tornozelos, calcanhares e artelhos do pé, nos quais a temperatura do corpo é mais baixa, provocando inflamações. Quando o ácido úrico é superior a 8 mg % no plasma sangüíneo, ele pode se depositar em qualquer tecido do organismo, dependendo muito das condições locais. Quando isso ocorre, pode surgir processo inflamatório como gota, artrite, tofo e nefrite.

As dosagens do ácido úrico no sangue e na urina de 24 horas são de grande valor para o diagnóstico das alterações do metabolismo do ácido úrico. Para uma coleta sanguínea adequada de ácido úrico, é necessário um jejum de pelo menos 4 horas antes do exame.

Deve-se, também, suspender alguns medicamentos que podem alterar para índices mais altos o resultado do exame, como:

álcool
vitamina C
cafeína
diuréticos
teofilina e fenotiazidas

Índices menores podem ocorrer quando se usa alopurinol, clofibratos, corticoides, estrógenos e anticoagulantes.

O ácido úrico é excretado para fora de nosso organismo pelo rim, bile e sucos intestinais. A taxa do ácido úrico no plasma humano depende do equilíbrio entre a absorção e produção de um lado e a destruição e excreção de outro lado.

De uma maneira geral, o organismo humano não é capaz de metabolizar ou destruir os uratos, por isso, para manter equilibradas e normais as taxas de ácido úrico no organismo, é necessário que ele seja eliminado pelo rim e/ou pelo intestino.

Por ser muito hidrossolúvel, o urato é facilmente eliminado pelo rim em quantidades de 600-700 mg/dia nas dietas normais. Num indivíduo normal, 1/3 do ácido úrico é degradado e excretado pelo intestino e 2/3 pelo rim.

Na falência do rim, a degradação e eliminação do ácido úrico são extremamente aumentadas pelo intestino. A degradação é provocada pelas bactérias intestinais, que pode atingir até 80 % da excreção diária de ácido úrico.

Quando o ácido úrico está aumentado no sangue, dizemos que há hiperuricemia e, quando as taxas se encontram diminuídas, se diz que há hipouricemia.

Veremos, a seguir, mais detalhes sobre essas duas alterações do ácido úrico.

HIPOURICEMIA

Considera-se que há hipouricemia, quando o ácido úrico plasmático é inferior a 2,5 mg%. É uma síndrome clínica assintomática com várias causas, pouco conhecida. A hipouricemia deve ser investigada e tratada para evitar conseqüências desagradáveis como a formação de cálculos de ácido úrico, que ocorre pelas grandes perdas renais de uratos. A hipouricemia pode ser primária (permanente) ou adquirida (intermitente).

A hipouricemia primária ocorre em casos hereditários ou quando há grandes perdas de xantina pela urina (hiperxantinúria). A perda de xantina diminui muito o material necessário para a transformação de xantina em ácido úrico e, como conseqüência, ele está diminuído no plasma.

Na hipouricemia adquirida, o ácido úrico está muito baixo porque é eliminado em grandes quantidades pela urina. Isto pode ocorrer pelo uso de substâncias uricosúricas que aumentam a perda de ácido úrico pela urina como aspirina em altas doses, benziodarona, citrato, probenecide, ácido ascórbico, estrógenos e outros. Outro tipo de hipourecemia adquirida ocorre com o uso indiscriminado e não controlado de alopurinol, substância inibidora da ação da enzima xantina oxidase, que transforma a xantina em ácido úrico.

O tratamento da hipouricemia é evitar as causas que levam à diminuição de ácido úrico plasmático.

HIPERURICEMIA

A hiperuricemia é o termo referente ao estado sangüíneo no qual o ácido úrico no plasma (soro) está acima de 6 mg% nas mulheres e 7 mg% nos homens. De uma maneira geral, os homens hiperuricêmicos têm o início da elevação do ácido úrico na puberdade, mas os sintomas clínicos surgem de 10 a 20 anos após. A hiperuricemia ocorre em 10-15% da população acima de 40 anos.

Geralmente assintomática, a hiperuricemia está relacionada a outras doenças, como:

a acidose metabólica
alcoolismo
diabete
gota
hipertiroidismo
toxemia gravídica
policitemia
leucemia
uso abusivo de diuréticos
em certos casos, de cálculos renais

Também ocorre na ingesta exagerada de proteínas (purinas) e nos exercícios extenuantes. Para explicar a razão por que o ácido úrico está correlacionado à hiperglicemia, descobriu-se que níveis elevados de ácido úrico aumentam a resistência de nossos tecidos à ação da insulina. Por isso, é freqüente ocorrer hiperuricemia e hiperglicemia.

A hiperuricemia pode ocorrer por superprodução ou por diminuição da excreção renal e intestinal de ácido úrico. A deficiência de excreção urinária de uratos é responsável por 85 a 90% das hiperuricemias primárias e secundárias. A hiperuricemia costuma ocorrer mais nos homens a partir da puberdade, com maior incidência na faixa entre 30-40 anos e nas mulheres, na menopausa. Os estrógenos aumentam a depuração do acido úrico e, por isso, não é comum encontrar hiperuricemia nas mulheres antes da menopausa.

A hiperuricemia pode ser de duas categorias:

Primária
Secundária

É primária quando o ácido úrico está elevado no sangue independente de doenças coexistentes ou drogas que alterem a produção e excreção dos uratos. Secundária, quando a elevação se deve a doenças existentes, drogas e dietas que alteram a produção e excreção de ácido úrico. Um exemplo de drogas que influem nas taxas de ácido úrico são os diuréticos, principalmente, tiazídicos e furosemide, que causam um aumento nos níveis de ácido úrico em torno de 2-3mg% nos pacientes que os usam. O aumento reflete uma diminuição da excreção urinária de ácido úrico provocado pelo efeito do diurético. Na grande maioria dos pacientes que usam diuréticos, esse aumento não tem grande importância, mas é problemático nos que têm predisposição para gota, podendo ser responsável pelo desencadeamento de crises gotosas.

A hiperuricemia, em 75% dos pacientes, é assintomática, pois o paciente não apresenta nenhum sintoma seja artrite, gota, tofo ou litíase. Nos restantes 25%, podem ocorrer sintomas como: gota, artrite, litíase (cálculos renais), doenças renais (nefrite) e formação de depósitos de ácido úrico, formando os tofos.

A hiperuricemia assintomática costuma ocorrer freqüentemente com:

Abuso sistemático do álcool
Obesidade
Uso crônico de drogas que inibem a excreção de ácido úrico, antiinflamatórios e diuréticos.

A presença de hiperuricemia é associada a fatores de risco cardiovascular como:

Hipertensão arterial
Hiperlipidemia
Diabete
Alterações vasculares coronárias.

A hiperuricemia poderá apresentar-se, clinicamente, sob a forma de:

Gota
Artrite
Doença úrica renal aguda ou crônica
Litíase

Tratamento da hiperuricemia

A hiperuricemia é um fator de risco para as doenças cardio-vasculares e renais; por isso, é necessário que o ácido úrico plasmático se mantenha normal. Para isso, é necessário que o médico procure as causas do aumento e oriente o tratamento adequado. Pode ocorrer um ataque agudo articular, provocando a artrite úrica (gota). Neste caso, deve-se usar antiinflamatórios e analgésicos nas crises de dor. Quando há superprodução de ácido úrico devem ser usadas substâncias hipourecemiantes pelo bloqueio da enzima xantina-oxidase.

No paciente que elimina mal o ácido úrico pelo rim podem ser usados os uricosúricos que aumentam a excreção renal de uratos. Com a diminuição da produção e aumento da excreção dos uratos, se faz a profilaxia das recorrências de artrite, gota, nefrite e cálculos renais.

Há fatores predisponentes que devem ser excluídos como:

O uso abusivo e constante de álcool, dietas inadequadas e medicações que diminuem a excreção urinária de uratos como, diuréticos, antinflamátorios e outros.

Um ponto fundamental do tratamento é manter o ácido úrico abaixo do normal por um tempo nunca inferior a 6 meses para que os uratos sejam desmobilizados dos tecidos e ossos, evitando a deposição dos cristais

A dieta é um item importante do tratamento do ácido úrico, mas não o único.

Os alimentos não recomendados e que devem ser evitados pelos pacientes com hiperuricemias são aqueles ricos em purinas, como:

As carnes

Miúdos (fígado, coração, língua e rins)

Peixes pequenos

Frutos do mar como as sardinhas, arenque, anchova, mexilhão, camarão e ovas de peixes.

Os caldos e ensopados devem ser evitados porque o ácido úrico é muito hidrossolúvel e quando qualquer tipo de carne é cozido em água, o ácido úrico se difunde e se concentra nos líquidos de cozimento.

Certos grãos como feijão, grão de bico, ervilha, lentilha e grãos integrais têm muita purina e devem ser evitados.

Para finalizar, cabe dizer que toda a dieta, por melhor que seja, só pode reduzir em 25% os valores plasmáticos do ácido úrico. Isso ocorre em aproximadamente 10 dias após o início da dieta.

Fonte: www.igf.com.br

O ácido úrico é o maior produto do catabolismo das purinas. É armazenado no organismo em um pool de alto turnover, sendo oriundo do catabolismo das proteínas da dieta e de fontes endógenas, concentrando-se principalmente no fígado. Cerca de 60% desse pool são trocados diariamente por formação e excreção concomitantes.

O ácido úrico é excretado principalmente por via renal. Apenas uma pequena parcela (1/3) é eliminada por via gastrointestinal. Não existe uma relação direta entre os valores séricos e os valores urinários.

Os níveis séricos do ácido úrico são determinados pela relação entre a dieta, a produção endógena e os mecanismos de reabsorção e de excreção. Os mecanismos de reabsorção e de excreção renais são complexos, e podem ocorrer alterações na filtração glomerular, na reabsorção tubular proximal, na secreção tubular e na reabsorção após secreção.

Diversos fatores como dieta, predisposição genética, sexo, idade, peso, medicamentos, uso de álcool e associação com outras patologias como diabetes mellitus e distúrbios lipídicos podem alterar os valores séricos e levar a um desequilíbrio entre a absorção e a excreção de ácido úrico. Seus valores sofrem uma variação diurna, com valores mais elevados pela manhã e mais baixos à noite.

A hiperuricemia é a forma comum de se definir o aumento da concentração sérica de ácido úrico que ultrapasse os valores de referência. Ela pode ocorrer por diferentes mecanismos, associados com aumento da produção ou diminuição excreção renal. Ocorre nas dietas ricas em carnes, especialmente vísceras (fígado e rim), vegetais leguminosos e trigo. Também é encontrada nas dislipidemias, nas anemias hemolíticas, na anemia perniciosa e em outras situações em que há aumento do turnover de ácidos nucleicos (excesso de destruição celular), como ocorre nas neoplasias e no curso de quimioterapia e de radioterapia, especialmente no tratamento de linfomas e de leucemias. A policitemia, o mieloma múltiplo e o infarto do miocárdio extenso podem também aumentar o metabolismo das nucleoproteínas. Alterações da função renal, hipertensão arterial, hipotireoidismo, hiperparatireoidismo, diabetes insipidus, diabetes mellitus, doença de Addison e uso de drogas como salicilatos e alguns diuréticos podem induzir a uma diminuição da velocidade de excreção de ácido úrico.

Portanto, os níveis séricos do ácido úrico podem apresentar-se alterados em uma gama de situações clínicas, incluindo a gota. A gota é responsável por apenas 10 a 15% das hiperuricemias. A maioria dos pacientes com gota sofre tanto de superprodução como de hipoexcreção. A gota caracteriza-se clinicamente por hiperuricemia, precipitação de urato monossódico em fluidos biológicos supersaturados e depósito de urato por todo o corpo, com exceção do sistema nervoso central, mas com maior predisposição para articulações, cartilagem periarticular, ossos, bursa e tecidos moles subcutâneos. São comuns ataques recorrentes de artrite, nefropatia e, freqüentemente, nefrolitíase.

Os depósitos de uratos são responsáveis pelos sinais e sintomas da artrite gotosa, pois levam a uma severa reação inflamatória no local. Nos rins são descritos três tipos distintos de lesões: a nefropatia gotosa com depósito de uratos no parênquima, o depó-sito intratubular agudo de cristais de urato e a nefrolitíase.
Os homens respondem por cerca de 90% dos casos de gota. Normalmente, ela é classificada como primária quando decorre de um erro metabólico, diretamente ligado ao aumento da produção ou à diminuição da excreção, e como secundária quando decorre do aumento do ácido úrico em conseqüência de outras numerosas etiologias.

AUMENTO DA FORMAÇÃO

Aumento da síntese de purinas 
Desordens metabólicas hereditárias 
Excesso de ingeta de purinas 
Aumento do tumover de ácidos nucleicos
Hipóxia tecidual

DIMINUIÇÃO DA SECREÇÃO

Idiopática
Insuficiência renal crônica
Aumento da reabsorção renal
Drogas (diuréticos e salicitatos)
Intoxicação por chumbo
Hipertensão arterial
Outras doenças endócrinas


A hipouricemia é incomum, podendo ser secundária a diferentes situações como uma doença hepatocelular grave, que leva a diminuição da síntese de purina, deficiência da reabsorção tubular de ácido úrico congênita, como na síndrome de Fanconi, ou adquirida, por supertratamento com drogas uricosúricas, na secreção inadequada do hormônio antidiurético, na doença de Wilson, na xantinúria, nas intoxicações por metais pesados e nas dietas pobres em purina.

A quantidade de ácido úrico presente na urina varia de acordo com o pH: é tanto menor quanto maior for o pH. A excreção urinária de ácido úrico aumentada pode ocorrer isolada ou associada a outros distúrbios metabólicos (com aumento da produção endógena), pelo aumento da ingestão de purinas e pelo uso de drogas uricosúricas, principalmente na fase inicial do tratamento. A diminuição dos níveis urinários de ácido úrico pode estar associada a gota crônica e a uma dieta pobre em purinas.

Como já citado, não existe correlação direta entre os níveis séricos e urinários do ácido úrico. Sua avaliação é útil na investigação das calculoses renais. Os cristais de ácido úrico são achados freqüentes em crianças em fase de crescimento acelerado e em outras situações de aumento do metabolismo de nucleoproteínas. Algumas drogas, como antiinflamatórios, aspirina, vitamina C, além dos diuréticos, podem alterar a sua excreção.

Fonte: www.diagnosticosdaamerica.com.br

Aumento do Ácido Úrico (Hiperuricemia)

Indivíduos com esse distúrbio, têm dificuldade de eliminar o ácido úrico, produto final do metabolismo da purina, formado na quebra de proteínas, principalmente de origem animal. Geralmente desenvolvem a gota úrica, doença que lembra a artrite, pela ocorrência de dores nas articulações.

Segue abaixo uma orientação dietética:

Alimentos proibidos:

Miúdos em geral (miolo, fígado, rins, coração, moela)

Alguns alimentos do mar, como sardinha, mexilhão, anchova, bacalhau, salmão, truta, atum, arenque, camarão, lagosta, ostra, caranguejo

Algumas aves, como pombo, ganso, peru, galinha, galeto

Carne de porco, embutidos, toucinho defumado, bacon

Caldo de carne e molhos prontos

Feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, trigo

Frutas oleaginosas, como coco, nozes, castanhas, amêndoas, amendoim, pistache, avelã

Presunto, banha, extrato de tomate, chocolate, pão de centeio

Alho porró, aspargo, brócolos, cogumelo, espinafre

Todos os grãos e sementes

Alimentos restringidos:

Carnes magras (patinho, coxão duro)
Peito de frango, filé de peixe (pescada branca)
"2 porções pequenas por dia"

Alimentos permitidos:

Leite e iogurte desnatados, queijos brancos
Ovos
Vegetais (exceto os acima)
Pães brancos e biscoitos de água e sal
Frutas em geral
Macarrão e arroz
Batata
Óleos vegetais (girassol, canola), em quantidade moderada

Recomendações:

Utilizar preparações com carnes cozidas desprezando a água do cozimento
Carnes assadas não devem ser tostadas
Não utilizar preparações ou alimentos ricos em gorduras
Não ingerir bebidas alcóolicas
Ingerir 2 a 3 litros de água por dia

Fonte: pitboorei.vilabol.uol.com.br

Acido úrico: o responsável pela gota

O que Michelangelo, Isaac Newton e Franklin Roosevelt tinham em comum? Além, é claro, de serem personalidades de suma importância em suas respectivas áreas, todos sofriam de gota, uma doença inflamatória metabólica que atinge pessoas com alto nível de ácido úrico no sangue

Mas o que é ácido úrico? “É um produto natural do organismo formado a partir do metabolismo de uma substância chamada purina (que é um dos componentes do DNA). Uma parte do produto costuma ser eliminada pela urina, enquanto o restante circula no corpo sem causar problemas de saúde”, explica Evelin Goldenberg, professora de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e reumatologista do Hospital Albert Einstein.

O índice de ácido úrico, no entanto, não deve ultrapassar o nível máximo de 6,8 mg por 100 ml de sangue. “Caso contrário, o excesso dessa substância pode virar cristais, que vão sendo depositados nas articulações e podem levar a um intenso processo inflamatório, com inchaço das juntas. E pelo menos 20% dos casos de ácido úrico elevado geram um estado dolorido, conhecido como gota”, diz a especialista.

Segundo Goldenberg, o desequilíbrio ocorre por dois motivos metabólicos. Ou o paciente é um hiper-produtor ou um hipo-excretor. “No primeiro caso, o organismo está produzindo muito ácido úrico e, mesmo tendo uma excreção normal, não consegue eliminar o suficiente para deixar a taxa baixa. No segundo (que corresponde a 90% dos pacientes), apesar de a produção ser normal ou aumentada, os rins só conseguem eliminar pouco ácido úrico”.

Como saber se tenho? “O diagnóstico é feito primeiramente com um exame de sangue para conhecer os níveis de ácido úrico na circulação. E, depois, para saber se a excreção está reduzida, os médicos costumam pedir um exame de urina, que indica qual a dosagem eliminada durante o dia. A partir da comparação desses dois resultados o especialista indica o tratamento mais adequado para cada caso, uma vez que existem remédios tanto para inibir a produção como para aumentar a excreção”, esclarece a médica.

“20% dos que têm o ácido úrico elevado desenvolvem crises de gota, principalmente homens entre 30 e 50 anos e mulheres na pós-menopausa”

Outro teste importante é feito com o líquido tirado das articulações. “Este só é indicado no caso de pacientes que apresentam inchaço nas juntas para verificar se há presença de cristais de ácido úrico nas articulações e, conseqüentemente, riscos de ocorrer uma crise de gota”, afirma Goldenberg.

Para a maioria das pessoas, esse quadro não apresenta nenhum incômodo, e só é detectado se o médico pedir um exame específico, em um check-up, por exemplo. “Mas 20% dos que têm o ácido úrico elevado desenvolvem crises de gota, principalmente homens entre 30 e 50 anos e mulheres na pós-menopausa. Nesse grupo também estão incluídos obesos e hipertensos”, diz a reumatologista.

Com a formação de cristais em uma articulação, o paciente tem uma inflamação que se torna muito dolorosa, vermelha e inchada. “A pessoa mal consegue suportar o roçar da roupa ou dos lençóis nas regiões afetadas. Em geral, a gota começa na articulação do dedão do pé (situação conhecida como podagra)”, explica Goldenberg.

Conforme o problema evolui, outras articulações podem ser atingidas, entre elas os tornozelos e joelhos. “Outra complicação possível decorrente dos altos níveis de ácido úrico no sangue são os depósitos da substância debaixo da pele, nas articulações ou em órgãos, como os rins. São nódulos duros de cristais, bolinhas brancas semelhantes a gotas de leite condensado, chamados de tofos”, esclarece a médica.

Por isso mesmo, também há chance de formação de cálculos renais, bem como de nefropatia (insuficiência renal) por ácido úrico. “Neste caso, há um acúmulo de cristais dentro dos túbulos renais, provocando uma obstrução à passagem da urina”, afirma a especialista.

Depois de uma crise de gota é preciso buscar tratamento. Do contrário, o intervalo entre as crises diminui e a intensidade da dor pode aumentar. “O paciente também corre o risco de desenvolver uma poliartrite, ou seja, uma inflamação em várias juntas ao mesmo tempo ou até uma destruição das articulações. Há um aumento ainda das chances de doenças cardiovasculares e problemas nos rins”, diz Goldenberg.

Alimentação

A alimentação não pode impedir que o índice de ácido úrico se eleve. Porque 90% vêm do metabolismo da purina. “É claro que, quando a pessoa tem um índice de ácido úrico muito elevado, os especialistas aconselham evitar alimentos como: crustáceos; carnes vermelhas; lentilha e feijão, que contêm excesso de ácido úrico”, diz a médica.

Um outro desencadeante da crise de gota é a bebida alcoólica. A cerveja é uma das que está intimamente ligada ao agravamento da enfermidade. Por isso deve ser consumida com muita moderação por quem já teve uma crise ou possui o ácido úrico elevado. “É importante saber que, quando o índice estiver alto, deve-se evitar qualquer tipo de bebida alcoólica. Porém, se a vontade for muita, é preferível optar pelo vinho. Outro ponto essencial no tratamento é seguir uma dieta alimentar equilibrada e pouco calórica, para controlar a obesidade e a hipertensão”, aconselha Goldenberg.

Segundo a especialista, quando os índices se normalizam, não significa que o individuo está curado. “Depois de controlada a crise e estabelecidos índices aceitáveis de ácido úrico no sangue, minimiza-se a chance de novas crises e complicações. Mas vale ressaltar que a pessoa que já tem esse problema precisa se acostumar a ter uma vida mais saudável com uma alimentação de baixas calorias. E ainda tentar emagrecer e verificar sempre a pressão arterial - até para contribuir para a prevenção dos problemas coronarianos”.

Mas a crise volta? “Quando o indivíduo esquece o quanto a crise de gota o fez sofrer, pode relaxar - daí come e bebe demais, engorda, não controla a pressão e o resultado é que a dor volta com intensidade ainda maior do que a da última crise”, afirma a médica.

Fonte: cyberdiet.terra.com.br

Hiperuricemia

Indivíduos com esse distúrbio, têm dificuldade de eliminar o ácido úrico, produto final do metabolismo da purina, formado na quebra de proteínas, principalmente de origem animal. Geralmente desenvolvem a gota úrica, doença que lembra a artrite, pela ocorrência de dores nas articulações.

Segue abaixo uma orientação dietética:

Alimentos proibidos

  • Miúdos em geral (miolo, fígado, rins, coração, moela)
  • Alguns alimentos do mar, como sardinha, mexilhão, anchova, bacalhau, salmão, truta, atum, arenque, camarão, lagosta, ostra, caranguejo
  • Algumas aves, como pombo, ganso, peru, galinha, galeto
  • Carne de porco, embutidos, toucinho defumado, bacon
  • Caldo de carne e molhos prontos
  • Feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, trigo
  • Frutas oleaginosas, como coco, nozes, castanhas, amêndoas, amendoim, pistache, avelã
  • Presunto, banha, extrato de tomate, chocolate, pão de centeio
  • Alho porró, aspargo, brócolos, cogumelo, espinafre
  • Todos os grãos e sementes

Alimentos restringidos:

  • Carnes magras (patinho, coxão duro)
  • Peito de frango, filé de peixe (pescada branca)
  • 2 porções pequenas por dia"

Alimentos permitidos:

  • Leite e iogurte desnatados, queijos brancos
  • Ovos
  • Vegetais (exceto os acima)
  • Pães brancos e biscoitos de água e sal
  • Frutas em geral
  • Macarrão e arroz
  • Batata
  • Óleos vegetais (girassol, canola), em quantidade moderada

Recomendações:

  • Utilizar preparações com carnes cozidas desprezando a água do cozimento
  • Carnes assadas não devem ser tostadas
  • Não utilizar preparações ou alimentos ricos em gorduras
  • Não ingerir bebidas alcóolicas
  • Ingerir 2 a 3 litros de água por dia

Fonte: www.dietanet.hpg.ig.com.br

O ácido úrico é um composto orgânico de carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio. Sua fórmula química é C5H4N4O3.

A fórmula química do ácido úrico é C5h2N4O3.

O ácido úrico é um produto de eliminação do metabolismo do nitrogênio no corpo humano ( o produto de excreção principal é a uréia ) , encontrado na urina em pequenas quantidades. Em alguns animais, como aves e répteis é o principal produto de eliminação , e é expulso com as fezes. O alto teor de nitrogênio no ácido úrico é a razão pelo qual o guano é tão valioso como fertilizante na agricultura.

No sangue humano, a concentração de ácido úrico entre 3,6 e 8,3 mg/dl é considerada normal pela Associação Médica Americana, podendo ser encontrado em níveis mais baixos nos vegetarianos.

A gota é uma denominação associada a níveis anormais de ácido úrico no organismo. A saturação de ácido úrico no sangue humano pode dar lugar a um tipo de cálculo renal quando o ácido cristaliza nos rins. Uma considerável porcentagem de enfermos com gota chegam a ter cálculos renais do tipo úrico.

Alimentos e ácido úrico

Alimentos que aumentam o nível de ácido úrico
  • Legumes: couve-flor, vagem, feijão, ervilha, amendoim, azeitona
  • Frutas: laranja, acerola, limão
  • Carnes: miúdos de carnes em geral, carne de porco, carne de vaca, embutidos em geral
  • Peixes: Sardinhas, muquecas em geral
  • Ovos
  • Bebidas álcoolicas: destiladas, vinho
  • Alimentos em conserva.
  • Pimenta do reino
  • Tomate
Alimentos de consumo moderado
  • Carnes magras em geral assada em forno
  • Massas
  • Queijos brancos
  • Tomate
  • Café
  • Chá preto
  • Refrigerantes
  • Enlatados em geral
  • Pimenta (exceto as sementes)
  • Frutas ácidas (limão, abacaxi,acerolas,laranjas etc.)

Fonte: pt.wikipedia.org

avc

acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.

Tipos de AVC

Isquêmico: entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro;

Hemorrágico: rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro.

Sintomas

Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;

Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;

Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;

Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem;

Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;

Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.

Tratamento e reabilitação

O tratamento e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas.

Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde, fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as conseqüências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundiais, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas.

Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, o AVC pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam seqüelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da cama.

A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular, depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular.

Um dos fatores determinantes para os tipos de conseqüências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de seqüelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital. Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado.

Prevenção

Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), a diabetes mellitus, as doenças cardíacas, a enxaqueca, o uso de anticoncepcionais hormonais, a ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, o sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.

Fonte: bvsms.saude.gov.br


Acidente Vascular Cerebral

O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:

a) acidente vascular isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.

b) acidente vascular hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.

Sintomas

a)acidente vascular isquêmico

Perda repentina da força muscular e/ou da visão

Dificuldade de comunicação oral

Tonturas

Formigamento num dos lados do corpo

Alterações da memória

Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios – ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso deixam de exigir cuidados médicos imediatos.

b)acidente vascular hemorrágico

Dor de cabeça

Edema cerebral

Aumento da pressão intracraniana

Náuseas e vômitos

Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico

Recomendações

Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente.

Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames

Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta própria. Ouça sempre a orientação de um médico

Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas

Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares

Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente

Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC

Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc.

Fatores de risco

Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos:

Hipertensão arterial

Colesterol elevado

Fumo

Diabetes

Histórico familiar

Ingestão de álcool

Vida sedentária

Excesso de peso

Estresse

Tratamento

Acidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar a pressão cerebral ou revascularizar veias ou artérias comprometidas.

Infelizmente, células cerebrais não se regeneram nem há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados.

Fonte: drauziovarella.ig.com.br

Um acidente vascular cerebral (também denominado derrame) é a morte de tecido cerebral (infarto cerebral) em conseqüência da deficiência do fluxo sangüíneo e da oxigenação insuficiente do cérebro. O acidente vascular cerebral pode ser isquêmico ou hemorrágico. Em um acidente vascular cerebral isquêmico, o suprimento sangüíneo a uma parte do cérebro é interrompido seja por uma aterosclerose ou por um coágulo que obstrui um vaso sangüíneo.

Em um acidente vascular cerebral hemorrágico, ocorre ruptura de um vaso sangüíneo, impedindo o fluxo de sangue normal e permitindo que ele extravase para uma área do cérebro e cause sua destruição.

Causas

Em um acidente vascular cerebral isquêmico, a obstrução pode ocorrer em qualquer ponto ao longo das artérias que vão ao cérebro.

Por exemplo, pode ocorrer um acúmulo importante de material gorduroso (ateroma) em uma artéria carótida, reduzindo o seu fluxo sangüíneo ao mínimo, da mesma forma que a água passa por uma tubulação meio obstruída. Essa condição é grave porque cada artéria carótida normalmente é responsável por uma grande porcentagem do suprimento de sangue ao cérebro.

O material gorduroso também pode despregar da parede da artéria carótida, passar à circulação sangüínea e alojar-se em uma artéria de menor calibre, obstruindo totalmente o vaso. As artérias carótida e vertebral e seus ramos podem sofrer obstruções através de outros mecanismos, isto é, um coágulo sangüíneo formado no coração ou em uma de suas válvulas pode despregar-se (tornando-se um êmbolo), deslocar- se através das artérias até o cérebro e alojar- se nesse órgão.

O resultado é um acidente vascular cerebral embólico (embolia cerebral). Esses acidentes vasculares cerebrais são mais comuns em pessoas que recentemente foram submetidas a uma cirurgia cardíaca ou que apresentam uma valvulopatia ou uma arritmia cardíaca (especialmente a fibrilação atrial).

É raro um êmbolo de gordura causar um acidente vascular cerebral. Se ocorrer a liberação da gordura da medula de um osso fraturado para o interior da corrente sangüínea, pode ocorrer a formação de muitos êmbolos que tornam-se mais compactos (consolidam) no interior de uma artéria. Inflamações ou infecções capazes de produzir estreitamento dos vasos sangüíneos que conduzem o sangue ao cérebro também podem ocasionar um acidente vascular cerebral, assim como o uso de drogas (p.ex., cocaína e anfetaminas).

Uma queda súbida da pressão arterial pode reduzir intensamente o fluxo sangüíneo cerebral, provocando geralmente um desmaio.

No entanto, se a pressão arterial permancer baixa por muito tempo, é possível a ocorrência de um acidente vascular cerebral. Esta situação ocorre quando um indivíduo perde um grande grande volume de sangue devido a uma lesão ou durante uma cirurgia, se ele apresentar um infarto do miocárdio ou uma freqüência ou ritmo cardíaco anormal.

Sintomas e Evolução

Quase todos os acidentes vasculares cerebrais começam de modo súbito, apresentam uma evolução rápida e causam lesão cerebral em minutos (acidente vascular cerebral estabelecido). Menos comumente, enquanto ocorre uma morte progressiva do tecido cerebral, o acidente vascular cerebral pode piorar progressivamente durante algumas horas ou um dia ou dois (acidente vascular cerebral em evolução).

Geralmente, mas nem sempre, a progressão é interrompida por períodos relativamente estáveis, durante que a área lesada cessa de aumentar ou ocorre uma melhora. Dependendo da parte do cérebro afetada, os sintomas variam bastante.

Os sintomas possíveis são os mesmos do ataque isquêmico temporário.

No entanto, existe uma maior probabilidade da disfunção neurológica ser mais grave, disseminada, associada ao coma ou ao estupor e permanente.

Além disso, os acidentes vasculares cerebrais podem causar depressão ou descontrole emocional.

Os acidentes vasculares cerebrais podem causar edema cerebral.

Esse edema é particularmente perigoso porque o crânio possui pouco espaço para expansão. A pressão resultante pode lesar ainda mais o tecido cerebral, fazendo com que os problemas neurológicos piorem, ainda que o próprio acidente vascular cerebral não tenha aumentado de tamanho.

Por que os Acidentes Vasculares Cerebrais afetam apenas um dos Lados do Corpo?

Usualmente, os acidentes vasculares cerebrais lesam apenas um lado do cérebro. Como os nervos no cérebro cruzam em direção ao outro lado do corpo, os sintomas ocorrem no lado do corpo oposto ao lado lesado do cérebro.

Acidente Vascular Cerebral

Diagnóstico

O médico é capaz de diagnosticar um acidente vascular cerebral baseando-se na história dos eventos e no exame físico, que ajuda a determinar com mais precisão a área cerebral lesada. Para confirmar, é normalmente solicitada uma tomografia computadorizada (TC) ou uma ressonância magnética (RM). Contudo, esses procedimentos podem revelar o acidente vascular cerebral somente alguns dias após a ocorrência do mesmo.

A TC ou a RM também ajudam a definir se a causa do acidente vascular cerebral foi uma hemorragia ou um tumor cerebral. Nas raras ocasiões em que a cirurgia imediata é aventada, o médico pode solicitar uma angiografia. Os médicos tentam determinar a causa precisa do acidente vascular cerebral. Eles apresentam um interesse especial em saber se o acidente vascular cerebral foi causado por um coágulo sangüíneo que se deslocou livremente (embolia) até o cérebro ou por uma obstrução de um vaso sangüíneo devido à aterosclerose (aterotrombose).

Quando a causa do acidente vascular cerebral é um coágulo sangüíneo ou uma embolia, a ocorrência de um novo acidente vascular cerebral é muito provável, exceto se o problema subjacente for corrigido.

Por exemplo, se houver formação de coágulos sangüíneos no coração por causa de uma arritmia cardíaca, o tratamento dessa irregularidade pode prevenir a formação de novos coágulos e a ocorrência de um outro acidente vascular cerebral. Neste caso, o médico geralmente realiza um eletrocardiograma (verificando a presença de ritmos cardíacos anormais) e também pode recomendar a realização de outros exames cardiológicos como, por exemplo, a monitorização com Holter, na qual é realizado o registro eletrocardiográfico contínuo durante 24 horas, e a ecocardiografia, na qual são avaliadas as câmaras e as válvulas cardíacas.

Outros exames laboratoriais são de pouca utilidade, mas são realizados para se assegurar que o acidente vascular cerebral não foi causado por uma deficiência de eritrócitos (anemia), um excesso de eritrócitos (policitemia), um câncer dos leucócitos (leucemia) ou uma infecção.

Após um acidente vascular cerebral, a punção lombar raramente é necessária. De fato, esse exame poderá ser realizado somente quando o médico tiver certeza que o cérebro não se encontra submetido a uma pressão excessiva, condição esta que normalmente exige a realização de uma TC ou uma RM.

A punção lombar é realizada para se verificar a presença de uma infecção cerebral, para mensurar a pressão do líquido cefalorraquidiano ou para observar se a causa do acidente vascular cerebral é uma hemorragia.

Prognóstico

Muitos indivíduos vítimas de um acidente vascular cerebral recuperam todas ou a maioria das funções normais e podem levar uma vida normal.

Outros apresentam uma deterioração física e mental, que os tornam incapazes de se mover, falar ou comer geralmente.

Durante os primeiros dias, os médicos geralmente não podem prever se o paciente vai melhorar ou piorar. Cerca de 50% dos pacientes com paralisia em um dos lados e a maioria com sintomas menos graves apresentam recuperação parcial das funções no momento da alta hospitalar e conseguem suprir suas necessidades básicas. Eles podem raciocinar claramente e caminhar adequadamente, apesar de poderem apresentar limitação funcional do membro superior ou inferior afetado.

O uso de membro superior é mais freqüentemente limitado do que o de um membro inferior. Cerca de 20% dos indivíduos vítimas de um acidente vascular cerebral morrem no hospital.

A porcentagem é ainda maior entre os indivíduos idosos. Determinadas características do acidente vascular cerebral sugerem um mau prognóstico.

Os acidentes vasculares cerebrais que causam inconsciência e aqueles que comprometem a função respiratória ou cardíaca são particularmente graves. As perdas neurológicas que persistem após seis meses provavelmente serão permanentes, embora alguns indivíduos continuem a apresentar uma melhora lenta. Os indivíduos idosos apresentam um prognóstico pior do que os mais jovens. A recuperação daqueles que já apresentam outras doenças graves é mais difícil.

Tratamento

Os sintomas que indicam um possível acidente vascular cerebral exigem atenção médica imediata. Algumas vezes, se intervierem rapidamente, os médicos podem limitar a lesão ou impedir a sua progressão. Muitos dos efeitos de um acidente vascular cerebral exigem cuidados médicos, especialmente durante as primeiras horas.

Em primeiro lugar, os médicos normalmente administram oxigênio e instalam um cateter intravenoso, para assegurar que o paciente receba líquidos e nutrientes.

Em um acidente vascular cerebral em evolução, geralmente são administrados anticoagulantes (p.ex., heparina). No entanto, essas drogas são inúteis quando se trata de um acidente vascular cerebral cerebral estabelecido. Além disso, elas geralmente não são administradas em indíviduos hipertensos e nunca são administradas em indivíduos com uma hemorragia cerebral, pois elas aumentam o risco de sangramento.

As investigações recentes sugerem que a paralisia e outros sintomas podem ser prevenidos ou revertidos se, durante as três primeiras horas que sucedem o início do acidente vascular cerebral, forem administrados certos medicamentos que dissolvem os coágulos (p.ex., estreptocinase ou ativador tissular do plasminogênio).

Deve ser realizado um exame rápido para se determinar se a causa é um coágulo e não uma hemorragia (a qual não pode ser tratada com esse tipo de medicamento). Atualmente, estão sendo experimentadas novas medidas que podem melhorar as possibilidades de um resultado favorável, como o bloqueio dos receptores de certos neurotransmissores do cérebro.

Após o estabelecimento de um acidente vascular cerebral, existe uma quantidade de tecido cerebral morto e o restabelecimento da circulação sangüínea não consegue restaurar a sua função. Por essa razão, a cirurgia geralmente não é benéfica.

Entretanto, a remoção de obstruções após um acidente vascular cerebral pequeno ou um ataque isquêmico temporário em um indivíduo cuja artéria carótida apresenta uma obstrução superior a 70% pode reduzir o risco de futuros acidentes vasculares cerebrais. Para reduzir o edema e o aumento da pressão no cérebro dos indivíduos vítimas de um acidente vascular cerebral agudo, podem ser administradas substâncias como o manitol ou, raramente, corticosteróides.

Se o acidente vascular cerebral for muito grave, pode ser necessária a utilização de um respirador mecânico, ou porque o indivíduo apresentou uma pneumonia, ou para manter uma respiração adequada.

Freqüentemente, devem ser tratados problemas concomitantes como, por exemplo, a insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas, a hipertensão arterial ou infecções pulmonares. Como as alterações do humor, especialmente a depressão, freqüentemente ocorrem após um acidente vascular cerebral, a família ou amigos devem informar ao médico se o indivíduo parecer deprimido. A depressão pode ser tratada com medicação e psicoterapia.

Reabilitação

A reabilitação intensiva pode auxiliar muitos indivíduos a aprender a superar a incapacidade, apesar do comprometimento de uma parte do tecido cerebral. Outras áreas do cérebro podem encarregar-se das tarefas que previamente eram realizadas pela área lesada. A reabilitação é iniciada assim que o indivíduo apresentar estabilização da pressão arterial, do pulso e da respiração.

Médicos, terapeutas e enfermeiros combinam suas experiências para manter um nível adequado de tônus muscular do paciente, prevenir as contrações musculares e as úlceras de decúbito (as quais podem ocorrer em conseqüência da permanência do paciente em uma mesma posição por um tempo prolongado) e ensinar o paciente a andar e a falar novamente. A paciência e a perseverança são fundamentais.

Após a alta hospitalar, muitos indivíduos beneficiam- se com a reabilitação contínua, realizada em um hospital ou em um centro de cuidados de enfermagem, em um centro de reabilitação ou no domicílio.

Os terapeutas ocupacionais e os fisioterapeutas podem sugerir maneiras que facilitem a vida e tornem a casa mais segura para um indivíduo que apresenta incapacidades.

Ataques Isquêmicos Temporários

Um ataque isquêmico temporário (AIT) é um distúrbio no funcionamento do cérebro causado por uma deficiência temporária de suprimento sangüíneo ao cérebro.

Causas

Pequenos fragmentos de material gorduroso e cálcio que se acumulam na parede de uma artéria (denominados ateromas) podem desprender- se e alojar-se nos pequenos vasos sangüíneos do cérebro, obstruindo temporariamente a circulação sangüínea e causando um AIT. O acúmulo de plaquetas ou de coágulos sangüíneos também pode obstruir um vaso sangüíneo e causar um AIT.

O risco de AIT aumenta quando o indivíduo apresenta hipertensão arterial, aterosclerose, uma cardiopatia (especialmente arritmias ou valvulopatias), diabetes ou policitemia (excesso de eritrócitos). Os AITs são mais comuns na meiaidade e sua probabilidade aumenta no decorrer do tempo. Ocasionalmente, os AITs ocorrem em adultos jovens ou em crianças com uma cardiopatia ou um distúrbio sangüíneo.

Sintomas

Um AIT apresenta um início súbito e, geralmente, dura entre 2 e 30 minutos. Raramente, ele dura mais de uma a duas horas. Os sintomas variam, dependendo da parte do cérebro que é privada de sangue e oxigênio.

Quando as artérias que são ramos da artéria carótida são afetadas, os sintomas mais freqüentes são a cegueira de um olho ou alterações da sensibilidade e fraqueza.

Quando as artérias afetadas são ramos das artérias vertebrais (localizadas na parte posterior do cérebro), os sintomas mais comuns são a tontura, a visão dupla e a fraqueza generalizada.

De modo geral, no entanto, muitos sintomas diferentes podem ocorrer, tais como:

Perda da sensibilidade ou alterações da sensibilidade em um membro superior ou inferior ou em um dos lados do corpo;

Fraqueza ou paralisia de um membro superior ou inferior ou de um dos lados do corpo;

Perda parcial da visão ou da audição;

Visão dupla;

Tontura;

Fala pastosa;

Dificuldade para pensar a palavra adequada ou pronunciá-la;

Incapacidade de identificar partes do corpo;

Movimentos incomuns;

Incontinência urinária;

Desequilíbrio e quedas;

Desmaios

Apesar dos sintomas serem similares aos de um acidente vascular cerebral, eles são temporários e reversíveis.

Contudo, os AITs tendem a recorrer. O indivíduo pode apresentar vários ataques em um dia ou apenas dois ou três em vários anos.

Em aproximadamente um terço dos casos, um AIT é seguido por um acidente vascular cerebral. Aproximadamente metade desses acidentes vasculares cerebrais ocorrem durante o ano que sucede o AIT.

Fonte: www.msd-brazil.com

AVC – Como reconhecer para agir rápido

Esta semana fiz um exame da carótida. Trata-se de um “Eco-doppler colorido das carótidas e artérias vertebrais” para ver como está o calibre das artérias, se há obstrução e como se comporta o fluxo sanguíneo.

Quando fiz o exame pela última vez estava com quase 30% de obstrução. Imaginava que poderia estar bem pior agora, passados alguns anos desde o exame anterior.

Já faz algum tempo que venho bebendo suco de romã, grande vantagem de quem tem uma romãzeira em seu quintal. Diz a tradição que uma das propriedades da romã é, justamente, desentupir as carótidas.

E não deu outra. As minhas carótidas estão com obstrução menor do que 20%. Para quem não faz qualquer dieta é um bom resultado.

Mas, vamos falar de AVC, o “Acidente Vascular Cerebral“, o popular “derrame“, e conhecer os seus sinais.

Acidente Vascular Cerebral

Um amigo de longa data recebeu este email e confirma que assistiu a um médico dando a mesma explicação pela televisão. Vamos a ela:

Se todos se lembrarem de algo tão simples como o que será descrito abaixo, poderemos ajudar a salvar algumas pessoas.

Durante um piquenique, uma amiga chamada Ingrid tropeçou e teve uma pequena queda – ela assegurou a todos que estava bem (eles ofereceram-se para chamar uma ambulância). Ela disse que apenas tinha tropeçado por causa dos sapatos novos.

Os amigos limparam-na e arranjaram-lhe um novo prato de comida. Enquanto parecia um pouco abalada, Ingrid continuou a divertir-se o resto da tarde.

O marido da Ingrid chamou mais tarde para dizer a todos que a sua mulher estava no hospital (às 6:00h da manhã Ingrid faleceu). Tinha sofrido um AVC (Stroke, em inglês) durante o piquenique.

Se eles tivessem sabido identificar os sinais do AVC, talvez a Ingrid ainda estivesse viva. Algumas pessoas não morrem, mas ficam incapacitadas e com graves sequelas.

Os neurologistas dizem que se conseguirem chegar até a vitima de AVC dentro de 3 horas, podem reverter totalmente os efeitos.

O truque está em reconhecer os sinais de AVC, diagnosticar, e obter assistência médica no prazo de 3 horas, o que não é fácil.

Às vezes os sintomas do AVC são difíceis de identificar. A vitima pode sofrer danos mentais muito graves quando as pessoas mais próximas falham em reconhecer os sintomas básicos de um AVC.

Vejam como é fácil identificar um AVC: Lembre-se das 3 letras de STROKE: S, T e R.

S * Peça à pessoa para sorrir (Smile)
T * Peça para ela dizer (Talk) uma frase simples e coerente (ex: Está um dia lindo!!!)
R * Peça para que levante (Raise) os dois braços.

Se a pessoa apresentar problemas para fazer alguma destas três coisas, chame socorro médico imediatamente e descreva os sintomas a quem atender.

Outro sinal de um AVC:

Exame da língua

Peça à pessoa para por a língua de fora. Se a língua estiver torta ou for para um lado ou para outro, isso é indicação de AVC.

Agradeço ao meu amigo Roberto Carvalho pela dica. Que nunca precisemos, tanto para nós como para nossos amigos.

Fonte: dicasdotimoneiro.com.br

acidente vascular cerebral (AVC) é a doença neurológica que mais freqüentemente acomete o sistema nervoso e é a principal causa de incapacidades físicas e mentais.

Ocorre devido a uma interrupção do fluxo sangüíneo para o cérebro, que pode ser por obstrução de uma artéria que o supre, caracterizando o AVC isquêmico ou por ruptura de um vaso – AVC hemorrágico.

Os principais fatores relacionados à ocorrência dos AVCs são:

Hipertensão arterial

Diabetes mellitus

Doenças cardíacas

Obesidade

Sedentarismo

Tabagismo.

As seqüelas dependem da localização e do tamanho da área cerebral que foi atingida e do tempo que o paciente levou para ser atendido ( melhor o prognóstico quanto mais rápido for iniciada a recuperação), sendo as mais comuns hemiparesia, alterações visuais, da fala e da memória.

A circulação sanguínea do cérebro

Acidente Vascular Cerebral

O sangue chega ao cérebro através das artérias vertebrais e das artérias carótidas internas-saude, que se comunicam através do polígono de Willis, este é uma anastomose arterial que fornece o suprimento sangüíneo para os hemisférios cerebrais, sendo formado pelas artérias cerebrais anteriores e posteriores, artérias comunicantes anterior e posteriores e pela carótida interna.

Estas artérias possuem paredes muito finas, o que as torna mais vulneráveis a hemorragias. A artéria cerebral que é mais comumente acometida por AVC é a artéria cerebral média.

Lesões e plasticidade neural

O estrago causado no cérebro por um AVC pode provocar perda de sua função, mas através de um fenômeno denominado “neuroplasticidade”, o cérebro pode se reajustar funcionalmente, havendo uma reorganização dos mapas corticais que contribui para a recuperação do AVC. As mudanças descritas na organização do córtex incluem o aumento dos dendritos, das sinapses e de fatores neurotróficos essenciais para a sobrevivência de células nervosas.

Após ocorrer uma lesão, em algum lugar do córtex motor, mudanças de ativação em outra regiões motoras são observadas.

Essas mudanças podem ocorrer em regiões homólogas do hemisfério não afetado, que assumem as funções perdidas, ou no córtex intacto adjacente a lesão. Graças a essas reorganizações corticais, que podem ter início de um a dois dias após o AVC e podem se prolongar por meses, os pacientes podem recuperar, pelo menos em parte, as habilidades que haviam sido perdidas.

A recuperação da função nos membros ,promovida pela plasticidade, é dificultada por um fenômeno conhecido como “não-uso aprendido”.

Com a perda da função de uma área do cérebro atingida pelo AVC, a região do corpo que estava ligada a essa área também é afetada, perdendo a sua capacidade de movimentação.

Como o paciente não consegue mover o membro mais afetado, compensa usando o outro, deste modo, após um certo tempo, quando os efeitos da lesão não estão mais presentes e ocorreram readaptações no cérebro, os movimentos poderiam ser recuperados, no entanto, o paciente já “aprendeu” que aquele membro não é mais funcional.

Terapia de movimento

No período seguinte ao AVC, é observada uma diminuição nas áreas de representação cortical dos músculos afetados, pois como estes não estão trabalhando, sua área correspondente no cérebro não é estimulada.

Para tentar superar ou diminuir os efeitos do não-uso aprendido, uma das práticas que vem sendo utilizada é a Constraint-Induced Movement Therapy (CI-therapy) ou uso-forçado, que tem demonstrado aumentar as mudanças plásticas favoráveis à recuperação.

A técnica consiste no uso forçado do braço afetado pela restrição do uso do braço não afetado (veja a figura abaixo).

Durante um período de 10 a 15 dias, o paciente fica com o braço não afetado imobilizado, assim, as diversas atividades como comer, vestir-se, escrever, cozinhar são realizadas pelo braço afetado, havendo novamente estimulação do córtex danificado.

O paciente faz nesse período treinamento fisioterápico por seis horas diárias, praticando tarefas repetitivas com o braço afetado. Por causa desse uso aumentado do braço afetado, a área do cérebro relacionada a este volta a ser estimulada, ocorre uma intensa reorganização cortical que aumenta a área de representação deste membro no córtex e melhora o funcionamento motor.

Assim, a CI-therapy pode ser considerada efetiva no combate ao não-uso aprendido.

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Conclusões

Pelo que foi visto, podemos concluir que a neuroplasticidade é essencial para a reabilitação de paciente portadores de AVC, e um dos métodos usados para estimulá-la é a CI-therapy, que vem obtendo resultados satisfatórios na reorganização do córtex motor e na superação do não-uso aprendido.

Derrame Cerebral

Derrame é um termo popular que normalmente se refere ao Ataque vascular cerebral (ou AVC), que seria a denominação mais adequada.

AVC pode ser de dois tipos: isquêmico e hemorrágico. O AVC isquêmico ocorre pela obstrução de uma das artérias do cérebro, que provoca a morte daquela região cerebral que ficou sem o aporte sangüíneo adequado.

Já o AVC hemorrágico ocorre por sangramento de uma das artérias do cérebro, causando mais ou menos os mesmos tipos de sintomas do AVC isquêmico.

Sinais e sintomas

Estar atento para os sinais do AVC é fundamental. Embora o AVC seja mais comum a partir dos 40 anos, ele pode ocorrer em qualquer idade. O sintomas costumam ser de instalação súbita e dependem basicamente do local do cérebro que sofreu o dano.

Fique atento para os seguintes sinais:

Perda súbita de força em um lado do corpo (braço e perna direita ou esquerda, por exemplo), ou perda de força em um braço ou uma perna isoladamente.

Perda súbita de força na face, o que pode causar desvio da boca para um lado (a boca fica torta de repente).

Perda repentina de sensibilidade em um lado do corpo, ou em um membro, ou na face.

Perda de visão súbita de um olho.

Perda de fala ou dificuldade repentina de falar. A pessoa pode parecer querer dizer alguma coisa e não conseguir. Ou pode acontecer de parecer não entender nada do que é dito.

Dor de cabeça súbita, forte, sem nenhuma causa aparente.

Dificuldade súbita para caminhar.

O que fazer se aparecer algum desses sintomas?

Na ocorrência de qualquer um dos sintomas acima, a pessoa deve ser levada imediatamente para o hospital.

Atualmente, há tratamentos modernos e efetivos para o AVC isquêmico, que desmancham o coágulo e estão disponíveis em alguns grandes centros do Brasil, mas que devem ser iniciados até 3 horas após o início dos sintomas.

Por isso, é muito importante chegar ao hospital em até 2 horas, para que dê tempo de realizar os exames necessários antes do tratamento.

Nem sempre o trombolítico poderá ser usado. Isso dependerá de caso para caso. Mesmo assim, uma série de medidas clínicas podem ser feitas para beneficiar o paciente, e quanto antes forem feitas, maiores as chances de recuperação.

Como evitar?

Os principais fatores de risco para o AVC são os seguintes:

Hipertensão não tratada Tabagismo

Diabetes

Obesidade

Colesterol alto

Sedentarismo

Portanto, para evitar o AVC, é importante parar de fumar, emagrecer se estiver com sobrepeso, e tratar o colesterol, a pressão e o diabetes, sempre que algum deles estiver presente. Ah, e nunca deixe de fazer exercícios! Meia hora de caminhada já vai fazer uma tremenda diferença!

Mitos e Verdades

É importante ter em mente os seguintes mitos e verdades sobre o AVC:

MITOS

Não é possível prevenir o AVC. Não é possível tratar o AVC. Só pessoas de idade têm AVC. AVC ocorre no coração. A recuperação do AVC dura alguns meses após o tratamento.

VERDADES

O AVC pode muito bem ser evitado se forem bem tratados os fatores de risco explicados acima. O AVC requer tratamento imediato. AVC pode ocorrer em qualquer um, até em bebês. AVC ocorre no cérebro!! No coração, ocorre o infarto. A recuperação do AVC pode levar a vida toda.

Mirella Brito

Nicodemos Teles de Pontes Filho

Referências

Cramer, S. C., Moore, C. I., Finklestein, S. P., Rosen, B. R. (2000). A Pilot Study of Somatotopic Mapping After Cortical Infarct. Stroke 31: 668-671

 

Liepert, J., Bauder, H., Miltner, W. H. R., Taub, E., Weiller, C. (2000). Treatment-Induced Cortical Reorganization After Stroke in Humans. Stroke 31: 1210-1216

 

Liepert, J., Miltner, W.H.R., Bauder, H., Sommer, M., Dettmers, C., Taub, E., Weiller, C. (1998). Motor cortex plasticity during constraint-induced movement therapy in stroke patients. Neurosci Lett. 250:5–8.

Taub ,E., Uswatte, G., Pidikiti, R.D. (1999). Constraint-induced movement therapy. a new family of techniques with broad application to physical rehabilitation-a clinical review. J Rehab Res Dev. 36: 237–251.

Fonte: www.cerebromente.org.br

O que é AVC?

acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente por derrame cerebral, é uma doença séria que pode causar seqüelas irreversíveis se a pessoa não for atendida rapidamente. Conheça suas causas, formas de tratamento e reabilitação.

Quais as suas características?

O acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado pela lesão no cérebro causada por um "acidente" em um dos vasos sangüineos que irrigam a região cerebral.

Pode ocorrer por um entupimento desses vasos, impedindo a circulação sangüínea, caracterizando o "AVC isquêmico", ou, ainda, um vaso sangüineo pode se romper provocando um sangramento no cérebro. Nesse caso, a denominação é "AVC hemorrágico".

O que provoca o AVC?

O AVC pode ser causado por várias doenças, mas também existem fatores de risco. Os mais comuns para os tipos isquêmicos são pressão alta, diabetes, doenças cardíacas e taxas de colesterol e triglicérides altas. Pode acometer pessoas fumantes. No caso do AVC hemorrágico, os fatores que o ocasionam são a pressão alta, distúrbios de coagulação e, eventualmente, a presença de aneurisma cerebral (dilatação das paredes de artérias ou veias), que é congênito (a pessoa nasce com ele).

Quais os sintomas do AVC?

Os sintomas do AVC dependem da parte do cérebro que foi lesada. Em geral, pode haver dificuldade na fala e nos movimentos ou alterações na visão.

Formigamento ou fraqueza em uma das partes do corpo também é comum, além de dor de cabeça repentina. Estes sintomas são os mais comuns e podem até ter relação com outro problema, mas a recomendação é que a pessoa procure imediatamente um hospital.

Quais as seqüelas causadas pelo AVC?

O AVC, em geral, deixa seqüelas que são mais ou menos graves, dependendo da área do cérebro afetada e do tempo que o paciente levou para ser atendido.

As mais comuns são paralisia total ou parcial (de um lado do corpo, pode ser esquerdo ou direito); a alteração da fala, tanto no que diz respeito a expressão, quanto na compreensão; alterações visuais, dificuldades que podem atingir um lado do campo esquerdo ou direito e alterações de memória.

Quais são as formas de tratamento?

A pessoa que sofre AVC isquêmico deve procurar imediatamente um médico neurologista para prescrição de medicamentos apropriados para dissolver os coágulos, causado por entupimento de vaso, para que o sangue volte a circular normalmente na região cerebral atingida.

Como é a reabilitação de quem sofre um AVC?

A reabilitação de quem sofre AVC é importante no tratamento, passado o momento agudo do acidente. Existem várias formas de reabilitação e sua aplicação vai depender do tipo de comprometimento neurológico que a pessoa tiver.

Por exemplo, no comprometimento motor, há intervenções fisioterápicas de várias naturezas. Se o paciente tiver alteração na fala, a Fonoaudiologia pode ser recomendada.

Outros tipos de distúrbios neuropsicológicos, por exemplo, distúrbio de atenção, podem ser reabilitados com tratamentos neuropsicológicos. Existem recursos e reabilitação em várias esferas. Somente um especialista pode prescrever o melhor tratamento e a reabilitação adequados para cada caso.

Quais as faixas etárias atingidas?

AVC atinge todas as faixas etárias, sendo raro na infância. É mais freqüente nas pessoas acima de 45 anos.

Há isquemias relacionadas com os pacientes que têm diabetes e hipertensão arterial, mas existem outros fatores de risco que são comuns em pacientes mais jovens, como os sangramentos cerebrais por aneurisma, que podem acontecer entre a terceira e quarta décadas da vida. Há também casos de AVC causados por uso de pílula anticoncepcional ou consumo de drogas.

Fonte: www.ame-sp.org.br

1 - INTRODUÇÃO

Conhecido popularmente como "derrame cerebral", o Acidente Vascular Cerebral (designado pela sigla AVC pelos médicos) é a terceira causa de morte em vários países do mundo e a principal causa de incapacitação física e mental.

O termo "derrame" pode ser confundido com outras doenças. Segundo o dicionário de português Aurélio, significa acúmulo de líquidos em cavidades naturais.

Assim, temos o derrame pleural, pericárdico ou articular. Ora, não existe cavidade natural no cérebro; então, neste caso, não deveríamos utilizar esta expressão.

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Crânio aberto, mostrando o osso, a dura-máter e a aracnóide

O objetivo deste manual é informar aos pacientes e seus familiares sobre esta terrível doença, quanto ao modo como ocorre, "fatores de risco" (são aqueles que facilitam ou que estariam relacionados com a sua ocorrência), quando desconfiar, exames complementares, o tratamento e a reabilitação (fisiatria e fisioterapia).

Antes, porém, é preciso entender um pouco sobre a estrutura cerebral e seu funcionamento. Não vamos, também, expor todos os detalhes, para que a leitura não se torne complexa e cansativa; além disso, seria quase impossível Na maioria das vezes, utilizaremos termos mais simples, não técnicos. justamente para facilitar a compreensão do leigo.

2 - COMO É O CÉREBRO E SEU FUNCIONAMENTO?

O cérebro é envolto por umas peles" bem finas, que lhe dão proteção chamadas meninges. A mais extensa é a dura-mater, depois vem a aracnóide e a pia-mater. Todas estão dentro de uma caixa óssea" que é o crânio.

Para compreendermos melhor, vamos "dividir" o cérebro ao meio, na direção do nariz para a nuca, e teremos a metade direita e esquerda. Cada metade, por sua vez, apresenta regiões com determinadas funções conhecidas. Assim, existem aquelas responsáveis pelos movimentos de partes do nosso corpo (motricidade) pelas sensações, pela coordenação dos movimentos, pela expressão verbal (fala) e compreensão da mesma.

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Cérebro visto de cima; note que apresenta naturalmente duas metades (direita e esquerda)

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Corte de uma metade do cérebro, mostrando algumas áreas e suas respectivas representações corporais. Note que a face e a mão possuem grande território em relação ao restante do corpo. Mais abaixo os nervos" caminham em direção ao tronco cerebral e, dai, para as respectivas partes do corpo

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Diagrama da metade esquerda do cérebro, com a área de movimento (vermelho) e as áreas sensitivas (azul)

As principais artérias que unem o coração ao cérebro são (figura 4):

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Figura 4: Principais artérias responsáveis pelo fornecimento de sangue ao cérebro. Qbserva-se a área de trombose

Carótidas

Uma de cada lado do pescoço, enviando o sangue para a respectiva "metade" do cérebro, mas na parte da frente.

Cerebrais médias

Uma de cada lado, dentro do cérebro(nascem das carótidas)

Vertebrais

Uma de cada lado do pescoço (por "dentro" dos ossos da coluna vertebral. Enviando sangue para a parte de trás do cérebro.

Estas artérias, por sua vez, apresentam suas respectivas ramificações.

Para que o sangue fornecido ao cérebro seja adequado é preciso:

Um bom funcionamento do coração, dos rins, dos pulmões etc

Que a pressão seja adequada

Livre passagem do sangue através dos vasos;

Que os constituintes do sangue esteja adequados (glóbulos vermelhos, glicose, oxigênio, colesterol etc.).

Assim, quaisquer alterações para mais ou para menos podem afetar a circulação cerebral e determinar um AVC.

Observação:

O sangue pode ser dividido em duas partes: uma líquida, formada basicamente por água e outra que são os constituintes (figura 5):

Proteínas

Glicose (açúcar)

Glóbulos vermelhos (responsáveis pelo transporte de oxigênio e gás carbônico)

Glóbulos brancos (responsáveis pela defesa do organismo)

Plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue), etc.

3 - COMO PODERÍAMOS DEFINIR AVC?

O AVC pode ser compreendido como uma dificuldade, em maior ou menor grau, de fornecimento de sangue e seus constituintes a uma determinada área do

cérebro, determinando o sofrimento ou morte desta (neste caso, chamado infarto) e, consequentemente, perda ou diminuição das respectivas funções.

Existem basicamente dois tipos de AVC:

a) Isquêmico: quando não há passagem de sangue para determinada área, por uma obstrução no vaso ou redução no fluxo sangüíneo do corpo.

b) Hemorrágico: quando o vaso sangüíneo se rompe, extravasando sangue.

3 - COMO PODERÍAMOS DEFINIR AVC?

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Figura 5: Desenho mostrando uma artéria e alguns dos constituintes ao sangue

a) O Acidente Vascular Cerebral lsguêmico pode ocorrer nas seguintes situações:

Trombose arterial: é a formação de um coágulo de sangue (como se o sangue "endurecesse", parecendo uma gelatina) dentro do vaso (figura 6), geralmente sobre uma placa de gordura (aterosclerose), levando a uma obstrução total ou parcial. Os locais mais freqüentes são as artérias carótidas e cerebrais. Assim, se houver obstrução total da carótida direita, por exemplo, "a parte da frente da metade direita do cérebro" estará comprometida, determinando problemas (paralisia, perda de sensibilidade etc.) na metade esquerda do corpo.

Embolia cerebral: surge quando um coágulo (formado num coração doente por arritmia, problema de válvula, etc.) ou uma placa de gordura (ateroma), que se desprende ou se quebra geralmente da artéria carótida, correm através de uma artéria até encontrar um ponto mais estreito, não conseguindo passar e obstruindo a passagem do sangue (figura 7).

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Esquema demostrando o processo de trombose e embolia

Arterites: inflamação da artéria, levando à obstrução da luz, ocasionada por vírus, alteração na imunidade (sistema de defesa do organismo) etc.

Vasoespasmo: é uma reação descontrolada do vaso (artéria) que diminui muito o seu calibre a ponto de não permitir a passagem adequada de sangue. Isto pode ocorrer diante de uma aumento exagerado da pressão arterial (crise hipertensiva), complicação de uma enxaqueca (raro), ou de uma hemorragia bubaracnóidea.

Mais raro ainda seria uma compressão do lado de fora do vaso, por um tumor, uma vértebra fraturada ou um tiro na região do pescoço.

Redução do fluxo sangüíneo: uma parada cardíaca ou um sangramento intenso em qualquer parte do corpo podem levar a um sofrimento de determinada região do cérebro, causando isquemia.

A isquemia pode ser definitiva ou temporária. Neste caso, o sangue volta a passar após um período de minutos a horas e, enquanto isso não ocorre, o paciente apresenta as alterações que serão citadas no capítulo

Este fenômeno é conhecido popularmente como "ameaça de derrame" (ou Ataque Isquêmico Transitório, nos termos médicos) e o paciente não apresenta seqüelas. Isto é multo importante, pois é um sinal de que pode ocorrer uma isquemia permanente a qualquer momento, se nada for feito para evitá-las, ficando seqüelas para o paciente

b) No Acidente Vascular Hemorrágico pode ocorrer extravasamento de sangue para dentro do cérebro (hemorragia intracerebral - figura 8) ou para o lado de fora, entre o cérebro e a aracnóide (já citada no capitulo 2), ocasionando a hemorragia subacnóidea. Ambos podem ocorrer por crise hipertensiva, ou por uma alteração sangüínea em que ocorra muita dificuldade de realizar a coagulação normal (hemofilia, diminuição de plaquetas, algumas doenças reumáticas. etc.). Uma má-formação congênita de um vaso como um aneurisma2 cerebral, por exemplo, também pode levar à hemorragia subaracnóidea. Já a hemorragia intracerebral também pode ser causada por doenças como Angiopatia amilóide (mais comum em pessoas idosas).

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Figura 8:Hemorragia intracerebral. Observe como as estruturas dentro do cérebro estâo desviada

Quando ocorre uma hemorragia, o sangue extravasado vai ocupar um lugar do cérebro, empurrando-o e comprimindo as suas estruturas. Lembremos porém que tudo isto está ocorrendo dentro do crânio, uma caixa óssea" dura. Como ocorre um aumento do volume intracraniano, a pressão intracraniana aumenta. Isto leva a uma dificuldade para que chegue sangue ao restante do cérebro, ainda normal! piorando a lesão. Como conseqüência disto, o paciente pode ficar sonolento, confuso ou em coma.

 

2Aneurisma: dilatação localizada de uma artéria. cuja parede se torna mais fina neste ponto. podendo romper-se

3Célula: menor unidade de matéria viva que constitui os seres vivos.

Tanto na isquemia quanto na hemorragia intracerebral, vão ocorrer mortes de células3, ocorrendo o infarto, Ao redor deste, como "reação" do organismo, ocorre uma área de edema, ou seja, como se fosse uma "infiltração" de água e outros constituintes provenientes do sangue (proteínas, sais, etc.), ocasionando um "inchaço", aumentando ainda mais a pressão intracraniana. Esta região, chamada zona de penumbra, é muito importante, pois as células aí existentes estão vivas e não funcionantes de forma adequada. Nela é possível ocorrer recuperação total através de cuidados médicos urgentes, evitando maiores seqüelas ao paciente.

Recentemente, têm surgido muitos estudos sobre os chamados Radicais livres. De maneira simples, seriam "substâncias" tóxicas produzidas pelo próprio organismo, em várias situações de agressão, dentre elas o AVC. São multo prejudiciais às células, podendo lesioná-las definitivamente.

Enfim, devemos compreender que muita coisa acontece ao mesmo tempo quando este quadro ocorre, multas delas ainda desconhecidas, Existem alterações do cálcio, de neurotransmissores (substâncias que transmitem informações dentro do cérebro), etc; todas devendo ser combatidas ao mesmo tempo.

4- FATORES DE RISCO PARA O AVC

Como já vimos, fator de risco é aquele que pode facilitar a ocorrência do AVC. É imprescindível a sua caracterização e devida correção, pois quase toda a prevenção do AVC é baseada no combate aos fatores de risco.

Os principais são:

 

a. Pressão Arterial: é o principal fator de risco para AVC. Na população, o valor médio é de "12 por 8"; porém, cada pessoa tem o um valor de pressão, que deve ser determinado pelo seu médico. Para estabelecê-lo, são necessárias algumas medidas para que se determine o valor médio.

Quando este valor estiver acima do normal daquela pessoa, temos a hipertensão arterial. Tanto a pressão elevada quanto a baixa são prejudiciais, A melhor solução é a prevenção! Devemos entender que qualquer um de nós pode se tornar hipertenso. "Não é porque mediu uma vez, estava boa e nunca mais tem que se preocupar"! Além disso, existem murtas pessoas que tomam corretamente a medicação determinada porém uma só caixa! A pressão está boa e, então, cessam a medicação. Ora, a pressão está boa justamente porque está seguindo o tratamento! Geralmente, é preciso cuidar-se sempre, para que ela não suba inesperadamente. A hipertensão arterial acelera o processo de aterosclerose, além de poder levar a uma ruptura de um vaso sangüíneo ou a uma isquemia (Determine sua Pressão Arterial).

b. Doença Cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVC. "Se o coração não bater direito"; vai ocorrer uma dificuldade para o sangue alcançara cérebro, além dos outros órgãos, podendo levara uma isquemia. As principais situações em qúe isto pode ocorrer são: arritmias, infarto do miocárdio, doença de Chagas, problemas nas válvulas etc. (Determine seu Risco Cardíaco).

c. Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose.

d. Fumo: sempre devemos evitá-lo; é prejudicial à saúde em todos os aspectos, principalmente naquelas pessoas que já têm outros fatores de risco aqui cita dos. Acelera o processo de aterosclerose, torna o sangue mais grosso (concentrado) ao longo dos anos (aumentando a quantidade de glóbulos vermelhos) e aumenta o risco de hipertensão arterial

(Determine sua dependência ao fumo).

e.Uso excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por murta tempo, os niveis de colesterol se elevam; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.

f. Diabetes Mellitus: é uma doença em que o nível de açúcar (glicose) no sangue está elevado. A medida da glicose no sangue é o exame de glicemia. Se um portador desta doença tiver sua glicemia controlada, tem AVC menos grave do que aquele que não o controla.

g. Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVC. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.

h. Sexo: até os 51 anos de idade os homens ter maior propensão do que as mulheres; depois desta idade, o risco praticamente se iguala.

i. Raça: é mais freqüente na raça negra.

j. História de doença vascular anterior: pessoas que já tiveram AVC, "ameaça de derrame", infarto do miocárdio (coração) ou doença vascular de membros (Trombose etc.), tem maior probabilidade de ter um AVC.

k. Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVC.

l. Sangue muito concentrado: isso ocorre, por exemplo, quando a pessoa fica desidratada gravemente ou existe um aumento dos glóbulos vermelhos. Este último ocorre em pessoas que apresentam doenças pulmonares crônicas (quer dizer, por muitos anos), ou que vivem em grandes altitudes. Em ambos os casos, o organismo precisa compensar a falta de oxigênio, aumentando a produção dos glóbulos vermelhos, para não deixar "escapar" qualquer oxigênio que chega aos pulmões.

m. Anticoncepcionais hormonais: os mais utilizados são as pilulos mas o médico deve avaliar e orientar cada caso. Atualmente se acredita que as pílulas com baixo teor hormonal, em mulheres que não fumam e não tenham outros fatores de risco, não aumentam a probabilidade de aparecimento de AVC.

n.Sedentarismo: a falta de atividades físicas leva à obesidade, predispondo ao diabetes, à hipertensão e o aumento do colesterol.(Determine seu Nível de Aptidão Física).

"Para entendermos como se combinam todos estes fatores, imaginem um cano (Tubo) por onde passa a água. Agora, vamos acrescentando lama a esta água e a velocidade da mesma começará a diminuir. A lama corresponderia aos constituintes do sangue. Finalmente, vamos colocar uns obstáculos de "cimento colante" dentro deste tubo (correspondendo as placas de aterosclerose); Logo, vamos notar que a lama vai começar a aderir a este cimento, aumentando ainda mais as dificuldades para a água passar".

5- QUANDO DESCONFIAR QUE UMA PESSOA ESTÁ APRESENTANDO UM AVC?

O AVC manifesta-se de modo diferente em cada paciente, pois depende da área do cérebro atingida, do tamanho da mesma, do tipo (Isquêmico ou Hemorrágico), do estado geral do paciente, etc.

De maneira geral, a principal característica é a rapidez com que aparece as alterações; em questão de segundos a horas (de maneira abrupta ou rapidamente progressiva).

Podemos chamar a atenção para aquelas mais comuns:

Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo, com dificuldade para se movimentar

Alteração da linguagem, passando a falar "enrolado" ou sem conseguir se expressar, ou ainda sem conseguir entender o que lhe é dito

Perda de visão de um olho, ou parte do campo visual de ambos os olhos

Dor de cabeça súbita, semelhante a uma "paulada, sem causa aparente, seguida de vômitos, sonolência ou coma; perda de memória, confusão mental e dificuldades para executar tarefas habituais (de início rápido).

Estas alterações não são exclusivas do AVC. Apenas servem de alerta de que algo está acontecendo, devendo procurar auxílio médico imediatamente.

Devemos chamar a atenção para aqueles pacientes mais idosos, acamados por quaisquer motivos, inclusive por um "derrame" prévio. Neste caso, eles têm vários fatores de risco e é muito comum passarem desapercebidas estas alterações. É importante prestarmos atenção na capacidade habitual de movimentos de seus membros, como eles costumam falar, na quantidade e horário normal de sono. Se houver piora (por exemplo, "antes erguia a mão até a cabeça, agora o faz pouco ou nem movimenta"), levar ao médico e, de preferência, prestar estas informações a ele.

6- EXAMES COMPLEMENTARES

Exames complementares são aqueles solicitados pelo médico com a finalidade de confirmar ou afastar o diagnóstico de uma doença que está suspeitando descobrir a causa, verificar a gravidade e a evolução e certificar-se do local da lesão.

Assim, para que o médico possa determinar os exames necessários, é preciso sua prévia avaliação, baseada nas informações dos acompanhantes e, quando possível, do próprio paciente, bem como o exame clínico e neurológico do mesmo.

As informações mais importantes, em geral, são: o que o paciente sente, desde quando , a maneira que começou a adoecer (rápida, progressiva etc...), como o paciente passou do início até a admissão ao hospital, medicamentos, doenças prévias e atuais etc..

Os exames mais comuns são:

Exames laboratoriais de sangue, urina, líquido cefalorraquiano (líquor)

Avaliação cardíaca e pulmonar, eletrocardiograma, ecocardiograma, radiografia do tórax

Exames de imagem do crânio (cérebro), tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, angiografia cerebral;

outros exames: ultrassonografia das artérias carótidas e vertebrais, etc.

7- TRATAMENTO

Devemos lembrar que o AVC é uma urgência, tanto quanto o infarto do coração. Em outras palavras, diante de uma suspeita, levar o paciente imediatamente ao Pronto Socorro.

Evite medicar sem orientação médica, por melhor que seja a sua intenção. Como exemplo, muitas vezes a pressão arterial está elevada e, na ansiedade de querer baixá-la, corre-se o risco de exagerar. Neste caso, a pressão baixa dificultará a chegada do sangue ao cérebro, complicando o quadro.

No hospital, o médico responsável deverá se preocupar, entre vários parâmetros, com uma respiração e hidratação adequada, com uma dieta adequada (seja via oral ou através do sangue), cuidados para evitar feridas (escaras) devido a persistência do paciente numa mesma posição, controle da pressão e da temperatura (evitando complicações infecciosas, principalmente pulmonares), prevenção de trombose nas veias das pernas, etc.. Além de tudo, existe o tratamento específico: correção dos distúrbios da coagulação sangüínea, prevenção do vaso espasmo (1á explicado), evitar aumento da zona de penumbra (devido ao edema) combater os radicais livres, etc...

Devemos entender que "cada caso é um caso". Alguns podem necessitar de tratamento cirúrgico, como drenagem de um hematoma (coágulo) ou para a correção de uma má formação, por exemplo um aneurisma2.

Hoje sabemos que outras áreas do cérebro, não afetadas por uma lesão, podem assumir determinadas funções realizadas por aquelas que "morreram"; e, ainda, podem ocorrer regenerações de algumas pequenas partes. A este conjunto de fenômenos chamamos de neuroplasticidade.

Existem pesquisas de medicamentos para potencializar este fenômeno.

O tratamento. em todos os seus aspectos, deve ser precoce, com o que se obtém melhores resultados.

Após a alta hospitalar, o tratamento continua. O médico responsável dará a receita dos medicamentos a serem tomados, assim como todas as orientações necessárias.

Uma das medidas a serem tomadas pelos familiares é procurar algum serviço de assistência social onde o paciente trabalho do hospital onde foi atendido ou de serviço público para providenciar o recebimento do seguro saúde, aposentadoria ou equivalente.

Tem início. então o tratamento ambulatorial, com o neurologista e toda uma equipe de especialistas em diferentes áreas, que serão requisitados de acordo com cada caso; fisiatria e fisioterapia, fonoaudiologia. psicólogo, terapia ocupacional, entre outros. Em geral, o médico responsável dará estas orientações, além de coordenar a equipe.

A família deve ficar atenta à eventuais complicações que possam surgir sendo os sintomas mais freqüentes:

Dor no peito ou respiração mais curta

Sangramento, principalmente se estiver tomando remédios para "afinar" o sangue (anticoagulantes)

Dor de estômago, indigestão ou soluços frequentes, especialmente se estiver tomando ácido acetil salicílico (AAS, Aspirina etc.)

Convulsões ou perda de consciência

Dor para urinar

Febre;

Alteração do comportamento, depressão ou agressividade

Piora da força

"prisão de ventre" (obstipação intestinal) prolongada.

8 - A REABILITAÇÃO DO PACIENTE

A reabilitação é o conjunto de procedimentos que visam restabelecer, quando possível, uma função perdida pelo paciente temporária ou permanentemente, realizada por uma equipe multidisciplinar, coordenada preferencialmente pelo médico fisiatra:

Com relação ao paciente acometido pelo AVC, os objetivos de reabilitação são:

a - Prevenir complicações; as mais comuns são as deformidades. Com a paralisação dos músculos e a instalação de uma rigidez (chamada de espasticidade) nas partes do corpo afetadas, ocorre a perda da mobilidade das articulações, que passam a adotar posições erradas, ficando deformadas e impedindo o paciente de realizar certos movimentos, como estender os joelhos e cotovelos, andar, flexionar os braços, etc. Outras complicações comuns são as síndromes álgicas (dores difusas pelo corpo), o ombro doloroso, doenças pulmonares (broncopneumonia), a trombose venosa profunda, as escaras (feridas formadas pela pressão contínua em um determinado ponto), entre outras. Todas estas complicações podem ser evitadas através da movimentação com exercícios corretos, com uso de órteses (aparelhos para manter os ombros posicionados corretamente), procedimentos visando diminuir a espasticidade e uso de medicamentos para dor, prescritos pelo médico.

b - Recuperar ao máximo as funções cerebrais comprometidas pelo AVC, que podem ser temporárias ou permanentes. Isto pode ser feito através do atendimento precoce ao paciente, tanto do ponto de vista clínico quanto reabilitacional, através da realização de exercícios, treino de atividades e uso de equipamentos especiais que ajudem a preservar os movimentos e a saúde das articulações.

c - Devolver o paciente ao convívio social, tanto na família quanto no trabalho, reintegrando-o com a melhor qualidade de vida possível.

De um modo geral, alguns princípios de reabilitação podem ser iniciados no primeiro ou segundo dia do AVC, como posicionamentos adequados e movimentos passivos, visando prevenir complicações secundárias, com o paciente ainda hospitalizado.

Ao sair do hospital, o paciente deve continuar seu tratamento de reabilitação, a nível ambulatorial, com o fisiatra, num centro especializado, se necessário, ou em casa, seguindo as orientações dadas pela equipe.

E é neste momento que entra o papel fundamental da família, fornecendo a infra-estrutura necessária para o amplo restabelecimento do paciente, da seguinte forma:

a. Dando corretamente as medicações prescritas (lembre-se que o paciente com AVC pode ter alterações de memória e se esquecer dos remédios e horários).

b. Promovendo o comparecimento às consultas e terapias.

c. Fornecendo um ambiente de tranqüilidade e compreensão, para que o paciente não se deixe levar pela depressão e/ou agressividade, fato comum nestes casos.

d. Motivando o paciente:

evitando que durma o dia todo;

colocando roupas confortáveis durante o dia (agasalhos esportivos, abrigos. etc.);

tornando as roupas fáceis de serem colocadas e retiradas (uso de velcro, botões de pressão, elásticos, entre outros);

utilizando o pijama somente à noite;

colocando-o sentado na cama ou no sofá (de preferência), sempre que possível;

levando-o a passeios dentro e fora de casa com o auxílio de cadeira de rodas ou caminhando com a ajuda de aparelhos (órteses) ou bengalas;

dando pequenas tarefas possíveis de serem realizadas (sob a orientação do terapeuta ocupacional);

tentando estimular a retomada das atividades profissionais ou de alguma atividade que ele possa exercer;

adaptando o interior da casa, com corrimões, rampas e pouca mobila, para facilitar a locomoção do paciente (procurar não descaracterizar o ambiente onde ele vivia; alterar a disposição dos móveis pode confundir e desorientar os pacientes mais idosos);

a utilizar o banheiro para suas necessidades e tomar o banho

e. Dando uma dieta adequada:

com pouco sal (para evitar o edema nas partes paralisadas)

com pouca gordura

leve (para facilitar a digestão)

rica em fibras e líquidos, para evitar uma complicação mais comum, o ressecamento intestinal (cabe ao médico indicar ou não o uso de laxantes).

f. Auxiliando a realização de atividades e exercícios orientados para casa (esses exercícios são inicialmente passivos, ou seja, o paciente não os realiza voluntariamente; depois passam a ser ativos, onde solicita-se para que ele realize determinados movimentos),

 

g. Posicionando corretamente os braços ou pernas afetados.

De um modo geral, alguns princípios de reabilitação podem ser iniciados no primeiro ou segundo dia do A V C, como posicionamentos adequados e movimentos passivos, visando prevenir complicações secundárias, com o paciente ainda hospitalizado. Ao sair do hospital, o paciente deve continuar seu tratamento de reabilitação, a nível ambulatorial num centro especializado, se necessário, ou em casa, seguindo as orientações dadas pela equipe. Neste momento é que entra o papel fundamental da família, fornecendo a infra-estrutura necessária para o amplo restabelecimento do paciente.

Ibsen T. Damiani

Edson I. Yokoo

Rubens J. Gagliardi

Fonte: www.tacchini.com.br

INTRODUÇÃO

O termo acidente vascular cerebral (AVC) significa o comprometimento súbito da função cerebral causado por inúmeras alterações histopatológicas que envolvem um ou vários vasos sangüíneos intracranianos ou extracranianos. Estas doenças cerebrovasculares constituem a terceira causa de morte no mundo, perdendo somente das cardiopatias em geral e o câncer.

Sendo uma patologia bastante encontrada no meio hospitalar, este trabalho tem como objetivo definir o acidente vascular cerebral assim como suas principais características e alterações, dando ênfase a intervenção fonoaudiológica dada a estes pacientes.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

O ataque vascular cerebral pode ser definido como um déficit neurológico focal súbito devido a uma lesão vascular. Este termo evoluiu nas últimas décadas para incluir lesões causadas por distúrbios hemodinâmicos e da coagulação, mesmo que não se tenha alterações detectáveis nas artérias ou veias (André, 1999).

Aproximadamente 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) são causados por um baixo fluxo sangüíneo cerebral (isquemia) e outros 20% por hemorragias tanto intraparenquimatosas como subaracnóideas (Neto 2002).

O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos (Aspesi e Gobatto,2001).

No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais (Aspesi e Gobatto,2001).

O grande problema desta patologia não se encontra apenas no elevado índice de mortalidade, mas, sim, na incapacitação que impõe ao indivíduo, como por exemplo, não se alimentar ou locomover sozinho além do problema social (Neto 2002).

A incidência americana está estabilizada em torno de 0,5 a 1,0 caso por cada 1000 habitantes, no Japão esta incidência chega a 3 por cada 1000 habitantes. É a terceira principal causa de morte entre as patologias clínicas e a

mais freqüente causa de morbidade entre as doenças neurológicas. Nos indivíduos acima de 75 anos, esta incidência chega a 30 por 1000 habitantes (Neto, 2002) (Anexo 1).

Estes índices são maiores entre negros, pois a raça negra exibe maior tendência ao desenvolvimento do acidente vascular cerebral, provavelmente por maior tendência genética de desenvolver hipertensão arterial sistêmica (André, 1999).

Cerca de 40 a 50% dos indivíduos que sofrem um acidente vascular cerebral estarão mortos após 6 meses. A maioria dos sobreviventes exibirá deficiências neurológicas e incapacidades residuais significativas. Reduzir a incidência através da prevenção de seus fatores de risco pode ser um meio eficaz de economizar recursos hoje utilizados no tratamento dos doentes ou perdidos em produtividade (André, 1999).

FATORES DE RISCO

1. hipertensão arterial sistêmica (HAS)

2. diabetes

3. dislipidemia e obesidade

4. tabagismo;

5. álcool

6. anticoncepcional oral

7. doenças associadas que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.

SINTOMATOLOGIA

As características geralmente vão depender do tipo de acidente vascular cerebral que o indivíduo sofreu, além da sua localização, idade e fatores adjacentes (Aspesi e Gobatto, 2001).

A circulação cerebral depende fundamentalmente de dois sistemas nutridores: o sistema carotídeo, dominante e responsável pela irrigação dos três quartos anteriores dos hemisférios cerebrais, através das artérias cerebrais anterior e média e da artéria coroideana anterior, e o sistema vertebro basilar, que vasculariza o tronco cerebral, cerebelo, e a porção posterior dos hemisférios cerebrais através da artéria cerebral posterior. A apresentação clínica e a evolução de pacientes com lesões nos territórios destes dois sistemas diferem substancialmente, sendo importante sua distinção precoce (André, 1999).

Por isso, torna-se de suma importância o conhecimento da vascularização cerebral, segue abaixo a anatomia vascular cerebral (anexo 2):

1. Artéria carótida externa (ACE):

Origem: origina-se artéria carótida comum e é muito importante, pois se anastomosa com ramos da carótida interna.

Ramos: artéria esfenopalatina

Artéria maxilar --------------artéria meníngea média

Artéria occipital

Artéria temporal superficial----RR supretocleares da artéria oftálmica

Artéria facial------------------RR supratrocleares da artéria oftálmica

2. Artéria carótida interna (ACI):

Origem: origina-se da artéria carótida comum que passa por trás do ângulo da mandíbula, pela cartilagem tireóide onde se bifurca nas artérias carótida interna e externa.

Ramos supraclinóides: artéria oftálmica

Artéria coroidiana anterior

Artéria comunicante posterior

Ramos intracerebrais: artéria cerebral média

Artéria cerebral posterior

Manifestações principais: síndrome da cerebral média e de Horner ipsilaterais.

3. Artérias do sistema vértebro-basilar:

Origem: tem grande variação anatômica, mas na maioria das vezes tem origem das subclávias embora algumas vezes possam de originar do tronco tireocervical.

Composição: artéria vertebral direita e esquerda

Artéria basilar

Relações: entram pelos forames da sexta vértebra e sobem pelos foramens transversos atravessando a dura-máter e penetrando pelo forâmen magno. Une-se na junção do bulbo pontina formando a artéria basilar.

Ramos intracranianos laterais: artéria espinhal anterior

Ramos intracranianos mediais: artéria cerebelar póstero-inferior

Ramos basilar: artéria cerebral posterior

4. Artéria cerebral anterior:

Território: lobo frontal

Superfície superior do hemisfério cerebral

Superfície medial de ambos hemisférios exceto calcarino

Anastomose com ramos da artéria cerebral média

Função: córtex motor de mãos e pés

Córtex sensorial de mãos e pés

Área paracentral da micção

Se em lobo dominante, áreas de função comportamental.

Ramos: artéria recorrente de Heubner

Artéria lentículo estriadas

Principais características: hemiparesia e hipostesia contralaterais (MI>face/MS)

5. Artéria recorrente de Heubner:

Origem: primeira porção da artéria cerebral anterior.

Território: perna anterior da cápsula interna

Cabeça anterior e inferior do núcleo caudado

Porção anterior do globo pálido e putâmen

Região anterior do hipotálamo

Bulbos e feixes olfativos

Fascículo uncinado

6. Artéria coroidiana anterior:

Origem: artéria carótida interna porção supraclinóide.

Território: hipocampo anterior

Uncus e amígdala

Globo pálido

Corpo geniculado e tálamo lateral

Porção inferior da cápsula interna

Principais características: combinações variadas e algo inconsistentes de manifestações contralaterais, sensitivas, motoras e de campo visual, freqüentemente temporárias (linguagem preservada) - simula síndrome da cerebral média.

7. Artéria cerebral média:

Origem: artéria cerebral inferior.

Território: superfície lateral dos hemisférios

Putâmen

Cabeça e corpo do núcleo caudado

Superfície cortical do lobo temporal

Fissura de Sylvius

Função: região motora e sensorial cortical

Radiações ópticas e córtex cerebral

Área de Wernick - fala e audição

No hemisfério dominante: área de linguagem motora e sensorial

Principais características: hemiparesia e hipostesia contralaterais, afasia, desorientação espacial e anosognosia.

8. Artéria cerebral posterior:

Origem: artéria basilar.

Território da divisão anterior: superfície anterior do lobo temporal

Território da divisão posterior: lobo occipital

Substância negra, pedúnculo cerebelar e hipocampo.

Principais características: hemianopsia homônima superior contralateral.

9. Artéria vertebral:

Território: pirâmides e olivas inferiores

Lemnisco medial e fascículo longitudinal medial

Fibras do nervo hipoglosso

Principais características: hipostesia facial ipsilateral e ataxia, hemiparesia contralateral, alterações dos nervos cranianos ipsilaterais.

10. Feixe longo da vertebral e cerebelar póstero-inferior:

Território: feixes espinotalâmicos

Núcleos vestibulares, sensorial facial, vagais e glossofaríngeo.

11. Artéria cerebelar antero-inferior:

Território: lateral da ponte ( 7o e 8o par)

Raiz do trigêmeo

Núcleo coclear e vertebral

12. Artéria cerebelar superior:

Território: porção dorsal do mesencéfalo.

Principais características: ataxia de marcha, náuseas, vertigem, cefaléia, disartria, paresia do olhar.

Drenagem venosa

As veias do cérebro não acompanham as artérias. As veias corticais drenam para o seio sagital superior. As estruturas mais profundas drenam para o seio sagital inferior e para a grande veia cerebral ou de Galleno, que se unem ao seio reto. Este corre posteriormente ao longo da intersecção da foice cerebral e do território unindo-se ao seio sagital superior dos quais surgem os dois seios transversos que por sua vez formam o seio sigmóide que drena a jugular interna (Neto,2002).

Sintomas do sistema carotídeo:

- perda da visão de um olho;

- hemi ou homoparesia;

- hemi ou homoplegia;

- disfasia;

- déficits sensitivos em hemicorpo.

Sintomas do sistema vertebral:

- diplopia;

- disartria;

- disfagia;

- desequilíbrio;

- sintomas do território carotídeo.

Com os dados acima podemos seguir demonstrando o que ocorre quando um indivíduo sofre um acidente vascular cerebral:

1. Fraqueza: o início agudo de uma fraqueza em um dos membros ou face é o sintoma mais comum dos AVC. Pode significar isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma pequena e específica área. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.

2. Distúrbios visuais: a perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de sombra ou cortina ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).

3. Perda sensitiva: a dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força, confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva.

4. Linguagem, deglutição e fala (afasias): é comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala, podendo ou não estar afetada a linguagem compreensiva.

5. Convulsões: nos casos de hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode ocorrer hemiparesia (diminuição da força do lado oposto ao sangramento), além de desvio de olhar. O hematoma pode crescer causando um edema , atingindo outras estruturas e podendo levar o paciente ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos (Neto, 2002).

6. Pacientes com qualquer grau de perturbação da consciência devem ser vistos como exibindo alto risco de vida, as causas dessa perda de consciência devida o AVC podem ser inúmeras.

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Origem dos vasos responsáveis pela irrigação cerebral a partir de croça da aorta

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Distribuição das artérias extra e intracranianas

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Polígono de Willis

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Instalação do infarto cerebral por oclusão de um ramo cerebral. A região mais escura corresponde a zona de isquemia instalada, e a vizinha a zona de transição

Acidente Vascular Cerebral - AVC

A figura 6A mostra o estreitamento acentuado da bifurcação da carótida com prometendo o fluxo sangüíneo. A 6B mostra ulceração de placa de ateroma que provoca liberação de fragmentos do trombo

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

Inicialmente deve-se diferenciar entre AVC isquêmico ou hemorrágico. O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica e endarterectomia (cirurgia para a retirada do coágulo da artéria) de carótida em alguns casos selecionados. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes importantes para a prevenção bem como o controle de hipertensão, diabete, suspensão do tabagismo que acabam por diminuir a incidência de AVC.

O AVC em evolução constitui uma emergência, devendo ser tratado em ambiente hospitalar com o auxílio de uma equipe multiprofissional.

As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos a cirurgia mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.

CONCLUSÃO

Com base nos dados colhidos podemos perceber que este é um assunto de suma importância para qualquer profissional que pretende trabalhar em um ambiente que envolve este público.

Torna-se importante a formação de uma equipe multiprofissional cada qual com suas especialidades, mas unidos para uma só razão: de beneficiar o paciente lesado por um acidente vascular cerebral. Cabe a Fonoaudiologia atuar com estes pacientes na prevenção de seqüelas, assim como, no restabelecimento das funções lesadas. Este é o principal objetivo da Fonoaudiologia Hospitalar.

Fernanda Pereira Figueiró

BIBLIOGRAFIA

1. ANDRÉ, Charles. Manual de AVC. 1a edição. Editora Revinter: Rio de janeiro, 1999.

2. CAMBIER,J.;MASSON,M.;DEHEN,H. Manual de neurologia. 9a edição. Editora MEDSI: São Paulo, 1999.

3. MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia funcional. 2a edição. Editora Atheneu. Rio de Janeiro, 1993.

4. NETO, Alcindo. Acidente vascular cerebral. Acessado em 15 de janeiro de 2002.(www.medstudentes.com.br/neuro/neuro8.htm)

5. Jornal da AME. AVC: o que fazer diante do derrame. Setembro de 2000. Acessado em 22 de janeiro de 2002.(www.entreamigos.com.br)

6. ASPESI,Nelson e GOBATTO,Pedro. Acidente vascular cerebral. Outubro de 2001. Acessado em 22 de janeiro de 2002. (www.abcdcorposalutar.com.br)

7. Sem autor. Doenças das carótidas. Acessado em 22 de janeiro de 2002. SOS vascular. (www.sosdoutor.com.br)

Autorizado a publicação deste material de estudo pela Fga Elizabeth Luz.

Fonte: www.profala.com

 

O termo Acidente Vascular Cerebral, significa o comprometimento súbito da função cerebral causado por inúmeras alterações histopatológicas que envolvem um ou vários vasos sanguíneos intracranianos ou extracranianos.

Aproximadamente 80% dos AVC são causados por um baixo fluxo sanguíneo cerebral (Isquemia) e outros 20% por hemorragias tanto intraparenquimatosas como subaracnoídeas. O grande problema em relação aos AVC não se encontra apenas na mortalidade mas sim a incapacitação que impõe ao indivíduo como não se alimentar ou locomover além do problema social.

A Incidência Americana esta estabilizada em torno de 0,5 a 1,0 casos por cada 1000 habitantes e alguns países europeus e o Japão esta incidência chega a 3 por cada 1000 habitantes por motivos que não se pode explicar até o momento.

É a terceira principal causa de morte entre as a patologias clínicas e a mais freqüente causa de morbidade entre as doenças neurológicas após a S. de Alzheimer. Estes índices são maiores entre negros e proporcionais em relação ao sexo. Nos indivíduos acima dos 75 anos esta incidência chega a 30 por 1000hab.

Anatomia Vascular Cerebral

1- Vasos Principais do Sistema Arterial Cerebral

Artérias carótidas Direita e esquerda

Artérias Vertebrais Direita e Esquerda

1.1- Artéria Carótida Externa(ACE)

Origem: Se origina da A carótida comum e é muito importante pois, se anastomosa com ramos da carótida Interna

Ramos: . A esfenopalatina

. A maxilar<--------------> A meningéa média

. A occipital

. A temporal superficial<--> RR supratrocleares da A oftálmica

. A facial <--------------> RR supratrocleares da A oftalmica

1.2 - Artéria Carótida Interna(ACI)

Origem: Se origina da artéria Carótida Comum(ACM) que passa por trás do angulo da mandíbula, pela cartilagem tireóide onde se bifurca nas artérias carótida interna e externa.

Relações

Porção petrosa do osso temporal

Processos clinóides - Sifão carotídeo

Ramos supraclinóides:

A. oftálmica

A. coroidiana anterior

A. comunicante posterior

Ramos intracerebrais:

A. cerebral média

A. cerebral anterior

1.3 - Artérias do Sistema Vértebro-basilar

Origem: Tem grande variação anatômica, mas na maioria das vezes tem origem das subclávias embora algumas vezes possam se originar do tronco tireocervical.

Composição

A. vertebral D e E

A Basilar

Relações: Entram pelos foramens da 6a VC e sobem pelos forâmens transversos atravessando a dura-mater e penetrando pelo forâmen magno. Se unem na Junção Bulbo pontina formando a artéria Basilar.

Ramos Intracranianos laterais: A. espinhal anterior

Ramos Intracranianos mediais: A. cerebelar póstero inferior

Ramos da Basilar: A. cerebral Posterior

1.4 - Polígono de Willis

-Origem: Provém da junção das AA cerebrais anterior D e E através da A comunicante Anterior com as AA médias e destas com a cerebral posterior através da A comunicante posterior.

1.5 - Artéria Cerebral Anterior
Relações

Medialmente ao quiasma óptico

Fissura hemisférica

Curvatura do corpo caloso

Território

Lobo frontal

Superfície superior do hemisfério cerebral

Superfície medial de ambos hemisférios exceto calcarino

Anastomose com ramos da ACM

Função

Córtex motor de mãos e pés

Córtex sensorial de mãos e pés

Área paracentral da Micção

Se em Lobo dominante áreas de função comportamental

Ramos

A. recorrente de Heubner

A. lenticulo estriadas

1.6 - Artéria recorrente de Heubner:

Origem: Primeira porção da Artéria Cerebral Anterior

Território

Perna anterior da cápsula interna

Cabeça Anterior e inferior do núcleo Caudato

Porção anterior do globo pálido e putâmen

Região anterior do hipotálamo

Bulbos e feixes olfativos

Fascículo uncinado

1.7 - Artéria Coroidiana Anterior

Origem: -Artéria Carótida Interna porção supraclinóide

Território

Hipocampo Anterior

Uncus e Amigdala

Globo Pálido

Corpo Geniculado e tálamo lateral

Porção inferior de Cápsula Interna

1.8 - Artéria Cerebral Média:

Origem: -ACI

Território

Superfície Lateral dos Hemisférios

Putâmen

Cabeça e corpo do núcleo caudatum

Superfície cortical do Lobo Temporal

Fissura de Sylvius

Função

Região motora e sensorial cortical

Radiações ópticas e córtex cerebral

Área de wernick - Fala e audição

No hemisfério dominante área de linguagem motora e sensorial

1.9 - Artéria Cerebral Posterior:

Origem: A basilar (fossa posterior)

Território da divisão anterior:

Superfície anterior do lobo temporal

Território da divisão posterior:

Lobo occipital

N. vermelho, substância negra, pedúnculo cerebelar e hipocampo

1.10 - Artéria Vertebral
Território

Pirâmides e olivas inferiores

Leminisco medial e fascículo longitudinal medial

Fibras do nervo hipoglosso

1.11- Feixe Longo da Vertebral e Cerebelar Postero-inferior:

Território

Feixes espinotalâmicos

Núcleos vestibulares, sensorial do facial, vagais e glossofaringeas

Fibras descendentes do SNA

1.12- Artéria Cerebelar Antero-inferior
Território

Lateral de ponte (7o e 8o par)

Raiz do trigêmeo

Núcleo coclear e vertebral

1.13 - Artéria Cerebelar Superior

Território: -Porção dorsal do mesencéfalo

Drenagem Venosa

As veias do cérebro não acompanham as artérias. As veias corticais drenam para o seio Sagital superior. As estruturas mais profundas drenam para o seio Sagital inferior e para a grande veia cerebral ou de Galleno, que se unem ao Seio Reto. Este corre posteriormente ao longo da intersecção da Foice Cerebral e do Tentório unindo-se ao Seio sagital superior dos quais surgem os 2 seios transversos que por sua vez formam o seio Sigmóide que drena na Jugular interna.

Fisiologia do Tecido Neuronal

Aproximadamente 10% da glicose disponível no sangue são extraídas e fosforiladas pelo cérebro, sendo 80% dela utilizadas par a formação de energia. O restante é utilizado para síntese de neurotransmissores, gorduras e em pequeno grau proteínas. O cérebro ao contrário de outros tecidos armazena muito pouca glicose.

O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é de 60ml/100g de cérebro por minuto, na ausência deste fluxo o cérebro dispõe de energia apenas para poucos minutos. A hipercapnia e hipocapnia dilatam e contraem respectivamente os vasos de resistência, mostrando assim nítida correlação com o Pco2. Uma Pco2 em torno de 20 a 25% reduz o FSE entre 40 a 45%. Esta resposta porém é curta já que os íons H e Hco3 se equilibram em 30m a 1h.

Existe a Auto-Regulação Cerebral, um processo onde estão envolvidas fibras nervosas do SNA e intrínsecas cerebrais mais que é pouco compreendida. Consiste na manutenção do FSC mesmo com oscilações da Pressão de Perfusão Cerebral. Esta é definida como a diferença entre a Pam e a PIC. Os límites desta regulação são entre 50 e 150 de Pam, valores fora desse intervalo causam grandes variações na PPC. Ë importante lembrar porém que estes valores encontram-se maiores em pacientes cronicamente hipertensos. Em conseqüência a rápida redução terapêutica leva em alguns casos a piora ainda maior na perfusão Cerebral.

A Barreira hematoencefálica regula a composição iônica e molecular extracerebral dentro de limites estreitos e é muito importante para a homeostase cerebral, mais que a outros órgãos. Pequenas alterações de Na, glutamato ou colina por exemplo afetam muito a função neuronal. Este equilíbrio se faz através da difusão simples, facilitada e TA. A velocidade de transporte de glicose a nível cerebral é de 2 a 3 vezes mais rápida que seu metabolismo mais é extremamente dependente de sua concentração plasmática. Assim a redução de 1/3 na glicemia causa alterações grandes para o tecido nervoso e para seu metabolismo.

Fisiopatologia

As consequências para o tecido cerebral quando da redução do aporte de O2 e glicose podem se manifestar em uma cascata de eventos que levam a necrose tecidual. A gravidade da isquemia, e a duração determinam se uma lesão é Temporária ou irreversível, local ou difusa.

Isquemia Cerebral Focal

Oclusão embólica ou trombótica de vasos extra e intracranianos. Em geral o fluxo sanguíneo para a região central e para o leito vascular isquêmico fica muito reduzido porém quase nunca chega a zero devido ao enchimento colateral que ocorre.

O Fluxo sanguíneo fica moderadamente reduzido para as áreas de transição entre o tecido de perfusão normal e o núcleo central gravemente isquêmico. Este halo moderadamente isquêmico foi chamado de “Zona de Penumbra” e emborca estas células tenham um tempo de vida mais longo a contínua privação leva a morte celular. A isquemia cerebral suficiente para causar sinais ou sintomas clínicos e que perdura por apenas 15 a 30 minutos levam a necrose irreversível de alguns neurônios específicos. O infarto da região é inevitável se a isquemia durar mais de 1 hora.

Isquemai Cerebral Global

Causada tipicamente por assistolia cardíaca ou fibrilação ventricular reduzido o fluxo sangüíneo a zero em todo o território vascular. A isquemia global por mais de 5 a 10 minutos é incompatível com a recuperação de consciência em indivíduos normotérmicos.

Neuropatologia da Isquemia Cerebral

1- Autólise cerebralà

Decorre da perda total do FSC acompanhada de autodigestão enzimática.

2- Infarto cerebralà

Decorre de oclusão arterial total e caracteriza-se por necrose de neurônios e glia e em algumas áreas de células endotelia. São freqüentemente descritos como pálido apesar de muitos deles apresentarem extravasamenta do hemáceas. Os infartos isquêmicos com hemorragias petequiais são denominados de Infartos hemorrágicos.

3- Necrose isquêmica seletiva dos neurôniosà

Atingem áreas cerebrais mais susceptíveis a hipóxia, apesar de limitada a um pequeno número de neurônis elas causam déficits intensos inclusive cognitivos. Este tipo de necrose diferentemente do infarto demora mais para ocorrer e apenas em alguns dias pós isquemia podem ser delineados completamente.

4- Desmielinizaçãoà

Ocorre na substância branca central dos neurônios decorre da intoxicação cerebral de CO2 originadas pela hipóxia prolongada.

5- Trombose retrógrada à Mecanismo de aumento da área de isquemia e que pode causar aumento progressivo da sintomatologia.

6- Trombose progressiva ou em evolução

Mecanismos Moleculares

As membranas dos neurônios e células da glia se despolarizam depois da falência das bombas dependentes de energia e permitem o influxo de bons Na e Ca e o fluxo de K. Níveis elevados de cálcio intracelulares ativam lipases e proteases intracelulares que determinam destruição celular. A despolarização pré sináptica libera quantidades anormais de neurotransmissores que potencializam ainda mais a lesão. Muitos destes eventos são reversíveis se o FSE for restabelecido rapidamente entre 15 e 30 min e se não houver variantes associadas como a hiperglicemia.

Edema Cerebral

Fatores de Risco

FATORES DE RISCO GENÉTICOS: Hipertensão arterial, Tabagismo, Raça e Idade

FATORES DE RISCO GENÉTICOS E DO MODO DE VIDA: Obesidade, Hipercolesterolemia, Alcoolismo crônico e anticoncepcionais orais antigos, diabetes melito,.

FATORES DE RISCO DEFINIDOS E RELACIONADOS COM A DOENÇA: Doença reumática e fibrilação atrial (17vezes o risco), fibrilação arterial crônica sem valvulopatias associadas.

Causas Principais

ATEROESCLEROSE

EMBOLOS CARDÍACOS

Trombo Mural (IAM, Cardiomiopatia Chagásica)

Doença Cardíaca Valvar

Fibrilação Atrial

Nixomas cardíacos

VASCULITES

Primária do SNC

Células Gigantes (Arterite Temporal, Doença de Takayasu)

Doença de Wagenner

DISTURBIOS HEMATOLÓGICOS

Hemoglobinopatias (Falciforme)

Estados de hipercoagulabilidade (carcinoma e gravidez)

Hiperviscosidade

OUTROS

Enxaqueca

HSA

Classificação

ICTO TRANSITÓRIO - Consiste em déficit neurológico de causa vascular que não dure mais que 24 horas e que geralmente tem regressão completa do quadro. Ocorre por fenômenos tromboembólicos e também por fenômenos de roubo pela oclusão de vasos extracranianos e por compressões vasculares extrínsecas

PEQUENO ICTO - Aquele fenômeno que dura mais de 24 horas tem alterações histopatológicas mais que há recuperação funcional completa. Se diferencia do IT por ter as mesmas causas geralmente do icto completo e pela evolução natural diferente.

ICTO COMPLETO - Quadro durando mais que 24 horas com alterações histopatológicas de causa vascular e que há seqüelas. Pode ser Isquêmico ou hemorrágico. O primeiro ocorre por obstrução embólica ou trombótica de um vaso levando a um infarto isquêmico. As principais etiologias como já citado são a aterosclerose e a HÁ. O segundo AVCH ocorre por hemorragias intracranianas ou meníngeas. Sua causa mais freqüente é a HÁ e ruptura de aneurismas e má formações. Ocorre na maioria das vezes nos Gânglios da Base(¾) e ¼ em região subcortical dos lobos cerebrais, cerebelo, e tronco cerebral

ICTO EM EVOLUÇÃO

Atendimento e Condutas Iniciais

1- IMPEDIR A EVOLUÇÃO

2- LOCALIZAÇÃOà Supra ou infratentorial?, Capsular?, cerebral ou de tronco?

3- NATUREZA DA LESÃOà avcI, avcH, hsa

QUANDO INDICAR A TAC?

Deve ser realizada em todos os pacientes na fase aguda. É seguro e com riscos inerentes apenas a aplicação de contraste que deve sempre que possível ser realizado.

Acompanhamento temporal da lesão

Evolução da lesão

Indicação de LCR

Nos caso extremamente suspeitos de HSA é o melhor exame ainda hoje principalmente na fase aguda onde a TAC não tem muita fidedignidade.

Mostra indícios de infecção associada.

Síndromes Clínicas

Síndromes Isquêmicas

Carótida Interna

Suprida pelos ramos contralaterais através da comunicante anterior

Cefaléia ocular precedendo ao quadro

Vertigens, síncope e lipotímia

Queixas oftálmicas contralaterais ao déficit se não ocorrer compensação pela ACE

Hemiplegia ou hemiparesia contralateral

Afasias de diversos tipos se obstrução for em ACI esquerda

Crises convulsivas focais ou generalizadas

Raramente anisocoria, nistagmo e ptose palpebral

Cerebral Anterior

Oclusão Proximal

Suprida pela comunicante anterior

Hemiplegia contralateral proporcionada de MMSS principalmente e MMII

Desvio conjugado ocular para o lado são (território facial supra nuclear)

hiperestesia crural contralateral

apraxia e distúrbios psíquicos

Após Recorrente de Heubner

Quadro mais freqüente de obstrução da ACA

Hemiplegia ou paresia desproporcionada com predomínio crural

Apraxia ideomotora independente so lado (corpo caloso)

Distúrbios sensitivos de MMII preservando MMSS e face

Coróide Anterior

Quadro clínico extremamente variado

Hemiestesias contralaterais a lesão

Hemiplegias contralaterais a lesão

Hemianopsias contralaterais a lesão

Cerebral Média

Hemiplegias ou paresia proporcionada global com predomínio em MMSS c/ pres. de MMII

Alterações sensitivas contralaterais piores em braço e face

Hemianopsias homonimas

Desvio de rima

Disfasia e afasia de expressão

Cerebral Posterior

Talâmica(Desjery-Rousny)

Hemianestesia superficial e profunda

Dist de sensibilidade estereognosia

Posteriores

Amaurose bilateral

Agnosia visual

Vertebro-basilares

hemiplegias e hemianestesias contralaterais a lesão, alterações de pares cranianos homolaterais a lesão, alt cerebelares como ataxia e fraqueza.

Bulbar Lateral

Consiste na oclusão de uma artéria vertebral e interferência da cerebelar póstero inferior homolateral

Vertigem, náuseas e vômitos

Ataxia ipsilateral

S de Horner

Cerebelar Superior

A formação de edema freqüente pode levar a obstrução de 4 ventrículo, determinando hidrocefalia e herniação do cerebelo para cima através do temtório e para baixo pelo foramen Magno.

Ataxia da marcha

Cefaléia náuseas e vômitos

Atabalhoamento homolateral

Disartria

Vertébro-basilar

Tonteira, diplopia, fraqueza facial, ataxia.

Basilar

Défcits extensos e variáveis, inclusive com Sind. do cativeiro

Síndromes Hemorrágicas

Hemorragia Putaminal (35 a 50%)

Moderada depressão do estado de consciência

Hemiparesia completa contralateral

Desvio ocular conjugado ipsilateral

Estimulação dolorosa no hemicorpo parético leva a atitude flexora em membros (decort e decere)

Hemorragia Talâmica (10 A 15%)

Moderada a acentuada queda no nível de consciência

Pupilas mióticas

Desvio ocular para baixo

Reação de decerebrarão contra ou bilateralmente a lesão

Hemorragia Pontina (10 A 15%)

Acentuada queda no nível de consciência

Descerebração bilateral

Miose puntiforme bilateral e oftalmoplegia

Hemorragia Cerebelar (10 A 30%)

Ataxia cerebelar apendicular

Paralisia facial periférica

Paralisia do olhar conjugado lateral

Hemorragias Subaracnoídeas

Hemorragias por MAV

Tratamento da Fase Aguda

1) Hoje temos como crucial que o atendimento inicial seja realizado o mais breve possível para que se obtenham bons resultados clínicos principalmente no que tange à região de Penumbra.

2) As evidências iniciais sugerem que a zona de penumbra pode persistir sem isquemia total até uma hora após o ataque isquêmico.

3) Todos os AVC devem ser atendidos como regra geral a nível hospitalar

Medidas gerais

1- Manutenção das Vias Aéreas pérvias com oxigenação adequada. Os diferentes graus de hipoxemia podem ocorrer e estes são extremamente prejudiciais. O uso profilático de O2 é controverso pois pode causar toxicidade pulmonar, desconforto respiratório além de predispor a pneumonias.

2- Prevenção de Atelectasias e Pneumonias. Deve ser feita sempre a mobilização do paciente no leito com adequada fisioterapia respiratória

3- Alimentação. Ë prudente que nas primeiras 24 horas seja prescrito jejum devido ao risco grande de aspiração o que complicaria o quadro. Se houver rebaixamento do nível de consciência com risco de v6omitos e aspiração usa-se SNG aberta. Caso a dieta seja reintroduzida é prudente que se inicie com alimentos gelatinosos evitando-se os líquidos que são mais facilmente aspirados. A dieta enteral pode ser iniciada em pacientes com perda de alerta e cujo reflexo da deglutição esteja inibido.

4- Equilíbrio hidroeletrolítico. Uma boa hidratação assegura uma melhor circulação colateral de sangue para a área atingida pela isquemia- (2000 a 2500 ml/dia). Nos casos de edema cerebral intenso é recomendado um balanço hídrico negativo.

5- Controle de temperatura. O aumento da temperatura deve ser sempre evitada pois pelo hipermetabolismo que provoca pode transformar área isquêmica em zona infartada.

6- Glicemia. A hipoglicemia é intensamente prejudicial à isquemia e de outro lado a hiperglicemia é potencialmente um fator de pior prognóstico. Nas regiões em processo de isquemia há um aumento de metabolismo na tentativa de se salvar a célula, no caso da hiperglicemia o tecido local se utilizará deste excesso de glicose para produzir energia anaerobicamente com conseqüente liberação de acido láctico que levando a acidose precipita a morte celular.

7- Pressão Arterial. Devido em parte a perda da auto-regulação cerebral há um aumento transitório da PA para compensação da isquemia. Importante lembrar que quando há redução da PA média ocorre um conseqüente redução do fluxo sanguíneo nesta área tentando se compensar e isto leva a mais isquemia. Portanto a redução da PA deve ser cuidadosa evitando-se que se caia o FSC de modo a não aumentar ainda mais a área isquêmica. Só devemos nos preocupar com os níveis pressóricos quando estes estão comprometendo órgãos vitais provocando ICC, IRA ou se o AVC estiver associado a dissecção de aorta.

Caso se trate a HÁ, evitar diuréticos pois estes hemoconcentração o sangue levando síndrome de Hiperviscosidade sangüínea que piora a condição do AVC.

8- Prevenção de TVP. Pacientes com grande déficit motor e de mobilização no leito tem alto risco para o desenvolvimento de TVP e conseqüente TEP. 75% desta população desenvolvem TVP e 3% TEP fatal. Fazer para se evitar isso 5000 UI de heparina por via subcutânea a cada 12 horas.

9- Prevenção de Escaras e Infecção Hospitalar. Mudança de Decúbito a cada 2 horas. O decúbito deve ser horizontal nos casos de oclusão da ACI e Basilar para evitar hipoperfusão cerebral e de 30o para favorecer o retorno venoso sem dificultar o fluxo nos casos de infarto cerebral extenso e quando associado a intenso edema cerebral.

10- Esfíncter Urinário. A retenção ou a incontinência urinária são comuns na fase aguda do AVC e podem exigir o uso de sonda urinária. A maior parte destes distúrbios são transitórias e resolvidas em poucos dias.

11- Crises Epilépticas. Podem ocorrer na fase aguda e na maioria são focais, eventualmente generalizados levando ao mal epilético. Devem ser tratadas de modo usual com monoterapia. Eventualmente demandam de um tratamento mais prolongado.

12- Arritmias cardíacas. Podem estar presentes e se constituírem em um fator agravante do AVC quando determinam diminuição do DC por algum intervalo de tempo. Podem ocorrer por cardiopatias prévias ou por processos metabólicos ou em alguns casos distúrbios de condução e arritmias originadas da área infartada.

13- Depressão. Principalmente quando há comprometimento do Hemisfério Cerebral esquerdo pode haver um quadro depressivo acentuado. Os pacientes podem se beneficiar com o uso de antidepressivos tricíclicos.

14- Fisioterapia. Deve se iniciar na fase aguda com o objetivo de se atenuar a espasticidade, evitar retrações tendinosas, posturas viciosas e ombro doloroso além de colaborar com a recuperação motora.

Tratamento do Edema Cerebral

O edema cerebral(EC) instala-se dentro de minutos, inicialmente é do tipo citotóxico e depois vasogênico tendo seu pico entre 24-96 horas pós AVC. Observa-se clinicamente rebaixamento do nível de consciência, anisocoria, padrões de ritmos periódicos respiratórios e sinais de herniação cerebral.

1- Entubação orotraqueal e hiperventilação mecânica mantendo-se a PO2 em torno de 25 a 30 mmHg. Este procedimento proporciona benefícios por algumas horas.

2- Administração de diuréticos osmóticos como Manitol 20-25%1g/Kg pela via Endovenosa em 20 a 30 minutos seguido de 0,25 g/Kg a cada 4 horas.

3- Pode administrar-se Furosemida simultaneamente a primeira dose de Manitol de modo a evitar o pico hipertensivo decorrente da hipervolemia causada pela diurético.

4- Não há evidências de que os corticoesteróides melhoram nestes tipos de edema, sendo que seu uso pode provocar hemorragias gastrointestinais, infecções e hiperglicemia que é deletéria ao quadro instalado.

Tratamento Hemorreológico

Visa a interferências com fatores que interferem com a hemoconcentração sangüínea como o hematócrito a concentração de fibrinogênio, a agregabilidade plaquetária e por fim a deformidade eritrocitária. A redução da viscosidade sanguínea leva a uma melhor perfusão cerebral. Existe polêmica em relação a redução do hematócrito. Não se discute que um hematócrito alto leva a uma piora da perfusão cerebral, porém estudos que demonstram a redução deste em casos de AVC não demonstrou ser eficaz. O hematócrito de qualquer modo nunca deve estar inferior a 33% por causar desacoplamento do O2 e dificuldade de oxigenação.

1- O ancrod diminui a concentração de Fibrinogênio plasmático com conseqüente redução da viscosidade sanguínea.

2- A Pentoxifilina diminui a agregabilidade plaquetária além de diminuir o fibrinogênio e aumentar a deformidade plaquetária. Seus efeitos não se mantém após o 4o dia.

Tratamento Antitrombótico

As indicações precisas da utilização destes medicamentos ainda não estão completamente definidas. Tem sido prescritos em AVC para impedir a progressão de trombose ou prevenir a reembolização cerebral de origem cardíaca não séptica além de prevenir o TEP.

1- Heparina é o anticoagulante mais comumente utilizado na fase aguda da isquemia cerebral.

Dose de Ataque: 5000 a 10000 UI EV em bolus

Manutenção: 1000 UI/h

KPTT em torno de 1,5 a 2,0 vezes o valor inicial por 5 a 10 dias

Contra-indicações: AVC hemorrágico já estabelecidos, exceto casos de embolia não extensas.

2- Anticoagulantes orais podem ser utilizados principalmente com Warfarin concomitante ao uso de Heparina administrada subcutaneamente.

3- Antiagregantes plaquetários são usados principalmente nos casos de infarto aterotrombótico podendo ser iniciado seu uso na fase aguda do AVC. Reduzem risco de morte pós AVC em 30%.

AAS na dose de 200mg/dia

Ticlopidina

Tratamento Trombolítico

Ocorrem processo trombótico em 80% dos casos de AVC detectados quando da realização de Angiografia na fase aguda.

Uroquinase

t-PA ou plasminogênio ativador do tipo tissular. É obtido através da técnica de DNA recombinante. Sua meia vida é de apenas 5 min ao contrário da uroquinase de 16 min. Produz fibrinólise local com poucos efeitos sistêmicos.

Tratamento Específico

Durante a isquemia cerebral os íons cálcio determinam a patogênese da morte neuronal. Drogas que atuam neste ponto trazem pois um efeito redutor da atividade necrótica.

Nimodipina - Age bloqueando o influxo de cálcio intracelular além de ter ação vasodilatadora - DOSE - 120 mg/dia fracionada em 4 doses. Melhora muito o prognóstico dos pacientes em relação a evolução bem como a resolução dos fenômenos motores desde que usado nas primeiras horas antes do infarto.

Naloxone - ë uma agonista de receptores opiáceos que possuem algumas propriedades na isquemia cerebral visto que reduzem o influxo de cálcio, tem efeito antiagregante plaquetário e previne a ocorrência de edema cerebral. Alguns trabalhos mostram benefícios e outros ineficácia.

Barbitúricos - Deprimem o metabolismo cerebral, aumentam a resistência cerebrovascular, diminuem a HIC, tem ação anticonvulsivante e previne a isquemia quando administrado previamente ao insulto isquêmico. Quando iniciado pós isquemia não se provou ainda sua eficácia.

Baclofen - É um antagonista Gabaérgico e inibe a liberação do glutamato. Não se provou proteção da isquemia em estudos experimentais.

Bibliografia

1) Canelas, Propedêutica Neurológica ed. Sarvier 3a Edição.

2) Nittrini, Neurologia Básica

3) Cecil, Tratado de Medicina Interna, 19a edição.

4) Knobel, Condutas no Paciente Grave.

5) Oliveira R. M. C. et al, Tratamento Médico da Isquemia Cerebral, Revista Neurociências 1995

6) Kaimen R. D. M., Doenças Cerebrovasculares, 1996

Fonte: www.medstudents.com.br

É a doença que as pessoas costumam denominar “derrame”, ou “isquemia”, ou ainda “trombose cerebral”.

AVC é a maior causa de morte no Brasil e a principal causa de lesão permanente (seqüela, incapacidade) em adultos. Tem sido dado ênfase ao seu conceito e entendimento, para um maior reconhecimento pela população e manejo mais apropriado.

No meio médico, o termo consagrado pelo uso é o de Acidente Vascular Cerebral (AVC), que pode ser definido como um déficit neurológico (sinal e/ou sintoma) causado por interrupção do fluxo sangüíneo a uma determinada região encefálica. A palavra encéfalo corresponde a todas as estruturas neurais contidas no crânio (a parte intracraniana do sistema nervoso); portanto o termo conceitualmente mais correto seria Acidente Vascular Encefálico. Mas como a tendência tem sido adotar o termo mais difundido e de mais fácil compreensão, o AVC é o objetivo de minha explanação. Até mesmo o termo “ataque cerebral” foi criado na tentativa de educar a população para o seu reconhecimento e manejo como uma verdadeira Urgência Médica.

O AVC pode ser classificado em duas grandes categorias:

AVC isquêmico: quando ocorre oclusão de um vaso sangüíneo (artéria) que irriga determinada região encefálica, privando essa região de nutrientes e oxigênio. A oclusão decorre da presença de coágulos que se desenvolvem dentro da própria artéria (trombose cerebral) ou em algum outro local anterior por onde o fluxo sangüíneo já passou, por exemplo, coração ou artérias carótidas ao nível do pescoço. O deslocamento do coágulo até ocluir uma artéria cerebral chama-se embolia cerebral.

AVC hemorrágico: quando ocorre ruptura de um vaso sangüíneo encefálico..

A maioria dos pacientes com AVC apresentam fatores de risco. A melhor forma de prevenir o AVC é identificar essas pessoas e controlar os fatores de risco possíveis. Alguns fatores associados potencializam o risco, por exemplo, o uso de anticoncepcionais e o fumo.

Os fatores de risco podem ser modificáveis: hipertensão arterial, tabagismo, diabete, doenças cardíacas, alterações na coagulação sangüínea, alterações do colesterol e frações, presença de sopro carotídeo (ruído anormal no pescoço percebido pelo exame médico).

Outros fatores de risco não são modificáveis: idade (a ocorrência aumenta acima dos 55 anos), sexo (homens têm maior risco mas as mulheres vivem mais além dos 65 anos), raça negra, hereditariedade (pessoas da mesma família costumam ter fatores de risco em comum).

Ataques isquêmicos transitórios (AIT) devem ser reconhecidos, pois pode haver prevenção de um AVC iminente; o AIT é um sinal de alerta, um “aviso”. O AIT é ocorrência súbita de sinal (problema que o médico e outras pessoas podem constatar) ou sintoma neurológico (problema que apenas o paciente percebe) com duração de minutos a algumas horas. Significam a obstrução de circulação encefálica por um pequeno coágulo que se dissolve em seguida.

O primeiro passo para permitir o tratamento ideal do AVC ou AIT é o reconhecimento dos sinais e sintomas mais comuns, que variam conforme a parte do sistema nervoso atingida e geralmente surgem de forma repentina. São eles: fraqueza ou dormência numa parte do corpo, dificuldade em falar, compreender, ler ou escrever, piora súbita na visão, dor de cabeça fora do comum e vômitos, visão dupla, desequilíbrio, vertigem e tontura, convulsão, desmaio ou sonolência, e rigidez na nuca.

O tratamento de suporte, baseado no tratamento de complicações pulmonares e cardiovasculares era, até recentemente, o único tratamento disponível para muitos pacientes. Devido à falta de opções de tratamento para alterar o curso da doença, pouca ênfase era dada à necessidade de intervenção. Atualmente, o aparecimento de algumas medicações e o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas mais avançadas e criteriosas possibilitam diminuir a lesão neurológica e reduzir ou até evitar seqüelas.

O sucesso do tratamento depende da seguinte estratégia:

1. Educação dos pacientes de risco;

2. Reconhecimento precoce dos sinais e sintomas de AVC;

3. Transporte rápido ao hospital;

4. Existência de setores especializados no tratamento dessa doença, nos hospitais de referência (Unidade de AVC);

5. Acesso a exames especializados (tomografia, ecodoppler e angiografia), a medicações especiais e à equipe de especialistas (neurologista e neurocirurgião).

O tratamento inicial inclui o ABC dos cuidados de emergência (Airway, Breathing e Circulation), bem como a monitorização dos sinais vitais. Familiares e testemunhas podem interferir no “Airway” (manejo das vias aéreas) deixando as pessoas inconscientes deitadas de lado em caso de vômitos, ou puxando a mandíbula para frente. Não devem ser colocados objetos ou os dedos na boca do paciente.

Etapa importante na avaliação médica é o diagnóstico diferencial com outras doenças que podem se manifestar de forma semelhante ao AVC. A tomografia de crânio é o exame complementar mais importante, servindo para mostrar a área cerebral atingida (às vezes a isquemia não se mostra nas primeiras horas), a presença de hematoma e outras complicações do AVC.

O tratamento consiste em cuidados gerais do paciente grave, oxigenação adequada, controle ideal da pressão arterial, controle de convulsões e da pressão intracraniana (que pode estar aumentada por hematoma ou inchaço e agravar a lesão cerebral). É sabido que lesões cerebrais graves podem causar alterações em outros órgãos do corpo.

Nos casos de AVC hemorrágico, grandes hematomas podem levar rapidamente à morte, podendo ser necessária a realização de neurocirurgia de urgência. Às vezes, a colocação de um simples dreno pode salvar a vida do paciente. Quando na investigação, a causa da hemorragia for atribuída à ruptura de um aneurisma cerebral (dilatação em uma artéria cerebral), geralmente está indicada uma cirurgia com auxílio de um microscópio para o tratamento definitivo. Alguns trabalhos também apontam para o benefício da drenagem de hematomas por técnica estereotáxica, em que se calcula a localização exata da doença através de uma aparelhagem especial. Mesmo no AVC isquêmico, a cirurgia pode ter papel importante, como na cirurgia para descomprimir um grande inchaço (edema) da parte do encéfalo atingida pela isquemia, na colocação de dreno ou na desobstrução da artéria carótida ao nível do pescoço por aterosclerose (endarterectomia).

No manejo do AVC isquêmico um importante estudo mostrou que os pacientes tratados com a medicação Alteplase (um trombolítico, i.e., que dissolve coágulos) dentro das primeiras horas de início dos sintomas apresentaram trinta por cento ou mais de chance de terem sequelas mínimas ou ausentes. Apesar de revolucionária, essa terapia trombolítica exige a seleção cuidadosa dos pacientes por especialistas e infra-estrutura adequada. Também o uso de drogas anticoagulantes pode trazer benefício, mas o seu uso deve ser igualmente criterioso.

O tratamento com trombolítico ainda não é utilizado rotineiramente no nosso meio devido à falta de educação específica na população e mesmo no meio médico. Se aplicado de forma abrangente pode resultar em redução nas seqüelas e mesmo na redução dos gastos com o sistema de saúde. O AVC deve ser entendido e tratado como uma URGÊNCIA MÉDICA, em unidades especializadas a serem criadas nos hospitais para combater uma doença que até então deixava invariavelmente seqüelas permanentes e suas conseqüências para o doente e familiares.

Leandro Infantini Dini

Fonte: www.classiclife.com.br

Acidente Vascular Cerebral - AVC

AVC resulta da restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, causando lesão celular e danos nas funções neurológicas.

As causas mais comuns são os trombos, o embolismo e a hemorragia.

Apresenta-se como a 2ª causa de morte no mundo. O AVC é a principal causa de incapacidade neurológica dependente de cuidados de reabilitação e a sua incidência está relacionada com a idade.

Irão ser focados aspectos relativos da patologia, tais como, epidemiologia, causas de AVC, fatores de risco, fisiopatologia, tipos de AVC, manifestações clínicas, complicações…

Definição

A definição de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Dicionário Médico é uma manifestação, muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo, isquemia, hemorragia, trombose (Manuila, Lewalle e Nicoulin, 2003).

Acidente Vascular Cerebral é um derrame resultante da falta ou restrição de irrigação sanguínea ao cérebro, que pode provocar lesão celular e alterações nas funções neurológicas. As manifestações clínicas subjacentes a esta condição incluem alterações das funções motora, sensitiva, mental, perceptiva, da linguagem, embora o quadro neurológico destas alterações possa variar muito em função do local e extensão exata da lesão (Sullivan, 1993).

Causas do AVC

Acidente Vascular Cerebral - AVC

A Organização Mundial de Saúde, 2003 defende que o AVC é provocado por uma interrupção no suprimento de sangue ao cérebro e ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada ou se rompe.

Se as células cerebrais perdem o suprimento de oxigénio e de nutrientes por consequência elas podem parar de trabalhar temporariamente ou então, morrem. Esta morte resulta em áreas de necrose localizada que são designadas como enfartes cerebrais. Mas existem muitas células remanescentes que podem provocar o ressurgimento de movimentos perdidos se o paciente for tratado devidamente (Organização Mundial de Saúde, 2003).

Segundo Sullivan, 1993 as causas mais comuns de AVC são os trombos, o embolismo e a hemorragia secundária ao aneurisma ou a anormalidades do desenvolvimento. E advoga que as outras causas menos comuns são os tumores, os abcessos, os processos inflamatórios e os traumatismos.

Consoante a Organização Mundial de Saúde, 2003 as causas mais frequentes de AVC compreendem os enfartes cerebrais, a hipertensão arterial, a hemorragia cerebral, a malformação dos vasos sanguíneos, os tumores cerebrais, os traumas e outras situações diversas.

Os enfartes cerebrais resultam de dois processos patológicos, a trombose, que é o bloqueio de uma artéria do cérebro, causado por um coágulo sanguíneo sólido ou trombo que se forma dentro do sistema vascular; e a embolia, que é um bloqueio causado por um fragmento destacado do trombo que se formou em outro local e é levado para o cérebro pela corrente sanguínea (OMS, 2003).

Fatores de Risco

Acidente Vascular Cerebral - AVC

Os fatores de risco aumentam a probabilidade de ocorrência de um acidente vascular cerebral, no entanto, muitos deles podem ser minimizados com tratamento médico ou mudança nos estilos de vida.

Os principais fatores de risco para a manifestação de um AVC são: a idade, a patologia cardíaca, a diabetes mellitus, aterosclerose, heredietariedade, raça, contraceptivos orais, antecedentes de acidentes isquémicos transitórios (AIT) ou de acidentes vasculares cerebrais, hipertensão arterial, dislipidémia, sedentarismo, elevada taxa de colesterol e predisposição genética (Sullivan, 1993; Weimar, Ziegler, Konig, Diener; Leys, Hénon, Mackowiak-Cordoliani, Pasquier, 2005).

Quanto maior for o número de fatores de risco identificados no utente, maior será a probabilidade deste vir a ter um AVC.

Fisiopatologia

Acidente Vascular Cerebral - AVC

O tecido nervoso depende totalmente do aporte sanguíneo para que as células nervosas se mantenham ativas, uma vez que não possui reservas. A interrupção da irrigação sanguínea e consequente falta de glicose e oxigénio necessários ao metabolismo, provocam uma diminuição ou paragem da atividade funcional na área do cérebro afetada (Rocha, 2003).

Se a interrupção do aporte sanguíneo demorar menos de 3 minutos, a alteração é reversível, no entanto, se ultrapassar os 3 minutos, a alteração funcional pode ser irreversível, provocando necrose do tecido nervoso.

O AVC pode ser causado por 2 mecanismos distintos, por uma oclusão ou por uma hemorragia (Cohen, 2001).

Um AVC isquémico ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado, frequentemente pela formação de uma placa aterosclerótica ou pela presença de um coágulo que chega através da circulação de uma outra parte do corpo (Cohen, 2001).

A arteriosclerose produz a formação de placas e progressiva estenose do vaso. As suas sequelas são então a estenose, ulceração das lesões arterioscleróticas e trombose (Sullivan, 1993).

A trombose cerebral refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou de seus ramos. Os trombos podem ser deslocados, “viajando” para outro local, sob a forma de um êmbolo (Sullivan, 1993).

Os êmbolos cerebrais são pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias, ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até as artérias cerebrais, produzindo a oclusão e enfarte (Sullivan, 1993).

O AVC pode ainda ocorrer por um ataque isquémico transitório. Este, refere-se à temporária interrupção do suprimento sanguíneo ao cérebro (Sullivan, 1993).

Um AVC hemorrágico (acontece em 10% dos AVC’s) ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, ou quando a pressão no vaso faz com que ele se rompa devido à hipertensão. A hemorragia pode ser intracerebral ou subaracnoideia. Em ambos os casos, a falta de suprimento sanguíneo causa enfarto na área suprida pelo vaso e as células morrem (Cohen, 2001).

Tipos de AVC

A determinação do tipo de AVC depende do mecanismo que o originou. Sendo assim, existem dois tipos de AVC, que se apresentam como o AVC isquémico e o AVC hemorrágico, que por sua vez apresentam alguns subtipos.

Tipos de AVC Subtipos de AVC
Isquémico Lacunar
Trombótico
Embólico
Hemorrágico Cerebral (Intracerebral)
Meníngeo (Subaracnóide)

AVC trombótico é o mais comum (40% dos AVC’s) e é causado pela aterosclerose – trombose cerebral. Há o desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais ou dos seus ramos, o que vai originar enfarto ou isquemia.

AVC embólico ocorre em 30% dos casos AVC’s e é criado por êmbolos cerebrais. São pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até às artérias cerebrais, produzindo oclusão ou enfarto (doenças cardiovasculares).

AVC lacunar é provocado em 20% dos AVC’s e é ocasionado por enfartes muito pequenos com menos de 1cm cúbico de tamanho, que ocorrem somente onde arteríolas perfurantes se ramificam diretamente de grandes vasos. É comum o défice motor puro ou sensitivo puro.

Os utentes irão apresentar determinados sinais clínicos, de acordo com a artéria cerebral envolvida.

As artérias que podem ser afetadas são: artéria cerebral anterior, artéria cerebral média, artéria cerebral posterior, artéria carótida interna, artéria basilar, artéria vertebrobasilar.

Síndromes resultantes da oclusão das artérias cerebrais

1. Artéria Carótida Interna

Esta artéria é qualificada pela hemianópsia, afasia (se for o hemisfério dominante), hemiplegia contra lateral e hemianestesia contra lateral. Pode ocorrer um extenso edema cerebral, levando frequentemente ao coma e à morte (Sullivan, 1993).

2. Artéria Cerebral Anterior

As lesões nesta artéria são raras. E é caracterizada pela confusão mental, afasia (se for o hemisfério dominante), hemiplegia contra lateral (com predomínio do membro inferior), hemianestesia contra lateral (com predomínio do membro inferior), e pode haver apraxia de marcha, reflexo de sucção, reflexos de preensão e incontinência urinária e fecal (Sullivan, 1993).

3. Artéria Cerebral Média

Esta artéria é o local mais comum de AVC. E é especializada pelo coma, hemianópsia, hemiplegia (com predomínio do membro superior), hemianestesia (com predomínio do membro superior), afasia (se for o hemisfério dominante), e agnosia visual (Sullivan, 1993).

4. Artéria Cerebral Posterior

Esta artéria é representada pela hemianópsia, afasia, agnosia visual, alexia, hemiplegia e hemianestesia, muitas vezes são sintomas temporários (Sullivan, 1993).

5. Artéria Vértebro – Basilar

Esta artéria é assinalada pelo coma, diplopia, hemiplegia, paralisia pseudo bulbar, tetraplegia e anestesia completa (Sullivan, 1993).

Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem afasias, apraxias ideomotoras e ideacionais, alexia para números, descriminação direita/esquerda e lentidão em organização e desempenho.

Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda) ocorre alteração viso espacial, auto negligência unilateral esquerda, alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização e desempenho

Manifestações Clínicas / Sinais e Sintomas

A sintomatologia depende da localização do processo isquémico, do tamanho da área isquémica, da natureza e funções da área atingida e da disponibilidade de um fluxo colateral (Sullivan, 1993).

As principais sequelas provenientes de um AVC são os défices neurológicos que se vão refletir em todo o corpo, uni ou bilateralmente, como consequência da localização e da dimensão da lesão cerebral, podendo apresentar como sinais e sintomas perda do controlo voluntário em relação aos movimentos motores, sendo a disfunção motora mais comum, a hemiplegia (devido a uma lesão do lado oposto do cérebro); a hemiparésia ou fraqueza de um lado do corpo é outro sinal (Resck, et. al., 2004; Petrilli, Durufle, Nicolas, Pinel, Kerdoncuff, Gallien, 2002).

Existindo assim um comprometimento ao nível das funções neuromuscular, motora, sensorial, perceptiva e cognitiva/comportamental (Resck, et.al., 2004).

Função Sensorial:

A sensibilidade frequentemente sofre prejuízos, mas raramente está ausente do lado hemiplégico. São comuns as perdas proprioceptivas, exercendo significativo impacto sobre as habilidades motoras. Também são comuns a perca do tato superficial, dor e temperatura, contribuindo para uma disfunção perceptiva geral e para o risco de autolesões.

Os pacientes hemiplégicos podem ainda sofrer de hemianopsia homónima – defeitos no campo visual. O paciente sofre de cegueira da metade nasal de um dos olhos e da metade temporal do outro, dependendo do local da lesão (Sullivan, 1993).

As alterações sensoriais mais frequentes, aquando da ocorrência de um AVC, são os défices sensoriais superficiais (tácteis, térmicos e doloros), proprioceptivos (postural e vibratória) e visuais (diminuição da acuidade visual, diplopia).

Função e Comportamento Mental:

Alguns dos pacientes que sofrem um AVC são dados como confusos ou não cooperantes, sem espírito de iniciativa, ou mentalmente inadequados. Podem também ficar com a compreensão prejudicada, sofrer de perda de memória recente, perda da percepção corporal, negação de lhe pertencerem os membros afetados (Sullivan, 1993).

Os utentes com lesão no hemisfério direito e esquerdo têm comportamentos muito distintos. Os utentes com lesão no hemisfério direito, tendem a ter um comportamento mais lento, são mais cuidadosos, incertos e inseguros. Ao desempenharem tarefas apresentam-se ansiosos e hesitantes, necessitando frequentemente de apoio e “feedback” (Sullivan, 1993).

Função Perceptiva:

O tipo e a extensão dos défices perceptivos vão depender do local da lesão. Um AVC pode provocar distúrbios na posição no espaço, na percepção da profundidade, na orientação topográfica, apraxia (incapacidade para programar uma sequência de movimentos), agnosia (incapacidade de reconhecer objetos familiares de uso pessoal, e de lhe dar uma função), falhas na discriminação esquerda/direita… (Sullivan, 1993).

Função da Linguagem/Comunicação:

Este tipo de problema resulta geralmente quando o AVC teve a sua origem numa obstrução da artéria cerebral média localizada no hemisfério esquerdo (Sullivan, 1993).

Função motora:

Os pacientes sofrem desequilíbrio postural, espasticidade, padrão flexor do membro superior e padrão extensor do membro inferior, entre outros (Sullivan, 1993).

Alterações do Tónus

Logo após um AVC, o hemicorpo afetado apresenta hipotonia, isto é, o tónus é muito baixo para iniciar qualquer movimento, não apresenta resistência ao movimento passivo e o utente não consegue manter o membro em nenhuma posição, principalmente durante as primeiras semanas. Ocasionalmente a flacidez dura apenas algumas horas ou dias, mas raramente persiste indefinidamente. Estas alterações levam ao desaparecimento da consciencialização e dos padrões de movimento do hemicorpo afetado, bem como a padrões inadequados do lado não afetado. Desta forma, o utente não consegue sentar-se sem apoio, manter-se de pé (Sullivan, 1993) …

É frequente nestes casos, com o passar do tempo, a substituição de um quadro de hipotonia, por um quadro hipertonia em que há um aumento da resistência ao movimento passivo (característico dos padrões espásticos) (Sullivan, 1993).

A espasticidade tende a aumentar gradualmente nos primeiros 18 meses com os esforços e atividades desenvolvidas pelo indivíduo (fase espástica), podendo provocar posturas anormais e movimentos estereotipados (Sullivan, 1993).

Geralmente estes utentes apresentam hipertonia nos músculos anti-gravíticos do hemicorpo afetado (flexores no membro superior e extensores no membro superior) (Sullivan, 1993).

Perda do mecanismo de controlo postural

A base para a realização dos movimentos voluntários normais especializados é o mecanismo de controlo postural. Desta forma, se as reações posturais automáticas de um indivíduo que tenha sofrido um AVC não estiverem a funcionar no hemicorpo afetado, o indivíduo não conseguirá usar vários padrões normais de postura e de movimento, que lhe permitem fazer transferências, rolar, sentar-se, manter-se de pé, andar, realizar atividades da vida diária e outras atividades funcionais (Sullivan, 1993).

As patologias e as sequelas neurológicas interferem com a capacidade do indivíduo em executar as funções e a satisfazer as suas obrigações. Assim, o indivíduo com sequela neurológica não é capaz de desempenhar o seu papel social ou de manter o seu relacionamento habitual com os outros (Resck, et. al., 2004).

Alguns autores defendem que os objetivos da reabilitação em pacientes com AVC são, prevenir complicações; recuperar ao máximo as funções cerebrais comprometidas pelo AVC (temporárias ou permanentes); e reintegrar o paciente na família, no trabalho e na sociedade melhorando a sua qualidade de vida (Resck, et. al., 2004; Yelnik, Lariboisière, Widal, 2005).

A promoção do máximo de independência funcional nas áreas de desempenho do utente deve ter em conta as suas capacidades, motivações e necessidades (Jette, Warren, Wirtalla, 2005).

Estágios da Fase de Recuperação

Consoante a Organização Mundial de Saúde, 2003 os estágios da fase de recuperação são:

(a) Persistência da hipotonia (estágio flácido), havendo perda motora geral e perda sensorial severa. O braço fica mole e caído e o paciente não consegue firmar-se no espaço devido à fraqueza muscular e ao baixo tónus muscular, sendo o mais incapacitante dos 3 estágios.

(b) Evolução para o tónus normal (o estagio de recuperação), os movimentos iniciam-se nos membros, primeiro mais distalmente, permanecendo na generalidade uma leve incapacidade.

(c) Evolução para a hipertonia (o estágio espástico), a recuperação da função motora com uma evolução para a espasticidade é bastante frequente. Há uma recuperação inicial dos movimentos proximais dos membros. O tónus muscular aumentado conduz à espasticidade que se apresenta nos músculos antigravíticos.

Este tónus muscular é diferente em cada indivíduo, influenciando a qualidade do movimento:

Espasticidade severa: os movimentos são difíceis e por vezes impossíveis devido à contração muscular contínua;

Espasticidade moderada: os movimentos são lentos e realizados com esforço e coordenação anormal;

Espasticidade leve: os movimentos grossos dos membros são possíveis, enquanto os movimentos finos da mão são difíceis.

(d) Ataxia, é resultado em alguns casos de hemiplegia (principalmente os causados por trauma), o cerebelo ou o sistema cerebelar pode ser afetado. Os movimentos são descontrolados e excessivos, havendo dificuldade na realização e manutenção das posições intermediárias de um movimento. A realização de tentativas voluntárias para resolver esses problemas causa tremor intencional e dismetria.

Segundo Bobath, também, existem três estádios pós-AVC: 1º estádio é a hipotonia no hemicorpo afetado, 2º estádio é a hipertonia do hemicorpo afetado e o 3º estádio é a de recuperação relativa que depende de muitos fatores entre os quais o local e a extensão da lesão, a idade, a capacidade do sistema nervoso se reorganizar (plasticidade) e a motivação/atitude do utente que podem fazer variar o tempo de permanência entre os estádios e condicionar a recuperação (O´Sullivan, 1993).

Problemas Secundários e Complicações

Problemas Psicológicos

Os problemas mais comuns associados ao AVC são, a depressão, o isolamento, a irritabilidade, a impaciência e a impulsividade (Sullivan, 1993).

Contraturas e Deformidades

São resultado da perda de movimentos, espasticidade e posicionamento inadequado (Sullivan, 1993).

Trombose Venosa Profunda e Embolia Pulmonar

São complicações potenciais para todos os pacientes imobilizados e os sintomas mais comuns são, a dor, a hipersensibilidade, o edema e a descoloração da perna (Sullivan, 1993).

Dor

Este sintoma provém da perda sensorial contra – lateral da lesão. A dor é em queimadura no lado hemiplégico, sendo aumentada por estímulos ou contatos (Sullivan, 1993).

Problemas Urinários e Intestinais

A incontinência urinária pode exigir o uso de uma sonda de espera, sendo a sua remoção o mais desejável pois impede a ocorrência de infecções. Para os problemas intestinais pode ser necessário o uso de amolecedores das fezes e de dietas pobres em resíduos (Sullivan, 1993).

Disfunção Oro – facial

A disfunção da deglutição, disfagia, é uma complicação comum pós AVC. A maioria apresenta corrimento de saliva, dificuldade na ingestão de alimentos, aspiração, disartria e assimetria dos músculos da expressão facial (Sullivan, 1993).

Disfunção do Ombro

Ocorre em 70 a 80% dos indivíduos pós AVC (Sullivan, 1993).

Diminuição da Resistência / Problemas Cardíacos Adjuvantes

Pacientes que sofreram um AVC secundário a causas cardíacas podem evidenciar débito cardíaco prejudicado, descompensação cardíaca e graves desordens do ritmo, originando limitações cardíacas na tolerância ao exercício físico (Sullivan, 193).

Fonte: www.acidentevascularcerebral.com

Como evitar um AVC – dicas de prevenção

Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de mortes no Brasil, o maior causador de internações e atinge cerca de 100 mil pessoas por ano no país. O AVC é um estado agudo de comprometimento cerebral provocado pela isquemia ou pelo rompimento de vasos sanguíneos, levando a um derramamento de sangue no cérebro. A doença leva a morte.

Acidente Vascular Cerebral

Quando a vítima sobrevive, fica com sérias dificuldades na fala, compreensão e locomoção. Cerca de 30% dos pacientes morrem, 30% ficam com seqüelas graves, 20% seqüelas leves e 20% sem seqüelas.

A prevenção reduz em 60% dos casos da doença. Buscar uma vida saudável, alimentar-se bem, praticar exercícios físicos, podem reduzir significativamente a chance de se ter um AVC.

A questão genética é preponderante para os casos de Acidente Vascular Cerebral, se tiver casos em sua família, previna-se. Hipertensão arterial é um dos maiores motivos do AVC. A pressão adequada é de até 12 por 8. Cuide-se.

A doença caracteriza-se por arritmias cardíacas que são estreitamentos provocados pelas placas ateroscletóricas nas artérias que irrigam o cérebro. Em casos de arritmias, a prevenção só acontece por meio de medicação antiagregante ou anticoagulante para não formar trombos. Em alguns casos, é necessário passar por cirurgia.

Alguns dos sintomas do AVC são:

fraqueza ou formigamento no corpo, confusão, dificuldade de falar ou compreender, dificuldade para enxergar e se equilibrar, dores de cabeça.

Vendo a importância de cuidar-se, não deixe de tratar da sua saúde. Previna-se. Não fume, controle o peso, evite bebidas alcoólicas, evite sal em excesso, tenha uma alimentação saudável, pratique exercícios e evite o estresse. A prevenção é a melhor forma de evitar transtorno e dores futuras.

Fonte: sempredicas.com.br

O que é?

acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central, como resultado de um distúrbio na circulação cerebral.

Acidente Vascular Cerebral - AVC

O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao déficit neurológico temporário, com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o déficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um déficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).

Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias:

Acidente vascular cerebral isquêmico

Consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos.

Acidente vascular cerebral hemorrágico

Ocorre uma hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, gerando alterações clínicas nem sempre focais.

Como se desenvolve ou se adquire?

Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial (arritmia cardíaca), diabetes mellitus, tabagismo, hiperlipidemia (colesterol alto).

Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool e outras doenças que acarretam aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.

Como se desenvolve ou se adquire?

Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial (arritmia cardíaca), diabetes mellitus, tabagismo, hiperlipidemia (colesterol alto).

Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool e outras doenças que acarretam aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.

Quais os sintomas?

Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo: isquêmico?

Fraqueza:

O início agudo de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma pequena e específica área.

Podem ocorrer de diferentes formas, apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço do que na perna; ou fraqueza maior na perna do que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida.

Distúrbios Visuais:

A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de “sombra’’ ou “cortina” ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).

Perda sensitiva:

A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente.

Linguagem e fala (afasia):

É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem expressiva (déficit na repetição, conversa espontânea e/ou dirigida, ecolalia, jargão...) e na linguagem compreensiva, fonoarticulação (apraxia de fala); assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem.

Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse.

Deglutição (disfagia neurogênica).

Pacientes podem apresentar alteração no processo de deglutição (na fase oral, orofaríngea e/ou esofágica) tendo como conseqüência, sinais clínicos de penetração e/ou aspiração prejudicando o estado geral do paciente. É muito comum o uso de sonda nasogástrica para manter o estado nutricional do paciente.

Caso houver reabilitação fonoaudiológica essa condição pode ser minimizada como também reabilitada.

Convulsões:

Nos casos de acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução, associados a crises convulsivas parciais ou generalizadas. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento), além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.

Como o médico faz o diagnóstico?

A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente. Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sangüíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância nuclear magnética).

Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser úteis no diagnóstico.

Como se trata e como se previne?

Inicialmente, deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.

O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica (contra a coagulação do sangue) e endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida em alguns casos selecionados. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo, bem como o controle da hipertensão, do diabetes, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.

O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência, devendo ser tratado em ambiente hospitalar.

O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.

As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão arterial. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.

Fisioterapia e Reabilitação no paciente com AVC .

Logo após o acidente vascular cerebral, com a estabilidade do quadro hemodinâmico, inicia-se o processo de reabilitação, ou seja, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e outras especialidades, de acordo com a necessidade do paciente.

Na fisioterapia, durante o processo de reabilitação, o paciente vai buscar reaprender a utilizar o segmento corporal acometido pelo acidente vascular cerebral, voltando a realizar suas atividades de vida diária.

Como formas de tratamento na fisioterapia, temos a cinesioterapia (exercícios no solo), eletroterapia (alívio de dor e estimulação muscular), hidroterapia e acupuntura que, juntamente com a dedicação do paciente, vão estar auxiliando no processo de reabilitação.

Fonte: www.hospitalita.com.br

 

Durante o inverno, há uma tendência para aumento dos casos. Isso acontece porque, no frio, os vasos sanguíneos se contraem e a circulação pode ficar comprometida.

Além da vasoconstrição, os alimentos mais gordurosos e calóricos – consumidos principalmente nos dias frios – contribuem para o espessamento do sangue e entupimento das veias, dificultando a circulação sanguínea. Uma combinação perigosa que aumenta o risco de AVC.

Apesar dos números alarmantes, os medicamentos e tratamentos estão cada vez mais eficientes.

E se o diagnóstico e o primeiro atendimento forem feitos com rapidez, as chances de o paciente sair ileso são grandes.

Os especialistas recomendam reconhecer os sinais e sintomas e saber o horário exato que eles começaram. O AVC tem a mesma urgência de atendimento que um infarto ou o politrauma.

Como ocorre

Acidente Vascular Cerebral pode ser isquêmico ou hemorrágico. No caso do AVC isquêmico, há falta de circulação sanguínea numa área do cérebro.

Uma ou mais artérias são obstruídas por um coágulo ou placas de gordura que se aglomeraram ao longo da vida. É mais frequente em idosos, a partir dos 60 anos, que tenham hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado e nos fumantes.

Já o hemorrágico é causado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo. Os principais fatores são a hipertensão arterial e aneurismas cerebrais (espécie de bexiga que se forma ao redor de artérias enfraquecidas). Pode ocorrer em pessoas mais jovens e nos casos de traumatismo craniano.

Fatores de risco

É possível manter todos os fatores de risco para o AVC sob controle, com exceção da idade, sexo e da herança genética. A hipertensão arterial é a principal causa de AVC. Outros vilões são o diabetes e o tabagismo. A obesidade, o sedentarismo e o consumo excessivo de álcool também estão na lista de perigo.

Ao manter uma alimentação balanceada e hábitos saudáveis como uma caminhada diária, a cessação do tabagismo e do consumo de álcool, já é possível diminuir o risco de AVC. Para completar a prevenção é preciso controlar rigorosamente a hipertensão arterial e o nível de colesterol.

Atenção aos sinais

Quanto mais rápido for o diagnóstico de AVC, maiores são as chances de amenizar as sequelas, uma vez que não é possível interromper o derrame.

Os sinais são súbitos e podem ser isolados ou combinados.

Os principais sintomas são:

Enfraquecimento, adormecimento ou paralização da face, braço ou de um lado do corpo

Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão

Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo as frases mais simples

Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintamos acima descritos

Dores de cabeça fortes e persistentes

Além desses sintomas, outros podem ocorrer devido à área do cérebro que foi atingida. Alguns são até imperceptíveis ou passageiros, como pequenas alterações na fala ou leve dormência de um braço. Mas, independentemente da intensidade e do tempo que estiveram presentes, só a avaliação médica pode descartar a suspeita de AVC

Atendimento diferenciado

O Hospital Israelita Albert Einstein é referência no diagnóstico e tratamento de AVC. Um dos procedimentos preconizados internacionalmente é a monitoração do tempo entre a chegada do paciente à Unidade de Primeiro Atendimento e a realização da tomografia computadorizada, que indica ao médico o tratamento mais adequado para o AVC.

Além do atendimento diferenciado e ágil, o hospital disponibiliza uma equipe de neurologia 24 horas por dia, sete dias por semana. Também conta com profissionais especializados para o atendimento de pacientes neurológicos, que são acionados por meio de um código, em casos de suspeita de AVC na Unidade de Primeiro Atendimento. A nossa equipe de Reabilitação inclui fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionista, psicólogos, enfermeiros e fisiatras.

Fonte: www.einstein.br

 

ACNE

Acne

1 INTRODUÇÃO

acne é uma condição inflamatória crônica da unidade pilossebácea, doença considerada extremamente comum que geralmente tem início na puberdade.

Torna-se menos evidente no final da adolescência. Segundo dados americanos a acne afeta 80-85% dos indivíduos com idades compreendidas entre os 12 e os 25 anos, caindo este número para 8% nos indivíduos entre os 25 e os 34 anos, e para 3% entre os 35 e os 44 anos (USATINE et al.,1999).

No sexo feminino, a acne pode persistir até a terceira década, ou ate mais. É predominante em mulheres (BORELLI, 2007), chamada de acne da mulher adulta, seria uma desordem sensível às alterações hormonais no ciclo menstrual e também por anormalidades ovarianas ou supra-renais, ou metabolismo androgênico que requer avaliação especifica (KEDE et al., 2004). No sexo masculino a doença é considerada mais grave (HABIF, 2001).

Por ser considerado um processo normal do desenvolvimento, há um atraso na procura de ajuda médica que pode levar ao desenvolvimento de cicatrizes tanto a nível cutâneo como a nível psico-social.

As lesões inflamatórias são dolorosas e os episódios de exarcebação da acne podem provocar uma baixa auto-estima, perda de autoconfiança, isolamento social e mesmo depressão.

Por estas razões é muito importante a instituição de um tratamento adequado e precoce, que reduza a frequência e gravidade das exarcebações, bem como o número de cicatrizes (VAZ, 2003).

O ácido retinóico tem ação queratolítica e esfoliante em nível celular, é usado no tratamento de acne, para acelerar o turnover da epiderme (Borges, 2006) reduzindo a atividade da glândula sebácea e conseqüentemente supressão do Propionibacterium acnes, prevenindo formação de comedões e a formação de lesões de acne (KEDE et al., 2004).

2 ACNE

acne é uma doença inflamatória crônica da unidade pilossebácea (MINELLI et al., 1998). É uma doença extremamente comum, a maior incidência de casos é visto na puberdade e, posteriormente a essa fase, a incidência diminui. A razão dessa diminuição é desconhecida, já que não houve relato de redução da secreção sebácea nem mudança na composição dos lipídeos nessa fase.

acne incide em 30 a 66% dos adolescentes, com pico entre 14 e 17 anos nas meninas e entre 16 e 19 anos nos meninos. Entretanto, particularmente no sexo feminino, a acne pode persistir ate a terceira década ou mais. É predominante em mulheres, tem caráter familiar e é transmitida por genes autossômicos dominantes (BORELLI, 2007; HABIF, 2001), a causa básica da acne envolve vários agentes na sua etiologia (BORELLI, 2007).

3 ETIOPATOLOGIA

A etiopatogenia da acne é multifatorial, na qual os principais fatores são a genética; hipersecreção sebácea; hiperqueratinização; e colonização bacteriana (HASSUN, 2000).

3.1 genética

A hereditariedade é importante devido ao tamanho e a atividade da glândula sebácea. Quando os pais já apresentaram quadro clínico de acne, existe uma maior chance dos filhos apresentarem essa patologia. Em gêmeos idênticos a incidência da doença é alta, considerando tanto a distribuição quanto severidade (STEINER, 2002).

3.2 Hipersecreção Sebácea

Associada à oclusão do canal folicular, a hipersecreção sebácea é um fator fundamental da formação da acne, as glândulas sebáceas estão diretamente sob influência dos hormônios. Na puberdade, a ação principalmente dos andrógenos, produzidos pelos ovários, testículos e adrenais, influenciam uma maior produção de sebo que é composto de colesterol, cera, ésteres, esteróides, esqualeno e triglicérides que aprisionados pela hiperqueratinização da camada córnea, ocasionam a formação dos comedões (BORELLI, 2007).

3.3 Hiperqueratinização

A hiperqueratinização que, quando localizada na região superior do folículo piloso, favorece a obstrução do ducto, causando retenção dos produtos originados na glândula sebácea. (LIMA, 2006).

3.4 Colonização Bacteriana

A presença dos microorganismos é determinante para a formação da acne. Essas bactérias, apesar de fazerem parte da flora bacteriana normal, proliferam-se com facilidade em presença de material oleoso, triglicerídeos, hidrolisando e liberando ácidos graxos livres comedogênicos e irritantes. Essa irritação leva à inflamação e ao extravasamento para derme. A bactéria Propionibacterium acnes ou P. acnes é a mais comum, mas podemos encontrar em menor número o P. parvum (GOMES et al., 2005).

4. QUADROS CLÍNICOS

Essa doença é caracterizada por grande variedade de lesões que podem comprometer a face, ombros, porção anterior do tórax e/ou posterior.

Os quadros clínicos são divididos em graus (BORELLI, 2007):

Acne não inflamatória ou acne de grau I.

Acne pápulo-pustulosa ou acne de grau II.

Acne nodulocística ou acne de grau III

Acne conglobata ou acne de grau IV.

Acne fulminante ou acne de grau V.

4.1. Acne não Inflamatória ou Acne Grau I

É caracterizada pela presença dos comedões abertos e ou fechados. O comedão aberto aparece como pequena pápula com um ponto enegrecido na sua porção central, resultante da presença de melanina local. Os comedões fechados, em contraste com os abertos, são difíceis de serem visualizados, aparecem como pápulas pálidas sem orifício central visível (BORELLI, 2007).

4.2. Acne Pápulo-Pustulosa ou Acne Grau II

Caracteriza-se pela presença de comedões abertos, pápulas com ou sem eritema e pústulas. O quadro tem intensidade variável com relação ao numero de lesões (BORELLI, 2007).

4.3. Acne Nodulocistica ou Acne Grau III

Caracterizam-se pela presença de pápulas, pústulas, nódulos. A nomenclatura nodulocistica deveria ser abandonada já que cistos verdadeiros raramente são vistos. Em seu lugar, deveríamos empregar o termo acne nodular grave (BORELLI, 2007).

4.4. Acne Conglobata ou Acne Grau IV

Caracterizam-se pela presença de pápulas, pústulas, nódulos purulentos numerosos e grandes, abscessos e fistulas que drenam pus. É a forma grave de acne, mais freqüente em homens, que pode acometer face, pescoço, tórax anterior e/ou posterior e estender-se na região glútea (BORELLI, 2007).

4.5. Acne Fulminante ou Acne Grau V

Forma rara em que, associada aos quadros de acnes de graus III ou IV, surgem febre, artralgia, leucocitose, necrose e até hemorragia de algumas lesões (BORELLI, 2007).

5. OUTROS TIPOS DE ACNE

5.1. Acne Rosácea

Caracteriza-se pelo aumento da permeabilidade e rubor, pacientes geralmente de 30 a 50 anos apresentam telangiectasia, pápulas e pústulas, não há comedões na rosácea (HABIF, 2001).

5.2. Acne Neonatal

Formado por pápulas e pústulas em recém nascidos (HABIF, 2001).

5.3. Acne por Esteróide

Apresenta comedões e pústulas no tórax e há cinco semanas após o esteroide ter sido usado (HABIF, 2001).

6. ácido retinóico

O ácido retinóico (Fig. 1) de uso tópico é chamado tretinoína (termos que serão usados como sinônimos) e foi utilizado a partir da década de 1960 em distúrbios da queratinização e, e em seguida, no tratamento da acne. Mais recentemente passou a ser utilizados em pacientes com fotoenvelhecimento e na forma de peelings, para obtenção de uma descamação superficial (MAIO, 2004).

Tem ação queratolítica e esfoliante em nível celular, estimulando a síntese de colágeno novo. É tradicionalmente usado no tratamento de acne, para acelerar o turnover da epiderme e prevenir a formação de comedões, também pode ser usado no tratamento de estrias e de melasma. Em alopecias é usado principalmente associado ao minoxidil, com finalidade de aumentar a absorção desses (BORGES, 2006).

Como o acido retinóico produz eritema descamação e é fotossensibilizante, deve ser usado à noite. Durante o dia recomenda-se o uso de fotoprotetores (BORGES, 2006).

A vitamina A é uma molécula de 20 carbonos que consiste em um anel cicloexenil (C6H10), uma cadeia lateral com duas ligações duplas arranjadas em configuração trans e um grupo alcoólico final. É também chamada de all-trans- retinol. A ocidação do grupo alcoólico distal resulta na formação de um aldeído (all-trans-retinaldeido), que pode ser então oxidado a acido carboxílico, o acido all trans retinóico ou tretinoina (MAIO, 2004).

Acne
Estrutura química do ácido retinóico

A isotretinoina é um tratamento sistêmico que começou a ser utilizada em 1979, para tratar acne cística e conglobata, ela atua na redução da secreção sebácea, ocasionando atrofia das glândulas sebáceas, com conseqüente diminuição da proliferação bacteriana, particularmente do Propionibacterium acnes. Possui ainda atividade antiinflamatória.

É uma droga teratogênica sendo que todas as pacientes assinam um termo de consentimento, e terão de usar métodos contraceptivos durante todo o tratamento.

Os efeitos colaterais mais comuns são os tegumentares, como secura labial,quilite, secura das mucosas nasal, oral e ocular, eritema e/ou dermatite na face, epistaxe, prurido, eflúvio telógeno, conjutivite e dermatite asteatósica.

As reações sistêmicas são eventuais: mialgias, artralgias, cefaléia e obstipação.

7. EFEITOS BIOLÓGICOS

Os retinóides apresentam diversos efeitos biológicos, afetando o crescimento e a diferenciação celulares (MAIO, 2004).

Atua diminuindo o tamanho da glândula sebácea, diminui a produção de sebo e normaliza a queratinização folicular. Com estes efeitos diminuem as condições de proliferação bacteriana. Esta indicada desde acne pápulo-pustulosa resistente a outros tratamentos até a acne inflamatória grave, existe um potencial risco de agravamento da inflamação na acne inflamatória no inicio do tratamento. Na acne da mulher adulta com ou sem hiperandrogenismo também pode ser utilizada (ALCHORNE et al., 2003).

Na epiderme promovem compactação do estrato córneo, aumento da espessura epidérmica, tendo diminuição, ou melhor, distribuição da melanina (MAIO, 2004).

Apresentam atividade comedolítica, alem de normalizar a descamação do epitélio folicular, fator importante na patogênese da acne, tem efeito profilático, ou seja, inibição da formação de novas lesões.

O ácido all-trans-retinóico ou tretinoína é indicado para queratoses actínicas e distúrbios de queratinização. As únicas indicações dermatológicas já comprovadas nos Estados Unidos, são no tratamento de acne e o de foto envelhecimento (MAIO, 2004).

8. PEELING QUÍMICO

peeling químico, também conhecido como quimioesfoliação ou dermopeeling, consiste na aplicação de um ou mais agentes esfoliantes na pele, resultando na destruição de partes da epiderme e/ou derme, seguida de regeneração dos tecidos epidérmicos e dérmicos. Essas técnicas de aplicação produzem uma lesão programada e controlada com coagulação vascular espontânea, resultando no rejuvenescimento da pele com redução ou desaparecimento das ceratoses e alterações actínicas, discromias pigmentares, rugas e algumas cicatrizes superficiais (BORGES, 2006).

A tretinoína é um agente para peelings superficiais, logo não são indicados para dano actínico severo ou seqüela de acne. Entretanto, promovem algum grau de melhora maior que a simples renovação epidérmica, seu efeito comedolítico pode promover melhora e prevenção de acne (MAIO, 2004).

Alguns autores sugerem que o principal mecanismo de ação do peeling de ácido retinóico não seria por necrose, e sim pela estimulação da proliferação celular (PERSONELLE, 2000).

Com tudo o ácido pode causar efeitos adversos que são eles, irritabilidade da pele, eritema, descamação, ressecamento e prurido reação temporária chamada de dermatite por retinóides.Os retinóides sistêmicos são teratogênicos, podendo causar malformação no feto ou aborto (MAIO, 2004).

8.1. Aplicações e Cuidados

Aplicação deverá ser feita apenas em consultórios médicos.

A pele tem que ser desengordurada com água e sabão neutro, suave e líquido.

Classicamente utiliza-se glicolanolica (etanol e propilenoglicol) de tretinoína de 1 à 5% (com gaze e pincel).

Aplicar e deixar agir sempre em menor tempo aumentando gradativamente, 30 minutos, para peles extremamente sensíveis até 8 horas.

Para acne corporal e estrias pode ser deixado até 12 horas em contato com a pele.

O agente deve ser retirado com água e sabão neutro no horário previsto pelo médico, e enxugado com cautela. Não se deve utilizar cosméticos, apenas o uso do protetor solar.

Após 48 horas inicia-se o processo de descamação e dura em média 5 dias (é semelhante à queimadura de 1º grau).

Área dos olhos e canto da boca é a região que o paciente apresenta maior sensibilidade com eritema e ardência, ressecamento e sensação de repuxamento (nessas áreas pode usar creme de hidrocortisona a 1% com autorização do médico).

Pode ocorrer agravamento das lesões após a 1º sessão, essa possibilidade deve ser alertada ao paciente. Isso ocorre em razão de lesões em fase inflamatória inicial, que após o peeling formam pústulas com resolução ao fim desse período.

A freqüência da aplicação do acido retinóico vai de acordo com o tipo da pele, podendo ser a cada dois ou três dias, semanais ou ate mesmo a cada três semanas para quem tem hipersensibilidade (MAIO, 2004).

9. metodologia

O presente trabalho baseia-se no uso do ácido retinóico no tratamento da acne e foi realizado baseado em revisão de literatura através de livros, artigos, revistas e sites da internet.

10. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A eficácia do ácido retinóico no tratamento da acne é comprovada, mas é preciso de cuidados especiais com o início do tratamento. Vários autores falam dos variados efeitos causados durante o uso do ácido retinóico e da isotretinoína,

Ácido Retinóico é derivado da vitamina A na sua forma ácida, indicado para rejuvenescimento cutâneo, tratamento de cicatrizes, manchas escuras e acne. A prescrição do ácido deve ser feita apenas por médico dermatologista, sua aplicação pode ser realizada em casa, com concentrações em cremes e loções de 0,01% a 0,1%. Em concentrações altas, de 2% a 10% vai agir como peeling químico superficial, médio e profundo, ideal para retirar manchas após verão. Ele não é recomendado para pessoas hipersensíveis, pois essas podem apresentar irritação avermelhada nos locais de aplicação, manchas escuras também podem ocorrer em caso de exposição ao sol, trata-se de uma substância fotossensível, portanto é obrigatório o uso de protetor solar durante o dia.

A isotretinoína é teratogênica, e por esse motivo as mulheres têm que fazer uso de contraceptivos, no inicio do uso da isotretinoína pode ocorrer exarcebações da acne que pode ser tratada com uso de antibióticos tópicos ou sistêmicos. O tempo de tratamento varia de quatro a seis meses.

11. CONCLUSÃO

A acne ocorre devido à hiperqueratinização folicular e hipersecreção sebácea, sendo esta patologia uma das causas de distúrbios psicológicos e até mesmo exclusão social. Há inúmeros métodos e tratamentos para atenuá-la. Sabendo que o acido retinóico tem função queratolítica podemos concluir que ele atua atenuando o tamanho da glândula sebácea, diminui a produção de sebo e normaliza a queratinização folicular. Com estes efeitos diminui as condições de proliferação bacteriana.

A isotretinoina usada sistemicamente tem efeito realmente eficaz se tratando de acne nódulo-cística, apesar de seus efeitos colaterais, é ela a mais indicada para acnes severas. O ácido retinóico seria mais indicado para melhorar o aspecto da pele, proporcionando com uso a longo prazo melhor textura da pele, diminuindo ou ate mesmo abolindo com as manchas causadas pela acne e pelo sol.

12. REFERÊNCIAS

ALCHORNE, M.M.A.; PIMENTEL, D.R.N. Acne. Revista Brasileira de Medicina, 2003.
BORELLI, S. Cosmiatria em Dermatologia. Usos e aplicações, 2007.
BORGES, F.S. Dermato-funcional. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas, 2006.
GOMES, R.K.; GABRIEL, M. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. Ed Livraria Médica Paulista, 2005.
GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-funcional, Edição, Editora, 2002.
HABIF, T.P. Doenças da Pele. Diagnóstico e tratamento, 2001.
HASSUN, K. M. Acne: etiopatogenia. An. Bras. Dermatologia, São Paulo, 2000.
LIMA, L.A.F. A Acne na mulher adulta. Ver. Med, Sta. Casa de Maceió, 2006. 
KEDE, M.P.V.; SABOTAVICH, O. Dermatologia Estética, 2004.
MAIO, M. Tratado de Medicina Estética, V. II, 2004.
MINELLI, L.; NEME, L. Acne Vulgar. Rev. Bras. Med. São Paulo, 1998.
USATINE R.; QUAN.; Strick R. Acne Vulgar: Atualização terapêutica, 1999.
PERSSONELLE, J.C. Ácido Retinóico. Estética Clínica e Cirúrgica, 1º edição, Rio de Janeiro, 2000.

Fonte: www.apmcg.pt

acne, também conhecida por “espinha”, é uma doença que afeta os folículos pilossebáceos.

Estes folículos são formados pelo pêlo e pela glândula sebácea.

Esta glândula está presente na pele e produz o sebo, que tem a função de protegê-la. A acne é mais freqüente na face e no tórax, pois estas regiões são ricas em glândulas sebáceas.

Existe uma tendência hereditária na acne.

Hoje já se sabe que, se os seus pais tiveram acne, a chance de você ter é maior.

A doença é muito comum na adolescência pela ocorrência das mudanças hormonais.

Por que a acne deve ser tratada?

acne é uma doença que causa grande impacto emocional e na auto-estima. Além disso, quando não tratada adequadamente, pode deixar cicatrizes para toda a vida.

Por isso, é muito importante procurar um dermatologista para que ele indique o tratamento adequado para o seu quadro.

Fonte: www.roche.com.br

Acne

acne é uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais. Devido a isso, as lesões começam a surgir na puberdade, época em que estes hormônios começam a ser produzidos pelo organismo, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos.

A doença não atinge apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro mais frequente em mulheres.

As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.

Acne vulgar ou juvenil, é uma das doenças da pele (dermatoses) mais freqüentes, afetando cerca de 80% dos adolescentes.

É uma afecção que atinge o conjunto pilossebáceo (pêlo e glândula sebácea).

As lesões surgem na puberdade e acometem ambos os sexos, tendo um maior pico de incidência dos 14 aos 17 anos nas mulheres, e dos 16 aos 19 anos nos homens. Caracteriza-se por comedões (cravos), pápulas, pústulas e nas formas mais graves, por abscessos, cistos e cicatrizes em graus variáveis.

Atinge principalmente as seguintes áreas do corpo: face, região anterior e posterior do tórax. Estas partes do corpo são áreas ricas em glândulas sebáceas.

Como é comportamento da ACNE?

Em alguns casos, as lesões são mínimas, quase imperceptíveis e assim permanecem por toda adolescência. Em outros, as lesões tornam-se mais evidentes, perturbando a qualidade de vida e desencadeando ou agravando problemas emocionais.

Mitos / Realidade

Mitos

Chocolates e outros alimentos provacam espinhas

Lavar o rosto várias vezes ao dia ajuda a evitar a acne.

Acne é contagiosa.

Cravos pretos são "sujos".

Espremer as espinhas ajuda a eliminar a inflamação.

Anticoncepcional piora a acne.

Masturbação causa acne.

Menstruação causa acne.

O sol piora / melhora a acne.

Cicatrizes de acne não têm cura.

Realidade

Algumas pessoas associam a ingestão de alimentos com o aparecimento de acne. Entretanto, não existe comprovação científica para isso.

Lavar o rosto várias vezes NÃO ajuda a evitar. Isso pode inclusive provocar aumento da oleosidade da pele (efeito rebote).

Apesar de ser uma infecção, a acne não é contagiosa.

O escurecimento é provocado pela oxidação, não por sujeira.

Espremer é errado, porque ajuda a disseminar a inflamação e pode provocar cicatrizes por lesar a pele.

Dependendo do anticoncepcional, pode haver melhora do quadro.

Não existe nenhuma relação entre masturbação e acne.

Pela influência dos hormônios, pode haver uma piora da acne nos dias anteriores à menstruação.

Apesar de ter algum efeito cicatrizante, o sol pode provocar aumento da produção de sebo, além de ser a principal causa de envelhecimento e câncer de pele.

Existem recursos para tratamento de cicatrizes. Esses procedimentos devem ser realizados por um médico dermatologista experiente, e algumas vezes são necessárias várias etapas de tratamento para um resultado satisfatório.

Alta Frequência

Desinfecção pós-extração de comedões, acne, pós-depilação, cicatrização de lesões abertas.

Desincruste

Acnes e comedões e peles seborréicas.

Microcorrente

Cicatrizes em processo de reparação, edemas, pós-operatórios (visando aceleração da cicatrização e redução do processo inflamatório), recuperação de queimaduras, pós-peeling químico ou mecânico, acne (ação antiinflamatória, bactericida e cicatrizante); envelhecimento cutâneo (incremento da síntese de ATP, disponibilizando energia extra para os processos metabólicos celulares).

Vaporizador de Ozônio

É um importante aparelho coadjuvante nas limpezas de pele sendo utilizado na eliminação de toxinas facilitando a sudorese, na remoção de comedões e pústulas, na oxigenação tissular e celular da pele e na oxidação celular através do efeito bactericida e germicida.

Peeling de Diamante

O método consiste em uma microdermoabrasão superficial, que é uma esfoliação da pele. Uma ponteira de diamante, conectada a um aparelho de vácuo, desliza sobre a pele e a comprime contra o diamante, fazendo a esfoliação.O método é indolor, não provoca descamação e não deixa a pele marcada após o procedimento. Por ser um tratamento bastante suave, são necessárias de 5 a 10 sessões. De acordo com cada caso, as sessões podem acontecer mensalmente ou a cada 15 dias. Após o tratamento com peeling de diamante, é preciso evitar tomar sol por pelo menos três meses.

O tratamento é menos agressivo do que alguns tipos de peeling que utilizam substâncias químicas, por isso pode ser feito em todos os tipos de pele. O peeling de diamante é rejuvenescedor, pois refaz a superfície da pele, reduz as rugas finas e diminui os poros dilatados. Além de melhorar a textura e o brilho da pele, ele ainda diminui a oleosidade e estimula a formação de colágeno, devolvendo a elasticidade da pele. A esfoliação com diamante remove as células mortas e impurezas da pele, melhorando a acne e removendo os cravos.

Fonte: www.rpfisio.com.br

Acne (Cravos e espinhas)

Acne

acne, também conhecida por “espinha”, é uma doença que afeta os folículos pilossebáceos. Estes folículos são formados pelo pêlo e pela glândula sebácea.

Esta glândula está presente na pele e produz o sebo, que tem a função de protegê-la.

Existe uma tendência hereditária na acne. Hoje já se sabe que, se os seus pais tiveram acne, a chance de você ter é maior. A doença é muito comum na adolescência pela ocorrência das mudanças hormonais, mas não atinge apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro mais frequente em mulheres.

As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.

Acne

A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria da vezes de pequena e média intensidade.

Um caso mais grave de acne é quando falamos de “pequenas” elevações da pele, que podem ou não ter pus, apresentando-se à superfície com um aspecto avermelhado e provocando alguma dor. Pode ainda acontecer que as pessoas tenham esta mesma inflamação, mas nas camadas mais profundas da pele, sendo que estas não são tão facilmente eliminadas como um simples ponto negro ou branco.

A verdade é que há peles que pouco sofrem com a acne, mas outras vêm a saúde do rosto bastante debilitada com esta presença pouco desejada.

Acne

Tratamento

O tratamento pode ser feito com medicações de uso local, visando a desobstrução dos folículos e o controle da proliferação bacteriana e da oleosidade.

Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal com medicações anti-androgênicas.

Medidas gerais de higiene:

Água e sabão são suficientes para a limpeza da pele, até duas vezes ao dia. Não há necessidade de utilizar produtos de limpeza.

Evite espremer as borbulhas porque agrava a inflamação da pele.

Tratamento tópico:

Existem cremes e loções com vitamina A e peróxido de benzoila que ajudam a desbloquear o canal folicular da glândula sebácea por onde drena o sebo e a reduzir as bactérias. Podem causar secura e descamação da pele.

Outras soluções de aplicação externa contém antibióticos, que são utilizados nos casos mais ligeiros de acne.

Tratamento sistémico (via oral):

Os antibióticos orais são usados para o tratamento da acne moderado ou grave. Estes reduzem as bactérias no folículo e podem diminuir a inflamação. Deve evitar-se o seu uso no Verão devido ao aumento sensibilidade da pele ao sol.

A pílula anticonceptiva específica, que ajuda a reduzir a produção excessiva de sebo, é uma opção terapêutica para as jovens.

O tratamento com retinóides, destina-se habitualmente à acne grave. É um medicamento teratogénico (pode originar deficiências no embrião ou feto), pelo que requer o uso concomitante de um método anticonceptivo eficaz até 3 meses após o fim do tratamento, se a jovem tiver uma vida sexual ativa. É também aconselhada a vigilância dos efeitos do medicamento no fígado e colesterol. Os retinóides de aplicação tópica exigem igual precaução.

Não faça uso de medicamentos sem a prescrição e consentimento de seu Medico Dermatologista

Acne

Acne

Apesar de não ter participação na causa da doença, a dieta pode ter influência no curso da acne em algumas pessoas. Alimentos como chocolate, gorduras animais, amendoim e o leite e seus derivados devem ser evitados pelos pacientes que apresentem acne e percebam agravação dos sintomas após a ingestão dos mesmos.

Giorgio Jeferson de Novais

Fonte: www.farmaciajader.com.br

Acne

 

acne é uma afecção dermatológica freqüente entre os adolescentes. Em geral, inicia-se na puberdade, e pode afetar adultos jovens e persistir por longo período se não tratada. A cura não é facilmente obtida e o tratamento costuma ser prolongado. Deste modo, o sucesso de um tratamento também depende da persistência e colaboração do paciente.

Apesar da existência de muitas formulações para o tratamento da acne, a orientação médica é fundamental. Somente o médico poderá diagnosticar e definir o tratamento ideal e mais adequado para o seu caso.

Causas e tipos de acne

A acne é uma doença que acomete os folículos pilossebáceos, que são "poros" existentes na pele. A hiperatividade das glândulas sebáceas é o principal fator na formação da acne. Esta produção exagerada de sebo misturada a outras substâncias forma um tipo de "tampão" que provoca a obstrução do "poro". Assim, é impedida a saída natural das células mortas e bactérias que normalmente aí se encontram. As alterações hormonais que ocorrem na puberdade, principalmente o aumento do hormônio masculino (androgênio) , são uma das principais causas da produção excessiva de sebo.

Outro fator importante, é a hiperqueratinização, ou seja a produção excessiva de células mortas contendo uma substância chamada queratina. Essas células unem-se ao sebo colaborando na obstrução dos "poros".

O resultado de todos estes fatores é a formação de pequenos pontos brancos ou negros elevados sobre a pele, denominados "comedões". A medida que a glândula continua a secretar sebo e a via de saída está obstruída, as paredes laterais da glândula dilatam-se. O "comedão" transforma-se, então, em espinha.

Até aqui a acne é leve, com poucos sinais inflamatórios, é a chamada acne comedoniana ou grau I.

Com a obstrução do "poro" pode ocorrer proliferação bacteriana dentro da glândula sebácea, resultando em inflamação e infecção dentro e ao redor dos folículos pilossebáceos. Esta formação recebe o nome de pápula e quando possui secreção purulenta é uma pústula. A presença de pápulas e pústulas superficiais e profundas caracteriza, respectivamente, a acne pápulo-pustulosa superficial (grau II) e profunda (grau III).

Quando ocorre o desenvolvimento de lesões mais graves, em forma de nódulos ou cistos, trata-se de acne nódulo-cística ou grau IV.

A acne ocorre em áreas onde existe maior número de glândulas sebáceas: face, tórax,ombros e dorso. O fator psicológico ocasionado pela acne é muito importante devido ao aspecto estético desagradável e possíveis seqüelas.

Tratamentos para a acne

Existem diversos tratamentos para a acne e a escolha do método mais adequado baseia-se no quadro clínico, que varia de indivíduo para indivíduo.

Recomenda-se sempre consultar um médico dermatologista para avaliação clínica e prescrição do tratamento adequado.

Basicamente existem dois tipos de tratamentos: o tratamento tópico, ou seja, medicamentos que são aplicados diretamente sobre a pele, e o tratamento oral.

Como a acne é uma doença que acomete a pele, o tratamento tópico é o mais empregado. Os medicamentos orais são mais utilizados em casos graves ou específicos.

Tratamentos Tópicos Tretinoína

Trata-se de um derivado da vitamina A de aplicação local. A maioria dos produtos com tretinoína é em forma de gel. A tretinoína possui importante ação queratolítica, ou seja, atua contra a hiperqueratinização. Também exerce ação leve e indireta sobre a proliferação bacteriana nas glândulas sebáceas. Deste modo, os produtos com tretinoína são mais indicados no tratamento das formas não inflamatórias da acne (pontos brancos e negros). No início da terapia pode ocorrer irritação da pele, que agrava-se com a exposição solar.

Peróxido de Benzoíla

O peróxido de benzoíla é um exfoliante que combate a inflamação e a infecção bacteriana, não influenciando a produção de sebo. Tem como inconveniente irritação e descamação excessiva da pele. Trata-se de um medicamento de aplicação tópica que pode ser usado especialmente nas formas inflamatórias da acne (por exemplo, acne pápulo-pustulosa).

Ácido Azelaico

O ácido azelaico é um tratamento para a acne que possui três diferentes mecanismos de ação. Tem efeito queratolítico, ou seja promove a desobstrução do "tampão" de queratina e sebo. Além disso, possui ação antibacteriana e antiinflamatória, eliminando eficazmente as bactérias associadas à acne e diminuindo a inflamação. Porém o efeito começa a ser percerbido após pelo menos 3 meses de uso contínuo.

Antibióticos

Existem alguns antibióticos de aplicação tópica, como, por exemplo, a clindamicina ou a eritromicina. Em geral esses produtos são em forma de solução e gel e servem para combater a infecção bacteriana e a inflamação.

Tratamentos Orais Antibióticos

Antibióticos orais como a minociclina ea tetraciclina são utilizados com sucesso no tratamento de formas graves de acne. Ocasionalmente, podem ocorrer efeitos colaterais como distúrbios gastrointestinais. Existe a possibilidade de ocorrer resistência bacteriana ao antibiótico, deste modo, tornando-os ineficazes.

Hormonais

Uma das principais causas da acne é a produção excessiva de sebo devido ao excesso de androgênios. Deste modo, outra opção de tratamento é o emprego de substância capaz de antagonizar os efeitos dos androgênios. Assim, um componente antiandrogênico elimina eficazmente a influência dos androgênios, reduzindo acentuadamemte a produção de sebo. No momento, os tratamentos hormonais são apenas disponíveis para as mulheres. Para que não ocorram irregularidades no ciclo menstrual, o antiandrogênio deve ser tomado juntamente com estrogênio, o hormônio feminino.

Fonte: www.schering.com.br

ACNE E SUAS CICATRIZES

acne é uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais. Devido a isso, as lesões começam a surgir na puberdade, época em que estes hormônios começam a ser produzidos pelo organismo, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos.

A doença não atinge apenas apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro mais frequente em mulheres.

As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos).

Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.

Manifestações clínicas

A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria da vezes de pequena e média intensidade.

Em alguns casos, o quadro pode tornar-se muito intenso, como a acne conglobata (lesões císticas grandes, inflamatórias, que se intercomunicam por sob a pele) e o acne queloideano (deixa cicatrizes queloideanas após o desaparecimento da inflamação). Algumas pessoas desenvolvem formas mais graves de acne, que podem deixar sequelas cicatriciais, como manchas e alterações da superfície da pele, principalmente cicatrizes deprimidas.

O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios:

Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas).

Acne

 

Acne Grau II: cravos e "espinhas" pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).

Acne

Acne Grau III: cravos, "espinhas" pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).

Acne

Acne Grau IV: cravos, "espinhas" pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante.

Acne

 

O tratamento pode ser feito com medicações de uso local, visando a desobstrução dos folículos e o controle da proliferação bacteriana e da oleosidade. Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal com medicações anti-androgênicas.

A limpeza de pele, realizada por profissional devidamente capacitado, tem ação importante para o esvaziamento de lesões não inflamatórias (cravos), evitando a sua transformação em espinhas. 

O sucesso do tratamento necessita de uma constante manutenção por parte do cliente.

CICATRIZES DA ACNE: conforme a severidade da acne, as cicatrizes são quase inevitáveis. Para evitá-la é necessário iniciar um tratamento precoce e não manipular (cutucar) a pele. Existem vários tipos de cicatrizes provocadas pela acne e cada tipo necessita de um tratamento específico e diferenciado, para a recuperação da pele ser mais eficaz.

Correção de cicatrizes da acne:

Vários tratamentos podem ser utilizados para a correção destas cicatrizes e a indicação de cada um deles depende de cada caso. Em uma mesma pessoa, pode ser necessária a utilização de mais de um método, para se obter um melhor resultado. Nestes casos, o tratamento pode ser demorado, pois um procedimento pode não ser compatível com o outro. Paciência e controle da ansiedade em resolver tudo de uma vez é recomendada. A melhora da pele pode demorar, mas os resultados vão persistir para sempre.

É importante ressaltar que estes procedimentos devem ser realizados apenas por profissionais especializados, pois sempre existem riscos de efeitos adversos, mesmo quando realizados adequadamente.

O Protocolo Contornus Acne foi desenvolvido para diminuir essa inflamação através do seu alto poder secativo, descongestionante dos folículos e antinflamatório tópico. A aplicação deste protocolo de propriedades específicas, reduz a incidência de acne. O processo de tratamento consiste em higienização, esfoliação, tonificação com loção calmante, desincrustação, ionização com fluído anti-acne, aplicação de máscara de argila e própolis, finalizado por aplicação de filtro solar.

O resultado será uma pele tratada e com aspecto saudável.

São utilizadas técnicas como a Alta Frequência, Desincruste, Iontoforese, Peeling Químico, Diamond Peeling, Máscara Acne-Off

Técnicas Possíveis de serem utilizadas:

ALTA FREQUÊNCIA: aparelho que emite corrente elétrica de alta frequência com efeitos bactericida, fungicida e cicatrizante.

DESINCRUSTE: é uma técnica que utiliza corrente galvânica associada a um cosmético desincrustante (com polaridade) para facilitar a retirada do excesso e controle de secreção sebácea da pele.

IONTOFORESE: é a técnica de penetração de produtos (cosméticos) na pele através de um aparelho especial que emite uma corrente elétrica. Esta penetração permite uma hidratação profunda da pele pela atração de moléculas de água para o interior das células melhorando assim a nutrição da pele e o combate aos radicais livres. Indicado para tratamentos anti-envelhecimento, combate a flacidez e casos de desidratação da pele. Aliado importante dos tratamentos de celulite, gordura localizada, modelagem corporal e redução de estrias através da potencialização dos ativos presentes nos cosméticos, pela penetração mais efetiva destes ativos.

PEELING QUÍMICO: Os alfa-hidroxiácido (AHAs) são as armas mais eficientes para o combate às rugas e a retirada de manchas em um primeiro ataque. Eles renovam as células mortas e estimulam a fabricação de novas fibras de elastina e colágeno, deixando a pele mais viva e reduzindo as rugas superficiais. Os alfa-hidroxiácido (AHAs) não são fotossensíveis, podendo ser aplicados durante todo o ano.

PEELING DE DIAMANTE: Promove a renovação celular, muito eficiente para o rejuvenescimento, devolve a elasticidade, clareia as manchas, diminui a oleosidade, seqüelas de acne, cicatrizes hipertróficas, linhas de expressão superficiais e profundas, hipercromias e estrias. Ele funciona com uma lixa que retira as células mortas e estimula a produção de colágeno, sem deixar marcas.

MÁSCARA ACNE-OFF: com produtos probióticos contendo ácidos orgânicos e ativos vegetais que apresentam propriedades específicas no controle da acne, regulando as etapas de formação do sebo e acne, restabelecendo o equilíbrio da pele.

Fonte: www.contornus.com.br

Cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes

Não chamamos uma única espinha de acne, mas, sim, o conjunto dessas manifestações muito comuns na adolescência.

O maior responsável pelo aparecimento da acne é a glândula sebácea, que produz a oleosidade da pele.

Durante a infância esta glândula permanece inibida, pequena e não produz nenhum sebo, razão pela qual as crianças têm pele lisa, homogênea e sem oleosidade.

A acne aparece na puberdade induzida pelo início da produção de hormônios femininos (estrógenos) e masculinos (andrógenos).

Nas moças, a acne é mais freqüente dos 14 aos 17 anos. Nos rapazes, pode chegar um pouco mais tarde, com maior freqüência entre os 16 e 19 anos.

Outro consolo: a maioria dos casos de acne se resolve espontaneamente na segunda década da vida.

Mas sempre há exceções: algumas pessoas continuam apresentando os sintomas durante a vida adulta, até cerca de 35 anos. Elas representam apenas 1% da população masculina e 5% da feminina.

Acne

acne aparece com maior freqüência no rosto, peito e dorso, onde o número de glândulas sebáceas é maior.

Se desenvolve em pessoas com tendência hereditária; isto significa que um jovem, cujo pai e cuja mãe tiverem acne, tem maior chance de apresentá-la.

No entanto, você pode ser o primeiro a ter espinhas em sua família, assim como todos os irmãos ou somente um deles pode apresentar pele acneica.

Durante a adolescência a acne pode apresentar graus variados com maior ou menor inflação. Ela sempre é mais grave quando apresenta cistos, caroços e muitas lesões nas costas.

Tratamento da acne

acne é uma doença que precisa ser tratada independentemente da idade da pessoa. Espremer e cutucar espinhas devem ser evitados, assim como o uso de produtos caseiros ou desconhecidos. Não se deve também acreditar em soluções milagrosas, pois elas só pioram o quadro.

Conforme o grau e a intensidade da acne, o tratamento se dá por via oral ou local, dependendo de uma avaliação criteriosa do dermatologista.

acne não é um bicho-de-sete-cabeças e, quando tratada a tempo, não evolui para cicatrizes. Ë importante lembrar que o adolescente já passa por várias mudanças, tem uma autocrítica exacerbada e uma pele.

Fonte: www.sbd.org.br

acne é uma doença de natureza genética e hormonal, de localização pilossebácea, caracterizada pela formação de comedões (cravos), pápulas e cistos.

Quando há inflamação mais intensa, formam-se pústulas (espinhas) e abscessos que regridem em geral deixando cicatrizes.

É uma doença típica dos adolescentes, de elevadíssima freqüência, que acomete cerca de 60% das mulheres e 70% dos homens. Embora mais precoce na adolescência feminina, aos 14 anos, do que na masculina, aos 16 anos, é nos meninos que se encontram as formas mais intensas e graves de acne. É a doença dermatológica mais comum e acomete até 85% de todos os adolescentes.

É uma doença crônica com períodos de exacerbação e acalmia, de alta prevalência na segunda e terceira década de vida e se observa regressão espontânea após os vinte anos de idade. Em alguns casos persiste por anos na idade adulta e tem sido referido que é incomparavelmente mais usual nos brancos do que nos amarelos e negros.

O quadro se caracteriza por erupções na pele que surgem nas áreas que concentram maior número de glândulas sebáceas, ou seja, face, principalmente na fronte, bochechas e queixo, parte superior das costas e anterior do tronco. Ocorre sobretudo na adolescência e as lesões que se formam são os “cravos”, “espinhas” e cistos.

Nas pessoas com acne há um aumento da produção de ceratina (proteína da superfície da pele), o que pode levar à obstrução do folículo piloso, dificultando a saída do sebo. Com isto forma-se o “cravo”, que é a lesão inicial. Indivíduos com acne apresentam maior produção de sebo que os demais e, com freqüência, observa-se maior oleosidade nas formas mais graves de acne.

Na puberdade há um aumento dos hormônios sexuais que estimulam o desenvolvimento das glândulas sebáceas e pode levar à seborréia. Esta se caracteriza pelo aumento do fluxo sebáceo, que confere à pele um aspecto luzidio, brilhante e sedoso, poros foliculares dilatados e pápulas amareladas e umbilicadas, que correspondem à hiperplasia das glândulas sebáceas. A seborréia, além das áreas mais atingidas pela acne pode afetar também o couro cabeludo.

O sebo acumulado no folículo piloso pode ser contaminado por germes e fungos, provocando uma reação inflamatória. O organismo envia células de defesa, causando inflamação e inchaço no local. Nessa situação formam-se as “espinhas”. O pus nada mais é do que as células de defesa e as bactérias mortas.

Cicatrizes inestéticas como permanecem depois que a acne regride ocorrem em pessoas que apresentam uma alteração da cicatrização, na maior parte da vezes nada tendo a ver com tratamentos ineficazes ou com manipulação das lesões. Ao contrário do que se pensa, a alimentação e a exposição solar não influem no curso do acne.

acne é um quadro que não ameaça a integridade física do paciente, mas afeta profundamente sua integridade psíquica por causar importante alteração da aparência e da auto-estima. Não se devem desprezar, portanto, os fatores emocionais que muitas vezes desencadeiam ou agravam a acne.

O aspecto físico, em especial o do rosto, se altera no início pelas lesões em atividade e depois pelas conseqüentes cicatrizes permanentes de lesões em geral não tratadas. Os estigmas físicos e psicológicos dessa afecção podem ser prevenidos pelo seu fácil diagnóstico clínico precoce e pela instituição da terapêutica logo ao começar a doença.

Se você é portador de acne, procure um dermatologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ele é o médico que melhor pode determinar qual a conduta terapêutica para o seu caso, já que, hoje em dia, há vários tratamentos eficazes para esta afecção que pode ser leve ou muito grave, assim como para a redução de suas cicatrizes e manchas.

Fonte: www.dermato.med.br

Causas e Tratamento

As soluções caseiras podem agravar seriamente o estado geral da pele, e em especial das acnéicas.

As glândulas sebáceas secretam as gorduras para criar um manto protetor para a pele. Com aumento na produção dessa gordura, o poro por onde ela deveria chegar a camada externa da pele se obstrui e o que fica retido inflama. Esta alteração é o que chamamos de acne.

O alvo predileto da acne é o adolescente, mas atinge homens e mulheres indiscriminadamente, mas ninguém está isento de passar por este tipo de problema.

Causas

As causas da acne são as mais variadas e o primeiro passo a ser tomado é marcar uma consulta com um dermatologista. De posse de vários exames e algumas informações básicas sobre a história familiar, hábitos alimentares, entre outros, poderão ser detectadas as causas.

Um simples creme, as deficiências hormonais e os fatores hereditários podem causar o problema da acne.

Confira

Fatores hereditários

Existem famílias inteiras de acnéicos. Nestes casos, a partir de 10 anos é possível prever o aparecimento da acne.

Desequilíbrio Hormonal

É na puberdade que o adolescente tem os seus hormônios sexuais estimulados e com a ativação dos hormônios masculinos ocorre uma reação nas glândulas sebáceas, propiciando o aparecimento da acne.

Ovários

Ocorre nas mulheres portadoras de uma disfunção que não transforma o hormônio masculino (andrógeno) em feminino (estrógeno).

Além disso, essas pacientes além da acne podem ter problemas de obesidade, aumento de pelos e irregularidades menstruais.

Uso de cosméticos

Os produtos gordurosos ou oleosos (como as bases e cremes hidratantes, por exemplo) podem trazer acne até para quem nunca teve este tipo de doença, nem na adolescência.

Medicamentos

Remédios como cortisona, os barbitúricos, xaropes à base de iodo ou bromo podem ter efeito colateral e formar a acne. Se o uso for imprescindível, recomenda-se um tratamento dermatológico paralelo.

Tratamento

A acne não tem cura, mas é uma doença que pode ser controlada. O tratamento varia de acordo com o paciente e o tipo de acne.

As formas mais utilizadas de tratamento são à base de antibióticos orais ou tópicos para os casos mais graves, medicamentos que ressecam a pele, peróxido de benzila, vitamina A ácida oral (para casos gravíssimos), entre outros. Além disso, a persistência é tudo em termos de tratamento.

Cuidados

As pessoas portadoras da acne devem tomar alguns cuidados que de alguma forma contribuem para a melhora deste problema.

Os principais cuidados são: higiene da pele, resistência aos maus hábitos, sol e alimentação.

Higiene da Pele

O mais correto é seguir as instruções do dermatologista que acompanha o tratamento.

Mas é prudente lembrar que os cuidados com a higiene da pele são fundamentais. Neste caso, a pele deve receber sabonetes especiais, emulsões ou leite de limpeza específico. Outro aspecto importante é com relação ao uso de loções alcoólicas que retiram a oleosidade natural da pele, desidratando-a.

Resistência aos maus hábitos

Espremer e cutucar cravos e espinhas são flagelo para a pele. As mãos podem estar sujas e contaminar as espinhas, deixando marcas.

Uso do Sol

O sol causa um espessamento da pele ao mesmo tempo em que faz as glândulas sebáceas trabalharem mais, embora as pessoas pensem que seu efeito é benéfico.

Alimentação

Alimentos com muita gordura, iodo, vitamina B12 refletirão na sua pele, cabelos, etc. Isto não significa que se deva abolir este tipo de alimentação.

Equilíbrio e moderação devem ser recomendados. O chocolate, por exemplo, pode ser consumido com moderação.

Stress

Para o tratamento dar resultado, antes você tem que estar livre do stress. O nervosismo, a ansiedade e desânimo não combinam com uma pele saudável.

Limpeza de pele

A limpeza só deve ser feita por especialistas e sob recomendação médica do seu dermatologista.

Conselho

As pessoas devem estar atentas ao problema, seguir uma alimentação adequada, manter como propósito o cuidado com a pele, e estarem conscientes que o tratamento é longo, mas que os resultados, havendo persistência serão satisfatórios.

Atualmente, a medicina evoluiu muito em termos de tratamento para acne, seja com relação aos novos medicamentos como também quanto as formas de tratamento. Não dê ouvido a qualquer pessoa e não tente se automedicar. Procure sempre orientação médica.

Fonte: labstamonica.com

acne é uma doença cutânea comum na qual os poros cutâneos tornam-se obstruídos, acarretando a formação de pápulas e de abcessos (coleções de pus) inflamados e infectados. A acne tende a afetar os adolescentes devido a uma interação entre hormônios, óleos cutâneos e bactérias que vivem sobre e no interior da pele e no cabelo.

Durante a puberdade, as glândulas sebáceas da pele tornam-se mais ativas e produzem óleo (sebo) em excesso. Freqüentemente, o sebo ressecado, a pele descamada e as bactérias acumulam-se nos poros cutâneos formando um comedão, o qual impede que o sebo flua dos folículos pilosos, atravessando os poros.

Quando a obstrução é parcial, ocorre a formação de um comedão aberto. Quando ela é total, ocorre a formação de um comedão fechado.

As bactérias crescem nos poros obstruídos e degradam algumas das gorduras do sebo, irritando ainda mais a pele. Os comedões abertos e fechados causam as erupções cutâneas que são comumente conhecidas como espinhas. Quando a infecção e a irritação das espinhas pioram, pode ocorrer a formação de um abcesso. Se um indivíduo apresenta comedões, espinhas e pústulas (bolhas cheias de pus) sem abcessos, a condição é denominada acne superficial.

Quando espinhas inflamadas projetam-se para o interior da pele subjacente e surgem cistos cheios de pus que podem romper e evoluir para abcessos maiores, a condição é denominada acne profunda.

Comparação Entre a Acne Superficial e a Acne Profunda

Acne
Corte Transverso da Pele Normal

Acne
Acne Profunda

Sintomas

acne freqüentemente piora no inverno e melhora no verão, provavelmente devido ao efeito benéfico do sol. A dieta tem pouca ou nenhuma influência sobre a acne, embora algumas pessoas acreditem ser sensíveis a certos alimentos. A eliminação desses alimentos da dieta durante várias semanas e sua subseqüente reintrodução na dieta podem ajudar a determinar se os alimentos realmente afetam a acne. A acne também pode ocorrer durante o período menstrual em mulheres jovens e pode desaparecer ou piorar significativamente durante a gravidez.

Os adolescentes que fazem uso de esteróides anabolizantes podem apresentar uma piora da acne. Determinados cosméticos podem agravar a acne por obstruírem os poros. Na acne profunda, a infecção pode disseminarse, produzindo áreas maiores hiperemiadas, elevadas e inflamadas, cistos cheios de pus e abcessos, os quais podem romper e deixar cicatrizes. Geralmente, a acne superficial não deixa cicatrizes. O ato de espremer as espinhas ou de tentar abri-las de outras maneiras pode piorar a acne superficial, aumentando a infecção, a inflamação e as cicatrizes.

Tratamento

A lavagem das áreas afetadas várias vezes ao dia tem pouco efeito, excetuando-se a melhoria do aspecto da face oleosa. Qualquer sabão de boa qualidade pode ser utilizado. Os sabões antibacterianos não são particularmente benéficos e os sabões abrasivos podem secar melhor as lesões, mas também podem irritar a pele.

As compressas de água quente ajudam a amolecer os comedões, tornando a sua remoção mais fácil. O médico pode demonstrar ao paciente ou a um familiar como remover os comedões cuidadosamente, uma ou duas vezes por semana, de preferência com uma agulha estéril ou com um extrator de alça de Schamberg.

A espinha deve ser aberta com uma agulha estéril, mas apenas após a formação da pústula. Outros tratamentos dependem da gravidade da acne.

Acne Superficial

Para eliminar as espinhas, o indivíduo pode aplicar um antibiótico (clindamicina ou eritromicina) sobre a pele, com ou sem um irritante como a tretinoína (ácido retinóico).

Outros antibióticos orais (p.ex.,tetraciclina, minociclina, eritromicina ou doxiciclina) podem reduzir ou prevenir a acne superficial, mas o indivíduo pode ter que utilizar o medicamento durante meses ou anos para controlar a acne. A luz solar pode ser útil, pois ela seca a pele e causa uma descamação discreta, a qual acelera a cicatrização. Contudo, nos indivíduos que utilizam a tretinoína, a exposição à luz solar pode causar uma irritação intensa.

A tretinoína (sob a forma de creme, líquido ou gel) seca a pele, mas ela deve ser utilizada com cautela. Se ocorrer irritação, a tretinoína deve ser aplicada apenas à noite ou em noites alternadas. Além disso, o indivíduo deve aplicar uma camada fina sobre a pele, evitando o contato com os olhos, as pregas da boca e as pregas em torno do nariz.

A acne pode parecer pior durante os primeiros dias de tratamento com tretinoína e leva 3 a 4 semanas para melhorar. Outros medicamentos tópicos úteis são o peróxido de benzoíla, o melhor medicamento tópico de venda livre, e várias preparações contendo enxofre e resorcinol. Habitualmente, esses medicamentos são aplicados duas vezes ao dia, à noite e pela manhã.

Acne Profunda

Os médicos fazem o possível para evitar a formação de cicatrizes decorrentes da acne profunda, prescrevendo geralmente um antibiótico oral (p.ex., tetraciclina, minociclina ou eritromicina). Os indivíduos com acne profunda podem necessitar tomar um desses medicamentos durante semanas, meses ou mesmo anos para evitar a recidiva. No entanto, uma adolescente que utilize esses antibióticos pode apresentar uma infecção fúngica vaginal (va-ginite por Candida) que pode necessitar de tratamento com outros medicamentos. Quando o controle da infecção fúngica revela ser difícil, a antibioticoterapia para tratar a acne pode não ser razoável. Se os antibióticos não produzem resultados, a isotretinoína oral é o melhor tratamento. Esse medicamento revolucionou o tratamento da acne, mas pode produzir efeitos colaterais muito graves.

A isotretinoína pode causar danos a um feto em desenvolvimento e as mulheres que a utilizam devem adotar medidas contraceptivas rigorosas para evitar a gravidez. Uma mulher sexualmente ativa deve realizar um teste de gravidez antes de começar a usar isotretinoína e o teste deve ser repetido mensalmente enquanto durar o tratamento.

A contracepção ou a abstinência sexual deve ser iniciada um mês antes do início do tratamento e deve ser mantida enquanto a tretinoína estiver sendo utilizada, prolongando- se por mais um mês após a suspensão da medicação. É necessária a realização de exames de sangue para se assegurar que o medicamento não está afetando as células do sangue, o fígado ou as concentrações de gorduras (triglicerídeos e colesterol). Esses exames são realizados antes do início do tratamento, duas semanas após o seu início e, em seguida, mensalmente durante o tratamento.

A maioria dos indivíduos que utilizam a isotretinoína apresentam ressecamento dos olhos, fissuras labiais e ressecamento da pele fina que reveste o falo ou a genitália. A vaselina pode ajudar a melhorar a secura da pele. Aproximadamente 15% dos indivíduos tratados com tretinoína apresentam dor ou rigidez das grandes articulações e da região lombar. A dor freqüentemente desaparece quando a dose é reduzida. Em geral, a terapia dura 20 semanas. Quando for necessário prolongá-la, ela não deve ser reiniciada pelo menos por 4 meses. Algumas vezes, os dermatologistas tratam os cistos inflamados ou abcessos com a injeção local de corticosteróides.

Ocasionalmente, o médico pode também drenar um cisto ou um abcesso. A dermoabrasão, um procedimento no qual a superfície da pele é friccionada com um instrumento metálico abrasivo com o objetivo de remover a camada superior, pode ajudar na remoção de pequenas cicatrizes. A terapia com raios X para tratar a acne não é recomendável e os corticosteróides tópicos podem piorá-la. Para a mulher que apresenta acne grave durante o período menstrual, um contraceptivo oral pode ser útil, mas o tratamento leva 4 a 6 meses para produzir resultados.

Acne Rosácea

A acne rosácea (ou simplesmente rosácea) é um distúrbio cutâneo persistente que produz hiperemia, pequenas espinhas e ruptura de vasos sangüíneos, geralmente sobre a área central da face. A pele pode tornar-se espessa, sobretudo em torno do nariz, tornando-o hiperemiado e bulboso, uma condição denominada rinofima.

Ocasionalmente, a acne rosácea ocorre no tronco, nos membros superiores e inferiores e não na face. A causa da acne rosácea é desconhecida. Comumente, ela manifesta-se durante ou após a meia-idade, sendo mais comum em indivíduos de pele clara. Alguns alcoolistas apresentam acne rosácea, sobretudo o rinofima.

Os corticosteróides aplicados sobre a pele tendem a piorar o quadro. Embora o seu diagnóstico geralmente seja fácil, a acne rosácea algumas vezes assemelha-se acne e a outras doenças cutâneas.

Tratamento

Os indivíduos com acne rosácea devem evitar alimentos que provocam a dilatação dos vasos sangüíneos cutâneos (p.ex., alimentos condimentados, á lcool, café e refrigerantes contendo cafeína). Certos antibióticos orais melhoram a acne rosácea. Comumente, as tetraciclinas são mais eficazes e produzem menos efeitos colaterais. Os antibióticos tópicos (p.ex., gel de metronidazol) também são eficazes. É improvável que um rinofima grave melhore com a antibioticoterapia. Um indivíduo com este quadro pode necessitar de uma cirurgia.

Dermatite Perioral

A dermatite perioral é uma erupção vermelha, freqüentemente proeminente, localizada em torno da boca e sobre o queixo. A dermatite perioral pode ser muito semelhante à acne ou à acne rosácea. Contudo, uma á rea de pele normal geralmente separa a borda dos lábios da erupção cutânea. Os corticosteróides e alguns cosméticos oleosos, especialmente os umectantes, tendem a causar o distúrbio ou piorá-lo. Freqüentemente, a sua causa é desconhecida. O distúrbio afeta principalmente as mulheres com 20 a 60 anos de idade.

Tratamento

A antibioticoterapia com a tetraciclina, é geralmente o melhor tratamento via oral. Quando as tetraciclinas não eliminam a erupção cutânea e a caso for particularmente grave, a isotretinoína, um medicamento utilizado no tratamento da acne, pode ser útil.

Cistos Sebáceos

Um cisto sebáceo (cisto queratinoso) é uma tumoração de crescimento lento que contém pele morta, excreções cutâneas e outras partículas cutâneas. Esses cistos podem ser diminutos e podem localizar- se em qualquer parte do corpo, mais freqüentemente no couro cabeludo, nas orelhas, na face, nas costas ou na bolsa escrotal. Eles tendem a ser firmes e fáceis de serem movidos no interior da pele. Geralmente não são dolorosos. Os cistos sebáceos costumam ter uma cor amarelada ou cor de carne. Quando eles são puncionados, ocorre a drenagem de um material gorduroso e caseoso. Ocasionalmente, os cistos sebáceos tornam-se infectados.

Tratamento

O médico quase sempre pode tratar um cisto sebáceo puncionando sua parte mais elevada com uma agulha ou cortando essa parte com o auxílio de um bisturi e, em seguida, espremendo o seu conteúdo. No entanto, a menos que os cistos grandes sejam completamente removidos, eles podem reaparecer. Os cistos infectados são tratados com um antibiótico e, a seguir, são removidos cirurgicamente.

Fonte: www.msd-brazil.com

Acne vulgar ou juvenil, é uma das doenças da pele (dermatoses) mais freqüentes, afetando cerca de 80% dos adolescentes.

É uma afecção que atinge o conjunto pilossebáceo (pêlo e glândula sebácea).

As lesões surgem na puberdade e acometem ambos os sexos, tendo um maior pico de incidência dos 14 aos 17 anos nas mulheres, e dos 16 aos 19 anos nos homens.

Caracteriza-se por comedões (cravos), pápulas, pústulas e nas formas mais graves, por abscessos, cistos e cicatrizes em graus variáveis.

Atinge principalmente as seguintes áreas do corpo: face, região anterior e posterior do tórax. Estas partes do corpo são áreas ricas em glândulas sebáceas.

Como é o comportamento da acne?

Em alguns casos, as lesões são mínimas, quase imperceptíveis e assim permanecem por toda adolescência.

Em outros, as lesões tornam-se mais evidentes, perturbando a qualidade de vida e desencadeando ou agravando problemas emocionais.

Existem também casos em que as lesões podem ser tão extensas, que precisam obrigatoriamente de cuidados médicos, pela sua gravidade.

Fonte: www.saudeparavoce.com.br

Se você é adolescente, não vê a hora de se livrar dela. Se você for um adulto, não acredita que ela voltou. Felizmente, as melhorias nos tratamentos contra a acne nas últimas duas décadas significam que você não tem mais que conviver com ela.

Você possui centenas de células de óleo na pele do seu rosto, peito e costas.

Na verdade, existem mais de 2 mil glândulas de óleo por 6,45 cm2 na parte central do seu rosto. Estas glândulas servem para lubrificar a pele produzindo leo ou sebo. O óleo das glândulas fluem através de dutos finos ou folículos na superfície da pele.

Às vezes, estes dutos de óleo ficam entupidos com sebo, bactérias e células epiteliais mortas que cobrem o revestimento do duto. Isso é a acne.

Primeiramente, vamos dar uma olhada numa visão geral sobre a condição.

Acne
Peles mais limpas pode ser uma preocupação tanto 
para adultos quanto para adolescentes

Definição

Acne é um problema da pele cuja aparição varia de pequenos calombos a pústulas e grandes cistos. Acne é tão comum que 80% da população terá alguma forma dela em algum momento da vida.

Quem tem acne?

Quase todos os adolescentes meninos e aproximadamente 80% das adolescentes sofrerão de acne. (Culpa dos hormônios masculinos). Os meninos têm mais probabilidade de terem acne grave durante a adolescência.

Em comparação, as mulheres são muito mais propensas a relatarem a acne do que os homens nos seus 20, 30 e 40 anos. Alguns médicos dizem que isto ocorre por causa da utilização de cosméticos e pílulas anticoncepcionais.

Mas pelo menos algumas das diferenças aparentes entre os sexos podem ser causadas pelo fato que as mulheres estão mais propensas que os homens a visitarem um dermatologista. Em outras palavras, elas podem não apresentar a acne com tanta freqüência quanto os homens, mas podem ser mais propensas a "relatar" o problema procurando ajuda profissional.

Causas

Apesar de haver várias teorias sobre o que causa as acnes, as autoridades geralmente acreditam que a acne é um sub-produto de alterações hormonais durante a puberdade.

A produção de hormônios (particularmente o hormônio masculino, testosterona) aumenta e estimula as glândulas sebáceas da pele a produzirem sebo (uma secreção oleosa). A maioria do excesso de óleo produzido por estas glândulas deixa a pele através dos folículos capilares.

Às vezes, o óleo entope estes tubos e cria comedones (folículos capilares bloqueados). Os comedones são o que formam os inchaços na acne.

Se os comedones estiverem abertos na superfície da pele, são chamados de comedão.

Eles contêm sebo das glândulas sebáceas, bactérias e qualquer tecido da pele que se acumula perto da superfície.

Os comedones que estão fechados na superfície são chamados de milio. Os folículos entupidos podem se romper internamente, resultando em uma descarga de seus conteúdos nos tecidos ao redor. Este processo inicia uma resposta inflamatória que estabelece o estágio da acne.

O papel da bactéria na acne não está claro. A bactéria pode agir causando reações químicas no líquido sebáceo, levando à liberação de componentes muito irritantes chamados de ácidos graxos. Isto, por sua vez, pode causar inflamação que aumenta a suscetibilidade à infecção.

As autoridades discordam sobre o papel da dieta na acne. A alteração na dieta não cura a acne e nem decorre de reações alérgicas a um alimento específico.

Entretanto, alguns casos de acne parecem melhorar após a eliminação de determinados alimentos, particularmente chocolates e gorduras.

acne em adultos também é comum. Abaixo estão alguns dos fatores de risco.

Hormônios

Gravidez, alterações durante o ciclo menstrual, menopausa e pílulas anticoncepcionais podem causar flutuações nos níveis de hormônio e subseqüentes aparições de acne nas mulheres. Em algumas mulheres, contraceptivos de baixa dose melhoram a acne, em outras eles pioram. Se você possui acne junto com irregularidades menstruais, pode desejar consultar um médico e verificar os níveis de hormônio anormais, que devem ser responsáveis pelos dois.

Estresse

Os dermatologistas concordam que os altos níveis de estresse podem afetar os níveis hormonais, que podem acionar as aparições da acne.

Cosméticos

Usar maquiagem oleosa pode entupir os poros e causar acne.

Exposição ocupacional

Se você é mecânico ou fica perto da fritadeira na loja de fast-food, seu rosto pode ser atacado pelos óleos, que podem causar acne. Vários elementos químicos no local de trabalho também podem causar a acne.

Alguns medicamentos

Alguns medicamentos como a Dilantina (utilizado para tratar a epilepsia) e lítio (utilizado para tratar distúrbios bipolares), podem causar a acne.

Sintomas

acne causa inchaços elevados, mais frequentemente na face, pescoço, costas, peito e ombros. Em casos graves, pode haver bolsas cheias de pus que se abrem e descarregam um líquido. Sensibilidade, dor e coceira podem acompanhar os inchaços. Estes sintomas podem ser acne ou podem indicar outras reações da pele aos cosméticos ou medicamentos.

Uma vez que a puberdade tem um papel importante no desenvolvimento da acne, o problema geralmente aparece durante a adolescência. Entretanto, elas podem se estender até os 25 anos de idade ou mais, particularmente nas mulheres. Apesar da acne não ameaçar a vida, pode ser um problema. Se não for tratada, suas lesões podem deixar cicatrizes de espinhas permanentes.

Tratamento

A acne não tem prevenção e nem cura, mas existem vários tratamentos.

Não arranque ou esprema as espinhas, uma vez que pode resultar em mais inflamação e cicatrizes. Também o risco de infecção é aumentado.

Alguns medicamentos para acne sem receita, particularmente loções ou cremes que contêm peróxido de benzoil, pode ajudar a pele com problemas. Entretanto, a maioria destes preparados tendem a secar a pele se as instruções do fabricante não forem seguidas cuidadosamente.

Para a acne persistente, um médico pode prescrever um preparado de antibiótico que pode ser aplicado na superfície da pele ou um antibiótico oral, como a tetraciclina ou eritromicina. Estes antibióticos agem suprimindo o crescimento das bactérias, que pode ser um fator na piora da acne.

Outro medicamento, a tretinoína (ácido vitamina A), reduziu a acne em mais de 50% das pessoas que o experimentaram. Este medicamento pode ser tomado independentemente ou em combinação com um antibiótico e deve ser utilizado sob a supervisão de um médico.

Um medicamento mais novo, a isotretinoína, está relacionada à tretinoína e é utilizado para tratar a acne cística grave. Geralmente não é receitada, entretanto, a menos que todos os outros tratamentos contra acne tenham falhado. Este medicamento funciona suprimindo temporariamente a produção das secreções das glândulas sebáceas.

É importante observar que este medicamento pode ter vários efeitos colaterais e nunca deve ser utilizado sem o conhecimento e supervisão de um médico experiente. Além disso, a isotretinoína não deve ser utilizada por qualquer mulher que está, que possa estar ou que pretende ficar grávida.

A utilização deste medicamento em qualquer quantidade por pequenos períodos durante a gravidez está associado com risco extremamente altos de anormalidades fetais e aborto espontâneo.

Como você pode ver, a acne é um problema que quase todo mundo tem que encarar. E enquanto você não consegue derrotar a genética, existem alguns passos que você pode fazer para ajudar a reduzir a probabilidade delas aparecerem. Na próxima seção, você aprenderá algumas dicas para manter as marcas.

Tratamentos da Acne

Se o seu rosto está cheio de espinhas, a batalha não está perdida. O cuidado com a sua pele após a acne é tão importante quanto as medidas preventivas.

Não prejudique

Não arranque, esprema, esfregue ou manipule de qualquer outra forma as espinhas, ao fazer isso você pode espalhar as bactérias e aumentar o risco de cicatrizes.

O topo do poro é como um balão. Você pode estourá-la, mas abaixo da superfície, o sebo, a bactéria e células epiteliais podem ser forçadas para os tecidos adjacentes, causando inflamação.

Use peróxido de benzoil

Uma grande quantidade de produtos contém esse ingrediente, que ajuda a quebrar a ligação das células epiteliais mortas, das bactérias e do óleo nos poros e acaba com as bactérias também. Comece com a concentração mais baixa uma loção ou gel a 2,5% ou 5% uma vez ao dia. Após uma semana, aumente para duas vezes ao dia, de manhã e a noite, se não irritar sua pele. Se a sua acne não melhorar em 4 ou 6 semanas, use uma loção ou gel com 10% e, se necessário, duas vezes ao dia. Aumente gradualmente, especialmente se você tiver pele sensível, porque quanto mais alta a concentração, mais irritante ela será. Se ressecar muito a sua pele, aplique um hidratante também (num período diferente do dia ou após aplicar o peróxido de benzoil).

Experimente um dos produtos sem receita

Outros produtos para acne contêm enxofre ou resorcinol, que ajudam a desobstruir as glândulas de gordura irritando a pele. A maioria dos dermatologistas acreditam que o peróxido de benzoil é o ingrediente anti-acne mais eficiente disponível sem receita.

Aplique os produtos sem receita para prevenção também

Use o medicamento para acne não só para as espinhas que já se formaram, mas também nas áreas sem acne e que são propensas. Isto pode incluir todo o rosto (evite os lábios e olhos), costas e peito.

Dê um descanso para seu rosto

Você não consegue acabar com as espinhas com água quente e uma esponja áspera. Lavar só remove o óleo da superfície da pele e não dos dutos entupidos.

Os adultos podem sofrer de acne e de pele seca. Na verdade, se você for muito agressivo com relação à limpeza, você pode muito bem acabar com pele sensível, seca ou irritada no rosto.

Não faça esfoliação no rosto

Esfoliar quer dizer remover a camada de cobertura das células epiteliais mortas utilizando uma esponja grossa, bucha ou produto específico. Mas a pele com acne já está irritada e esfregar pode piorar as coisas. Não use escovas, esponjas grossas ou panos, limpadores com grânulos ou cascas de nozes ou qualquer outra coisa dessa natureza na pele delicada do rosto. Para as costas e peito, onde a pele é menos sensível, você pode experimentar uma das esponjas para acne com um sabão com peróxido de benzoil.

Apesar de todo mundo já ter tido espinhas em algum momento da vida, um vermelhão ainda pode fazer você querer esconder seu rosto do público. Pelo menos você tem um melhor entendimento agora sobre de onde a acne vem e as etapas para tratar e evitá-la.

O que um médico faz com a acne?

Quando consultar um dermatologista por causa da acne? Quando parecer grave ou se estiver causando cicatrizes.

As crianças devem ser tratadas desde cedo quando começarem a mostrar os sinais da acne, especialmente se os pais sofreram com a acne grave.

Consulte um dermatologista se você:

Utiliza produtos com peróxido de benzoil por seis ou oito semanas e ainda apresenta problemas;

Tem pústulas do tamanho de uma cabeça de fósforo;

Possui nódulos do tamanho do dedinho;

Possui cicatrizes das acnes;

O arsenal de tratamento inclui antibióticos tópicos e orais e uma classe de medicamentos que se chama retinóides. Tretinoína é aplicado na pele, enquanto que a isotretinoína é administrado oralmente. As mulheres grávidas não devem tomar a isotretinoína. Este é considerado a última alternativa para o tratamento, mas é especialmente eficiente para a acne cística.

Acne Rosácea

Se você tem mais de 40 e, de repente, desenvolve acne grave, pode estar sofrendo de acne rosácea, que é diferente da acne comum. Como notar a diferença?

Acne rosácea é caracterizada pela vermelhidão, inflamação (inchaço) e vasos sangüíneos dilatados.

Mais dicas: você não tem nenhum comedão, a acne está localizada na parte central do seu rosto (nariz e bochechas) e muitas pústulas (espinhas com pus). Você tem mais chance de sofrer deste tipo de acne se tiver pele clara.

A acne rosácea pode ser tratada com um creme medicinal receitado por um dermatologista. Você também deve evitar o sol, a exposição pode piorar o problema. Determinados alimentos, como aqueles condimentados ou quentes, também podem piorar a rosácea.

Fonte: saude.hsw.com.br

acne é dermatose crônica, comum em adolescentes, caracterizada por lesões inflamatórias, principalmente na face.

É uma doença do folículo pilo sebáceo em cuja fisiopatologia interferem vários fatores como: genético, hormonal, hiperprodução sebácea, hiperqueratinização folicular e aumento da colonização bacteriana pelo Propionibacterium acnes. Ela pode ser classificada genericamente em acne primária (vulgar) e acne sacundária (hormonal, cosmética, escoriada, solar).

No primeiro caso, trata-se da acne de adolescentes e adultos jovens em que a predisposição genética, estimulada pelo início da produção hormonal favorece o desenvolvimento das lesões clínicas. No caso da acne secundária, ocorre processo mais específico, em que determinado elemento, como um corticosteróide ou sol, pode ser o fator causal.

acne se inicia próximo à puberdade, acometendo ligeiramente mais mulheres do que homens. Ocorre em todas as raças, embora com menos intensidade em orientais e negros. Ela é mais grave no homem e dificilmente ocorre em crianças e idosos. Na adolescência esta dermatose chega a comprometer cerca de 80% dos jovens e na fase adulta a prevalência atinge a faixa de 10% de pessoas acometidas.

Tratamento

O sucesso terapêutico se baseia numa harmoniosa relação médico/paciente com laços de respeito e confiança. É necessário histórico completo, com características do quadro, fatores de melhora e piora, tendências familiares, tratamentos anteriores, expectativas etc.

A acne da mulher adulta apresenta algumas características específicas tais como: menor número de lesões, comedões fechados, localização na região do mento e pescoço e surtos relacionados à pré-menstruação.

Pode ser necessária a dosagem sérica dos andrógenos, como testosterona livre e total, sulfato de deidropiandrosterona. Quando houver suspeita de ovário policístico, é necessário a dosagens hormonais, além do exame ultra-sonográfico. Estabelecendo-se o causa do hiperandrogenismo, a cura pode ser clínica (ovário policístico) ou cirúrgica (tumores).

Tratamento tópico

O peróxido de benzoíla, usado no tratamento do acne há vinte anos, tem grande poder bactericida, tendo sido o primeiro agente tópico efetivo para acne. É encontrado sob a forma de loções e gels, sozinho ou combinado a outras substâncias. O peróxido da benzoíla diminui o número e tamanho de lesões ativas de acne, sugerindo que tenha um efeito antiinflamatório. Provoca ressecamento e irritação, além de dermatite de contato, em raros casos.

Os retinóides tópicos como tretinoina e isotretinoina são úteis, agem no defeito da queratinização, diminuem o sebo e o tamanho da glândula sebácea.

Outros de terceira geração como tazaroteno e adapaleno também são indicados em casos de acne de mulher adulta. Causam menor irritação e fotossensibilidade que a tretinoína com resultados terapêuticos significativos. Num estudo comparativo do gel de adapalene a 0,1% e gel de tretinoina a 0,025%, feito por shalita, o adapalene mostrou-se, em doze semanas de tratamento, menos irritante, mais rápido na involução de lesões, maior redução tanto no número de lesões, quanto nas lesões não inflamatórias. Estes rasultados também forma observados por outros autores.

Os retinóides em geral são utilizados a noite ou em noites alternadas por um prazo n inferior a 12 semanas. O ácido azelaico a 20% é usado para diminuir a produção de sebo e tem sua melhor indicação quando houver manchas associados.

Alguns antibióticos tópicos como eritromicina e clindomicina podem ser utilizados, porém deve-se evitar o uso dos mesmo em associação com aqueles sistêmicos.

A resistência aos antibióticos tem aumentado muito devido os mesmos serem usados com muito critério.

Tratamento sistêmico

O tratamento sistêmico, baseia-se no uso de antibióticos, anti-andrôgenicos e isotretinoína.

Nos casos de acne maderada a severa sempre se administra antibióticos. Os antiandrogênicos só estão indicados no sexo feminino, e a isotretinoína é usada nos pacientes que não obtiveram a resposta favorável com tratamentos convencionais e em casos de acne severa em região do tronco.

Os antibióticos de amplo espectro são utilizados no tratamento do acne moderado a sevevo, normalmente em baixas doses, sem grande incidência de efeitos colaterais. No entanto, pode ocorrer uma complicação rara, que é uma foliculite por germes gram-negativos, que deve ser tratada.

Os antibióticos são usados continuamente, por um período mínimo de seis a oito meses. São uma opção escolha terapêutica oral para a acne, sendo a tetraciclina a em geral a primeira droga a ser usada sempre, exceto nos casos de alergia ou intolerância, ou nos casos de gestantes, quando a opção é a eritromicina.

A tetraciclina via oral não altera a produção de sebo, mas reduz a concentração de ácidos graxos livres, componentes irritantes do sebo, e aumenta a concentração de ácidos graxos esterificados, com doses que variam de 250mg a 1000mg por dia, que são reduzidos assim que o quadro apresenta melhora.

Estes efeitos se manifestam após várias semana de tratamento. O real mecanismo de ação da tetraciclina é desconhecido. Deve ser ingerida em jejum, pra aumentar a sua absorção. Apresenta, como efeito adverso, a onicólise.

A minociclina é o antibiótico sistêmico mais usado no tratamento prolongado do acne severo. Burke e Cunliffe discordam, afirmando que seu efeito é similar ao da tetraciclina. Além do mais, embora raros, os efeitos colaterais do uso da minociclina são graves, e incluem hiperpigmentação de vários tecidos, desordens autoimunes (lúpus eritemaso sistêmico, hepatite autoimune), e reações de hipersensibilidade graves (síndrome de hipersensibilidade, pneumonite e eosinofilia).

Em casos de acne cística severa, pode haver opção recomenda pelo o uso de sulfonas, principalmente havendo lesões hemorrágicas, em doses de 50 a 100mg por dia, inicialmente, e de até 200mg por dia opós.

Hoje, outros antibióticos podem ser utilizados como a azitromicina com posologia confortável utilizando 1 cápsula ao dia, a mesmo pode ser utilizado em sistemas de pulso a cada 15 dias.

A isotretinoína doi introduzida em 1979, e desde de então, é usada em mais de oitenta países, e já foi prescrita para mais de seis milhões de pacientes, segundo Plewig et col.

A isotretinoína, ataca diretamente as causas do problema da acne, reduzindo o tamanho das glândulas sebáceas e a secreção do sebo, e amenizando os processos de inflamação e infecção.

Portanto, é o único medicamento que age nos quatro fatores patogênicos da acne: excressão de sebo, inflamação, colonização do Propionibacteruim acnes e comedogênese.

Diversos estudos apontam que a administração da isoretinoina garante cura ou remissão prolongada em 90% dos casos de acne, ou seja, apenas 10% dos pacientes necessitam repetir o tratamento para se livrar do problema. É importante lembrar que a orientação de um dermatologista é imprescindível é para a administração do medicamento.

O tratamento dura cerca de cinco a dez meses, mas esse período pode variar de paciente para paciente. Só o médico pode determinar qual será a duração exata.

Em geral, quando menor a dose diária, maior o tempo de duração de tratamento. A dose também vai depender de cada caso, variando de acordo com o peso da pessoa.

Alguns cuidados devem ser tomados antes do início do tratamento com a isotretinoína. O alerta se dinge principalmente ás mulheres, que não podem estar grávidas ao começar o tratamento e não devem engravidar até um mês após termina-lo, período em que a isotretinoína permanece no organismo, podendo causar má formação fetal. Nos homens, porém, a substância não provoca alteração no esperma nem qualquer outro fenômeno relacionado à função reprodutiva.

Apesar dos resultados positivos do tratamento (Isotretinoína), inúmeros mitos envolvendo seu principio ativo, a isotretinoína, ainda persistem na mente das pessoas. Leia no quadro que se segue às verdades e mentiras sobre o ramédio.

Mentiras e verdades sobre isotretinoína

Mentira Verdade
A isotretinoína só pode ser usada casos de acne grave, nódulo cística ou conglobata. A substância pode ser usada também por pacientes com acne moderada resistente ou com tendência a cicatrizes emocionalmente afetados e seborréicos.
Em todos os casos, o quadro de acne dos pacientes piora no início do tratamento. Apenas em alguns casos, como nos pacientes com grande número de macro-comedões, há piora do quadro no início do tratamento.
A isotretinoína não pode ser usada por pacientes com doenças sistêmicas ou Aids. A substância pode ser utilizada tanto por pessoas com doenças sistêmicas quanto por portadores do vírus HIV.
A mulher deve esperar dois anos após o término do tratamento para engravidar.
 
A mulher pode engravidar com total segurança um mês após o fim do tratamento.
Isotretinoína pode causar depressão. Não existe qualquer evidência científica que estabeleça ligação entre a substância e a depressão. Pelo contrário muitos jovens que apresentavam depressão ou queda de auto estima associadas à presença de acne tiveram o seu quadro emocional melhorando após o término do tratamento com Roacutan® (Isotretinoína).
 

Um dos principais inconvenientes causados pelo surgimento da acne é, sem dúvida, a baixa auto-estima dos portadores da doença.

Pesquisas realizadas recentemente mostram, porém, que esses transtornos vão muito além da estética. Um estudo apontou que a taxa de desemprego entre jovens com acne chega a ser 70% maior que entre aqueles que não têm a doença. Também é comprovado que os portadores do problema têm muita dificuldade para se integrar a seus grupos sociais, seja por vergonha ou medo de rejeição.

Dai a importância de se tratar a acne com muita seriedade, visando sempre a cura da doença. O primeiro passo a ser tomado é a procura de um dermatologista.

"É preciso acabar com alguns mitos e distorções que envolvem a acne, ainda vista como um mal passageiro que se resolve com o tempo”.

Fonte: www.denisesteiner.com.br

 

Acne vulgar ou juvenil, é uma das doenças da pele (dermatoses) mais freqüentes, afetando cerca de 80% dos adolescentes.

Acne

É uma afecção que atinge o conjunto pilossebáceo (pêlo e glândula sebácea).

As lesões surgem na puberdade e acometem ambos os sexos, tendo um maior pico de incidência dos 14 aos 17 anos nas mulheres, e dos 16 aos 19 anos nos homens.

Caracteriza-se por comedões (cravos), pápulas, pústulas e nas formas mais graves, por abscessos, cistos e cicatrizes em graus variáveis.

Atinge principalmente as seguintes áreas do corpo: face, região anterior e posterior do tórax. Estas partes do corpo são áreas ricas em glândulas sebáceas.

Como é o comportamento da acne?

Em alguns casos, as lesões são mínimas, quase imperceptíveis e assim permanecem por toda adolescência.

Em outros, as lesões tornam-se mais evidentes, perturbando a qualidade de vida e desencadeando ou agravando problemas emocionais.

Existem também casos em que as lesões podem ser tão extensas, que precisam obrigatoriamente de cuidados médicos, pela sua gravidade.

Este nome provavelmente foi herdado a partir dos estudos do B. Bloch, quando correlacionou a presença de comedões e acne propriamente dita com a menstruação e pêlos pubianos da puberdade. O adjetivo "vulgar" teria sido agregado com a conotação de "comum".

O estudo de B. Bloch foi realizado em 4.191 crianças e adolescentes de ambos os sexos, representados em igual número.

Os resultados foram: comedões ou acne franca em 59,6% das meninas, e 68,5% dos meninos. Evidenciando-se correlação estatisticamente significante com o aparecimento de pêlos pubianos e menstruação de outro lado.

Verifica-se, dessa forma, a grande existência de comedões ou acne propriamente dito com o período da puberdade de um indivíduo.

Acne Vulgar

Este nome provavelmente foi herdado a partir dos estudos do B. Bloch, quando correlacionou a presença de comedões e acne propriamente dita com a menstruação e pêlos pubianos da puberdade. O adjetivo "vulgar" teria sido agregado com a conotação de "comum".

O estudo de B. Bloch foi realizado em 4.191 crianças e adolescentes de ambos os sexos, representados em igual número.

Os resultados foram: comedões ou acne franca em 59,6% das meninas, e 68,5% dos meninos. Evidenciando-se correlação estatisticamente significante com o aparecimento de pêlos pubianos e menstruação de outro lado.

Verifica-se, dessa forma, a grande existência de comedões ou acne propriamente dito com o período da puberdade de um indivíduo.

Como se forma a acne?

Considerações iniciais

A acne começa na adolescência e se resolve em média na 2ª década da vida; entretanto, alguns pacientes ainda apresentarão sintomas após a idade de 35 anos ou mais (cerca de 1% da população masculina e 5% da feminina).

Existe uma influência genética na evolução da acne, que pode ser ampliada ou diminuída por fatores raciais e ambientais.

Acne

História natural da evolução da acne

As lesões da acne são decorrentes da obstrução dos folículos pilossebáceos, em decorrência de:

Aumento da produção e secreção sebácea;

Hiperqueratinização com obstrução do folículo pilossebáceo e proliferação e ação das bactérias;

Reação inflamatória local.

Envolve 4 fatores:

Hipercornificação ductal

O aumento da camada córnea da pele (a parte mais superficial e lisa) composta pelos queratinócitos pode ser estimulado pelos hormônios masculinos (andrógenos) e pelo efeito de irritação causado pelos lipídeos ("gorduras").

O efeito de irritação dos lipídeos ocorre quando estes se movem através do ducto, e o acúmulo dos lipídeos leva à formação de comedões abertos (cravo preto) ou fechados (cravo branco).

Acne

Acne

A atividade seborreica é dependente dos hormônios sexuais masculinos.

O aumento de produção do sebo além de estar relacionado com o aumento de produção do hormônio, depende também da quantidade de receptores existentes nas células dos órgãos (chave e fechadura!). Se você quiser entender melhor, participe posteriormente do módulo sobre hormônios e receptores.

Microorganismos (bactérias)

Propionybacterium acnes (P. acnes)

Propionibacterium granulosum

Propionibacterium avidum

Staphylococcus epidermides

Malassezia furfur (Pityrosporum)

Inflamação

Resulta de substâncias (mediadores biologicamente ativos) produzidas pelo P. acnes, que se difundem no folículo.

Exemplo das substâncias:

Enzimas que incluem três proteases, interleucinas e citocinas

Lipases

Fatores quimiotáticos.

Características importantes

Admite-se que as glândulas sebáceas dos indivíduos portadores de acne apresentam níveis de secreção maior que a dos não portadores.

Nas áreas acneicas, as glândulas sebáceas dos folículos pilossebáceos caracterizam-se por estarem hipertrofiadas e o pêlo atrofiado. Assim, a oleosidade é eliminada, distribuindo-se uniformemente em fina camada sobre a pele, conferindo aspecto brilhante.

A secreção sebácea depende da ação de hormônios androgênicos, que regulam a produção do sebo. É por este motivo que na puberdade, período em que ocorre aumento repentino destes hormônios, observamos a hipertrofia da glândula e aumento de sua secreção.

Devido a uma predisposição genética, ocorre um espessamento (hiperqueratinização) no folículo pilossebáceo, que associada ao sebo, forma uma massa no interior do canal. Isto gera o comedão (cravo) que pode ser aberto (cravo preto) ou fechado (cravo branco).

As bactérias atuam sobre o sebo acumulado e favorecem a inflamação da pele, formando lesões avermelhadas, doloridas e com pus. A principal bactéria envolvida chama-se Propionibacterium acnes (P. acnes) que está normalmente presente na pele de todas as pessoas, mas em maior quantidade nas que apresentam acne.

Tipos de Acne

As formas de manifestação são muito variadas podendo aparecer como comedões, pápulas, pústulas, nódulos e abscessos. A localização ocorre principalmente na face, ombro e porção superior do tórax e as lesões estão geralmente associados com seborréia.

A acne é classificada como acne não-inflamatória (sem sinais inflamatórios) quando apresenta somente comedões, e acne inflamatória.

A acne conforme o número, intensidade e características das lesões pode ser classificada em formas clínicas ou graus:

Acne Comedônica-Grau I: caracteriza-se pela presença de comedões, porém a existência de algumas pápulas e raras pústulas ainda permite considerar o quadro como Grau I.

Há 3 tipos de comedões:

microcomedão

comedão fechado (cravo branco) a lesão é esbranquiçada ou da cor da pele, adquirindo forma esférica. Pela espremedura, após perfurar o comedão com a ponta de uma agulha, pode-se extrair massa esbranquiçada.

comedão aberto (cravo preto) podem ser eliminados facilmente e podem sofrer inflamação.

Acne Pápulo-Pustulosa-Grau II

Acne

Caracteriza-se pela presença de comedões, pápulas eritematosas (avermelhadas) e pústulas. O quadro tem intensidade variável, desde poucas lesões até numerosas, com inflamação bem intensa.

Acne Nódulo-Cística-Grau III

Há comedões, pápulas e pústulas. Devido à ruptura da parede folicular, há reação inflamatória que atinge a profundidade do folículo até o pêlo, formando nódulos furunculóides. No interior destes nódulos pode ocorrer a formação de pús. Estes nódulos são chamados de cistos.

 Acne

Acne Conglobata-Grau IV

Constitui uma forma grave de acne, em que ao quadro anterior, associam-se nódulos purulentos (com pús) numerosos e grandes, formando abscessos e fístulas ("túneis" que o corpo cria para levar um material para a superfície) que drenam pus. Esta forma, em geral, acomete face, pescoço, faces anterior e posterior do tórax, podendo chegar até a região glútea ("bumbum").

Acne

Acne Fulminans-Grau V

Forma extremamente rara em nosso meio, na qual, associado às formas de acne nódulo-cística ou conglobata, surge subitamente febre, leucocitose (aumento do número de células de defesa no sangue), poliartralgia (dor em várias articulações - "juntas").

Esta classificação é de grande importância, pois a conduta terapêutica varia conforme o grau de comprometimento. É essencial a orientação de um médico que indique corretamente o tipo de tratamento a ser instituído de acordo com tipo clínico de acne, para que se obtenha um resultado satisfatório. Através do exame de sua pele, o médico saberá indicar os produtos mais apropriados e a forma correta de utilizá-los.

Acne

Quais são as causas da acne?

Vários fatores contribuem para o aparecimento da acne:

Genético ou hereditário

Pode haver uma predisposição genética que favoreça o desenvolvimento da acne em algumas pessoas mais que em outras.

Hormônios

Acne
Hormônios

Os andrógenos regulam a produção do sebo pelas glândulas sebáceas. Durante a adolescência, a produção desses hormônios aumenta e, com ela, a produção de sebo, contribuindo para o surgimento da acne.

Aumento da atividade das glândulas sebáceas

Em geral, quem tem acne apresenta glândulas mais ativas, que produzem mais sebo. Por isso, as pessoas com tendência à acne freqüentemente têm uma pele oleosa. Além disso, também pode haver diferença na composição desse sebo com a presença de elementos mais irritantes para a pele.

Obstrução do canal pilossebáceo

A formação de um tampão nos poros provoca a retenção do sebo que deveria ser eliminado, e a conseqüente formação dos comedões (cravos).

Proliferação e ação das bactérias

As bactérias atuam sobre o sebo acumulado e favorecem a inflamação da pele, formando lesões avermelhadas, doloridas e com pús. A principal bactéria envolvida chama-se Propionibacterium acnes (P.acnes). Ela está normalmente presente na pele de todas as pessoas, mas em maior quantidade nas que apresentam acne.

Localizações

Compromete, principalmente, face, região anterior e posterior do tórax, pois são áreas ricas em glândulas sebáceas.

Acne

Acne

Fonte: www.saudetotal.com

 

Dicas para evitar a acne

Você não está sozinho. Mais de 90% de nós teremos Acne em algum momento de nossas vidas.

Muitas pessoas continuarão a ter Acne mesmo na fase adulta de suas vidas.

Existem muitos fatores que contribuem para acne nos adultos: genética, hormônios, o ambiente, estresse e o uso incorreto de produtos para pele. As dicas abaixo ajudarão você, de forma eficaz, manter seu rosto limpo, com uma pele saudável.

TRATE A ACNE

Use algum produto químico ou natural, dependendo do seu caso, para limpeza da pele de modo que limpe os poros e retire as manchas da pele.

Limpar o rosto todos os dias com os produtos de limpeza de pele corretos é o primeiro e mais importante passo para uma pele saudável.

Procure enxaguar seu rosto sempre que possível durante o dia, logo após seque-o bem com um pano limpo, mas não esqueça de substituir o pano a cada secagem.

Mantenha o cabelo e suas mão longe do seu rosto. Tanto as mãos quanto o cabelo contêm sujeira e óleos que são transferidos para seu rosto a cada vez que você leva as mãos ao rosto, o mesmo acontece com se você deixar o cabelo sobre sua face.

Seguindo esse passo você conseguirá manter os poros limpos o que é um grande avanço na sua luta contra a Acne facial.

Beba muita água e coma uma deita balanceada com frutas e verduras.

Uma dieta saudável é importante para uma pele bonita e a água ajuda banir as toxinas ao mesmo tempo em que hidrata a pele.

Não esprema as espinhas. Isto pode piorar a situação, além de poder contaminar a pele, lesões piores podem se formar na pele. O melhor é manter a Acne sob controle, usando um tratamento natural para Acne todas as manhãs e noites.

Se você tem Acne nas costas e ombros, use roupas que permitam a respiração da pele.

A sua pele reflete a sua saúde e bem estar de um modo geral, por isso, é importante controlar seus níveis de estresse dormindo bem. A sua pele exigem repouso para que ela possa se recuperar.

Exercícios físicos ajudam a reduzir os níveis de estresse e aumentam a oxigenação no corpo, o que é ótimo para pele.

Evite o consumo excessivo de açúcar refinado e suplementos nutricionais que contenham iodo. Seu corpo precisa trabalhar duro para digerir estes açúcares, e estudos revelam que há uma correlação entre açúcar refinado e a Acne.

Fonte: www.estudeocorpo.hpg.ig.com.br

acne é uma afecção dermatológica freqüente entre os adolescentes. Em geral, inicia-se na puberdade podendo afetar adultos jovens e persistir por longo período se não tratada. A cura não é facilmente obtida e o tratamento costuma ser prolongado. Deste modo, o sucesso de um tratamento também depende da persistência e colaboração do paciente.

acne é uma afecção dermatológica freqüente entre os adolescentes. Em geral, inicia-se na puberdade podendo afetar adultos jovens e persistir por longo período se não tratada. A cura não é facilmente obtida e o tratamento costuma ser prolongado. Deste modo, o sucesso de um tratamento também depende da persistência e colaboração do paciente.

Apesar da existência de muitas formulações para o tratamento da acne, a orientação médica é fundamental. Somente o médico poderá diagnosticar e definir o tratamento ideal e mais adequado para o seu caso.

Causas e tipos de acne

A acne é uma doença que acomete os folículos pilossebáceos, que são "poros" existentes na pele. A hiperatividade das glândulas sebáceas é o principal fator na formação da acne. Esta produção exagerada de sebo misturada a outras substâncias forma um tipo de "tampão" que provoca a obstrução do "poro". Assim, é impedida a saída natural das células mortas e bactérias que normalmente aí se encontram. As alterações hormonais que ocorrem na puberdade, principalmente o aumento do hormônio masculino (androgênio), são uma das principais causas da produção excessiva de sebo.

Outro fator importante, é a hiperqueratinização, o seja, a produção excessiva de células mortas contendo uma substância chamada queratina. Essas células unem-se ao sebo colaborando na obstrução dos "poros".

O resultado de todos esses fatores é a formação de pequenos pontos brancos ou negros elevados sobre a pele, denominados "comedões". A medida que a glândula continua a secretar sebo e a via de saída está obstruída, as paredes laterais da glândula dilatam-se. O "comedão" transforma-se, então, em espinha.

Até aqui a acne é leve com poucos sinais inflamatórios, é a chamada acne comedoniana ou grau I.

Com a obstrução do "poro" pode ocorrer proliferação bacteriana dentro da glândula sebácea, resultando em inflamação e infecção dentro e ao redor dos folículos pilossebáceos. Esta formação recebe o nome de pápula e quando possui secreção purulenta de pústula. A presença de pápulas e pústulas superficiais e profundas caracterizada, respectivamente, a acne pápulo-pustulosa superficial (grau II) e profunda (grau III).

Quando ocorre o desenvolvimento de lesões mais graves em forma de nódulos ou cistos trata-se de acne nódulo-cística ou grau IV.

A acne ocorre em áreas onde existe maior número de glândulas sebáceas: face, tórax, ombros e dorso.

O fator psicológico ocasionado pela acne é muito importante devido ao aspecto estético desagradável e possíveis seqüelas. 

Tratamentos para a acne

Existem diversos tratamentos para a acne e a escolha do método mais adequado baseia-se no quadro clínico, que varia de indivíduo para indivíduo.

Recomenda-se sempre consultar um médico dermatologista para avaliação clínica e prescrição do tratamento adequado.

Basicamente existem dois tipos de tratamentos: o tratamento tópico, ou seja, medicamentos que são aplicados diretamente sobre a pele, e o tratamento oral, ou seja, através de medicamentos tomados por boca.

Como a acne é uma doença que acomete a pele, o tratamento tópico é o mais empregado. Os medicamentos orais são mais utilizados em casos graves ou específicos.

Tretinoína

Trata-se de um derivado da vitamina A de aplicação local. A maioria dos produtos com tretinoína é em forma de gel.

A tretinoína possui importante ação queratolítica, ou seja, atua contra a hiperqueratinização. Também exerce ação leve e indireta sobre a proliferação bacteriana nas glândulas sebáceas. Deste modo, os produtos com tretinoína são mais indicados no tratamento das formas não inflamatórias de acne (pontos brancos e negros). No início da terapia pode ocorrer irritação da pele, que agrava-se a exposição solar.

Peróxido de Benzoíla

O Peróxido de Benzoíla é um exfoliante que combate a inflamação e a infecção bacteriana, não influenciado a produção de sebo. Tem como inconveniente irritação e descamação excessiva da pele.

Trata-se de um medicamento de aplicação tópica que pode ser usado especialmente nas formas inflamatórias da acne (por exemplo, acne pápulo-pustulosa).

Ácido Azelaico

O ácido azelaico é um tratamento para a acne que possui três diferentes mecanismos de ação. Possui efeito queratolítico, ou seja, promove a desobstrução de "tampão" de queratina e sebo. Além disso, possui ação antibacteriana e antiinflamatória, eliminando eficazmente as bactérias associadas à acne e diminuindo a inflamação.

Antibióticos

Existem alguns antibióticos de aplicação tópica, como por exemplo a clindamicina ou a eritromicina. Em geral esses produtos são em forma de solução e servem para combater a infecção bacteriana e a inflamação.

Orais

Antibióticos orais como a minociclina são utilizados com sucesso no tratamento de formas graves de acne. Ocasionalmente, podem ocorrer efeitos colaterais como distúrbios gastrointestinais. Existe a possibilidade de ocorrer resistência bacteriana ao antibiótico, deste modo, tornando-os ineficazes.

Tratamentos Hormonais

Uma das principais causas da acne é a produção excessiva de sebo devido ao excesso de androgênios. Deste modo, outra opção de tratamento é o emprego de substância capaz de antagonizar os efeitos dos androgênios. Assim, um componente antiandrogênio elimina eficazmente a influência dos androgênios, reduzindo acentuadamente a produção de sebo. No momento, os tratamentos hormonais são apenas disponíveis para as mulheres.

Para que não ocorra irregularidades no ciclo menstrual, o antiandrogênio deve ser tomado juntamente com estrogênio, o hormônio feminino. Entre um produto no mercado que associa um antiandrogênio com estrogênio (DIANE® 35), que além de proporcionar excelente resultado no tratamento da acne, oferece também proteção contraceptiva eficaz. Após alguns meses de tratamento, observa-se rápida melhora do quadro clínico com desaparecimento da aparência oleosa da pele e cabelo e das lesões características da acne. 

1. Quem tem mais acne, o homem ou a mulher?

A acne aparece quase que nas mesmas proporções em homens e mulheres.

2. Quais são as causas da acne?

A acne apresenta vários fatores de predisposição: hereditários, hormonais e psicológicos. A acne é uma afecção dermatológica freqüente entre os adolescentes.

As alterações hormonais que ocorrem na puberdade, principalmente o aumento do hormônio masculino (androgênio), são uma das principais causas da produção excessiva de sebo. Esta produção exagerada de sebo misturada a outras substâncias forma um tipo de "tampão" que provoca a obstrução do "poro". Assim, é impedida a saída natural das células mortas e bactérias que normalmente aí se encontram dando origem a acne.

3. Que medidas de higiene devem ser tomadas para a acne?

Recomenda-se lavar a área afetada uma vez pele manhã e outra à noite. De preferência com água fria e sabão neutro.

4. Posso usar maquiagem mesmo tendo acne?

Use o mínimo de maquiagem possível. Se for imprescindível, você deverá usar maquiagem à base de água e evitar cosméticos à base de óleo.

5. Há uma dieta especial para quem sofre de acne?

Basicamente, é possível comer de tudo com moderação, desde frutas até doces e massas. Somente se for comprovada relação entre algum alimento e a condição de sua doença (por exemplo, um alimento que aumente o número de pontos) é que tal alimento deverá ser evitado.

6. Eu tenho acne. Devo consultar um médico?

Sim, a ajuda do seu médico é fundamental. Somente ele poderá fazer um diagnóstico exato e definir o tratamento ideal para o seu tipo de acne.

7. Tenho acne. Posso tomar banho de sol?

Sim, pode. Procure desfrutar moderadamente do ar livre e do sol. O uso de um filtro solar sem óleo é recomendado.

8. Tenho que mudar meu estilo de vida por causa da acne?

Depende, não se esqueça dos fatores psicológicos da acne. Você deve dormir bem, o cansaço e o estresse são grandes aliados da acne.

9. Há produtos que causam ou agravam a acne?

Alguns produtos podem agravar a acne, como por exemplo o iodo. Evite as soluções pós-barba, os adstringentes e colônias pós-banho. Não utilize cremes de barbear que contenham álcool, tudo isso pode causar ardor durante o tratamento.

10. Eu posso espremer os pontos de acne?

Não aperte nem esprema as lesões da acne já que você causará um dano ainda maior à pele, podendo provocar cicatrizes permanentes.

11. Que posso fazer para curar rapidamente a acne?

Você deve levar em conta que a cura da acne não é fácil e que nenhum tratamento consegue tal cura da noite para o dia. Na maioria dos casos, o tratamento deve ser mantido por quatro meses ou mais; você deve ter paciência e seguir rigorosamente as recomendações do médico. A sua colaboração é o fator mais importante durante o tratamento.

Fonte: www.bayerscheringpharma.com.br

Acne

acne é uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais.

Devido a isso, as lesões começam a surgir na puberdade, época em que estes hormônios começam a ser produzidos pelo organismo, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos.

A doença não atinge apenas apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro mais freqüente em mulheres.

As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos).

Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.

Manifestações clínicas

A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria da vezes de pequena e média intensidade.

Em alguns casos, o quadro pode tornar-se muito intenso, como a acne conglobata (lesões císticas grandes, inflamatórias, que se intercomunicam por sob a pele) e o acne queloideano (deixa cicatrizes queloideanas após o desaparecimento da inflamação).

O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios:

Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas).

Acne

Acne Grau II: cravos e "espinhas" pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).

Acne

Acne Grau III: cravos, "espinhas" pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).

Acne

Acne Grau IV: cravos, "espinhas" pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante.

Acne

Tratamento

Sendo doença de duração prolongada e algumas vezes desfigurante, a acne deve ser tratada desde o começo, de modo a evitar as suas sequelas, que podem ser cicatrizes na pele ou distúrbios emocionais, devido à importante alteração na auto-estima de jovens acometidos pela acne.

O tratamento pode ser feito com medicações de uso local, visando a desobstrução dos folículos e o controle da proliferação bacteriana e da oleosidade. Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal com medicações anti-androgênicas.

A limpeza de pele, que pode ser realizada por esteticistas devidamente capacitadas, tem ação importante para o esvaziamento de lesões não inflamatórias (cravos), evitando a sua transformação em espinhas.

Apesar de não ter participação na causa da doença, a dieta pode ter influência no curso da acne em algumas pessoas. Alimentos como chocolate, gorduras animais, amendoim e o leite e seus derivados devem ser evitados pelos pacientes que apresentem acne e percebam agravação dos sintomas após a ingestão dos mesmos.

O ladoemocional dos pacientes não deve ser menosprezado. A desfiguração causada pela acne mexe com a auto-estima do adolescente, que passa a evitar o contato social com vergonha de suas lesões e das brincadeiras dos colegas. Quando necessário, deve ser fornecido suporte psicológico.

Acne

O tratamento da acne deve ser orientado por um médico , que é o profissional capacitado para indicar os medicamentos ideais para cada caso.

Não use remédios indicados por pessoas leigas ou que tenham um quadro semelhante ao seu.

Eles podem não ser apropriados ao seu tipo de pele.

A duração do tratamento é longa, geralmente nunca é menor do que seis meses, portanto, paciência. Esclareça suas dúvidas com o medico que o acompanha, ele sempre poderá ajudá-lo.

É importante saber que algumas pessoas apresentam melhoras com certos medicamentos e outras não. Por isso, pode ser que seu médico precise trocar a sua medicação caso o tratamento inicial não esteja surtindo efeito para o controle da doença.

Acne na mulher adulta

Acne

A acne além de acometer um grande percentual dos adolecentes, pode atingir também mulheres na idade adulta.

A doença pode surgir nesta fase da vida ou ser resultado da persistência da acne juvenil. Pode surgir em decorrência de alterações hormonais devidas a disfunções ovarianas (a mais frequente é a sindrome dos varios micropolicístico), alterações das glândulas supra-renais ou um aumento da sensibilidade da pele aos hormônios androgênicos (masculinos), responsáveis pelas manifestações da doença. Apesar da acne da mulher adulta estar relacionada ao aumento da ação dos androgênios, muitas vezes os exames laboratoriais estão dentro de níveis normais, caracterizando, então, uma maior sensibilidade da pele a estes hormônios.

Manifestações Clinicas

Clinicamente, as lesões costumam ser mais profundas, formando pequenos nódulos avermelhados e doloridos, com menor presença de pústulas (lesões com pus).

As áreas mais atingidas são o queixo, mandíbulas e pescoço. Estão presentes também cravos abertos (pretos) e fechados (branco). Outras característica que podem estar acompanhando a acne da mulher adulta, devido à ação dos androgênios, são o aumento da seborréia, aumento de pêlos e alopécia androgênica (queda de cabelos). Em alguns casos pode ocorrer também irregularidade mestrual.

Tratamento

Confirmada a influência hormonal na causa da doença, o tratamento pode ser feito com determinados tipos de contraceptivos orais, principalmente aqueles que contenham um componente que atue contra o hormônio masculino (anti-andrógeno) ou bloqueadores dos receptores hormonais, que impedem a ação do hormônio sobre a pele.

Fonte: drcaiojr.site.med.br

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Acne

ACNE: UM TRATAMENTO PARA CADA PACIENTE

I N T R O D U Ç Ã O

acne vulgar é uma enfermidade inflamatória da unidade pilossebácea da pele, caracterizada inicialmente pela presença de um cômedo, comedão ou “cravo”.

Essa estrutura ocorre pela obstrução do orifício de saída da unidade pilossebácea, com acúmulo de secreções, restos celulares e algumas vezes um ácaro: o demodex foliculorum.

A acne ocorre mais freqüentemente em jovens e adolescentes, sendo possível caracterizá-la como fisiológica em muitos casos pela freqüência com que ocorre nessa faixa etária1. Estes dois dados - inflamação com origem comedoniana e faixa etária jovem - envolvem as principais características clínicas da acne.

Estima-se que 80% da população sofre de algum tipo de acne durante a vida1. A acne é, freqüentemente, uma manifestação temporária da puberdade, correlacionando-se mais com a idade puberal do que com a idade cronológica. Entretanto pode acompanhar o indivíduo até os 30 anos de idade, especialmente no sexo feminino. O comprometimento severo é mais comum no sexo masculino2.

Vários são os fatores que influenciam a gravidade do quadro e o seu surgimento. Porém a elevação da carga hormonal com as modificações características da pele são os principais responsáveis.

É possível que a acne possua componente genético na conformação do folículo, facilitando a obstrução3.

A severidade das lesões é variada, desde cômedos isolados até nódulos dolorosos e cicatrizes deformantes, o que justifica a procura dos pacientes e a preocupação do médico.

Fisiopatologia

Quatro são os principais pilares da patogênese da acne: a comedogênese (formação do cômedo), a produção de sebo, a colonização bacteriana pelo Propionibacterium acnes (P. Acnes) e o processo inflamatório (Figura 1).

Os dois primeiros são diretamente favorecidos pela mudança dos padrões estruturais da glândula por estímulo hormonal, que geralmente ocorre na adolescência e em distúrbios hiperandrogênicos.

As glândulas pilossebáceas sofrem uma modificação fundamental para o processo de formação da acne. Há uma hipertrofia de toda a glândula decorrente da ação androgênica sobre sua estrutura, não necessariamente levando à formação de acne, mas criando condições para a formação do cômedo.

Uma hiperproliferação no infundíbulo da glândula (porção epidérmica) forma uma “rolha” e oclui o óstio ductal, impedindo a drenagem do sebo normalmente produzido pela glândula e favorecendo a comedogênese.

Acne
Figura 1. Patogênese da acne - anatomia do folículo

Além da barreira mecânica produzida pelo cômedo, existe também uma hiperestimulação androgênica para a produção da secreção sebácea.

A produção de sebo retida pelo cômedo oclusivo propicia a colonização principalmente bacteriana pelo P. acnes e a instalação do processo inflamatório e infeccioso em toda a glândula.

Os pacientes com acne têm glândulas sebáceas maiores e produzem mais sebo que indivíduos sem acne, que praticamente não têm o P. acnes na flora cutânea4.

Manifestações clínicas

diagnóstico da acne é clínico e se estabelece por uma mescla de lesões localizadas principalmente na face, no dorso e no tórax. As lesões devem ser caracterizadas pela presença do cômedo, que pode ser fechado, com aspecto esbranquiçado, geralmente medindo de 1 a 2mm; ou aberto, de cor enegrecida devido à oxidação das gorduras e aumento da deposição de melanina por atividade dos melanócitos

Pápulas eritematosas e sólidas com até 1cm de diâmetro podem ocorrer ao redor dos cômedos, o que indica atividade inflamatória da doença, podendo evoluir com a formação de pústulas circunscritas de até 1cm de diâmetro (Figura 2).

Cistos, nódulos e abscessos correspondem a uma fase avançada da acne, tendo tamanhos variados. Esses freqüentemente drenam secreção purulenta e deixam cicatrizes, que podem ser uma conseqüência natural das lesões inflamatórias, ou o resultado da manipulação das lesões pela destruição das células germinativas localizadas na região mediana do folículo.

Além do período da adolescência, a acne pode ocorrer também em outras fases da vida. A ação dos andrógenos maternos nas primeiras seis semanas de vida é responsável pela acne neonatal4.

acne infantil é mais comum em meninos e se inicia entre o terceiro e sexto mês de vida, pelas secreções precoces de andrógenos gonadais.

acne do adulto é mais freqüente em mulheres (acne da mulher madura), sendo uma continuação da acne da adolescência ou tendo início na idade adulta.

Na acne da mulher madura o quadro se exacerba com o ciclo menstrual e pode estar associado a outros sinais de hiperandrogenismo, como seborréia, acne, hirsutismo e alopecia.

Outras variantes incluem a acne escoriada, fundamentalmente de origem neurótica ou psicótica; a acne estival ou do verão, que ocorre após a exposição solar, e a acne cosmética, decorrente do uso de produtos tópicos oclusivos5.

Classificação clínica

acne vulgar pode ser dividida em inflamatória e não-inflamatória, conforme as lesões predominantes, podendo ser graduada de I a V conforme a gravidade do quadro.4.

A acne grau I, não inflamatória ou comedoniana, apresenta predomínio de cômedos (Figura 2).

A acne inflamatória é responsável pelos graus II, III, IV e V.

Na acne grau II há predomínio de lesões pápulo-pustulosas além dos cômedos.

Na acne grau III nódulos e cistos podem ser observados (Figura 3).

A acne grau IV ou conglobata é uma forma severa da doença com múltiplos nódulos inflamatórios, formação de abscessos e fístulas (Figura 3).

Uma forma rara e grave, de instalação abrupta, acompanhada de manifestações sistêmicas (febre, leucocitose e artralgia), é a acne fulminante ou grau V.

Acne
Figura 2. Acne grau I, aspecto clínico do cômedo, comedão ou cravo e pápulas

Um aspecto a ser considerado na dimensão da severidade da acne é o grau de sofrimento psicossocial do paciente1. O período da adolescência é conturbado pelas diversas modificações corporais e psicológicas. Muitas vezes o aparecimento da acne favorece quadros de depressão e fobia social.

Acne
Figura 3. Acne grau III – cistos, abscessos e fístulas

Geralmente, o diagnóstico de acne vulgar não é difícil, o quadro clínico é bastante típico, com lesões e sintomas locais característicos e ausência de manifestações sistêmicas.

Os principais diagnósticos diferenciais envolvem: foliculites, rosácea, dermatite perioral, erupções acneiformes e tumores benignos como: hiperplasia sebácea, siringoma e esclerose tuberosa.

Bases do tratamento

tratamento da acne pode ser tópico, sistêmico e até cirúrgico, quando predominam as cicatrizes, os cômedos e cistos. A escolha depende do grau de acometimento da pele, da tolerância e, no nosso meio, do poder aquisitivo dos pacientes (Quadro 1). Muitas vezes as três modalidades podem ser usadas simultaneamente para o controle mais rápido das lesões. Nas meninas, o plano de gestação deve ser considerado.

Alguns cuidados do dia-a-dia podem auxiliar o tratamento da acne. A lavagem das áreas afetadas várias vezes ao dia tem pouco efeito, excetuando--se a melhoria do aspecto da face oleosa. Qualquer sabonete de boa qualidade pode ser utilizado.

Sabonetes antibacterianos não são particularmente benéficos, os abrasivos podem esfoliar a pele, mas também podem irritá-la e diminuir a aderência ao tratamento.

As compressas de água quente ajudam a amolecer os cômedos, tornando a sua remoção mais fácil5. O uso de produtos pouco oleosos com base alcoólica ou em gel são indicados, enquanto cremes, loções e cosméticos oleosos devem ser evitados. Apesar de muitos pacientes referirem piora das lesões com a ingesta de determinados alimentos, atualmente não há estudos que comprovem tal relação6.

Tratamento tópico

O tratamento tópico tem papel importante em todos os pacientes com acne e pode ser usado isoladamente nas formas leves a moderadas.

Os produtos prescritos mais freqüentemente são os antibióticos em associação a outros agentes como peróxido de benzoíla, ácido retinóico, ácido salicílico, nicotinamida e ácido azelaico7.

Peróxido de benzoíla

O peróxido de benzoíla tem atividade antibacteriana e ceratolítica e é a primeira linha de tratamento para acne leve a moderada.

A combinação de peróxido de benzoíla com antibióticos tópicos (eritromicina ou clindamicina) ou retinóides tópicos é mais efetiva que a monoterapia8,9. O peróxido de benzoíla possui efeito antinflamatório e comedolítico menor que os retinóides tópicos.

Os microorganismos da flora residente não desenvolvem resistência ao peróxido de benzoíla10.

Quadro 1. Alguns medicamentos tópicos e sistêmicos disponíveis no mercado e seus preços médios

Acne

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Nota: Extraído da Revista ABCFARMA, órgão oficial da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico. Ano 1, número 1, junho de 2004. Baseado no preço
máximo por 10g ou 10mL dos produtos nos estados com ICMS de 17% (Rio de Janeiro tem alíquota de 19% e São Paulo, Minas Gerais e Paraná têm alíquota
de 18%)

Uma redução de 90% dos microorganismos e de 40% dos ácidos graxos livres é observada após poucos dias de uso de peróxido de benzoíla.

O peróxido de benzoíla deve ser aplicado, uma vez ao dia, em toda a pele da face e não só nas lesões visíveis. As concentrações disponíveis variam desde 1% até 10% e podem ser usadas na gestação1,11. A supressão do P. acnes é similar com as concentrações de 2,5%, 5,0% ou 10,0%, o que determina a opção pelas baixas concentrações que são menos irritantes10. Os efeitos adversos mais comuns são pele seca, eritema e descamação.

Os pacientes devem ser advertidos que o peróxido de benzoíla pode manchar roupas e tecidos.

Retinóides tópicos

Os retinóides são os agentes comedolíticos mais efetivos para o tratamento da acne10. Esses agentes atuam na comedogênese, normalizando a descamação do epitélio folicular, prevenindo a formação de novos microcômedos e reduzindo os cômedos preexistentes em até 60%12,13. Devido a seu efeito comedolítico, permitem a penetração no folículo de outras substâncias com atividade antibacteriana. Os retinóides tópicos demonstram atividade sobre a acne inflamatória pelos efeitos imunomoduladores diretos e pela reversão do microcômedo14. Os retinóides não têm efeito antibacteriano.

A tretinoína foi o principal retinóide tópico durante décadas. Contudo o seu uso é limitado pela ocorrência de irritação logo após o início da terapia15.

Novos retinóides, como a isotretinoína, e o adapaleno, são mais toleráveis e podem ser associados aos antimicrobianos desde o início da terapia para a acne inflamatória10.

Todos os retinóides podem causar eritema, descamação e sensibilidade na pele com o uso excessivo.

O uso da tretinoína (ácido retinóico) deve iniciar com concentrações baixas (0,010% a 0,025%) e gradativamente aumentar para concentrações maiores (até 0,100%) dependendo da resposta clínica. Os pacientes devem ser advertidos da fotossensibilidade associada ao uso de retinóides, sendo necessário o uso de filtro solar e proteção adicional durante o uso desses produtos.

O adapaleno tem uma efetividade semelhante à tretinoína na redução dos comedões e tem menos efeito irritativo que a tretinoína, mas um pico de ação mais rápido e menor irritação da pele14,16,17.

Antibióticos tópicos

Os antibióticos tópicos propiciam, de forma geral, um efeito bacteriostático sobre o P. acnes10. A eritromicina (2% a 4%) e a clindamicina (1%) são os mais utilizados topicamente e estão disponíveis em soluções, loções e géis, bem como em associação com peróxido de benzoíla e isotretinoína.10 O P. acnes é geralmente mais resistente à eritromicina do que à clindamicina.

As combinações de eritromicina ou clindamicina com peróxido de benzoíla têm demonstrado um efeito aditivo comparado com a administração desses agentes como monoterapia, prevenindo o aparecimento de resistência bacteriana aos antibióticos tópicos1,18. A clindamicina não deve ser usada durante a gestação, enquanto a eritromicina pode ser usada nesse período.

Os antibióticos tópicos podem ser usados na acne inflamatória, principalmente nas formas moderadas ou localizadas. Os antibióticos tópicos são menos efetivos do que os orais e do que o próprio peróxido de benzoíla9. A ação combinada dos retinóides e antibióticos tópicos, particularmente eritromicina e clindamicina, leva a uma maior redução dos cômedos e das lesões inflamatórias19.

A clindamicina reduz os efeitos irritantes da tretinoína13.

Outros produtos tópicos

O ácido salicílico é um ceratolítico e ajuda a reduzir os cômedos. É usado em loções e sabonetes, geralmente em associação com outras terapias.

Contudo pode ser irritante causando eritema e descamação14,15.

O ácido azelaico tem efeito clareador nas hiperpigmentações residuais em concentrações de 15% a 20%, e tem eficácia comparável a alguns antibióticos (com ação contra Streptococcus epidermidis e P. acnes); está indicado para acne comedoniana e nas formas leves pápulo-pustulosas e pode ser usado na gestação.

Uma outra opção para o período da gestação é a nicotinamida tópica, um produto com leve ação antinflamatória.

Tratamento sistêmico

O tratamento sistêmico deve ser considerado nas formas inflamatórias da acne e nas de difícil controle. Podem ser usados antibióticos, antiandrógenos e retinóides sistêmicos.

Antibioticoterapia

Os antibióticos atuam na supressão do P. acnes, na redução da inflamação e dos ácidos graxos livres. São utilizados no tratamento da acne inflamatória
moderada e grave, pápulo-pustulosa e conglobata. Atualmente são utilizados principalmente as tetraciclinas e os macrolídeos.

Tetraciclinas

A primeira geração de tetraciclinas (clortetraciclina, oxitetraciclina, hidrocloreto de tetraciclina e dimetil-clortetraciclina) foi introduzida em 1951, sendo largamente utilizada no tratamento da acne.

As tetraciclinas de segunda geração (doxiciclina, limeciclina e minociclina) são substâncias semi--sintéticas, com meia-vida mais longa, melhor atividade antibacteriana e menor toxicidade.

As tetraciclinas exercem um efeito bacteriostático por inibição da síntese de proteínas bacterianas. Sua absorção no tubo digestivo é sempre incompleta e diminui mais na presença de substâncias alcalinas e quelantes, em especial o leite e os sais de alumínio, cálcio, magnésio e ferro.

Os efeitos colaterais relacionados às tetraciclinas incluem sensibilidade da pele ao sol (fototoxicidade), distúrbios gastrintestinais, alteração da função renal e crescimento excessivo de organismos não susceptíveis, especialmente a Candida albicans (facilitando o desenvolvimento de vulvovaginite e queilite). O uso de tetraciclinas associado com retinóides orais pode levar à ocorrência de hipertensão intracraniana benigna ou pseudotumor cerebral (cefaléia, perda da concentração e papiledema). A minociclina pode causar pigmentação da pele e membranas mucosas, bem como tonturas, vertigem e ataxia.

As contra-indicações ao uso das tetraciclinas incluem: antecedentes de hipersensibilidade, insuficiência renal ou hepática e gestação. Não deve ser usada em crianças menores de oito anos pelo risco de provocar retardo da maturação óssea, hiperplasia do esmalte dental e descoloração dos dentes.

A terapia deve ser iniciada com um grama ao dia, dividido em quatro tomadas, até a melhora evidente das lesões. A dose pode então ser diminuída a um nível de manutenção (250-200mg/dia) até a melhora da acne20.

Eritromicina

Os macrolídeos possuem ação antibacteriana e antiinflamatória. A eritromicina está indicada no tratamento da acne inflamatória leve e moderada.

Tem como efeitos colaterais relativamente comuns os distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarréia), outros mais raros incluem toxicidade hepática, ototoxicidade e pancreatite. Todos os sintomas desaparecem rapidamente com a suspensão da administração da droga. É utilizada na dose de 1mg por dia20.

A azitromicina também pode ser usada, pela sua afinidade com o tecido inflamatório e atividade contra várias espécies anaeróbias, incluindo o P. acnes. Diferente de outros antibióticos sistêmicos, a azitromicina possui uma farmacocinética que a torna capaz de mover-se rapidamente do sangue para os tecidos, e permanecer por períodos prolongados em uma concentração inibitória para a maioria dos agentes patogênicos. Possui poucos efeitos adversos gastrintestinais em relação a outros macrolídeos. É utilizada na dose de 500mg ao dia durante três dias com intervalo de sete dias, em até três ciclos1.

Tratamento hormonal

Algumas mulheres não respondem à terapia convencional devido ao excesso de hormônios Nesses casos pode ocorrer a associação da acne com hirsutismo, oleosidade da pele (seborréia) e alopecia.

Uma boa resposta clínica pode ser obtida com bloqueadores de receptores de androgênios, antiandrogênicos e inibidores da produção de androgênios adrenais ou ovarianos.

Antiandrogênicos

Essas substâncias podem ter estrutura esteróide como o acetato de ciproterona e a espironolactona, ou não esteroidal como a flutamida.

Essas drogas inibem a ação dos androgênios em seus tecidos dependentes, como a próstata, vesículas seminais e principalmente os ductos sebáceos. A duração do tratamento varia de acordo com as necessidades individuais e às vezes prolonga-se por anos.

Acetato de ciproterona

O acetato de ciproterona é um derivado da 17-a-hidroxiprogesterona, e é ao mesmo tempo progestágeno e antiandrogênico, o que lhe confere um mecanismo de ação central e outro periférico.

Como progestágeno potente, inibe a síntese e a secreção do hormônio luteinizante e, conseqüentemente, a produção dos androgênios ovarianos. A atividade antiandrogênica está na inibição da síntese da 5-alfa-redutase, que reduz a transformação da testosterona em dihidro-testosterona, sua forma mais ativa na pele e folículos pilosos. É usado comumente na dosagem de 2mg, associado a 35µg de etinilestradiol.

Essa combinação com o estrogênio aumenta sua eficácia e o transforma em um anovulatório, anticoncepcional. Os resultados apresentam-se como uma redução da oleosidade em cerca de 25%-35%, diminuição na formação de comedões e redução no desenvolvimento de lesões inflamatórias.

Os efeitos colaterais mais comuns incluem:

Náuseas e vômitos

Mastalgia

Fadiga

Retenção hídrica

Edemas de membros inferiores

Cefaléia melasma.

Trombose coronária e periférica, embora rara, é a complicação mais séria1.

Espironolactona

A espironolactona é um diurético antagonista da aldosterona que possui várias ações antiandrogênicas.

Compete pelo receptor androgênico na unidade pilossebácea, inibe a ação da enzima 5-alfa-redutase e bloqueia a síntese dos androgênios.

Os efeitos colaterais são similares ao acetato de ciproterona.

Contraceptivos orais

Os contraceptivos orais contêm dois agentes, um estrogênio (geralmente etinilestradiol) e um progestágeno. Têm sido utilizados para tratar os sintomas androgênicos devido à sua habilidade de suprimir a secreção de gonadotrofinas e androgênios ovarianos ou adrenais, estimular a síntese hepática da globulina de ligação aos hormônios sexuais (SHBG), resultando na diminuição da fração de testosterona livre, além de inibir a enzima 5-alfa--redutase, responsável pela conversão de testosterona em dihidro-testosterona1.

Efeitos colaterais comuns ao uso de contraceptivos orais incluem náuseas, vômitos, aumento de peso e sangramentos irregulares.

Uma nova opção no tratamento da acne é a utilização de um contraceptivo combinado de baixa dose, contendo etinilestradiol e drosperinona, um progestágeno análogo da espironolactona. A drosperinona possui além de efeitos antiandrogênicos, ação anti-mineralocorticóide, que reduz a retenção hídrica do paciente.

Retinóides sistêmicos

A isotretinoína é um metabólito da vitamina A indicado para acne grave, nodular e inflamatória, ou quando outros tratamentos falham. Ocasionalmente é usada nos casos com cicatrizes deformantes, com estresse psicológico significativo ou com recaídas freqüentes após a parada da terapia convencional1.

Um dos seus principais mecanismos de ação dosedependente é a atrofia das glândulas sebáceas com conseqüente redução da produção de sebo.

Também atua na normalização da descamação folicular, tem ação antinflamatória e reduz a população de P. acnes devido à redução do sebo.

A isotretinoína evita a formação de novos cômedos e reduz os diâmetros dos poros faciais em um terço a um quinto do tamanho inicial1. É um medicamento de rápida absorção após administração oral, especialmente se ingerido com alimentos gordurosos.

Sua metabolização é por via hepática. Sua toxicidade está relacionada ao excesso de vitamina

A e inclui fadiga, fraqueza, letargia, pele seca, queda de cabelo e cefaléia. Os retinóides são embriotóxicos e teratogênicos quando administrados sistemicamente na gravidez1. É preciso excluir a gravidez antes da utilização da medicação e utilizar um método contraceptivo eficaz durante o uso e até três meses após a parada da medicação.

Os efeitos adversos mais comuns manifestam-se na pele e mucosas sendo a maioria decorrente da diminuição da produção de sebo: xerose, rachadura dos lábios ou queilite.

Ressecamento das membranas mucosas (boca, lábios, nasal, retal, uretral e vaginal), e aumento da fragilidade cutânea são também bastante comuns.

Esses sintomas podem ser tratados com uma hidratação adequada com do uso de lubrificantes e emolientes.

A dose empregada varia de 0,1 a 2,0mg/kg/dia por 15 a 20 semanas. Várias estratégias de tratamento podem ser traçadas com doses de 0,5mg/kg/dia nos casos moderadamente graves, ou doses altas com respostas rápidas e baixas taxas de recorrência, mas com inevitáveis efeitos adversos1. Durante o tratamento é preciso acompanhar o hemograma, a função hepática e renal, e os lipídios plasmáticos, além disso, o ß-HCG deve ser solicitado em mulheres em idade fértil, mesmo que em anticoncepção.

A anormalidade laboratorial mais significativa em pacientes com uso de retinóides é a elevação dos níveis de triglicerídeos plasmáticos. Pode ocorrer também um aumento moderado do HDL e do colesterol total. Certa toxicidade hepática pode ocorrer em aproximadamente 15% dos pacientes, e constitui-se na elevação da atividade das enzimas hepáticas1. Todos estes efeitos são reversíveis com a parada da medicação.

C O N C L U S Ã O

A grande prevalência da acne traz a necessidade de outros especialistas, além do dermatologista, conhecerem a fisiopatologia e as opções atuais de tratamento.

Diversos tratamentos tópicos e sistêmicos estão disponíveis e cada paciente se adapta a um tipo de tratamento. É preciso avaliar o custo e o benefício das drogas e as melhores indicações conforme o aspecto clínico das lesões.

Fabiane Mulinari Brennner

Fernanda Manfron Batista Rosas

Guilherme Augusto Gadens

Martha Lenardt Sulzbachi

Victor Gomide Carvalho

Vivian Tamashiro

R E F E R Ê N C I A S

1. Plewig G, Kligman AM. Acne and Rosácea. Berlin: Springer-Verlag; 2000.
2. Rivitti EA, Sampaio SAP. Dermatología. 2a. ed. São Paulo: Artes Médicas; 2000.
3. Strauss JS. Glândulas sebáceas. In: Fitzpatrick TB, Eisen
AZ, Wolff K, et al. Dermatologia em medicina general. Buenos Aires: Panamericana; 1997. p.745-62.
4. FreedBerg IM, Eisen AZ, Wolf K, Austein KF, Goldsmith LA, Katz SL. Fitzpatrick’s dermatology in general medicine. 5th ed. New York: McGraw-Hill; 1999.
5. Sá CMD. Acne: tratamento atualizado. São Paulo:EPUB; 2002.
6. Rasmussen JE. Diet and acne. Semin Dermatol. 1982; 6:766.
7. Leyden JJ. A review of the use of combination therapies for the treatment of acnes vulgaris. J Am Acad Dermatol. 2003; 49:S200-10.
8. Eady EA, Bojar RA, Jones CE, Cove JH, Holland KT, Cunliffe WJ. The effects of acne treatment with a combination of bezoyl peroxide and erythromycin on
skin carriage of erythromycin-resistant propionibacteria. Br J Dermatol. 1996; 134(1): 107-13.
9. Berson DS, Shalita AR. The treatment of acne: the role of combination therapies. J Am Acad Dermatol.1995; 32(5 Pt 3):531-41.
10. Thibout D. Acne. Semin Dermatol. 2002; 47:109-17.
11 Sykes NL, Webster GF. Acne. A review of optimum treatment. Drugs. 1994; 48(1):59-70.
12 Bergfeld WF. The evolving role of retinoids in the management of cutaneous conditions. Clinician. 1998; 16:1-32.
13 Chalker DK, Shalita A, Smith JG Jr, Swann RW. A double-blind study of the effectiveness of a 3% erythromycin and 5% benzoyl peroxide combination
on the treatment of acne vulgaris. J Am Acad Dermatol. 1983; 9(6):933-6. 
14 Weiss JS. Current options for the topical treatment of acne vulgaris. Pediatr Dermatol. 1997; 14(6):480-8.
15 Webster GF. Topical tretinoin in topical therapy. J Am Acad Dermatol. 1998; 39(2 Pt 3):S38-44.
16 Verschoore M, Poncet M, Czernielewski J, Sorba V, Clucas A. Adapalene 0,1% gel has low skin-irritation potencial. J Am Dermatol. 1997; 36(6 Pt 2):S104-9.
17 Cunliffe WJ, Poncet M, Loesche C, Verschoore M. A comparison of the efficacy and tolerability of adapaleno 0,1% gel versus tretinoin 0,025% gel in
pacients with acne vulgaris: a meta-anlysis of five randomized trials. Br J Dermatol. 1998; 139(Suppl 52):48-56.
18 Wolf JE Jr, Kaplan D, Kraus SJ, Loven KH, Rist T, Swinyer LJ, et al. Eicacy and tolerability of combined topical treatment of acne vulgaris with adapaleno and clindamycin: a multicenter randomized study, investigator-blinded study. J Am Acad Dermatol. 2003; 49(3 Suppl):S211-7.
19 Kligman AM. The growing importance of topical retinoids in clinical dermatology: a retrospective and prospective analysis. J Am Acad Dermatol. 1998; 39(2
Pt 3):S2-7.
20 Kenneth AA. Manual of dermatologic therapeutic. 5th ed. Boston: Spiral; 1995. p.9.

Fonte: www.puc-campinas.edu.br

O que é Acne?

É a inflamação das glândulas sebáceas e dos folículos onde nascem os pêlos devido à presença de bactérias e grande quantidade de gordura

O uso da isotretinoína

O medicamento diminui a produção de sebo pelas glândulas sebáceas e evita que a gordura feche a abertura do folículo onde nasce o pêlo

Tipos de acne

Cravo branco

Acne

Bolha de gordura presa ao interior do folículo, dentro da pele. Não são eliminados facilmente e podem inflamar

Cravo preto

Acne

O mesmo que o primeiro, só que foi empurrado para fora da pele. Raramente inflama

Pápulas

Acne

Elevações sólidas da pele, avermelhadas e doloridas, causadas por uma reação inflamatória sem pus

Pústulas ou espinhas

Acne

Surgem quando crescem bactérias nas pápulas. Formadas pela inflamação com pus na superfície da pele

Cisto ou espinha interna

Acne

Inflamação com pus nas camadas mais profundas da pele. Não é eliminado espontaneamente

A formação da acne e a ação do medicamento

Acne

Os folículos poli-sebáceos são formados por um pêlo e uma glândula sebácea, que produz sebo

Acne

O processo da acne começa com um acúmulo de queratira que fecha o poro impedindo a saída do sebo

Acne

O acúmulo de sebo dá início a um processo inflamatório, agravado pelo desenvolvimento de bactérias

Acne

A isotretinoína entra na corrente sangüínea e age na pele, amolecendo a queratina que envolve a acne

Acne

Essa ação muda o ritmo de produção de sebo, que é expelido pela inflamação. A impressão é que ocorreu uma piora no quadro

Acne

A bactéria não se reproduz reduzindo ou eliminando a acne

As reações do organismo ao remédio

Ressecamento dos lábios e das mucosas da boca, nariz e dos olhos 
Queda de cabelo Sangramento nasal (devido ao ressecamento da mucosa Dores musculares e nas articulações Dor de cabeça Aumento do colesterol e triglicerídeos e alterações das enzimas hepáticas

Cuidados Antes do tratamento

Teste de gravidez em mulheres, pois o medicamento causa má-formação do feto Exames de sangue para medir os números de glóbulos brancos e vermelhos e os níveis de colesterol e triglicérides

Durante o tratamento

Mulheres devem evitar gravidez. Essa precaução deve ser seguida até dois meses do fim da terapia Pacientes precisam de acompanhamento médico A pele fica mais sensível ao sol. Use protetor e chapéu Não tome antibióticos do tipo tetraciclina ou seus derivados devido à possibilidade de surgirem efeitos colaterais resultantes da interação entre os medicamentos

Duração da terapia

De seis a oito meses. No primeiro mês, a pele apresenta sinas de piora, mas o tratamento não deve ser interrompido

Fonte: www.santalucia.com.br

Acne

 

Tratamentos da Acne

Existem vários tipos de tratamento que podem controlar e até curar a acne.

Como essas lesões afetam a pele (seu “cartão de visita” na sociedade), causando até mesmo alterações psicológicas (alguns dolescentes têm vergonha e se acham feios por ter acne), é importante prevenir e tratar de forma correta a acne, evitando cicatrizes e marcas permanentes. Muitas pessoas consideram a acne como um estágio natural da adolescência, que desaparece sozinho. Mas existem formas de minimizar e até solucionar este problema.

O uso de produtos cosméticos inadequados (cremes nutritivos e algumas maquiagens) ou fórmulas “caseiras” na maioria das vezes não resolvem, podendo até provocar mais problemas.

Para um tratamento correto, é fundamental combinar ingredientes eficazes no combate e prevenção com outros que protegem a pele, evitando o ressecamento e a irritação.

Já que cada pessoa apresenta um tipo de pele e sensibilidade diferentes, cabe ao Dermatologista determinar os produtos mais apropriados para você e a correta forma de utilizá-los.

TRATAMENTOS TÓPICOS

Peróxido de Benzoíla

O Peróxido de Benzoíla é um agente oxidante, com as seguintes propriedades:

Queratolítica

O peróxido de benzoíla causa descamação das camadas superficiais da pele.

Comedolítica

O peróxido de benzoíla penetra no folículo pilossebáceo, auxiliando a dissolver o sebo dos microcomedões e comedões, prevenindo sua formação.

Antibacteriana

Contém em sua formulação um oxigênio de radical livre. Este oxigênio interfere no crescimento e reprodução da bactéria anaeróbica, o Propionibacterium acnes.

As bactérias anaeróbicas (como o P. Acnes) crescem e se reproduzem somente na ausência do oxigênio. Quando o número de P. acnes é reduzido, a concentração da lipase (enzima proveniente da gordura) também diminui. Com a redução desta enzima, a quantidade de ácidos graxos livres é menor e consequentemente se reduz a irritação ao redor das lesões da acne. O Peróxido de Benzoíla possui ampla gama de usos na terapia da acne, pode ser indicado para acne comedonal, papular e pustular. Normalmente é utilizado como monoterapia ou combinado com retinóides, antibióticos e absorventes de oleosidade.

As melhores apresentações são as de base gel aquoso, pois facilitam a adesão do paciente ao tratamento (por irritarem menos e serem cosmeticamente mais aceitas).

Ácido Retinóico e derivados

A Vitamina A foi descoberta em 1.913 quando cientistas suspeitaram de sua relação com manutenção dos epitélios e crescimento. Posteriormente foi confirmado que ela também era essencial para a visão. Em 1.930 foi possível identificar a estrutura química do retino, que é o composto básico do grupo da vitamina A.

O retinol é um álcool, que ao sofrer modificações químicas pode dar origem a uma série de outros compostos, como palmitato de retinol (que é um aldeído), tretinoína (ou ÁCIDO RETINÓICO) e vários outros. A estrutura básica da molécula, no entanto, não se altera, mantendo as características básicas da vitamina A.

O ácido retinóico (ou RETINÓIDE) é uma das drogas mais eficazes no tratamento da acne. Seu uso está indicado em todas as formas clínicas, seja como terapêutica única ou como associação.

A eficácia apresentada pelo ácido retinóico é explicada por algumas de suas características, como:

Facilita a eliminação dos comedões (cravos) e evita a formação de outros;

Proporciona a resolução das pápulas existentes

Mantém o estado de melhora.

O ácido retinóico faz com que os queratinócitos no poro percam a coesão e soltem-sem uns dos outros à medida que atingem a camada córnea. Como as células ficam mais soltas, não ocorre hiperqueratose e não há obstrução do poro. Assim, não se formam microcomedões e a acne não consegue progredir.

Além de ter ação comedolítica, o ácido retinóico também facilita a eliminação dos comedões preexistentes, porque aumenta a velocidade de proliferação celular da camada basal. A proliferação destas novas células, mais frouxas, empurra o comedão preexistente em direção ao poro, facilitando sua expulsão. Isto ocorre tanto para comedões abertos como para os fechados.

A resolução de pápulas e pústulas preexistentes é conseguida através do aumento da reação inflamatória que ocorre no local. Aumentando o fuxo sangüíneo nas áreas onde é aplicado, o ácido retinóico aumenta o aporte de glóbulos brancos (leucócitos) para o local. Estes atuam sobre o processo inflamatório, acelerando a resolução das pápulas e pústulas.

O efeito da tretinoína no folículo obstruído pelo microcomedão afrouxa a ligação entre as células da parede do folículo, permitindo que haja uma difusão, um vazamento de substâncias tóxicas (ácidos graxos livres e outras) de dentro do canal folicular para a derme. Isto causa uma irritação na derme que desencadeia uma reação inflamatória ao redor do folículo pilossebáceo. Esta reação inflamatória acaba por eliminar o microcomedão, o P. acnes e todas as condições que favoreciam o desenvolvimento da acne.

Muitas vezes essa reação, que é normal e desejada, é interpretada como uma piora do quadro inicial da acne. Isto não é correto pois esta reação inflamatória é transitória e está, na verdade, prevenindo o aparecimento de novas lesões e mantendo o estado de melhora. Esta " piora" que se observa cerca de 1 a 3 semanas após o início do tratamento com tretinoína recebe o nome de "efeito retinóide". Todas essas reações da tretinoína se dão em nível celular. O efeito inicial, no entanto, se em nível molecular.

A partir do ácido retinóico, outras moléculas foram pesquisadas e desenvolvidas, a fim de diminuir a irritabilidade e aumentar a eficácia do produto.

O ADAPALENO é um retinóide de última geração, criado a partir da molécula da tretinoína. Os pesquisadores foram acrescentando / retirando grupos de átomos que conferiram molécula maior estabilidade química. Assim, o ADAPALENO é MAIS SELETIVO, o que se traduz em MAIOR EFICÁCIA CLÍNICA e MENORES EFEITOS COLATERAIS.

TRATAMENTOS ORAIS

Antibióticos

Os antibióticos são utilizados no tratamento da acne há mais de 30 anos.

Apesar de NÃO SER UMA DOENÇA INFECCIOSA, a acne pode ser tratada com antibióticos porque:

Agem diretamente no P. acnes (redução de 90%)

Possuem provável ação na lipase (redução de 50% dos ácidos graxos)

Oossuem efeito imunomodulador, diminuindo a resposta inflamatória do organismo.

A escolha entre um antibiótico tópico e sistêmico depende da GRAVIDADE e do NÚMERO de LESÕES INFLAMATÓRIAS da acne. O grande desafio do antibiótico é sua PENETRAÇÃO NO FOLÍCULO PILOSSEBÁCEO para que exerça a sua atividade.

As TETRACICLINAS são muito utilizadas pelo dermatologista no tratamento da acne inflamatória. A LIMECICLINA, uma tetraciclina de segunda geração, proporciona segurança e tolerabilidade no tratamento.

Isotretinoína

Medicamento derivado da vitamina A, a isotretinoína oral é um retinóide muito eficaz no combate à acne, diminuindo drasticamente a daença, na maioria dos casos, num perídodo entre 6 a 8 meses. A medicação age nas glândulas sebáceas diminuindo a secreção, além de evitar a obstrução da abertura do folículo piloso.

No entanto, o uso do remédio exige cautela, pois podem ocorrer diversos efeitos colaterais. O mais grave é a teratogenia, ou seja, a isotretinoína causa defeitos no feto. Por isso, o seu uso é proibido em mulheres grávidas, sendo necessário realizar teste de gravidez antes de se iniciar o tratamento nas mulheres, que devem usar 2 métodos anticoncepcionais concomitantes durante e até 2 meses após o tratamento.

Os outros possíveis efeitos colaterais são reversíveis e, quando ocorrem, desaparecem após o término do tratamento:

Ressecamento labial (ocorre em 100% dos casos)

Ressecamento das mucosas bucal, nasal e ocular

Queda de cabelo

Sangramento nasal (devido ao ressecamento da mucosa)

Ressecamento intenso da pele

Dores musculares e nas articulações

Dor de cabeça

Aumento do colesterol e triglicerídeos

Alterações das enzimas hepáticas

O tratamento da acne com a isotretinoína é relativamente seguro, desde que seja adequadamente acompanhado pelo médico.

Seus efeitos colaterais são bem conhecidos e podem ser controlados através de exames que devem ser solicitados pelo dermatologista responsável pelo tratamento e de acordo com a evolução do paciente.

Lendas da Acne

Não existe nenhuma relação entre o hábito intestinal e acne.

Acne

Chocolate e outros alimentos gordurosos provocam espinhas: LENDA.

Algumas pessoas associam a ingestão de determinados alimentos com o aparecimento ou piora da acne. Entretanto, não existe comprovação científica para isso.

Acne

Lavar o rosto várias vezes ao dia ajuda a evitar a acne: LENDA.

Pelo contrário, isso pode aumentar a oleosidade da pele (“EFEITO REBOTE”)

Acne

A acne é contagiosa: LENDA.

Apesar de ser uma INFECÇÃO, a acne não é contagiosa.

Acne

Cravos pretos são “sujos”: LENDA.

O escurecimento é causado pela oxidação da gordura em contato com o ar, e não por sujeira.

Acne

Cravos pretos são “ácaros”, vermes ou outros tipos de bichos: LENDA.

O CRAVO nada mais é do que o resultado do entupimento do poro pelo sebo, que se oxida e torna-se escuro.

Acne

Anticoncepcional piora a acne: LENDA.

Pelo contrário, dependendo do anticoncepcional pode haver melhora do quadro.

Acne

Masturbação causa acne: LENDA.

Não existe nenhuma relação entre masturbação e acne.

Acne

Menstruação causa acne: LENDA.

Pela influência dos hormônios, pode haver uma piora da acne nos dias anteriores menstruação; porém, a menstruação em si não é um fator que cause o aparecimento da acne.

Acne

O sol piora/melhora a acne: LENDA.

Apesar de ter algum efeito cicatrizante, o sol pode provocar aumento na produção de sebo

Acne

Cicatrizes de acne são para sempre: LENDA.

Existem recursos para tratamento das cicatrizes. Esses procedimentos devem ser realizados por um médico dermatologista experiente, e algumas vezes são necessárias várias etapas de tratamento para um resultado satisfatório...

Fonte: www.acne.com.br

ADERÊNCIAS

O que são aderências?

Quando um tecido de qualquer órgão junta-se com outro tecido de outro órgão denomina-se aderência.

Como elas acontecem?

Às vezes as aderências são congênitas mas normalmente elas acontecem após uma operação, particularmente abdominal. Aderências também podem surgir depois de uma inflamação no abdômen ou pélvis.

Quais os sintomas?

As aderências abdominais fixam partes dos intestinos e às vezes causam uma obstrução intestinal.

Os sintomas podem incluir:

Dor

"Câimbras" abdominais

Vômitos intermitentes

Dificuldade de eliminar gases ou parada de eliminação de fezes

Distensão do abdômen.

Como são diagnosticadas?

Seu médico o examinará, fará sua história médica e irar solicitar radiografias do seu abdômen. Aderências são freqüentemente difíceis diagnosticar.

Você pode precisar de cirurgia até mesmo para permitir que o médico faça o diagnóstico.

Como são tratadas?

Você pode precisar de cirurgia para cortar as aderências e pode depender de quanto eles interferem com função do orgão normal.

O tipo de operação depende da localização das aderências.

Quanto tempo os efeitos duram?

Sempre há um risco de que novas aderências se formem depois de cirurgia para aderências existentes.

Como eu posso ajudar a prevenir as aderências?

Porque o desenvolvimento das aderências depende de muitos fatores, elas não podem ser prevenidas completamente.

Se você teve cirurgia ou inflamação em um órgão e desenvolveu qualquer sintoma, fale para seu médico.

Fonte: www.hub.unb.br

 

 

Qual mulher não se preocupou com dor no baixo ventre persistente ou súbita?

Perto de 30% das queixas ginecológicas se referem às dores pélvicas. As agudas, ou seja, de curta duração, súbitas podem estar relacionada à situações anormais e fisiológicas como a ovulação que acompanham de dor tipo peso, distensão abdominal. 

Dores tipo cólica nos períodos menstruais denominados dismenorréias que cessam com a chegada ou com o término das mesmas.

As dores pélvicas crônicas nos chamam atenção quando surgem há mais de 6 meses, são persistentes, continuam podendo ou não estar relacionadas às menstruações.

Quando a mulher se refere a dor nas relações sexuais nas penetrações profundas ou quando associadas à infertilidade ou a cólicas menstruais intensas e progressivas deve se investigar com o auxilio da videolaparoscopia.

Aderências

Aderência Pélvica

Algumas causas podem ser diagnosticadas como endometrioses, aderências pélvicas, tumores pélvicos como miomas, cistos funcionais e cistos ovarianos e tubários.

Nas aderências pélvicas, observa-se alças intestinais, bexiga, trompas, ovários,  epíplon (capa de gordura dos intestinos, aderidos colados aos órgãos que normalmente são livres).

Estas aderências podem ser firmes ou frouxas sendo as primeiras causas de dores. 

A videlaparoscopia pode liberar estas aderências com uma pequena intervenção com índice de sucesso muito superior às cirurgias convencionais.

Aliás aderências pélvicas surgem de cirurgias convencionais na maioria da vezes. Outras causas de aderências, inflamação pélvica (doença inflamatória pélvica) DIP, endometrioses.

A endometriose que é uma doença onde o tecido tipo endométrio (forro interno do útero que menstrua) se aloja sobre os órgãos internos do abdome como ovários, bexiga, intestinos, trompas, ligamentos uterinos e ali sofrendo influência dos hormônios ovarianos também menstrua produzindo dores e inflamação local induzindo aderências e deformidades no órgão como útero, ovários e trompas, levando a modificações anatômicas e funcionais e conseqüentemente à infertilidade.

Aderências

Aderências Epiplóico-uterinas

A videolaparoscopia pode identificar estes focos, dimensionar a gravidade e tratá-los adequadamente com vários recursos. Os tumores ovarianos ou cistos podem também ser tratados pela videolaparoscopia preservando a reprodutividade e funcionalidade sem a radicalidade das cirurgias convencionais.

Outro fator importante na investigação da dor pélvica crônica é que perto de 20% das mulheres onde não se detecta nenhuma causa objetiva, o fator de violência sexual na infância ou adolescência como causas estupro, insatisfação sexual podem ser correlacionados como causas psicossomáticas.

Aderências

Endometriose

Nos estudos ultrassonográficos algumas características podem sugerir algumas patologias, como: desvios uterinos, reforços dos contornos dos órgãos pélvicos, presença de cistos de conteúdo densos com debris (sugerindo endometriomas de ovários), grandes miomas subserosos que podem comprimir e produzir desconforto pélvico. 

Mas uma boa consulta deve vir primeiro para afastar outras causas, osteoarticulares, renais, gastrointestinais, neurológicas. Avideolaparoscopia é um recurso que muito cooperou nos diagnósticos e nos tratamentos das dores pélvicas crônicas.

Fonte: www.cursosmedicos.com.br

O que as Mulheres devem saber acerca da Prevenção e do Tratamento

Dor pélvica que é crónica e debilitante, e que afeta a sua saúde emocional e sexual... 

Uma infertilidade que perturba os planos que tem para a sua família, as suas expectativas e os seus sonhos para o futuro... 

São estes os dois principais problemas que as aderências pélvicas pós-cirúrgicas podem causar.

As aderências pélvicas são faixas anómalas de tecido cicatricial, que se formam na pélvis e fazem com que os órgãos fiquem colados ou unidos uns aos outros.

As aderências ocorrem na maioria das mulheres que são submetidas a cirurgia pélvica. E, no entanto, muitas mulheres pouco sabem acerca das aderências e não discutem o assunto com os seus médicos antes de serem submetidas a uma cirurgia ginecológica (nem mais tarde, quando se desenvolvem esses problemas). Mas deveriam fazê-lo.


As aderências são uma consequência comum, embora por vezes grave, de todos os tipos de cirurgias, incluindo os procedimentos ginecológicos mais vulgares, como a dilatação e curetagem, cesariana, histerectomia, tratamento cirúrgico da endometriose (um problema em que o revestimento uterino fica implantado fora do útero), miomectomia (remoção de fibromiomas), cirurgia dos ovários e cirurgia reconstrutiva das trompas.

As aderências que se formam a seguir a uma cirurgia da zona pélvica são uma das principais causas de dor pélvica pós-operatória, infertilidade e obstrução do intestino delgado.


A incidência de aderências pós-operatórias pode, frequentemente, ser reduzida e até, por vezes, prevenida.

E é extremamente importante tentar impedir a formação de aderências, uma vez que, depois de formadas, elas tendem a reaparecer, mesmo depois de terem sido removidas cirurgicamente. Ficou demonstrado que a utilização de uma barreira como a INTERCEED*, durante a cirurgia, para proteger as superfícies tissulares em carne viva quando estão a cicatrizar, constitui um dos métodos mais eficazes de redução das aderências.

Estudos realizados demonstram que a barreira INTERCEED facilita, de forma significativa, as boas técnicas cirúrgicas e que a sua utilização reduz a formação de aderências em 50%, por comparação com a utilização apenas das boas técnicas. Para mais informações fale com o seu médico.

Como se formam as aderências?

Todos os órgãos abdominais e pélvicos, excepto os ovários, estão pelo menos parcialmente envolvidos numa membrana transparente denominada peritoneu.

Quando o peritoneu fica traumatizado durante uma cirurgia ou de qualquer outra forma, o local que sofre o trauma fica inflamado. A inflamação é normal, fazendo mesmo parte do processo de cicatrização. Mas a inflamação também contribui para a formação deaderências, encorajando o desenvolvimento de faixas fibrosas de tecido cicatricial (denominadas matriz de fibrina). 

Normalmente, estas faixas de fibrina acabam por se dissolver através de um processo bioquímico denominado fibrinólise, e o local traumatizado continua a cicatrizar. No entanto, por vezes, a natureza da cirurgia tem como resultado uma diminuição do afluxo de sangue a essas áreas (um problema denominado isquemia), que pode suprimir a fibrinólise. Se as faixas de fibrina não se dissolverem, podem transformar-se em aderências, que irão desenvolver-se ligando ou unindo órgãos ou tecidos pélvicos que normalmente estão separados.

As aderências são frequentes?

As aderências são uma ocorrência comum após uma cirurgia pélvica ou abdominal. As aderências também são vulgares nas mulheres que sofrem de doença inflamatória pélvica (DIP), endometriose ou doenças sexualmente transmissíveis.

As probabilidades de se formarem aderências após uma cirurgia e os problemas que daí podem resultar variam com base em variados fatores - por exemplo, o tipo de cirurgia efetuado, o número de cirurgias efetuadas anteriormente, a técnica cirúrgica utilizada durante o procedimento e a sua própria predisposição individual para a formação de aderências.

Contudo, estudos realizados demonstraram que a maioria das mulheres submetidas a cirurgia ginecológica irá ser afetada pela formação de aderências, embora em diferentes graus. Por exemplo, numa revisão de seis estudos onde estiveram envolvidas pacientes que tinham sido submetidas a cirurgia reconstrutiva pélvica, entre 55% e 100% destas pacientes desenvolveram aderências no prazo de seis meses após a cirurgia - sendo que, frequentemente, estas aderências se tornaram evidentes no prazo de apenas algumas semanas.

Que problemas podem ser causados pelas aderências?

Embora a maioria das aderências não causem problemas, podem dar origem a toda uma variedade de complicações potencialmente graves, incluindo:

Dor pélvica: As aderências são uma causa muito comum de dor pélvica - calcula-se que cerca de 38% das mulheres que sofrem de dor pélvica têm aderências.

As aderências causam dor pélvica porque unem órgãos e tecidos que normalmente estão separados, "atando-os", essencialmente, de forma a que as pressões e os estiramentos inerentes aos movimentos do dia a dia irritam os nervos que se encontram mais próximos.

Dor durante as relações sexuais: As aderências também podem causar dores durante as relações sexuais (um problema denominado dispareunia).

Infertilidade: As aderências que se formam em resultado de alguns tipos de cirurgia ginecológica, especialmente cirurgias das trompas e cirurgias para remoção de fibromiomas (miomectomias), são uma causa muito comum de infertilidade.

As aderências entre os ovários, as trompas de Falópio ou as paredes pélvicas podem bloquear a passagem do óvulo dos ovários para as trompas de Falópio e através destas.

As aderências em torno das trompas de Falópio também podem dificultar ou impossibilitar a chegada do esperma ao óvulo.

Aderências nos órgãos pélvicos

Aderências

Fonte: Minkin, M.J., MD and Wright, C.V., Ph.D. The Yale Women's Guide to Women's Reproductive Health. Yale University Press. 2003, página 156. ISBN: 0-300-09820-0.

Obstrução intestinal: A formação de aderências afetando o intestino é particularmente frequente após a histerectomia.

Embora estas aderências normalmente não dêem origem a problemas, pode efetivamente desenvolver-se um problema grave. Este problema denomina-se obstrução intestinal (um bloqueio do intestino que limita ou impede a passagem do respectivo conteúdo) e pode ocorrer alguns dias ou muitos anos após uma cirurgia. Os sintomas de obstrução intestinal podem incluir dor, náuseas e vómitos.

As aderências também são um problema médico dispendioso. Um estudo levado a cabo recentemente revelou que a cirurgia para remoção de aderências (uma intervenção denominada lise de aderências) foi responsável por mais de 300.000 hospitalizações durante um ano, principalmente para intervenções onde estava envolvido o sistema reprodutor feminino e o aparelho digestivo, correspondendo a uma despesa de USD 1,3 mil milhões em hospitalizações e honorários médicos (Fonte: Ray NF, Denton WG, Thamer M, Henderson SC, Perry S. Abdominal adesiolysis: inpatient care and expenditures in the United States in 1994. J Am Coll Surg. 1998; 186:1-9).

A prevenção das aderências é uma das coisas que deve discutir com o seu médico durante a fase de preparação de uma cirurgia ginecológica.

A ocorrência de aderências pós-operatórias pode, frequentemente, ser reduzida e até, por vezes, prevenida. É muito importante tentar prevenir as aderências, uma vez que, depois de formadas, tendem a reaparecer.

Mesmo depois de terem sido removidas, formam-se novamente em cerca de 80% das vezes. Nas informações contidas nesta secção irá encontrar fatos e ferramentas básicos que a irão ajudar a compreender as aderências, bem como aquilo que pode ser feito para as evitar, e uma ajuda para conversar com o seu médico acerca da prevenção e do tratamento de aderências.

O que pode causar aderências?

Endometriose

A endometriose é uma condição em que porções de tecido semelhante ao endometrio se unem às superfícies de outros órgãos na pélvis (como os ovários e as trompas de Falópio) e na cavidade abdominal. A endometriose pode desenvolver-se com estimulação hormonal, provocando dor, inflamação e tecido cicatricial, e também pode provocar infertilidade.

Cirurgia Pélvica

A maior parte dos tipos de cirurgias pélvicas ou abdominais pode levar à formação de aderências.

Estes incluem as cirurgias efetuadas por laparoscopia, que envolvem a introdução de um tubo com luz e uma lente de ampliação através de uma pequena incisão no umbigo, ou por laparotomia, que envolve uma incisão tradicional no abdómen.

Após uma cirurgia, podem formar-se aderências em qualquer superfície da pélvis e do abdómen. No entanto, alguns órgãos têm maior probabilidade do que outros de desenvolver aderências.

Os procedimentos ginecológicos comuns que estão associados à formação de aderências incluem:

Histerectomia: A histerectomia é um procedimento cirúrgico para remoção do útero e também pode ser efetuada em simultâneo com a remoção de um ou dos dois ovários. As aderências que se formam após este procedimento podem ligar-se ao intestino delgado, dando origem a dor pélvica, obstipação e, por vezes, complicações mais graves - obstrução do intestino delgado (bloqueio do intestino que limita ou impede a passagem do conteúdo do intestino). A obstrução intestinal pode ocorrer pouco tempo depois da cirurgia ou pode desenvolver-se muitos anos mais tarde.

Dilatação e Curetagem (D e C): A D e C é um procedimento cirúrgico no qual o médico dilata (abre) o colo do útero e raspa o tecido que cobre o revestimento do útero (curetagem). Podem formar-se aderências após uma dilatação e curetagem em resposta ao trauma infligido na parede uterina.

Cesariana: Também podem formar-se aderências após um parto por cesariana. Estas aderências geralmente não provocam dores. No entanto, por vezes, podem dificultar posteriores partos por cesariana, porque o médico tem de cortar através das aderências para chegar ao útero e ao bebé, o que pode aumentar a duração do procedimento e o tempo durante o qual a mãe e o bebé estão sob anestesia.

Cancro dos ovários: Geralmente, a cirurgia dos ovários é efetuada para remoção de quistos nos ovários (pequenos sacos, cheios de fluido, que crescem nos ovários). O ovário é um dos locais onde se formam aderências com mais frequência. A formação de aderências após uma cirurgia pode dar origem a dores pélvicas, dores durante as relações sexuais e infertilidade.

Endometriose: A endometriose é uma doença em que porções de tecido endometrial (membrana mucosa que reveste o interior do útero e reage às alterações hormonais mensais) se implantam fora do útero - geralmente nos ovários, na bexiga e nas trompas de Falópio. Esta condição pode estar associada a aderências densas e a infertilidade.

Miomectomia: A miomectomia é um procedimento cirúrgico destinado a remover fibromiomas do útero. A formação deaderências no local da incisão no útero é uma complicação comum deste procedimento. Estas aderências também podem afetar os ovários e as trompas de Falópio, causando potencialmente infertilidade e dores pélvicas.

Cirurgia reconstrutiva das trompas: A reparação das trompas de Falópio bloqueadas é um procedimento delicado que inclui, muitas vezes, a remoção de aderências existentes. Infelizmente, a cirurgia propriamente dita também pode conduzir à formação de novas aderências e às complicações que elas podem causar, como as dores pélvicas e a infertilidade.

Como podem ser prevenidas as aderências pélvicas?

Os cirurgiões utilizam vários métodos para evitar a formação de aderências.

A combinação de uma técnica cirúrgica cuidadosa e precisa com a utilização de uma barreira física para separar as superfícies tissulares durante a cicatrização tem demonstrado ser a forma mais eficaz de prevenir as aderências.

Técnicas microcirúrgicas: Os cirurgiões desenvolveram técnicas microcirúrgicas concebidas para minimizar traumas, isquemia (perda de aporte sanguíneo) e superficies em carne viva no local da cirurgia, e para reduzir as probabilidades de hemorragia, infecção ou corpos estranhos (por exemplo, material de sutura, resíduos de esponjas ou talco de luvas cirúrgicas), que também podem dar origem a inflamação e à formação de aderências. Por exemplo, os cirurgiões esforçam-se por minimizar o manuseamento de tecidos, utilizar instrumentos delicados e a função de ampliação, assim como por manter os tecidos humedecidos durante todo o procedimento. No entanto, embora seja importante uma boa técnica cirúrgica, muitas vezes não é suficiente para prevenir a formação de aderências.

Métodos de barreira: Para aperfeiçoar uma boa técnica cirúrgica, a utilização de uma barreira para proteger as superfícies tissulares em carne viva à medida que elas vão cicatrizando tem demonstrado ser um dos métodos mais eficazes para redução de aderências. Essas barreiras são constituídas por um material semelhante a um tecido, muito leve, que pode ser colocado no local da cirurgia. Este tecido protege e separa as superfícies onde é provável que se formem aderências. O tecido dissolve-se lentamente à medida que a incisão cirúrgica vai cicatrizando.

 

Além destas técnicas, vários fármacos, incluindo os fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), os corticosteróides e os anti-histamínicos foram estudados como potenciais formas de reduzir as aderências pós-operatórias. Até à data, contudo, não ficou demonstrado em nenhum estudo não controlado que estas abordagens são eficazes para prevenir a formação de aderências.

O que devo perguntar ao meu médico acerca das aderências?

É importante relembrar que, apesar de as aderências serem um resultado vulgar das cirurgias ginecológicas, não são inevitáveis.

Mesmo que se formem aderências, nem sempre elas causam dor ou outros problemas. Até agora, nenhum método conseguiu ainda prevenir as aderências em 100% das vezes.

A sua história clínica, incluindo quaisquer cirurgias anteriores, e o seu estado atual, assim como as opções cirúrgicas, são apenas alguns dos fatores a ter em consideração quando estiver a avaliar, juntamente com o seu médico, o risco que corre de desenvolveraderências e determinar a abordagem de tratamento que melhor se adequa à sua situação.

Como as aderências são uma complicação comum e potencialmente grave, é muito importante falar sobre elas com o seu médico e ficar a saber o máximo possível sobre aquilo que ele pensa fazer para reduzir as probabilidades de formação de aderências.

Pode ser útil estar preparada para fazer as seguintes perguntas:

Qual a probabilidade de se formar aderências em consequência desta intervenção cirúrgica?

O que pode ser feito durante a intervenção para ajudar a prevenir a formação de aderências?

A utilização de um método de barreira para prevenção de aderências é adequada ao meu caso?

Quais são os sintomas de aderências para os quais devo estar alerta enquanto estiver a recuperar da intervenção cirúrgica?

Fonte: www.saudedamulher.com.pt

Aftas

As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal.

Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento; por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final. Uma afta é uma mancha esbranquiçada, redonda, com uma auréola vermelha.

É comum que a ferida se forme no tecido mole, particularmente no interior do lábio ou da bochecha, sobre a língua ou no palato mole e, às vezes, na garganta. As aftas pequenas (com menos de 12 mm de diâmetro) costumam aparecer em grupos de duas ou de três; de modo geral, desaparecem ao fim de dez dias, sem tratamento, e não deixam cicatrizes.

As aftas maiores são menos comuns, podem ser de forma irregular, necessitam de várias semanas para sarar e é frequente deixarem cicatrizes.

Aftas

Sintomas

O sintoma principal das aftas é a dor, que habitualmente é mais intensa do que seria de esperar de algo tão pequeno: dura entre 4 e 10 dias e piora quando a língua roça a ferida ou se ingerem alimentos quentes ou picantes. Em casos graves pode aparecer febre, inflamação dos gânglios do pescoço e uma sensação geral de mal-estar. Muitas pessoas afectadas por aftas sofrem-nas de forma recidivante (uma ou mais vezes por ano).

Diagnóstico e tratamento

O médico, ou o dentista, identifica a afta pelo seu aspecto e pela dor que provoca. No entanto, as feridas causadas pelo vírus do herpes simples podem parecer-se com as aftas.

O tratamento consiste em aliviar a dor até que as feridas sarem de forma espontânea. Podem limpar-se com algodão impregnado num anestésico como a lidocaína viscosa, que também serve de colutório (bochecho). Durante alguns minutos, este anestésico alivia a dor e as queixas ao comer, embora possa diminuir o sentido do gosto. Para aliviar a dor também se pode aplicar uma camada de carboximetilcelulose (protecção dentária). Se o doente tem várias aftas, o médico, ou o dentista, pode prescrever um bochecho de tetraciclina.

As pessoas com recidivas de aftas graves podem utilizar este bochecho quando aparecerem novas feridas. Outra opção é a cauterização com nitrato de prata, que destrói os nervos que se encontram por baixo da afta. Em alguns casos, o médico, ou o dentista, prescreve uma pomada de corticosteróide para aplicar directamente sobre as aftas graves e, para os casos agudos, pode prescrever-se um bochecho de dexametasona ou comprimidos de prednisona.

Fonte: www.msd-brazil.com

Aftas

 

É uma ferida nas mucosas da boca, principalmente na língua, nos lábios e na parede das bochechas, Raramente surge nas gengivas e no céu da boca. Às vezes, no lugar de uma afta isolada explodem várias ao mesmo tempo.

Em geral está ligada a distúrbios como diarréia e má digestão. No entanto, certos indivíduos têm aftas depois de uma febre alta ou porque estão estressados. Em algumas mulheres, elas aparecem durante o período menstrual. As feridas podem ainda ser uma reação a antibióticos e antiinflamatórios, remédios que liberam substâncias ácidas no esôfago. Algumas pessoas têm maior predisposição para o problema e por isso suspeita-se que a afta seja hereditária.

Frutas ácidas como o abacaxi, assim como temperos picantes - ketchup, pimenta, mostarda, molho de tomate, vinagre, entre outros -, podem funcionar como fatores desencadeantes, mas só em quem apresenta uma tendência para o problema.

CARACTERÍSTICAS

As aftas surgem na maioria das vezes em pessoas saudáveis;

A afta comum não provoca febre nem mau hálito;

Não tem cura definitiva, é um problema que vai e volta;

Não é transmissível de uma pessoa para outra;

As feridas são limpas, pois não há nelas fungos ou bactérias que desencadearam o problema.

O CICLO DA AFTA

Desaparecem espontaneamente entre sete e dez dias. As aftas costumam acompanhar o estresse. Às vezes, elas castigam as férias de quem resolve experimentar pratos diferentes daquilo que está acostumado a comer. Apesar de os médicos não entenderem os motivos, muitas mulheres que sofriam do problema de tempos em tempos relatam o seu sumiço depois da gravidez. Assim como existem ex-fumantes que garantem ter começado a apresentar aftas com freqüência depois de abandonar o vício - mas, aqui, outra vez, o estresse pode estar por trás, uma vez que não costuma ser fácil para os dependentes do tabaco a adaptação a uma vida sem fumaça.

TRATAMENTO

É individualizado, visando aliviar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas aftas e diminuir a gravidade do surto. Bicarbonato de sódio: serve para diminuir a dor, pois destrói as células nervosas responsáveis por ela. Faz a afta demorar ainda mais a desaparecer. O bicarbonato destrói os tecidos saudáveis da mucosa.

Você não vai encontrar nas farmácia nenhum remédio capaz de curar a afta, apenas produtos que podem aliviar seus sintomas. Existem pomadas que formam uma película protetora sobre a ferida para que os alimentos não fiquem esbarrando nela e piorando o tormento. Outros medicamentos agem especificamente contra a dor local. Claro que qualquer medicação só pode ser indicada por um especialista.

O própolis pode ajudar - apesar de a ferida arder mais no primeiro contato com esses produtos, o desconforto da afta parece aliviar em seguida. Atenção: vários estudos recentes indicam que a própolis pode, sim, ajudar na cicatrização dessas lesões. O bicarbonato de sódio também é comumente usado, melhor sendo fazer bochechos com uma solução de 1 colher de chá dessa substância para 1 xícara cheia de água, em vez de passá-la diretamente sobre a ferida.

Quem tem propensão para aftas deve evitar consumir frutas e condimentos ácidos e, na medida do possível, combater o estresse. Não coma alimentos ácidos capazes de agravar a situação. Nunca passe metiolate ou mercuriocromo sobre a ferida. Esses remédios são agressivos para esse tipo de lesão.

Antiinflamatório corticóide: é muito usado em bochechos ou em pomadas apropriadas. Há também injeções antiinflamatórias que são aplicadas sobre a lesão.

A aplicação de substâncias cáusticas, como o formol, sobre as aftas destrói o tecido da região, inclusive as terminações nervosas, o que faz desaparecer a dor. Entretanto, o que se faz é substituir a afta por uma queimadura química, que causa injúria a tecidos normais. Além disso, há risco de maiores danos pela inadequada manipulação dos produtos por parte dos usuários. Não se recomenda tal prática.

DICAS

Desconfie sempre daquelas aftas que nunca cicatrizam, e perduram por 20 a 30 dias. Nesse caso, é preciso avaliar se não há uma doença mais grave por trás, como herpes ou até mesmo Aids. Os fumantes e pessoas que gostam de bebidas fortes, tipo uisque e vodka, precisam analisar as aftas com cuidado porque correm o risco de desenvolver tumores malignos na boca.

O câncer de boca, ou carcinoma epidermóide, freqüentemente começa como uma lesão ulcerada. Por isso, frente a uma úlcera bucal que não cicatriza dentro de 15 dias, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para o diagnóstico da lesão. Além disso, algumas doenças infecciosas, como o herpes, e algumas doenças dermatológicas com ocorrência intrabucal, como o lúpus, embora tenham características próprias bem conhecidas, em certas fases de seu desenvolvimento podem parecer-se com aftas, principalmente para o leigo.

Fonte: www.acessomedico.hpg.ig.com.br

A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população, caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas na mucosa bucal, as quais podem ser múltiplas ou solitárias.

Aftas

Quais as características clínicas da afta?

As aftas costumam ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada. Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelada e circundada por um halo vermelho. Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.

Todas as aftas são iguais?

Não. Atualmente são reconhecidos três tipos de aftas, sendo a vulgar ou menor a forma mais prevalente. As outras formas são mais raras: uma delas é conhecida como herpetiforme, porque lembra a manifestação do herpes simplex, apresentando um grande número de pequenas ulcerações superficiais arredondadas e agrupadas, que também perduram por cerca de 10 dias; a outra forma é chamada afta maior, que, como o nome indica, produz uma ferida maior (com mais de 1 cm de diâmetro), mais profunda, mais dolorida, mais difícil de tratar e que permanece semanas ou, às vezes, meses.

Por que as aftas doem tanto?

As aftas são lesões ulceradas: há exposição do tecido conjuntivo, que é rico em vasos e nervos, o que provoca dor. Além disso, o quadro pode ser agravado por infecções causadas por microorganismos do meio bucal.

O que causa a afta?

Não podemos afirmar que exista um agente etiológico específico. A literatura aponta uma alteração da resposta imunológica como possível causa primária em alguns pacientes e secundária em outros. Os ácidos presentes na alimentação, os pequenos traumas à mucosa, distúrbios gastrintestinais, o ciclo menstrual e o estresse emocional agem como fatores desencadeantes.

Qual a relação entre as aftas e a dieta?

Alguns alimentos, quando em contato com a mucosa bucal, podem desencadear uma resposta imunológica alterada em certos pacientes, o que provocaria o aparecimento da ulceração. Muitas vezes os pacientes são alérgicos: têm aftas quando ingerem certos alimentos.

As aftas são contagiosas?

Não, pois não se trata de doença infecciosa. No entanto, há um traço familiar envolvido. Filhos de pais portadores de aftas apresentam chances bem maiores de também sofrerem com aftas.

Outras doenças podem parecer aftas?

Sim. O câncer de boca, ou carcinoma epidermóide, freqüentemente começa como uma lesão ulcerada. Por isso, frente a uma úlcera bucal que não cicatriza dentro de 15 dias, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para o diagnóstico da lesão. Além disso, algumas doenças infecciosas, como o herpes, e algumas doenças dermatológicas com ocorrência intrabucal, como o lúpus, embora tenham características próprias bem conhecidas, em certas fases de seu desenvolvimento podem parecer-se com aftas, principalmente para o leigo.

Só agora, perto dos 50 anos de idade, comecei a sofrer com aftas. Por quê?
Confirmado o diagnóstico (pois nem toda ferida na boca é uma afta), será preciso investigar algum fato relevante na história médica do indivíduo ou se houve alguma modificação importante em seus hábitos de vida. Um fator muitas vezes relacionado com essa história é o abandono do hábito de fumar. O fumo provoca um espessamento da mucosa bucal, que parece tornar-se mais resistente à penetração de agentes desencadeadores da afta. Resta saber se vale correr o risco de adquirir um câncer de boca ou pulmão para se proteger das aftas.

Queimo minhas aftas com formol. Há algum problema nessa prática?

A aplicação de substâncias cáusticas, como o formol, sobre as aftas destrói o tecido da região, inclusive as terminações nervosas, o que faz desaparecer a dor. Entretanto, o que se faz é substituir a afta por uma queimadura química, que causa injúria a tecidos normais. Além disso, há risco de maiores danos pela inadequada manipulação dos produtos por parte dos usuários. Não se recomenda tal prática.

Qual o melhor tratamento para as aftas?

Não existe tratamento que seja eficaz para todos os portadores de aftas. Alguns têm uma lesão aftosa uma vez por ano; outros apresentam lesões múltiplas diuturnamente. As medicações de uso sistêmico, como os imunossupressores, são mais efetivas na redução dos sintomas, mas possuem efeitos colaterais indesejáveis, às vezes graves, sendo, por isso, reservadas para os casos mais severos da doença, exigindo o acompanhamento atento de um especialista. Para os indivíduos com quadros clínicos mais leves, a melhor abordagem é a aplicação tópica de anti-sépticos, antiinflamatórios, anestésicos ou protetores de mucosa, naturais ou sintéticos. O cirurgião-dentista deve ser consultado para um adequado diagnóstico e orientação terapêutica.

Fonte: www.ubbonline.org.br

Aftas

Aftas

Significa um machucado pequeno na mucosa da boca. É uma ferida considerada limpa, pois não é provocada por microorganismo algum, como bactéria ou fungo.

Incidência

Afta acomete entre 20% e 50% da população mundial.

A tendência de ter afta começa a surgir na adolescência e se agrava na faixa dos 30 e 40 anos, fase em que a pressão social é maior e há preocupação com estabilidade financeira e familiar. Com o avanço da idade a tendência diminui e por vezes, o problema desaparece por completo.

O ciclo da afta

Começa com sensação de formigamento ou incômodo na mucosa da boca.

De 24 a 48 horas depois, surge um ponto avermelhado.

Com o tempo, o núcleo da lesão vai ficando esbranquiçado e, quando a afta está madura, surge a ferida no seu centro

Normalmente, a afta desaparece em sete dias, sem que seja usado tratamento algum.

Características da Afta

As aftas surgem na maioria das vezes em pessoas saudáveis.

A afta comum não provoca febre nem mau hálito.

Não tem cura definitiva, é um problema que vai e volta.

Não é transmissível de uma pessoa para outra.

As feridas são limpas, pois não há nelas fungos ou bactérias que desencadearam o problema.

Locais de manifestação

A afta surge principalmente nas mucosas:

1 - Do palato mole
2 - Da língua
- Das bochechas
4 - Da gengiva

Causas prováveis

A teoria mais aceita é a de que pessoas com afta está com alguma deficiência no sistema imunológico, que pode ser atribuída, entre outras coisas, a:

Predisposição genética

Tensão pré-menstrual

Deficiência nutricional

Tipos

Ulceração aftosa comum:

É a forma mais visual e corresponde a 80% dos casos. São feridas pequenas que surgem de uma só e vêm em uma quantidade que varia de uma a cinco. Aparecem em surtos. As lesões podem estar relacionadas por alguma forma de trauma. Saram sem deixar cicatriz.

Periadenite mucosa necrótica recidivante:

Significa uma inflamação que mata o tecido atingido e pode se repetir freqüentemente. Surgem um ou dois machucados, com um tamanho maior do que a média, que podem durar meses. Saram, porém deixam cicatriz.

Ulceração herpetiforme:

Quando aparecem muitos machucados de tamanho menor e extremamente dolorosos. Surgem na ponta da língua e o assoalho da boca. Saram sem deixar cicatriz. Quem é de repente atingido com várias aftas de uma vez precisa pode estar com uma deficiência imunológica mais séria.

Tratamento Afta

É individualizado, visando aliviar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas aftas e diminuir a gravidade do surto. Bicarbonato de sódio: serve para diminuir a dor, pois destrói as células nervosas responsáveis por ela. Faz a afta demorar ainda mais a desaparecer. O bicarbonato destrói os tecidos saudáveis da mucosa.

Antiinflamatório corticóide: é muito usado em bochechos ou em pomadas apropriadas. Há também injeções antiinflamatórias que são aplicadas sobre a lesão.

Dicas Afta

Desconfie sempre daquelas aftas quer nunca cicatrizam, e perduram por 20 a 30 dias. Nesse caso, é preciso avaliar se não há uma doença mais grave por trás, como herpes ou até mesmo Aids.

Os fumantes e pessoas que gostam de bebidas fortes, tipo uisque e vodka, precisam analisar as aftas com cuidado porque correm o risco de desenvolver tumores malignos na boca.

Fonte: www.estudeocorpo.hpg.ig.com.br

O problema atinge entre dois e três bilhões de pessoas no mundo, porém ainda não existe definição da causa nem do tratamento corretos.

O que é?

Significa um machucado pequeno na mucosa da boca. É uma ferida considerada limpa, pois não é provocada por microorganismo algum, como bactéria ou fungo.

Incidência

Afta acomete entre 20% e 50% da população mundial. A tendência de ter afta começa a surgir na adolescência e se agrava na faixa dos 30 e 40 anos, fase em que a pressão social é maior e há preocupação com estabilidade financeira e familiar. Com o avanço da idade a tendência diminui e por vezes, o problema desaparece por completo.

O ciclo da afta

1
Aftas
Começa com sensação de formigamento ou incômodo na mucosa da boca


Aftas
De 24 a 48 horas depois, surge um ponto avermelhado


Aftas
Com o tempo, o núcleo da lesão vai ficando esbranquiçado e, quando a afta está madura, surge a ferida no seu centro


Aftas
Normalmente, a afta desaparece em sete dias, sem que seja usado tratamento algum.

Características

As aftas surgem na maioria das vezes em pessoas saudáveis;

A afta comum não provoca febre nem mau hálito;

Não tem cura definitiva, é um problema que vai e volta;

Não é transmissível de uma pessoa para outra;

As feridas são limpas, pois não há nelas fungos ou bactérias que desencadearam o problema.

Locais de manifestação

Aftas
A afta surge principalmente nas mucosas:

1 - Do palato mole; 
2 - Da língua; 
- Das bochechas; 
- Da gengiva.

Causas prováveis

A teoria mais aceita é a de que pessoas com afta está com alguma deficiência no sistema imunológico, que pode ser atribuída, entre outras coisas, a:

Predisposição genética;

Tensão pré-menstrual;

Deficiência nutricional.

Tipos

Aftas
Ulceração aftosa comum

É a forma mais visual e corresponde a 80% dos casos. São feridas pequenas que surgem de uma só e vêm em uma quantidade que varia de uma a cinco. Aparecem em surtos. As lesões podem estar relacionadas por alguma forma de trauma. Saram sem deixar cicatriz.

Aftas

Periadenite mucosa necrótica recidivante

Significa uma inflamação que mata o tecido atingido e pode se repetir freqüentemente. Surgem um ou dois machucados, com um tamanho maior do que a média, que podem durar meses. Saram, porém deixam cicatriz.

Ulceração herpetiforme

Aftas

Quando aparecem muitos machucados de tamanho menor e extremamente dolorosos. Surgem na ponta da língua e o assoalho da boca. Saram sem deixar cicatriz. Quem é de repente atingido com várias aftas de uma vez precisa pode estar com uma deficiência imunológica mais séria.

Tratamento

É individualizado, visando aliviar os sintomas, prevenir o aparecimento de novas aftas e diminuir a gravidade do surto. Bicarbonato de sódio: serve para diminuir a dor, pois destrói as células nervosas responsáveis por ela. Faz a afta demorar ainda mais a desaparecer. O bicarbonato destrói os tecidos saudáveis da mucosa.

Antiinflamatório corticóide: é muito usado em bochechos ou em pomadas apropriadas. Há também injeções antiinflamatórias que são aplicadas sobre a lesão.

Dicas

Desconfie sempre daquelas aftas quer nunca cicatrizam, e perduram por 20 a 30 dias. Nesse caso, é preciso avaliar se não há uma doença mais grave por trás, como herpes ou até mesmo Aids. Os fumantes e pessoas que gostam de bebidas fortes, tipo uisque e vodka, precisam analisar as aftas com cuidado porque correm o risco de desenvolver tumores malignos na boca.

Fonte: www.santalucia.com.br

Aftas

Aftas

afta é uma ferida que se manifesta nas mucosas da boca, especialmente na língua, nos lábios e bochechas, raramente nas gengivas ou no palato (céu da boca). As feridas podem aparecer isoladas ou em grupos (estomatite aftosa) e surgir em intervalos variáveis de tempo.

Em geral ela está ligada a distúrbios gastrointestinais, como diarréia e má digestão, mas podem surgir em decorrência de febre, durante o período menstrual, devido a traumatismos na mucosa da boca e em situações de stress.

Algumas pessoas têm maior predisposição ao problema e por isso supõe-se que a afta possa também ser de origem hereditária.

As aftas desaparecem em 7 a 10 dias, tempo de cicatrização completa da mucosa da boca.

Fonte: guiadoscuriosos.ig.com.br

A palavra afta é, em geral, usada para denominar qualquer ferida dolorosa da mucosa, em especial da oral. As aftas verdadeiras, no entanto, são consideradas uma ou múltiplas áreas de perda de substância, com ulceração, em locais onde não houve traumatismo prévio, de localização na mucosa oral, dolorosas, de aparição rápido, bem demarcadas, inicialmente necróticas e não precedidas por vesículas ou bolhas, e que tenham com padrão recorrente. O melhor termo para definir a entidade recidivante da mucosa oral de etiologia múltipla é estomatite aftosa recorrente.

Aftas

Pelo conceito atual, outros processos que provocam úlceras na mucosa oral não devem ser denominados afta, como é o caso das úlceras por traumatismo, por alergia de contato, por medicamentos, e a da doença de Behçet, entre outras.

1. estomatite aftosa recorrente é muito comum: 10 a 30% da população

2. afeta qualquer idade

3. é ligeiramente mais freqüente no sexo feminino (57% : 52%). As mulheres, além de deterem a maior freqüência, quando apresentam a aftose recorrente, têm maior número de lesões do que os homens acometidos pela entidade

4. doença da classe média e alta, em especial de profissionais de bom nível cultural

5. pode ocorrer infecção bacteriana, o que retarda seu desaparecimento

Quanto ao tratamento da afta, drogas cauterizantes, anti-sépticos, antibióticos, agentes protetores da mucosa oral, anestésicos tópicos, vitaminas, entre outras, têm sido utilizadas. Algumas delas melhoram a dor por provocar destruição das terminações nervosas; entretanto, como produzem queimadura que leva a retardo na cicatrização, devem ser evitadas. Por isso nunca se deve prescrever agente cáustico, pois, apesar de aliviar a sintomatologia, retarda a involução da lesão.

Algumas medicações são estritas para os casos mais graves, para melhorar o surto.

Há algumas que apresentam efeitos colaterais. Para evitar recidivas, é primordial a suspensão de certos alimentos que podem provocar aftas. A prescrição é inicialmente mais voltada para a regressão da sintomatologia e depois para se evitar as repetições que, às vezes, são muito freqüentes.

O tratamento é sempre precedido de uma valiação clinico laboratorial completa do paciente, e a prescrição é muito individualizada, dependendo das alterações encontradas. Os problemas gástricos, infecciosos, hormonais, psicológicos e nutricionais, entre outros, devem ser corrigidos logo no início, às vezes sendo o suficiente para regredir o quadro oral. A relação médico/paciente é primordial, em especial para a detecção de problemas psicológicos, que podem exacerbar o quadro.

Se você é portador de aftas recorrentes, procure um especialista em Dermatologia Oral, ou um dermatologista geral na sua cidade, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ele é o médico que melhor pode determinar qual a conduta terapêutica para o seu caso, já que, hoje em dia, há vários tratamentos eficazes para a afecção.

Fonte: www.dermato.med.br

Aftas

O que são Aftas e Lesões Bucais?

O que são lesões bucais?

São inchaços, manchas ou feridas em sua boca, nos lábios ou na língua. Há vários tipos de feridas e de enfermidades bucais. As mais comuns são as aftas, o herpes simples, a leucoplasia (placa branca) e a candidíase (sapinho). Estes problemas serão abordados abaixo. Se encontrar uma ferida em sua boca, não se preocupe. Cerca de um terço de toda a população sofre ou sofrerá com isso em algum momento da vida. Contudo, as irritações e inflamações bucais podem ser muito dolorosas e interferir na fala e na mastigação. Qualquer ferida que persista durante uma semana ou mais deve ser examinada pelo seu dentista. Às vezes, é recomendável que se faça uma biópsia (retirada de tecido para ser examinado) para que se possa detectar a causa da ferida, e para que se possa eliminar a possibilidade de doenças sérias como o câncer e AIDS.

Como saber se tenho uma ferida ou uma lesão bucal?

Os seguintes sinais podem indicar a existência de uma ferida ou lesão bucal:

Aftas são inflamações pequenas e brancas cercadas por uma área avermelhada. As aftas não são contagiosas, mas muitas vezes são confundidas com herpes, causado por um vírus contagioso. As aftas ocorrem dentro da boca, principalmente em mucosa, enquanto o herpes aparece no lado de fora da boca, por exemplo, no canto dos lábios. As aftas podem sumir e reaparecer. Podem também ser pequenas ou grandes e aparecer agrupadas ou isoladas. As aftas são comuns e recorrentes. Embora sua causa seja incerta, alguns especialistas acreditam que estão ligadas a problemas do sistema imunológico, a bactérias ou a vírus. Fatores tais como o estresse, trauma, alergias, cigarro, deficiências de ferro ou vitaminas e tendências genéticas também tornam a pessoa mais susceptível às aftas.

O herpes simples ou herpes labial se apresenta em grupos de bolhas dolorosas que aparecem ao redor dos lábios e, às vezes, debaixo do nariz e ao redor do queixo. Essas bolhas são causadas por um tipo de vírus e são altamente contagiosas. A primeira infecção muitas vezes aparece em crianças, às vezes até sem sintomas e pode ser confundida com um resfriado ou uma gripe. Uma vez que a pessoa é infectada, o vírus permanece no corpo, causando, de tempos em tempos, ataques recorrentes. Em algumas pessoas, porém, o vírus permanece inativo.

A leucoplasia tem uma aparência esbranquiçada e pode aparecer no lado interno da bochecha, na gengiva ou na língua. Muitas vezes é associada ao fumo, ao uso de tabaco de mascar, embora outras causas incluam também dentaduras mal ajustadas, dentes quebrados e mordidas na bochecha. Se considerarmos que mais ou menos 5% dos casos de leucoplasia se tornam câncer*, é possível que seu dentista recomende uma biópsia. A leucoplasia muitas vezes desaparece quando se abandona o tabaco.

A candidíase (ou sapinho) é uma infecção fúngica causada por cândida albicans. Pode ser reconhecida por sua cor branca, amarelada ou avermelhada nas superfícies úmidas da boca. Os tecidos situados sob a mancha podem ficar muito doloridos. A candidíase é comum em pessoas que usam dentaduras, em recém nascidos, em pessoas debilitadas por alguma doença e cujo sistema imunológico não funcione de maneira adequada. Também são susceptíveis pessoas que se queixam de boca seca que acabaram de fazer, ou estão fazendo, tratamentos com antibióticos. Adote uma dieta equilibrada, com pouco açúcar e pouco amido. Coma os alimentos com açúcar e amido durante as refeições e não como "lanchinhos", para minimizar o número de vezes que seus dentes estão expostos ao ácido.

Como tratar irritações/lesões bucais?

O tratamento varia de acordo com o tipo de problema. Para os tipos mais comuns, descritos acima, os tratamentos são os seguintes:

Aftas

Quase sempre desaparecem depois de 7 a 10 dias, e as erupções recorrentes são as mais comuns. Para um alívio temporário, pode se aplicar pomadas analgésicas. A lavagem com enxagüantes antisépticos pode ajudar a reduzir a irritação. Às vezes, prescreve-se antibióticos para reduzir uma infeção secundária.

Herpes simples

As bolhas geralmente desaparecem em uma semana. Como não existe cura para as infecções herpéticas, as bolhas podem reaparecer em momentos de instabilidade emocional, exposição ao sol, alergias ou febre. Anestésicos tópicos podem proporcionar um alívio temporário. Os medicamentos antivirais, vendidos com receita médica, podem reduzir este tipo de infecção. Consulte seu médico ou dentista.

Leucoplasia

O tratamento começa com a remoção dos fatores que causam as lesões. Para alguns pacientes isto significa deixar de usar tabaco. Para outros, significa remover as dentaduras mal ajustadas e substitui-las por dentaduras apropriadas. Seu dentista fará o acompanhamento do tratamento, com exames em intervalos de três a seis meses, dependendo do tipo, local e tamanho da lesão.

O tratamento da candidíase

Consiste em controlar as condições que causam o seu aparecimento.

É importante limpar as dentaduras para evitar os problemas causados por elas. Remover as dentaduras antes de dormir também pode ajudar.

Se a causa for um antibiótico ou um anticoncepcional oral, a redução da dose ou a mudança do tratamento podem ajudar.

Produtos que substituem a saliva deixam a boca mais úmida.

Medicamentos contra fungos podem ser usados quando a causa principal é inevitável ou incurável.

Em todos os casos, a boa higiene bucal é essencial.

Fonte: www.colgate.com.br

As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal.

Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento; por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final. Uma afta é uma mancha esbranquiçada, redonda, com uma auréola vermelha. É comum que a ferida se forme no tecido mole, particularmente no interior do lábio ou da bochecha, sobre a língua ou no palato mole e, às vezes, na garganta.

Aftas

As aftas pequenas (com menos de 12 mm de diâmetro) costumam aparecer em grupos de duas ou de três; de modo geral, desaparecem ao fim de dez dias, sem tratamento, e não deixam cicatrizes. As aftas maiores são menos comuns, podem ser de forma irregular, necessitam de várias semanas para sarar e é frequente deixarem cicatrizes.


Sintomas

O sintoma principal das aftas é a dor, que habitualmente é mais intensa do que seria de esperar de algo tão pequeno: dura entre 4 e 10 dias e piora quando a língua roça a ferida ou se ingerem alimentos quentes ou picantes. Em casos graves pode aparecer febre, inflamação dos gânglios do pescoço e uma sensação geral de mal-estar. Muitas pessoas afectadas por aftas sofrem-nas de forma recidivante (uma ou mais vezes por ano).

Diagnóstico e tratamento

O médico, ou o dentista, identifica a afta pelo seu aspecto e pela dor que provoca. No entanto, as feridas causadas pelo vírus do herpes simples podem parecer-se com as aftas.

O tratamento consiste em aliviar a dor até que as feridas sarem de forma espontânea. Podem limpar-se com algodão impregnado num anestésico como a lidocaína viscosa, que também serve de colutório (bochecho). Durante alguns minutos, este anestésico alivia a dor e as queixas ao comer, embora possa diminuir o sentido do gosto. Para aliviar a dor também se pode aplicar uma camada de carboximetilcelulose (protecção dentária). Se o doente tem várias aftas, o médico, ou o dentista, pode prescrever um bochecho de tetraciclina.

As pessoas com recidivas de aftas graves podem utilizar este bochecho quando aparecerem novas feridas. Outra opção é a cauterização com nitrato de prata, que destrói os nervos que se encontram por baixo da afta. Em alguns casos, o médico, ou o dentista, prescreve uma pomada de corticosteróide para aplicar directamente sobre as aftas graves e, para os casos agudos, pode prescrever-se um bochecho de dexametasona ou comprimidos de prednisona.

Fonte: www.manualmerck.net

Aftas

Pequenas feridas na boca

A afta é uma ferida que aparece na mucosa da boca (do lado de dentro) e na língua. São manchinhas com bordas avermelhadas e centro branco-amarelado que podem causar ardência e queimação. Geralmente duram de sete a dez dias e não deixam cicatrizes.

As aftas podem ser causadas por bactérias, anormalidades imunológicas, estresse ou mesmo ácidos presentes em alguns alimentos, como frutas ácidas (como o abacaxi), chocolate e refrigerantes. Mordidas acidentais e outros traumas na boca, causado por alimentos duros, objetos cortantes e até aparelhos ortodônticos, também podem provocar o aparecimento da afta.

Acompanhe nas dicas como evitar as aftas:

Use diariamente anticépticos bucais, pois eles eliminam as bactérias da boca, ajudando a prevenir as aftas;

Se você usa aparelhos ortodônticos e tem aftas com freqüência devido ao traumatismo constante, peça ao seu dentista uma cera especial que é aplicada no local que está traumatizado e provocou a afta;

Evite frutas ácidas como o abacaxi, laranja, limão, tangerina, etc.;

Evite molho de tomate e café, devido à acidez;

Faça bochechos com água bicarbonatada: uma colher (de café) de bicarbonato de sódio diluída em um copo de água em temperatura ambiente, três vezes ao dia ou após as refeições;

Pomadas de uso local, indicadas pelo médico, ajudam a aliviar a dor;

Dependendo do caso, o médico poderá indicar a suplementação dietética com vitaminas, para aumentar a imunidade do organismo.

Referências

Universidade Federal de São Paulo
Instituto Brasileiro de Estudos em Sedação Consciente
Sociedade Brasileira de Periodontologia
Centrinho/ USP

Fonte: www.nycomed.com.br

Existe tratamento para afta?

Ela começa com uma manchinha vermelha, que arde e queima muito, após algumas horas se transforma em uma úlcera com bordas vermelhas e centro branco-amarelado. Pode durar de 7 a 10 dias e não deixa cicatrizes. Estamos falando do tipo mais comum de afta, denominada clinicamente como afta menor, afta vulgar ou estomatite aftosa recorrente. Como e por que surgem aftas são as perguntas mais frequëntes entre os profissionais da área de estomatologia e diagnóstico bucal.

Aftas

Segundo a Dra. Izabel Maria Marchi Carvalho, doutora em estomatologia pela FOB/USP e especialista em Radiologia pela mesma faculdade, a causa da afta ainda não foi descoberta pelos especialistas, mas atualmente acredita-se em duas teorias que defendem como causas principais a hipersensibilidade a uma forma de bactéria da boca e a alguma anormalidade imunológica, neste caso os próprios anticorpos da pessoa começam a atacar as bactérias e o tecido bucal (epitélio), causando a afta.

Às vezes, a afta pode ser precipitada por uma reação aos ácidos presentes em certos alimentos ou em medicamentos, são os chamados fatores alérgicos. Outros fatores que podem precipitar o aparecimento das aftas são traumatismo, ou seja, mordidas indesejáveis e outros traumas causados por alimentos duros, cortantes, etc.; estresse, pois altera o mecanismo imunológico do indivíduo; e fatores endócrinos durante a menstruação e menopausa, por exemplo.

Os especialistas também acreditam que em algumas mulheres os fatores hormonais podem ser causadores de aftas, já que pesquisas comprovam que esse problema ocorre com mais freqüência em mulheres. Sabe-se também que as aftas atingem principalmente a faixa etária entre 10 e 30 anos.

Hoje, existem 6 modalidades de tratamento para as aftas e a Dra. Izabel Carvalho alerta que o tratamento especializado deve ser procurado quando ocorrerem episódios freqüêntes de inúmeras aftas, ao mesmo tempo, e só deve ser prescrito por um dentista, de preferência um profissional com formação em diagnóstico bucal.

Quando questionada sobre a prevenção, a dentista explica que é possível prevenir quando se conhece o fator que provavelmente causou a afta, como, por exemplo, um alimento muito ácido. Então, fique atento às possíveis razões do problema, se você perceber, por exemplo, que aquele delicioso abacaxi deixa sua mucosa irritada e em seguida aparece uma afta, evite o abacaxi”, conclui. Lembre-se de que os antissépticos bucais eliminam bactérias da boca, ajudando na prevenção de aftas, além de serem excelentes para a higienização bucal.

O tratamento tem 6 modalidades:

- aumento da imunidade do paciente, com vacinas e remédios para verminose que aumentam a imunidade do paciente, mas que ainda estão em fase de estudos;

- diminuição da atividade imunológica do indivíduo, com o uso de corticóides;

3 - ingestão de antibióticos;

- uso de antissépticos bucais, que podem eliminar bactérias bucais;

5 - suplementação dietética com vitaminas, que também aumentam a imunidade;

6 - uso de remédios que combatam os sintomas. Neste e nos casos acima, sempre deve haver acompanhamento médico. A Dra. Izabel não indica o uso daqueles "pózinhos brancos" para curar a afta, pois são muito cáusticos.

Tipos de Afta

Além do tipo conhecido como afta pequena ou vulgar, existem mais dois tipos de afta considerados raros:

Afta maior ou periadenite mucosa recorrente

Essa afta é bem grande e muito dolorida, costuma durar entre 30 e 40 dias e deixa cicatriz.

Síndrome de Behçet

Essa síndrome é caracterizada por aftas bucais pequenas (úlceras), úlceras genitais, lesões oculares e cutâneas. A afta bucal, na verdade, é um dos sinais dessa síndrome. Sua freqüência é 10 vezes mais comum em homens e seu tratamento é sintomático e de suporte. Nesse caso, a pessoa é encaminhada para tratamento médico.

Elaine de Sousa

Fonte: www.centrinho.usp.br

 

Aftas

afta, também é conhecida como uma úlcera, ocorre especialmente em algumas partes da boca, como na mucosa labial, no assoalho e muito raramente nas gengivas e no céu da boca. Manifesta-se como um machucado pequeno na mucosa. É uma ferida considerada limpa, pois não é provocada por nenhum microorganismo, como bactéria ou fungo.

Embora os especialistas ainda não conheçam ao certo a verdadeira causa da afta, sabe-se que este problema envolve fatores hormonais, psicossomáticos, infecciosos e hereditários, assim como tensão pré-menstrual, deficiência nutricional e deficiência no sistema imunológico, ou ainda a ação de todos eles. Porém, ainda não existe a definição para a causa e nem um tratamento correto.

Observou-se o aparecimento de úlceras similares à afta em pessoas com pós-operatório muito longo e imunologicamente deprimidas. Traumatismos bucais causados pelo uso de aparelho ortodôntico e por próteses mal adaptadas, por exemplo, podem causar aftas. A dor está presente nas mais variadas intensidades, desaparecendo entre 7 a 14 dias.

Características

O ciclo da afta começa com sensação de formigamento ou incômodo na mucosa da boca. Entre 24 e 48 horas depois, surge um ponto avermelhado. Com o tempo, o núcleo da lesão vai ficando esbranquiçado e, quando a afta está madura, surge a ferida no seu centro. Normalmente a afta desaparece em sete dias, sem que seja usado tratamento algum.

Veja algumas características gerais das aftas:

surgem em qualquer pessoa, mesmo as mais saudáveis;
o mau hálito e a febre não são características das aftas normais;
sua cura não é definitiva;
não são contagiosas;
não existem fungos ou bactérias nas aftas, e por isso são consideradas limpas.

Tratamento

Normalmente a cura é espontânea, ocorre entre 7 e 15 dias. Procure não utilizar produtos cáusticos no local, porque estes podem diminuir a dor, mas também destruir o tecido. O bicarbonato de sódio, por exemplo, serve como espécie de anestésico, pois destrói as células nervosas responsáveis pela dor. No entanto, faz a afta demorar ainda mais para desaparecer, pois danifica os tecidos saudáveis da mucosa.

Antiinflamatórios com corticóides são muito usados em bochechos ou em pomadas apropriadas. O uso local de anestésico líquido (bochecho), como a xilocaína, é muito indicado antes das refeições.

Não deixe de se alimentar; procure ingerir as vitaminas, sais minerais e nutrientes que o organismo necessita; prefira alimentos leves e macios. Em caso de muita dor, é recomendado o uso de anestésicos via oral. As deficiências de ferro, vitamina B12 e folato têm sido associadas ao aumento da ocorrência deste problema. O consumo de alimentos ricos nestes nutrientes pode então prevenir as aftas.

As pessoas que usam aparelhos ortodônticos têm maior possibilidade de afta, porque machucam a boca com maior freqüência com o aparelho. Deve-se usar uma cera no local que está lesado. Se a prótese for a causa, peça ao seu ortodontista para ajustá-la.

Se o problema persistir, consulte o dentista imediatamente.

Fonte: www.hospitalgeral.com.br

 

Lesões brancas da mucosa oral (tecido de revestimento interno da boca), muito comuns e que incomodam muito.

AFTA ou "aphta vulgaris" é uma lesão vesiculosa da mucosa da boca, que ocorre habitualmente nas bochechas, lábios e língua; raramente no céu da boca e na gengiva. Elas podem aparecer individualmente ou em grupos e, geralmente é recidivante.

Aftas

A(s) vesícula(s) rompe(m)-se rapidamente, de modo que a afta é vista mais freqüentemente como uma úlcera rasa, arredondada, de fundo amarelado e bordas avermelhadas, cujo diâmetro médio é da ordem de 5 mm. São bastante dolorosas, principalmente nos primeiros 3 a 5 dias. A lesão dura de 10 a 14 dias e a mucosa oral se recupera totalmente, não deixando cicatriz.

Etiologia desconhecida.

As úlceras tendem a aparecer quando o paciente passou por algum tipo de stress físico ou emocional. Recentemente cientistas tendem a classificar as aftas orais entre as vasculites, que são doenças inflamatórias auto-imunes.

A Estomatite Aftosa Recorrente, uma de suas formais mais comuns, se manifesta normalmente sem qualquer outra doença paralela específica, constituindo-se em uma doença inflamatória em si mesma.

Pacientes com outras doenças podem ter aftas mais freqüentemente:

a - Deficiências imunológicas humorais (deficiências de imunoglobulinas)
b - Doença Celíaca
- Doença de Behcet
- Doença de Crohn
e - AIDS
f - Citomegalovírus
g - Anemias
h - Distúrbios gastrointestinais passageiros.

Em crianças os vírus coxsackie A, coxsackie B, echovírus e enterovírus podem causar estomatite, doença caracterizada pelo aparecimento de lesões múltiplas, semelhantes a aftas.
Como diagnóstico diferencial, a gengivo-estomatite herpética aguda se apresenta com vesículas mais resistentes, geralmente muito pequenas e conglomeradas.

Fatores agravantes

Qualquer lesão na mucosa bucal pode produzir afta, desde um arranhão causado pela escova de dentes, até queimaduras ou ferimentos causados por alimentos quentes ou muito ásperos, aparelhos ortodônticos, etc.

Algumas pessoas evitam alimentos ácidos, tais como frutas cítricas (limão, laranja, tangerina, abacaxi, etc.), tomate, vinagre molhos, etc., pois acreditam que estes alimentos desencadeiam o aparecimento das úlceras.

Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolver aftas do que homens. O mesmo ocorre com pessoas cujos pais têm aftas habitualmente.

Tratamento: não há.

Algumas medidas podem ser tomadas para aliviar o desconforto, principalmente nos primeiros 3 ou 4 dias em que as lesões estão mais doloridas:

1) bochechos, 3 a 4 vezes ao dia, com 1 colher de sobremesa de água oxigenada 10 vol diluída em 1/2 copo de água morna.

2) bochechos, 3 a 4 vezes ao dia, com 1 colher de chá de sal e 1colher de chá de bicarbonato de sódio diluídas em 1/2 copo de água morna.

3) evitar alimentos ácidos. Não se tem notícia que vitaminas ou alimentos especiais possam ajudar, a não ser que haja uma deficiência específica. Embora o stress possa causar ou fazer eclodir aftas, medicamentos tranqüilizantes também são, aparentemente, de pouca ajuda.

4) evitar o uso de agentes cáusticos no local, pois, apesar de diminuir a dor, eles provocam a destruição do tecido, fazendo com que a úlcera se torne mais profunda e sujeita a infecções.

No caso de dor intensa, medicação analgésica por via oral pode ajudar.

Quem usa aparelhos ortodônticos pode ter aftas devido ao traumatismo constante. A aplicação de cera de uso odontológico no local responsável pelo traumatismo costuma ajudar.
Se a causa do problema for prótese dentária, o dentista deverá ser consultado.

Nos casos prolongados (mais de 2 semanas), uma visita ao dentista é recomendada.

Fonte: odontologika.uol.com.br

Aftas

O que é uma afta?

A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população, caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas na mucosa bucal, as quais podem ser múltiplas ou solitárias.

Quais as características clínicas da afta?

As aftas costumam ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada. Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelada e circundada por um halo vermelho. Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.

Todas as aftas são iguais?

Não. Atualmente são reconhecidos três tipos de aftas, sendo a vulgar ou minor a forma mais prevalente. As outras formas são mais raras: uma delas é conhecida como herpetiforme, porque lembra a manifestação do herpes simplex, apresentando um grande número de pequenas ulcerações superficiais arredondadas e agrupadas, que também perduram por cerca de 10 dias; a outra forma é chamada afta major, que, como o nome indica, produz uma ferida maior (com mais de 1 cm de diâmetro), mais profunda, mais dolorida, mais difícil de tratar e que permanece semanas ou, às vezes, meses.

Por que as aftas doem tanto?

As aftas são lesões ulceradas: há exposição do tecido conjuntivo, que é rico em vasos e nervos, o que provoca dor. Além disso, o quadro pode ser agravado por infecções causadas por microorganismos do meio bucal.

O que causa a afta?

Não podemos afirmar que exista um agente etiológico específico. A literatura aponta uma alteração da resposta imunológica como possível causa primária em alguns pacientes e secundária em outros. Os ácidos presentes na alimentação, os pequenos traumas à mucosa, distúrbios gastrintestinais, o ciclo menstrual e o estresse emocional agem como fatores desencadeantes.

Qual a relação entre as aftas e a dieta?

Alguns alimentos, quando em contato com a mucosa bucal, podem desencadear uma resposta imunológica alterada em certos pacientes, o que provocaria o aparecimento da ulceração. Muitas vezes os pacientes são alérgicos: têm aftas quando ingerem certos alimentos.

As aftas são contagiosas?

Não, pois não se trata de doença infecciosa. No entanto, há um traço familiar envolvido. Filhos de pais portadores de aftas apresentam chances bem maiores de também sofrerem com aftas.

Outras doenças podem parecer aftas?

Sim. O câncer de boca, ou carcinoma epidermóide, freqüentemente começa como uma lesão ulcerada. Por isso, frente a uma úlcera bucal que não cicatriza dentro de 15 dias, o paciente deve procurar o cirurgião-dentista para o diagnóstico da lesão. Além disso, algumas doenças infecciosas, como o herpes, e algumas doenças dermatológicas com ocorrência intrabucal, como o lúpus, embora tenham características próprias bem conhecidas, em certas fases de seu desenvolvimento podem parecer-se com aftas, principalmente para o leigo.

Só agora, perto dos 50 anos de idade, comecei a sofrer com aftas. Por quê?

Confirmado o diagnóstico (pois nem toda ferida na boca é uma afta), será preciso investigar algum fato relevante na história médica do indivíduo ou se houve alguma modificação importante em seus hábitos de vida. Um fator muitas vezes relacionado com essa história é o abandono do hábito de fumar. O fumo provoca um espessamento da mucosa bucal, que parece tornar-se mais resistente à penetração de agentes desencadeadores da afta. Resta saber se vale correr o risco de adquirir um câncer de boca ou pulmão para se proteger das aftas.

Queimo minhas aftas com formol; há algum problema nessa prática?

A aplicação de substâncias cáusticas, como o formol, sobre as aftas destrói o tecido da região, inclusive as terminações nervosas, o que faz desaparecer a dor. Entretanto, o que se faz é substituir a afta por uma queimadura química, que causa injúria a tecidos normais. Além disso, há risco de maiores danos pela inadequada manipulação dos produtos por parte dos usuários. Não se recomenda tal prática.

Qual o melhor tratamento para as aftas?

Não existe tratamento que seja eficaz para todos os portadores de aftas. Alguns têm uma lesão aftosa uma vez por ano; outros apresentam lesões múltiplas diuturnamente. As medicações de uso sistêmico, como os imunossupressores, são mais efetivas na redução dos sintomas, mas possuem efeitos colaterais indesejáveis, às vezes graves, sendo, por isso, reservadas para os casos mais severos da doença, exigindo o acompanhamento atento de um especialista. Para os indivíduos com quadros clínicos mais leves, a melhor abordagem é a aplicação tópica de anti-sépticos, antiinflamatórios, anestésicos ou protetores de mucosa, naturais ou sintéticos. O cirurgião-dentista deve ser consultado para um adequado diagnóstico e orientação terapêutica.

Fonte: www.odontologiadiferenciada.com.br

A afta ou úlcera aftosa recorrente é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população, caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas na mucosa bucal, as quais podem ser múltiplas ou solitárias.

Aftas

Costuma ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada. Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelada e circundada por um halo vermelho.

Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.

Atualmente são reconhecidos três tipos de aftas, sendo a vulgar ou minor a forma mais prevalente. As outras formas são mais raras: uma delas é conhecida como herpetiforme, porque lembra a manifestação do herpes simplex, apresentando um grande número de pequenas ulcerações superficiais arredondadas e agrupadas, que também perduram por cerca de 10 dias; outra forma é chamada afta major, que o nome indica, produz uma ferida maior (com mais de 1 cm. de diâmetro), mais profunda, mais dolorida, mais difícil de tratar e que permanece semanas ou, às vezes, meses.

Não podemos afirmar qual a causa específica da afta. A literatura aponta uma alteração da resposta imunológica como possível causa primária em alguns pacientes e secundária em outros.

Os ácidos presentes na alimentação, os pequenos traumas à mucosa, distúrbios gastrointestinais, o ciclo menstrual e o estresse emocional agem como fatores desencadeantes. As vezes, o abandono do hábito de fumar, provoca o surgimento de aftas.

A afta não é contagiosa, pois não é doença infecciosa.

O câncer bucal, ou carcionoma epidermóide, frenquentemente começa como uma lesão ulcerada. Por isso, frente a uma úlcera bucal que não cicatriza dentro de 15 dias, o paciente deve procurar o cirurgião dentista para o diagnóstico da lesão. Além disso, algumas doenças dermatológicas com ocorrência intrabucal, como o lúpus, em certas fases de seu desenvolvimento podem parecer-se com aftas.

A aplicação de substâncias cáusticas, como o formol, sobre as aftas destrói o tecido da região, inclusive as terminações nervosas, o que se faz é substituir a afta por uma queimadura química, que causa injúria a tecidos normais. Não se recomenda tal prática.

Não existe tratamento que seja eficaz para todos os portadores de aftas.

As medicações de uso sistêmico, como os imunodepressores, são mais afetivos na redução dos sintomas, mas possuem efeitos colaterais indesejáveis, às vezes graves, sendo, por isso, reservadas para os casos mais severos da doença, exigindo o acompanhamento atento de um especialista. Para os indivíduos com quadros clínicos mais leves, a melhor abordagem é a aplicação tópica de anti-sépticos, antiinflamatórios e anestésicos.

Referência

Magalhães, M, Aftas, revista APCD vol. 53 - n.6 nov./dez. - 1999, pg. 471

Fonte: www.anadentista.com.br

As úlceras orais, também chamadas de úlceras aftosas, estomatites aftóides ou simplesmente aftas, são lesões muito comuns da mucosa oral.

Aftas são lesões benignas, mas por vezes, algumas doenças mais graves podem se manifestar com lesões muito semelhantes.

Vamos primeiro falar da afta simples, para depois descrevermos as outras úlceras orais que merecem maior cuidado.

O que é uma afta?

A afta é uma úlcera que pode surgir em qualquer ponto da cavidade oral: língua, lábios, gengiva, garganta e úvula. São lesões ovais, esbranquiçadas (às vezes amareladas), rasas e limpas, ou seja, não apresentam pus, bactérias ou outros sinais de infecção. Podem ser únicas ou múltiplas, pequenas ou grandes.

Aftas

Todo mundo já teve pelo menos uma ao longo da vida e 20% da população sofre com aftas recorrentes. São mais comuns em pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovens, tendendo a diminuir sua incidência com o passar do anos.

Apesar de lesões benignas, as aftas são muito dolorosas e muitas vezes atrapalham atividades simples como falar, comer e beijar. Por maior e mais numerosas que sejam, não são causas de mau-hálito.

As aftas não são contagiosas, mas as suas causas não estão completamente esclarecidas. Parecem ser causadas por desbalanços no sistema imune.

Alguns dos gatilhos conhecidos são:

Traumas locais como mordidas acidentais

Estresse psicológico

Poucas horas de sono

Helicobacter pylori, a mesma bactéria que causa úlcera gástrica

Algumas pastas de dentes (dentifrícios) que contenham sódio-lauril-sulfato

Refluxo gastro-esofágico

Comidas como chocolate, café e bebidas ácidas.

Cigarro

Alterações hormonais durante o ciclo menstrual.

Deficiência de algumas vitaminas e minerais como : vit.B12 e vit. C, zinco, ferro e ácido fólico

Drogas como antiinflamatórios

A maioria das aftas dura em média de 1 a 2 semanas e costuma curar sem deixar cicatriz, porém, algumas pessoas apresentam aftas grandes, chamadas de aftas major, maiores que 1cm e profundas. Estas demoram até 6 semanas para desaparecer e podem deixar cicatriz. Existe ainda ainda a afta herpetiforme, formada por múltiplas úlceras pequenas que se juntam e transformam-se em uma lesão grande.

As aftas podem vir acompanhadas de linfonodos no pescoço (ínguas), e por vezes, de febre baixa e mal estar.

Aftas

Tratamento para afta

Não existe remédio milagroso para afta. Nenhuma substância cura a úlcera de um dia para o outro. Como a afta costuma durar até 2 semanas, os tratamentos atuais visam a acelerar o processo de cicatrização da lesão.

É importante distinguir as pomadas que contém apenas anestésicos, e portanto, servem apenas para alívio sintomáticos, daquelas com corticóides e antiinflamatórios em sua fórmula, que efetivamente podem acelerar a cicatrização.

Os 2 medicamentos mais usados para este fim são:

Amlexanox (Aphthasol®)
Acetonido de triancinolona (OMCILON- A ®)

O Amlexanox é o que tem apresentado os melhores resultados nos trabalhos científicos.

Na internet é muito fácil achar inúmeras receitas caseiras para tratar as aftas. Deve-se ter cuidado com o que se aplica na lesão para não aumentar a inflamação e piorar o quadro.

Algumas opções aceitáveis, porém nem tão efetivas, são:

Bochechar solução feita com 1 colher de leite de magnésia ou bicarbonato de sódio diluído em copo de água.

Diluir água oxigenada em água comum e aplicar com cotonete diretamente na afta

Misturar Difenidramina (Benadryl®) com leite de magnésia e bochechar.

Evite contato direto de substâncias abrasivas puras como álcool e bicarbonato em pó. Isto pode irritar a lesão e piorar o quadro. Quando usar diluições para bochechos, sempre cuspa o líquido no final. Nunca o engula.

Quando se preocupar com uma afta?

Apesar de benigna na imensa maioria dos casos, a afta pode ser uma manifestação de doenças sistêmicas ou pode ser confundida com lesões graves como neoplasia da cavidade oral.

Uma consulta com o dentista ou médico estomatologista deve ser avaliada quando:

a afta for excepcionalmente grande
as aftas forem recorrentes com surgimentos de novas logo após a cicatrização das primeiras.
a afta demorar mais de 3 semanas para cicatrizar
houver sinais de infecção na área da afta
houver sintomas sistêmicos que sugiram a presença de alguma doença
houver febre
houver úlceras também nos órgãos genitais

Quais doenças cursam com aftas ou lesões semelhantes?

Normalmente as úlceras orais causadas por doenças sistêmicas são múltiplas e recorrentes. Costumam ter algumas características diferentes das aftas comuns e são acompanhados de outros sintomas.

Fonte: www.mdsaude.com

Ninguém pede, mas ela volta

O nome científico é Ulceração Aftosa Recorrente, mas todo mundo a conhece de outro modo: afta. É a enfermidade da mucosa bucal mais comum e se caracteriza por úlceras (feridas) branco-amareladas de contorno avermelhado. A afta é dolorosa, arde muito, e dura entre 10 e 14 dias, desaparecendo por conta própria e sem deixar saudade nem cicatriz. Mas o pior é que ela volta. E muitas vezes.

Aftas

É mais comum entre os 20 e os 40 anos de idade

Embora a causa da afta seja desconhecida, existem fatores que podem favorecer o aparecimento das lesões. Estresse, frutas cítricas, alimentos condimentados ou gordurosos como maionese, carne de porco e chocolate, bem como a anestesia dentária e traumatismos da mucosa com a escova de dentes, podem ser citados como exemplos desses fatores.

Sem conhecer a causa, fica difícil combater a enfermidade. Os tratamentos, chamados de paliativos, apenas diminuem a dor e ajudam na cicatrização, sendo incapazes de impedir o surgimento de novas lesões. Corticosteróides tópicos e antibióticos, entre outros medicamentos, fazem parte das alternativas terapêuticas, mas o bicarbonato de sódio, que costuma ser usado como automedicação, é inócuo, a afta pode acometer indivíduos de qualquer faixa etária, mas é mais comum nas pessoas entre 20 e 40 anos de idade.

Não causa mau hálito e não é transmissível

A falta de informação também prejudica, pois as pessoas confundem a afta com outras lesões ulceradas da mucosa bucal.

O mau hálito não é um dos sintomas da afta, embora possa surgir se a pessoa não conseguir desenvolver higiene bucal adequada, devido à dor provocada pelas lesões.

O tipo mais grave pode provocar mais de cem lesões

A afta se divide em três tipos clínicos: menor, maior e herpetiforme. A menor é a mais comum e corresponde a 80% dos casos. As lesões se apresentam como úlceras de até um centímetro de diâmetro, ocorrem geralmente em número de uma a três, simultaneamente, e persistem por 10 a 14 dias. Depois, desaparecem sem deixar cicatriz.

Já a afta maior representa 10% dos casos e é uma forma mais severa da enfermidade. As lesões podem chegar a três centímetros de diâmetro, sendo únicas ou múltiplas, com bordas irregulares e mais profundas. Podem persistir por mais de seis semanas e são capazes de deixar cicatriz.

A afta herpetiforme também corresponde a 10% dos casos e, como o próprio nome indica, é representada por lesões semelhantes às do herpes intrabucal. O que diferencia ambas é o fato de a afta herpetirfome jamais ser precedida por bolhas e não atingir a região perioral (em volta da boca). São grupos de pequenas lesões ulceradas, rasas e dolorosas, disseminadas por toda a mucosa bucal. Cada uma mede cerca de dois a três milímetros de diâmetro, podendo ocorrer em grupos de cem ou mais lesões ao mesmo tempo.

Fonte: www.saudenarede.com.br

Aftas
Afta (no círculo azul) na mucosa do lábio inferior.

Afta é uma ferida na mucosa da boca. Caracteriza-se por pequenas erupções que surgem na mucosa labial interna (na boca propriamente dita) - primariamente nos lábios, gengivas e na língua - o que ocasiona incômodo e dor.

Não se conhecem ainda exatamente as causas e o tratamento apropriado da afta. Os dados científicos sobre o assunto sugerem que a aftose provavelmente é uma manifestação comum a diversas doenças, causada por mecanismos distintos, geralmente de natureza imunológica. Comumente, ela permanece instalada no organismo cerca de uma semana, podendo chegar, em alguns casos, até duas semanas.

Segundo a crença popular, alimentos e frutas ácidas como o abacaxi e o limão, assim como temperos picantes, podem funcionar como possíveis indutores da formação de aftas, preferencialmente em quem já apresenta tendência para o problema. Mas os principais desencadeadores das lesões são o stress e trauma local (por doenças dentárias ou próteses mal ajustadas). Outros fatores de menor importância são doenças sistêmicas, imunopatias, deficiência nutricional, alergia a alimentos, predisposição genética, certos medicamentos e infecção pelo HIV.

Ainda segundo a crença popular, a maioria dos casos de afta seriam causados por acidez exacerbada do estômago, mas estudos realizados em portadores de aftas de repetição não demonstraram essa correlação.

Fonte: pt.wikipedia.org

 

AIDS

AIDS (sigla em inglês - Acquired Immunodeficiency Syndrome) significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Sida), que é uma doença infecciosa que ataca o sistema imunológico, debilitando o organismo e permitindo que algumas infecções oportunistas, causadas por vírus e bactérias, se instalem com maior facilidade (pneumonia, tuberculose, doenças intestinais, pneumonia, sapinho, herpes simples, tumores como o Sarcoma de Kaposi, dentre outras), pela qual o sistema imunológico do seu portador não consegue proteger o corpo, facilitando o desenvolvimento de moléstias, sendo causada pelos vírus HIV-1 e HIV-2.

AIDS

Essas infecções, em um indivíduo sadio, não apresentariam maiores problemas, pois são todas tratáveis. No entanto, em um paciente portador do vírus HIV com a doença ativa, elas são mais graves, com difícil tratamento, já que as defesas do organismo estão baixas.

A epidemia da Aids atualmente é um fenômeno mundial que atinge praticamente todas as classes sociais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 42% dos infectados são mulheres. Há de se ressaltar que a epidemia passa, recentemente, por um processo de interiorização, heterossexualização, feminização e pauperização.

CAUSA

A AIDS é causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), capaz de destruir as células responsáveis pela defesa do organismo (anticorpos).

HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana. Por síndrome entende-se um conjunto de sinais e sintomas de uma doença. Imunodeficiência é o enfraquecimento do sistema imunológico, responsável pela defesa do corpo contra as infecções e doenças em geral. Assim, o organismo de uma pessoa atingida pelos vírus HIV-1 ou HIV-2, pode se tornar mais frágil diante de certos micróbios, como bactérias e vírus.

TRANSMISSÃO

O HIV é transmitido principalmente através das secreções de uma pessoa infectada para uma pessoa sadia, quando ocorre o contato da pele com fluidos corporais (sangue, sêmen, secreção pré-seminal, secreção vaginal e leite materno).

SINTOMAS DA AIDS

Trata-se de sintomas que aparecem logo depois da transmissão do vírus.

Acontece em 50% a 90% dos pacientes, sendo que alguns sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe: febre alta, dores musculares e articulares, gânglios, dor de garganta, vermelhidão no corpo e perda de peso figuram entre eles. Tendem a desaparecer espontaneamente após aproximadamente 14 dias.

Apesar de não se dispor de dados científicos comprovados, estima-se que uma pessoa recém-infectada seja potencialmente transmissora do HIV dentro de 2 a 4 dias após contrair o vírus. O HIV consegue enfraquecer o organismo da pessoa infectada atacando certos linfócitos, os defensores naturais do corpo.

Não se pode dizer que existam sintomas diretamente relacionados ao vírus da Aids. Na verdade, devem-se às chamadas doenças oportunistas, aquelas que se aproveitam do enfraquecimento do organismo para se instalarem, como tuberculose, pneumonia, sarcoma de Kaposi etc.

Por outro lado, existem vários sinais do desenvolvimento da Aids. Entre os mais freqüentes, encontram-se:

SINAIS DA AIDS

Emagrecimento rápido, com perda de mais de 10% do peso corporal;

Diarréia prolongada (por mais de 1 mês);

Febre persistente (por mais de 1 mês);

Tosse seca, sem motivo aparente;

Suores noturnos, cansaço;

Candidíase (sapinho) persistente – na boca ou na genitália;

Manchas avermelhadas pelo corpo.

O tempo para um soropositivo apresentar sintomas varia muito: não existe qualquer prazo definido. A maioria passa mais de dez anos sem nada e alguns podem até nunca desenvolver Aids, mesmo estando infectados pelo HIV.

FATORES DE RISCO

Relações sexuais sem camisinha (através do contato com esperma e secreções vaginais contaminadas);

Compartilhamento de seringas e agulhas, ao usar drogas injetáveis;

Transfusão de sangue contaminado;

Mãe contaminada para o filho: durante a gestação, no parto ou pelo aleitamento materno;

Instrumentos não-esterilizados empregados em procedimentos invasivos (que penetram no corpo), como alicates de unhas, agulhas para tatuagens ou acupuntura, lâminas de barbear etc.

TRATAMENTO DA AIDS

No período entre 1982 a 1989, a sobrevida mediana no Brasil dos pacientes com Aids maiores de 12 anos era de apenas 5,1 meses (Chequer, 1992), ou seja, após o diagnóstico da primeira infecção oportunista, cerca de 50% dos pacientes morriam em menos de seis meses.

Era o período crítico da epidemia. Muito pouco se sabia sobre a doença e a medicina se deparava estarrecida e impotente com um número de mortes cada vez maior.

A mudança deste cenário ocorreu em 1989 com a descoberta da zidovudina- AZT, que se mostrou eficaz inicialmente, mas que não alterava o tempo de sobrevivência. Anos depois, surgiram novas substâncias que, associadas ao AZT, aumentaram discretamente a sobrevida das pessoas afetadas, chamada à época terapia dupla.

O avanço nas pesquisas científicas possibilitou o aparecimento, em 1996, de uma proposta terapêutica que demonstrou um aumento da sobrevida, ficando popularmente conhecida como coquetel. Era a terapia anti-retroviral de alta potência.

Essa terapia trouxe avanços inestimáveis, propiciando o esclarecimento de aspectos fundamentais da doença. A Aids passaria a ser uma enfermidade crônica, compatível com sobrevivência e com preservação da qualidade de vida.

No Brasil, desde 1995, garantiu-se o acesso universal aos anti-retrovirais. E a partir de 1996, frente ao ótimo resultado do “coquetel”, os medicamentos que o compõe são garantidos por lei federal.

MEDICAMENTOS ANTI-HIV

A melhor maneira de combater o vírus é impedir sua multiplicação. É o que fazem os medicamentos anti-HIV, que devem baixar a carga viral, tornando-a indetectável e, se possível, restaurar a imunidade.

Para que o tratamento anti-HIV seja mais eficaz, é recomendável iniciá-lo antes que a pessoa tenha alguma doença e que seu sistema imunológico esteja muito enfraquecido. É a razão pela qual, hoje, muitas pessoas infectadas pelo HIV fazem um tratamento enquanto dispõem de boa saúde.

Todavia, o início de tratamento raramente ocorre com urgência. É importante informar-se bem com seu médico, grupos e outras pessoas sob tratamento e se preparar antes de começar um tratamento anti-HIV.

O estado de saúde de cada pessoa, o estilo de vida e preferências pessoais vão influenciar a escolha das drogas anti-retrovirais.

A seguir, alguns tópicos que devem, também, ser considerados:

A combinação de drogas deve ser forte o suficiente para baixar a carga viral aos mais baixos níveis possíveis, que irão reduzir os riscos do surgimento de doenças oportunistas no futuro;

Na terapia combinada é melhor não incluir nenhuma droga anti-retroviral que já tenha sido usada como monoterapia;

Ao escolher a primeira combinação de drogas é importante planejar a longo prazo. O ideal é que o infectologista informe qual é a segunda opção, caso a primeira falhe;

Existe a possibilidade do aparecimento de efeitos colaterais. Assim, antes de iniciar a terapia é prudente levá-los em consideração e discuti-los com o médico;

Alguns anti-retrovirais interagem de maneira ruim com outros medicamentos que possam estar sendo tomados. Podem tornar-se menos eficazes ou, por outro lado, até perigosos. É indispensável, portanto, que o médico esteja ciente das outras medicações utilizadas junto com o coquetel.

DROGAS DISPONÍVEIS

Atualmente, há 17 drogas que compõem o arsenal contra o HIV. Durante bastante tempo o AZT (lançado em 1987) foi o único remédio disponível para o controle do vírus.

São elas:

Inibidoras da protease:

Indinavir (Crixivan)

Ritonavir (Norvir)

Saquinavir (Invirase ou Fortovase)

Nelfinavir (Viracept)

Amprenavir (Agenerase)

Lapinovir (Kaletra).

Inibidoras da Transcriptase Reversa Nucleosídeos:

Zidovudina (Retrovir ou AZT)

Ddidanosina (Videx ou ddI)

Zalcitabina (Hivid ou ddC)

Estavudina (Zerit ou d4T)

Lamivudina (Epivir ou 3TC)

Combivir (AZT + 3TC)

Abacavir (Ziagen)

Trizivir (AZT + 3TC + abacavir).

Inibidoras da Transcriptase Reversa Não Nucleosídeos:

Nevirapina (Viramune)

Efavirenz (Sustiva)

Delavirdina (Rescriptor).

Coquetel do dia seguinte:

São os medicamentos anti-retrovirais usados após a exposição acidental da pessoa ao vírus. No Brasil é preconizado após acidentes de trabalho, quando médicos ou pessoal da enfermagem se ferem com uma agulha ou objeto cortante contaminado; ou em vítimas de estupros.

Em alguns países, como a França, tem sido recomendado também depois de relação sexual sem preservativos com parceiro infectado.

Momento ideal para iniciar o tratamento com o coquetel

Neste assunto, não há respostas prontas: ninguém sabe qual é o momento ideal para o início da terapia. A decisão vai depender das condições de saúde da pessoa e da linha científica adotada pelo médico. O certo é que, no Brasil, existe um consenso elaborado por técnicos do Ministério da Saúde que indica parâmetros para início do tratamento.

Segundo o documento, deve-se dar medicamentos quando a carga viral superar 100.000ml e CD4 tornar-se inferior a 500mm³. Pessoas com CD4 maior que 500/mm³ só devem iniciar a terapia quando a carga viral for maior a 100.000 cópias/ml.

A terapia combinada vem apresentando bons resultados em diferentes estágios da infecção (pessoas com ou sem sintomas). Isso significa que não há evidências da relação entre tempo e melhores resultados.

FUNÇÕES DO COQUETEL

COMO AGEM OS MEDICAMENTOS?

HIV infecta as células do sistema imunológico (principalmente as células CD4) e as utiliza para fazer novas cópias do vírus. Estas cópias, então, continuam infectando outras células vizinhas. Com o tempo, isso vai diminuindo a habilidade do corpo em combater infecções.

As drogas anti-retrovirais agem impedindo o HIV de se reproduzir dentro das células CD4, cessando a infecção de novas células pelas suas cópias. Ao fazer isto, a quantidade de HIV no organismo diminui e o dano que ele pode causar ao sistema imunológico também é reduzido.

O QUE É TERAPIA COMBINADA?

Significa usar duas ou mais drogas juntas, o que popularmente se conhece como coquetel. Monoterapia é o uso de uma droga por vez. Foi provado que terapia combinada é muito mais eficaz e duradoura do que monoterapia, na tarefa de reduzir a quantidade de HIV presente no organismo, prevenindo, assim, o desenvolvimento dos sintomas da Aids.

Quando uma população de vírus é combatida por mais de uma droga, torna-se mais raro o surgimento de vírus mutantes ou resistentes. Hoje, a monoterapia é utilizada somente por gestantes infectadas pelo HIV, em esquema de quimioprofilaxia da transmissão mãe-filho.

EFEITOS COLATERAIS

COMO DIMINUÍ-LOS?

Visando diminuir ou eliminar alguns efeitos colaterais, médicos e pacientes estão experimentando trocar o esquema de drogas. Vários estudos em andamento sugerem que esta estratégia pode ser bem-sucedida no caso de redução de níveis de triglicérides e colesterol, ao contrário do que ocorre com a lipodistrofia, para a qual, até o momento, não existe resposta definitiva.

Em alguns casos, as reações adversas são mais severas no início do tratamento, mas diminuem com o tempo, se a pessoa puder tolerá-las. Em outros, podem ser controladas pela sensibilização, isto é, iniciar-se a droga com dose menor do que a habitual, aumentando-a gradativamente.

De qualquer forma, conscientização é a palavra-chave na hora de aliviar ou eliminar os efeitos colaterais dos antivirais: cabe aos médicos informar seus pacientes sobre as potenciais reações (a maioria não experimenta reação alguma). Mas, é obrigação do paciente comunicar ao médico todas as sensações diferentes devidas aos remédios, mesmo as aparentemente simples.

EFEITOS SECUNDÁRIOS ESPECÍFICOS

Certas classes de drogas são associadas com maior freqüência a efeitos secundários específicos. Por exemplo, alguns análogos de nucleosídeos (AZT, ddI, 3TC etc.) tendem a causar reduções no número de glóbulos brancos e toxicidade mitocondrial (ataque a filamentos no interior das células).

Alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (delavirdina, nevirapina, efavirenz) causam mais reações cutâneas (doenças na pele). Já o tratamento anti-HIV de longo prazo, especialmente os que empregam regimes que incluem um inibidor da protease (indinavir, saquinavir, ritonavir etc.), é associado a elevações do nível de gordura no sangue (diabetes) e redistribuição de gordura no organismo (lipodistrofia).

EFEITOS COLATERAIS MAIS COMUNS

Entende-se por efeitos colaterais, também conhecidos como efeitos secundários, toxicidade farmacológica ou reações adversas, qualquer reação inesperada produzida por um medicamento. Podem ser leves e transitórios; moderados e persistentes; graves ou potencialmente mortais e, infelizmente, alguns destes efeitos não são confirmados até que o fármaco esteja aprovado, devidamente comercializado e utilizado por milhares de pessoas.

Os efeitos colaterais mais freqüentes que se apresentam no início do tratamento incluem cansaço, náusea, vômitos, diarréia, dores musculares, dor de cabeça e irritação de pele. Outros efeitos variam de acordo com o tipo de remédio que está sendo usado. Pacientes com Aids em estágio avançado tendem a apresentar reações adversas com mais freqüência.

OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO COQUETEL E QUANTO TEMPO ELES DURAM

A terapia combinada previne o desenvolvimento das infecções, diminui a carga viral e aumenta a contagem de CD4. Algumas semanas após o início do tratamento, muitas pessoas sentem que recuperaram o apetite e o peso e ainda, sua energia e bem-estar.

Pode-se, inclusive, aumentar o interesse sexual. Entretanto, ainda não se sabe com certeza durante quanto tempo a combinação de drogas irá manter seus benefícios. Até agora, mostrou-se efetiva por, pelo menos, dois anos.

FALHAS E RESISTÊNCIAS

Se a carga viral aumentar rapidamente ou de maneira sistemática, durante um tempo, mesmo com o uso da terapia combinada, isto indica que se está diante de um HIV resistente a alguma droga.

Para evitar esse problema, recomenda-se:

Não incluir na terapia combinada drogas anti-retrovirais que já tenham sido usadas em monoterapia (uso de um só remédio);

Tomar as drogas nos horários certos e com dieta adequada;

Encontrar uma combinação que consiga reduzir a carga viral e mantê-la muito baixa, preferivelmente em níveis indetectáveis.

Fonte: www.unimeds.com.br


AIDS

Qual a diferença entre Infecção por HIV e AIDS?

Nos estágios iniciais da doença, muitas pessoas nem mesmo sabem que estão infectadas pelo HIV. De fato, mais da metade não desenvolve sintomas durante a infecção aguda; esses, ocorrem em geral 2 a 3 semanas após o contágio e se assemelham aos sintomas de gripe, tais como febre, dores articulares e musculares, dor de garganta e queda do estado geral, porém podem ser mais graves, requerendo hospitalização.

Duas a seis semanas após o contágio é desencadeada resposta imunológica contra o vírus, a qual será capaz de controlar a proliferação inicial do vírus, mas é incapaz de eliminá-lo por completo do organismo. Desta forma se desenvolve infecção latente, com destruição progressiva das células de defesa (principalmente dos linfócitos T CD4) do organismo. Esse período é, na maior parte das vezes, assintomático. Com a progressão da infecção, a pessoa fica mais suscetível às doenças relacionadas à queda de imunidade.

AIDS e doenças relacionadas à AIDS

Quando o número de linfócitos CD4 situa-se abaixo de 200 células por milímetro cúbico de sangue, considera-se que o indivíduo tem AIDS, de acordo com a definição americana. Nesses pacientes, podem se manifestar várias doenças, incluindo tipos específicos de infecção denominadas "oportunistas" e outras doenças relacionadas à AIDS. Muitas pessoas descobrem que estão infectadas pelo HIV quando consultam um médico por causa de uma doença que na verdade é uma patologia relacionada à AIDS.

Os estudos mostram que o tempo médio desde a infecção pelo HIV até o desenvolvimento de doenças relacionadas à AIDS é de aproximadamente 10 anos.

Mostram também amplas diferenças: cerca de 10% das pessoas infectadas pelo HIV progridem para a AIDS dois a três anos após a infecção, enquanto 5% a 10% dos indivíduos apresentam números estáveis de células CD4 e nenhum sintoma mesmo após 12 anos ou mais.

AIDS: Como se transmite?

O HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana - é o vírus que causa a AIDS. A principal via de transmissão do HIV é representada pelos fluídos orgânicos. A concentração do vírus varia em cada tipo de fluído. Aqueles particularmente infectantes são o sangue, o sêmen e as secreções cervico-vaginais. O HIV foi detectado na saliva de indivíduos infectados, embora não exista evidência de que o vírus se dissemine pelo contato com a saliva. Não há evidências científicas de que o HIV se propague pelo suor, lágrimas, urina ou fezes ou por meio do contato casual, tal como o compartilhamento de louças e talheres, toalhas e lençóis, piscinas, telefones ou assentos sanitários. Tampouco há evidência de transmissão por meio de insetos, tais como mosquitos ou percevejos.

Prevenir é importante

Existem certos comportamentos de alto risco que devem ser evitados, tais como:

O compartilhamento de agulhas ou seringas utilizadas para administração de drogas ilícitas

A prática de sexo sem proteção com uma pessoa infectada ou com alguém pertencente a um grupo de risco, que nunca tenha feito o teste para detecção do HIV.

Avanços no tratamento

Embora ainda não haja cura para a infecção pelo HIV e para a AIDS, uma das mais promissoras alternativas para ajudar as pessoas infectadas pelo HIV a conviver com a doença é representada pelos medicamentos novos e mais potentes. O surgimento de novos agentes anti-retrovirais tem permitido avanços sem precedentes no combate ao HIV. A ênfase do tratamento desviou-se da monoterapia para o uso de associações potentes de agentes anti-retrovirais. O objetivo da terapia anti-retroviral altamente ativa ("HAART") é reduzir a carga viral para níveis abaixo dos limites de detecção pelos testes mais sensíveis disponíveis, e manter esse efeito pelo maior tempo possível, no maior número de pessoas. A supressão da replicação viral permite a restauração do sistema imunológico, retarda a progressão da doença e melhora a saúde e o bem-estar das pessoas que convivem com o HIV ou a AIDS.

Os dois grandes grupos de medicamentos disponíveis para tratar a infecção causada pelo HIV são os inibidores da transcriptase reversa e os inibidores da protease, enzimas que atuam em diferentes etapas do ciclo de vida do vírus.

Inibidores da transcriptase reversa

Estes medicamentos (AZT, ddI, d4T, 3TC, ddC, Abacavir) atuam inibindo a transcriptase reversa, enzima responsável pela conversão do RNA do HIV em DNA. Sem isso, o vírus não consegue se replicar. Os inibidores da transcriptase reversa foram os primeiros medicamentos a serem desenvolvidos contra o HIV e foram seguidos pelo desenvolvimento de uma outra classe, os inibidores da transcriptase reversa não-nucleosídeos (ITRNNs: Efavirenz, Nevirapina e Delavirdina). Embora atuem de formas diferentes, todos dificultam a atividade da transcriptase reversa; entretanto, o vírus é capaz de sofrer mutação para alterar o "formato" de sua enzima transcriptase reversa, reduzindo a eficácia dessas medicações.

Inibidores da Protease

Como resultado do trabalho pioneiro dos Laboratórios de Pesquisa Merck Sharp & Dohme, a enzima protease do HIV surgiu como um segundo alvo para a atividade anti-retroviral. Os pesquisadores demonstraram que os inibidores da protease, quando associados com os inibidores da transcriptase reversa, podem reduzir a replicação do HIV a níveis não-detectáveis em um número substancial de pacientes.

Os inibidores da protease (Indinavir, Ritonavir, Saquinavir, Nelfinavir, Amprenavir, Lopinavir/ritonavir), as mais potentes armas farmacêuticas conhecidas até o momento para combater a infecção pelo HIV e a AIDS, comprovaram ser um importante avanço no tratamento. Essa classe terapêutica é capaz de inibir a ação da enzima protease viral específica, essencial para a formação da partícula infecciosa do HIV. Estudos clínicos têm mostrado que os esquemas terapêuticos combinados, que incluem um inibidor da protease, são eficazes para reduzir a carga viral do HIV, aumentar o número de linfócitos CD4+ e reduzir a mortalidade por AIDS.

O objetivo principal do tratamento anti-retroviral é inibir a replicação viral e evitar que o vírus sofra mutações e desenvolva resistência ao tratamento. Muitos especialistas acreditam que a melhor maneira de alcançar esse objetivo é por meio da utilização de combinações de agentes antivirais potentes.

 ALCOOLISMO

Alcoolismo, a qual é também conhecida como "síndrome de dependência de álcool", é uma doença que se caracteriza pelos seguintes elementos:

Desejo: Um forte necessidade, ou compulsão, para beber.

Perda de controle: a freqüente incapacidade de parar de beber uma vez que uma pessoa tenha começado.

Dependência física: a ocorrência de sintomas de abstinência, como náusea, sudorese, ansiedade, tremores, e, quando o uso do álcool é interrompido após um período de beber pesado. Estes sintomas geralmente são aliviados bebendo álcool ou tomando outra droga sedativa.

Tolerância: a necessidade de aumentar as quantias de álcool para ficar "alto".

Alcoolismo

Alcoólicos não pode simplesmente sair

alcoolismo tem pouco a ver com o tipo de álcool uma pessoa bebe, há quanto tempo tem sido uma bebida, ou até mesmo exatamente quanto álcool uma consome. Mas tem muito a ver com a necessidade incontrolável de uma pessoa para o álcool.

Esta descrição do alcoolismo nos ajuda a entender por que a maioria dos alcoólicos não pode apenas "usar um pouco de força de vontade" para parar de beber.

Ele ou ela é freqüentemente sob o domínio de uma ânsia poderosa para o álcool, uma necessidade que pode se sentir tão forte como a necessidade de água ou comida.

Enquanto algumas pessoas são capazes de recuperar sem ajuda , a maioria dos indivíduos alcoólicos precisam de ajuda externa para se recuperar de sua doença. Com apoio e tratamento , muitos indivíduos são capazes de parar de beber e reconstruir suas vidas.

Muitas pessoas se perguntam: Por que algumas pessoas usam álcool sem problemas, enquanto outros são completamente incapazes de controlar seu consumo de álcool.

Genética, ambiente, têm um papel

No entanto, é importante reconhecer que os aspectos do ambiente de uma pessoa, tais como a influência dos colegas e da disponibilidade de álcool, também são influências significativas. Herdadas e as influências ambientais são chamados " fatores de risco ".

Mas o risco não é destino. Só porque o alcoolismo tende a ocorrer em famílias não significa que um filho de um pai alcoólico automaticamente desenvolver alcoolismo.

O que é o abuso de álcool?

O abuso do álcool difere do alcoolismo em que ele não inclui um desejo extremamente forte para o álcool, a perda de controlo ou de dependência física. Além disso, o abuso de álcool é menos provável do que a alcoolismo incluem tolerância (a necessidade de quantidades crescentes de álcool para obter o "alto").

O abuso de álcool é definido como um padrão de consumo que é acompanhada por uma ou mais das seguintes situações dentro de um período de 12 meses:

Incumprimento de grande trabalho, escola ou responsabilidades em casa

Beber em situações que são fisicamente perigosas, como ao dirigir um carro ou máquinas de funcionamento

Recorrentes problemas relacionados ao álcool legais, tais como ser preso por dirigir sob a influência de álcool ou de ferir alguém fisicamente enquanto estava bêbado

Continuou bebendo, apesar de ter problemas de relacionamento em curso que são causadas ou agravadas pelos efeitos do álcool.

Enquanto o abuso de álcool é essencialmente diferente do alcoolismo, é importante notar que muitos efeitos do abuso do álcool também são sentidas por alcoólicos.

O alcoolismo pode ser curado?

Embora o alcoolismo é uma doença tratável, a cura ainda não está disponível. Isso significa que mesmo que um alcoólatra tem estado sóbrio por um longo tempo e recuperou a saúde, ele ou ela permanece suscetível a recaídas e deve continuar a evitar todas as bebidas alcoólicas. "Cortar" em beber não funciona; cortar o álcool é necessário para uma recuperação bem sucedida.

No entanto, mesmo os indivíduos que estão determinados a ficar sóbrio pode sofrer um ou vários "deslizes", ou recaídas, antes de chegar à sobriedade de longo prazo. Recaídas são muito comuns e não significam que uma pessoa fracassou ou não pode eventualmente se recuperar do alcoolismo. Tenha em mente, também, que a cada dia que um alcoólatra em recuperação está sóbrio antes de uma recaída é extremamente valioso tempo, tanto para o indivíduo e para a sua família. Se ocorre uma recidiva, é muito importante tentar parar de beber uma vez e para obter todo o apoio adicional é necessário para abster-se de beber.

Alcoólicos Anônimos

Praticamente todos os programas de tratamento do alcoolismo também incluem reuniões de Alcoólicos Anônimos (AA), que se descreve como uma "irmandade mundial de homens e mulheres que se ajudam mutuamente para ficar sóbrio." Enquanto AA é geralmente reconhecido como um programa de ajuda mútua eficaz para a recuperação de alcoólicos , nem todos respondem ao estilo de AA e mensagem, e as abordagens de recuperação de outros estão disponíveis. Mesmo aqueles que são ajudados por AA geralmente descobrem que AA funciona melhor em combinação com outros elementos do tratamento, incluindo aconselhamento e assistência médica.

Alcoolismo

alcoolismo é um termo amplo para problemas com álcool , e é geralmente usada para significar compulsivo consumo e descontrolado de bebidas alcoólicas , geralmente em detrimento da saúde do bebedor, relacionamentos pessoais, e posição social. É clinicamente considerada uma doença , especificamente uma doença viciante, e em psiquiatria vários outros termos são utilizados, especificamente " abuso de álcool "e" dependência de álcool ", que tem definições ligeiramente diferentes.

Em 1979, um especialista da Organização Mundial da Saúde comitê desanimado o uso de "alcoolismo" na medicina, preferindo a categoria de "síndrome de dependência do álcool".

Nos séculos 19 e início do 20, a dependência de álcool, em geral, foi chamado dipsomania , mas esse termo agora tem um significado muito mais específico.

As pessoas que sofrem de alcoolismo são muitas vezes chamados de "alcoólicos". Muitos outros termos, alguns deles insultando ou informal , têm sido utilizados ao longo da história. A Organização Mundial da Saúde estima que existam 140 milhões de pessoas em todo o mundo com o alcoolismo.

O alcoolismo é chamado de "doença dual", uma vez que inclui tanto mentais e físicas componentes.

Os mecanismos biológicos que causam o alcoolismo não são bem compreendidos. ambiente social , estresse, a saúde mental , história familiar , idade, grupo étnico, e de gênero de toda a influência do risco para a doença.

O consumo de álcool significativo produz mudanças na estrutura do cérebro e da química, apesar de algumas alterações ocorrem com o uso mínimo de álcool por um período curto prazo, tais como tolerância e dependência física . Estas mudanças manter a pessoa com incapacidade compulsivo do alcoolismo de parar de beber e resultar em síndrome de abstinência de álcool se a pessoa parar. O álcool causa danos em quase todos os órgãos do corpo, incluindo o cérebro. Os efeitos cumulativos tóxicos de abuso crônico de álcool pode causar problemas tanto médicas e psiquiátricas.

Identificar o alcoolismo é difícil para o indivíduo afligido por causa do estigma social associado à doença que faz com que as pessoas com o alcoolismo para evitar diagnóstico e tratamento por medo da vergonha ou consequências sociais. As respostas de avaliação a um grupo de questionamento padronizado é um método comum para o diagnóstico de alcoolismo. Estes podem ser usados para identificar padrões de consumo nocivos, incluindo o alcoolismo.

Em geral, os problemas com o álcool é considerado o alcoolismo quando a pessoa continua a beber apesar de problemas sociais ou de saúde causados pelo consumo.

O tratamento do alcoolismo tem várias etapas. Por causa dos problemas de saúde que podem ser causados pela abstinência, desintoxicação de álcool é cuidadosamente controlada e pode envolver medicamentos, tais como as benzodiazepinas , tais como o diazepam (Valium).

As pessoas com alcoolismo também, por vezes, ter outros vícios, incluindo dependência de benzodiazepinas, que pode complicar este passo.

Após a desintoxicação, outro apoio, tais como terapia de grupo ou grupos de auto-ajuda são usados para ajudar a pessoa a permanecer sóbrio.

Thombs (1999) afirma de acordo com o alcoolismo ciências comportamentais é descrito como um "comportamento desajustado". Ele explica que não deve ser confundida com "mau comportamento".

Cientistas comportamentais explicar que os viciados têm um padrão de comportamento que pode levar a consequências destrutivas para si próprios, suas famílias e da sociedade. Isso não viciados rótulo como ruim ou irresponsável.

Em comparação com os homens, as mulheres são mais sensíveis à nocivos físicos do álcool, os efeitos cerebrais e mentais.

Fonte: www.msd-brazil.com

 

alergia

O que é?

São infecções respiratórias agudas e comuns, que ocorrem com mais frequência no Outono e Inverno, embora também surjam noutras épocas do ano.

Afetam o nariz, a garganta, as amígdalas, os seios peri-nasais, os brônquios e outros locais. 
Curam espontaneamente ao fim de algum tempo.

Quem pode sofrer alergias?

alergia

Todas as pessoas.

Há no entanto indivíduos predispostos, que têm maior probabilidade de as desenvolver, particularmente os filhos de pais com alergias.

Quais são as manifestações das alergias?

alergia

Uma reacção alérgica pode apresentar vários sintomas, em conjunto ou isolados.

Os órgãos mais afetados e os sintomas mais frequentes, são:

Pele – urticária, eczema;

Aparelho respiratório – asma, rinite;

Olhos – conjuntivite, eczema nas pálpebras;

Aparelho digestivo – diarreia, edema da glote;

Há sintomas que se devem a “intolerâncias”, sobretudo alimentares e que em nada têm a ver com alergias, embora muitas pessoas as designem erradamente como tal. Importa distingui-los.

Qual a gravidade das alergias?

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É muito variável. Pode ir desde reacções ligeiras a casos graves que põem a vida em risco e que levam à morte.

O caso mais grave é o “choque anafilático” que ocorre com uma reacção que envolve todo o organismo, com alterações circulatórias, renais, cardíacas, etc. e que provoca frequentemente a morte. Pode surgir por exemplo, em alérgicos às penicilinas.

Como surge a reação alérgica?

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Para que surja uma alergia é necessário que a substância estranha ao organismo, chamada antigénio, reaja com substâncias naturais, os anticorpos. Dessa reacção, libertam-se os mediadores da alergia que são os responsáveis pelos sintomas.

Uma alergia só surge a partir do 2º contato com a substância estranha, porque os anticorpos só começam a formar-se depois do 1º contato.
A alergia pode só surgir após vários contatos com o antigénio.

Há um ou mais tipos de alergias?

Simplificando, há quem classifique as alergias em 4 tipos principais:

Anafilaxia – surge logo após o novo contato com o antigénio, quando este reage com os anticorpos. Os mediadores libertados provocam espirros, tosse e comichão.

Ex.: rinite alérgica, algumas alergias cutâneas, asma e outras.

Citotoxicidade – quando o antigénio se fixa a células do organismo e reage seguidamente com os anticorpos do sangue, provocando destruição das células.

Ex.: por transfusão de sangue de outro grupo, medicamentos.

Imunocomplexos – quando o produto formado entre o antigénio e o anticorpo, provoca um conjunto de reações no organismo que originam lesão dos vasos sanguíneos, do pulmão, da pele, etc.

Geralmente, as manifestações surgem ao fim de algumas horas (4-6) após o novo contato com o antigénio.

Ex.: alveolites alérgicas, doença dos criadores de aves.

Reação retardada – quando surge ao fim de 1-3 dias após o novo contato com o antigénio. Provoca inflamações que podem ser irreversíveis.

Ex.: rejeição em transplantação.

Há alergias que só surgem em crianças?

As alergias podem surgir em qualquer altura, embora algumas sejam mais frequentes em certas idades.

Por exemplo:

Adultos – pólipos nasais, rinite, asma e urticária.

Lactentes e adolescentes – rinite e asma alérgicas, eczema, alergias alimentares e urticária.

Como se pode saber se é alérgico?

Pode suspeitar da alergia quando os sintomas surgem sempre que contacta com certos produtos ou locais.

O médico diagnostica uma alergia através das queixas do doente e dos testes que realiza.

Informações que o doente presta:

Outros familiares com alergias;

Sintomas: quais? onde e quando surgem? altura do ano? local (casa, rua, trabalho)? Gravidade?;

Estilos de vida quanto a: contacto com tapetes, pólen, produtos que manipula, animais domésticos, ocupação, produtos de limpeza com que contacta, cosméticos, alimentos, medicamentos, fatores que a agravam (pó, pêlos de animais, fumo, humidade, tensão nervosa)

Testes

O médico recorre habitualmente a testes na pele e a exames de laboratório para confirmar o diagnóstico de uma alergia e identificar a substância (alergeno ou antigénio) que a provoca.

Tratamento das alergias

Há tratamentos gerais e específicos para cada tipo de alergia ou manifestação.

Os tratamentos podem dirigir-se ao alívio dos sintomas ou a prevenir o aparecimento das reações.

Alívio dos sintomas: corticosteróides, anti-histamínicos e adrenalina (para reações graves);

Prevenção das reações: imunoterapia ou hipossensibilização que consiste na redução da sensibilidade alérgica, através de várias injecções subcutâneas de quantidades mínimas dos antigénios.

Obriga a um diagnóstico cuidado para identificar o antigénio, isto é, a substância que provoca a alergia.

A imunoterapia é útil para todas as alergias?

Não. O doente deve ser muito bem estudado pelo médico especialista e só alguns casos beneficiam deste tratamento.

Útil para: alguns casos de asma, rinite alérgica e alergia a venenos de abelhas.

Há formas de prevenir as alergias?

Há alguns cuidados a ter, recomendados para pessoas em que há predisposição para alergias.

Cuidados Gerais

Com o quarto

O chão deve ser fácil de lavar, sem pó, bem aspirado e arejado;

Preferir cobertores sintéticos que acumulam menos pó e colocá-los regularmente ao Sol;

Aspirar regularmente o colchão. Pode colocar uma cobertura antiácaros no colchão e almofadas;

Evitar almofadas e edredons de penas;

Não fumar no quarto

Resto da casa

Deve ser aspirado com frequência e isenta de pó;

Não deve ter animais;

As janelas devem ser mantidas fechadas, na época da polinização, se for alérgico ao pólen.

Em viagem

Se for alérgico ao pólen, mantenha as janelas fechadas.

No caso de alergias alimentares não pode consumir esses alimentos. É particularmente grave a alergia ao marisco (camarão e outros). A provocada por morangos, citrinos, etc. também pode ser incomodativa.

Com medicamentos

Para alguns casos de asma alérgica, usam-se medicamentos inalados ou em comprimidos, por forma a evitar a reação alérgica ou a reduzir os sintomas. São tomados, em antecipação, quando se prevê que o doente vai estar em contacto com o antigénio.

Fonte: www.anf.pt

 

Alergia

Uma alergia pode se referir a vários tipos de reações imunológicas, incluindo hipersensibilidade tipo I na qual o corpo da pessoa é hipersensível e desenvolve anticorpos para proteínas típicas. Quando uma pessoa é hipersensível essas substâncias são conhecidas como alérgenos.

A hipersensibilidade tipo I é caracterizada pela ativação excessiva das células mastócitas e basófilas pela imunoglobulina E, ocasionando em uma resposta inflamatória sistêmica que pode resultar desde sintomas benignos, como nariz escorrendo, até choque anafilático que pode requer tratamento por toda a vida e levar à morte. Febre do feno é um exemplo de tipo de alergia comum de menor gravidade. Grande parte da população sofre de sintomas da febre do feno em resposta ao pólen.

Sinais e sintomas das alergias

Alergia é caracterizada pela resposta inflamatória local ou sistêmica ao alérgenos.

Sintomas locais são:

Nariz: inchaço da mucosa nasal (rinite alérgica).

Olhos: vermelhidão e coceira da conjuntiva (conjuntivite alérgica).

Via aéreas: broncoconstrição, respiração difícil e dispnéia, algumas vezes ataques de asma.

Pele: várias erupções como eczema, urticária e dermatite de contato.

A resposta alérgica sistêmica também é chamada de anafilaxia. Dependendo da severidade, ela pode causar reações cutâneas, broncoconstrição, edema, hipotensão, coma e até morte.

Tratamento da alergia

Provavelmente o fator mais importante na reabilitação de alguém com alergia é remover a fonte dos alérgenos do ambiente de casa e evitar lugares onde o contato com alérgenos é provável

Tipos de alergias e alérgenos mais comuns

Além das proteínas alheias encontradas em transfusões de sangue e vacinas, os alérgenos mais comuns e seus tipos de alergia incluem:

Polens de plantas - Febre do feno.

Esporos de mofo.

Drogas : penicilinas, sulfonamidas, anestésicos, salicilatos.

Alimentos - Alergia alimentar : nozes, frutos do mar, gergelim, clara de ovo, alguns legumes, soja, leite, trigo, milho ou maizena.

Picada de inseto.

Pêlos de animais.

Fonte: www.idealdicas.com

Tipos de Alergias

Rinite Alérgica

Rinite alérgica é um termo médico que se refere à inflamação da membrana do nariz causada por reações alérgicas.

É a doença crônica mais comum em seres humanos e normalmente surge na infância ou na juventude. Somente cerca de 30% dos pacientes desenvolvem os primeiros sintomas após os 30 anos.

O fator de risco mais significante para desenvolver a rinite alérgica é a história familiar de alergia.

Rinte Sazonal

Rinite sazonal é conhecida fora do Brasil como febre do feno (“hay fever”). Essa alergia se caracteriza por aparecer repetidamente somente em certas épocas do ano. Está asociada à alergia a grãos de polens e esporos fungos presentes no ar.

Se você tem rinite sazonal, os sintomas da sua alergia aparecem apenas quando os alérgenos “sazonais” estão no seu ambiente, geralmente na primavera e no outono. No Brasil, a rinite sazonal ocorre região Sul e os sintomas são provocados principalmente pelos polens de gramíneas.

Pessoas alérgicas a gramíneas apresentam manifestações clinicas na primavera e inicio do verão.

Alguns fungos alergênicos (capazes de provocar alergia) liberam seus esporos seguindo um padrão sazonal e, portanto, também podem participar de quadros alérgicos intermitentes.

Os sintomas típicos da rinite sazonal incluem crises de espirros, prurido nasal e coriza, olhos vermelhos e lacrimejantes. Nas regiões onde é muito grande a concentração de polens ou quando existe superposição de estações polínicas e de fungos, as pessoas sensíveis a estes alérgenos (polens e fungos) poderão apresentar sintomas persistentes ao longo de todo o ano.

Rinite perene ou persistente

rinite perene está normalmente associada a sensibilização aos alérgenos presentes dentro de casa, como os ácaros.

Os sintomas desta rinite são semelhantes aos da rinite sazonal, mas não são idênticos. Quem tem rinite perene sofre menos com os espirros, olhos vermelhos e lacrimejantes. No entanto, essas pessoas geralmente apresentem prurido nasal, coriza e obstrução nasal crônica.

A exposição aos alérgenos intradomiciliares ocorre de forma contínua ao longo do tempo. A sensibilização alérgica e as manifestações de rinite costumam se estabelecer gradativamente. Assim, aqueles sintomas que ocorriam de forma esporádica passam a ser cada vez mais freqüentes e também mais intensos. Isto leva muitas pessoas a confundir alergia com resfriado.

Se você apresenta manifestações de rinite por mais de 4 dias por semana, e por mais de 4 semanas sucessivas é importante que você procure um especialista para avaliar se você é alérgico. Espirros, coriza, coceira no nariz e obstrução nasal ocorrem com intensidade variável nas pessoas que sofrem de rinite alérgica persistente. Um ou outro destes sintomas pode predominar. É comum observar flutuações das manifestações nas diferentes épocas do ano.

De modo geral, as pessoas alérgicas apresentam maior sensibilidade a odores irritativos, como os provocados por detergentes, desinfetantes, gás de cozinha, entre outros.

A inflamação alérgica que se estabelece nas narinas é responsável pela persistência dos sintomas da rinite alérgica. A associação de rinite perene com outras manifestações como otite, sinusite e asma, sempre deve ser considerada. Existe comprometimento da qualidade de vida de crianças e adultos afetados pela rinite alérgica. O rendimento escolar, a capacidade física e de concentração são alguns dos pontos em que se verifica prejuízo nas pessoas alérgicas.

Quanto mais precoce é instituído um plano de tratamento, menor a repercussão clínica da doença e a chance de surgirem complicações.

Portanto, peça seu médico para lhe indicar um especialista e não se deixe levar pela confusão entre rinite alérgica e resfriados freqüentes.

Rinite perene com crises sazonais

Uma pessoa pode ter rinite perene e rinite sazonal ao mesmo tempo. Nesta situação ela apresentará manifestações persistentes, associadas a alergia aos componentes de dentro de casa, com agravamento sazonal ao entrar em contato com polens ou fungos.

Cuide da sua rinite

Talvez não seja possível eliminar totalmente os sintomas da rinite alérgica, mas você pode aprender como controlá-los e diminuí-los.

Comece com uma visita ao médico, para que ele estude a sua condição e prescreva um medicamento apropriado. Se isso não aliviar seus sintomas, é provável que seu médico indique um especialista, que poderá fazer uma avaliação mais detalhada e prescrever um tratamento adequado.

Seu clínico ou alergista poderão indicar um ou mais dos seguintes procedimentos:

Aplicar testes cutâneos para identificar a quais alérgenos você está sensível e desencadeiam seus sintomas.

Ajudar você a desenvolver um plano de tratamento, incluindo medicamentos e controle do seu ambiente.

Prescrever medicamentos como spray nasal, anti-histamínicos, descongestionantes ou outras medicações adequadas à sua alergia.

As manifestações de rinite alérgica podem ser muito incômodas. Assim, lembre-se de que evitar a exposição aos alérgenos de tomar a medicação de forma correta ajudam a controlar os sintomas de sua alergia

Mecanismo da resposta alérgica

Se você tem rinite alérgica e se expõe ao alérgeno ao qual está sensibilizado, por exemplo, os ácaros da poeira doméstica, seu corpo identifica estes alérgenos como invasores. Em resposta produz um anticorpo (Imunoglobulina E, IgE) dirigido especificamente contra aquele alérgeno.

As moléculas de IgE se ligam a mastócitos nos tecidos e basófilos no sangue. Estes tipos de células contem grânulos ricos em histamina e outras substâncias conhecidas em conjunto como mediadores da reação alérgica. Quando o alérgeno penetra no seu organismo ele se liga às moléculas de IgE já fixadas em mastócitos.

O mastócito então se torna ativado e libera a histamina que interage com receptores nos tecidos e provoca manifestações em diversas regiões do corpo, como no nariz, olhos, pulmões e na pele.

A histamina provoca inchaço (edema) na mucosa do nariz, aumenta a produção de muco e pode irritar seus olhos. Na pele além de placas de urticária a pessoa sente coceira.

Nos brônquios a histamina provoca diminuição do calibre o que se traduz por falta de ar e chiado no peito.

Se todos possuem IgE por que somente alguns desenvolvem alergia?

Predisposição genética e exposição no ambiente parecem atuar em conjunto para determinar que uma pessoa seja alérgica.

A presença de fatores genéticos que favorecem a maior produção de IgE e a exposição a substâncias com capacidade de induzir alergia, associados a diversos outros agentes como tipo de alimentação, infecções, poluição atmosférica, exposição a tabaco, fazem com que a pessoa desenvolva anticorpos IgE específicos para os alérgenos do ambiente.

Outros tipos de alergia

Embora a rinite alérgica seja a doença alérgica mais freqüente, muitas outras manifestações clínicas são também reações alérgicas.

Os alérgenos podem estar presentes em medicamentos, plantas, alimentos, veneno de insetos, látex, e podem causar uma grande variedade de sintomas que são diferentes daqueles associados à rinite alérgica.

Fonte: deisinhaenfermagem.spaces.live.com

Reações alérgicas

Em geral, as manifestações alérgicas podem ser manifestadas através de sintomas e sinais respiratórios, gastrintestinais e cutâneos.

Sintomas respiratórios

Uma vez que o nariz é o principal filtro do ar inspirado, os alérgenos aéreos são a causa mais freqüente de sintomas nasais como o espirro, a hipersecreção de muco aquoso e o edema das mucosas que acaba bloqueando as vias aéreas.

Principais sintomas respiratórios:

Espirro

Coceira no nariz

Rinorréia (coriza)

Congestão nasal

Coceira no céu da boca

Coceira no ouvido

Coceira nos olhos

Garganta vermelha e inchada

Chiado no peito

Dificuldades para respirar

Tosse

Esses sintomas se assemelham aos do resfriado comum e podem ser transitórios, quando a exposição ao alérgeno é breve, ou persistente, quando a exposição é contínua. Algumas partículas aéreas são suficientemente pequenas (menos de 5 mm de diâmetro) para escapar da filtração nasal e acabam atingindo os pulmões. Nestes casos, as reações mais leves podem causar apenas irritação traqueal e tosse.

As reações mais severas produzem asma, caracterizada por chiado e dificuldade respiratória conseqüentes a um espasmo da musculatura lisa dos brônquios, hipersecreção de muco espessado e estreitamento das vias aéreas por edema da mucosa.

Sintomas cutâneos

A pele é uma barreira suficientemente competente para prevenir a absorção direta de antígenos protéicos. Raramente, alérgenos de baixo peso molecular, como os sais de platina, são absorvidos diretamente pela pele e causam urticária.

Com maior freqüência, a urticária é causada pela ingestão de alimentos ou medicamentos. Por isso, suspeita-se que uma quantidade suficiente de antígenos seja capaz de escapar à digestão para entrar na circulação e estimular as células contendo mediadores químicos localizadas na pele.

O veneno de abelhas, vespas e formigas contém alérgenos protéicos que os insetos injetam diretamente sobre a pele. Quando uma pessoa sensibilizada absorve rapidamente o veneno por via sistêmica, os alérgenos podem causar anafilaxia. Uma pessoa que sobreviva a esta reação potencialmente fatal deverá requerer tratamento profilático do tipo imunoterapia.

Principais sintomas e sinais cutâneos:

Coceira

Erupções na pele

Placas

Crostas

Descamação

Sintomas gastrintestinais

A ingestão de alérgenos através de alimentos pode causar, primeiramente, sensação de queimação ou coceira na boca, evoluindo depois para náuseas, vômitos ou diarréia que persistem até que o alérgeno tenha transitado por todo o trato gastrintestinal. Quando algum alérgeno é absorvido, entra na circulação sangüínea e pode ativar os mastócitos da pele, causando alergias cutâneas.

Em casos extremos, o alérgeno absorvido causa uma liberação de mediadores químicos suficiente para desencadear uma anafilaxia (reação alérgica aguda, com hipotensão, edema traqueal e colapso cardiorespiratório).

Principalmente em crianças, a alergia alimentar pode levar ao eczema e os bebês podem ter o crescimento prejudicado se continuarem a comer alimentos alergênicos.

Praticamente qualquer alimento contendo proteína tem o potencial para provocar a produção de anticorpos e induzir a uma reação alérgica. Entretanto, a maioria das alergias alimentares é causada por alguns alimentos bastante comuns: leite, ovos, aveia, amendoim e soja.

Principais sintomas gastrintestinais:

Náuseas

Vômitos

Diarréia

Cólica

Fonte: www.desalex.com.br

Alergia ocular

O que são alergias oculares?

Alergias oculares são reações alérgicas que acometem os olhos ou estruturas próximas aos olhos, como as pálpebras. Reações alérgicas são respostas exageradas do sistema imunológico (sistema de defesas do corpo) a uma determinada substância, que é chamada de alergeno. Portanto, alergeno é qualquer substância capaz de produzir uma reação alérgica.

O que pode causar alergias oculares?

Existe um número imenso de substâncias capazes de produzir reações alérgicas, as quais são chamadas de alergenos, como já mencionamos. Na maioria das vezes, as alergias são desencadeadas por poeira, fumaça, pólen, ácaros, alimentos de origem marinha (camarão, lagosta e outros frutos do mar), medicamentos, produtos de beleza (maquiagens, perfumes, sabonetes, etc) e diversas outras substâncias, como tintas, solventes, agrotóxicos e inseticidas, por exemplo.

Quais são os sintomas das alergias oculares?

Os sintomas mais comuns são: olhos vermelhos, coceira (prurido), lacrimejamento, ardência nos olhos, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e edema (inchaço) nas pálpebras.

Quais são os tipos de alergias oculares?

As alergias oculares mais freqüentes são as conjuntivites alérgicas, que consistem em um quadro de conjuntivite (olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento, edema palpebral), devido à exposição a um alergeno. Outro tipo de alergia ocular é a cerato-conjuntivite primaveril, também conhecida como cerato-conjuntivite vernal. A cerato-conjuntivite vernal é um quadro mais grave de alergia ocular que ocorre geralmente em meninos, dos 5 aos 15 anos de idade, sendo mais acentuada nos meses de primavera e verão. Nestes casos, além de afetar a conjuntiva, ocorre também o acometimento da córnea, podendo prejudicar muito a visão do paciente, se não tratado adequadamente.

Quem pode ter alergias oculares?

Qualquer pessoa pode desenvolver uma alergia ocular. Pacientes portadores de rinite alérgica, asma ou alergias de pele apresentam mais chances de ter alergias oculares.

Como evitar as alergias oculares?

A seguir, listamos algumas dicas:

1) Manter o filtro do ar condicionado sempre limpo;

2) Evite excesso de tecidos que acumulem poeira, como cortinas, carpetes e bichos de pelúcia, por exemplo;

3) Forrar travesseiros com capas impermeáveis;

4) Evite medicações ou produtos que já tenham causado alergia anteriormente;

5) Manter os ambientes arejados e com boa exposição solar;

6) Evitar animais domésticos dentro de casa, especialmente aqueles que soltam muitos pelos;

7) Evitar o uso de vassoura; prefira pano úmido para retirar a poeira.

Como tratar as alergias oculares?

Existem diversas formas de tratamento para as alergias oculares, como uso de colírios específicos e medicações sistêmicas. Assim, cada caso deverá ser avaliado individualmente, a fim de escolher o tratamento mais apropriado para o paciente. Consulte seu oftalmologista. Ele é o profissional capacitado para lhe orientar sobre o tratamento mais adequado para o seu caso.

Luciano P. Bellini

Fonte: www.agapasm.com.br

Alergia

CHOQUE ANAFILÁTICO

O Que é a Alergia?

alergia pode ser definida como a manifestação de não aceitação por um organismo, da presença de determinados elementos físicos, químicos ou biológicos, aos quais ele apresenta uma reação de intolerância, que é a reação alérgica.

Esta condição é determinada pelas células do sistema imunológico, que confundem uma substância estranha qualquer com microrganismos invasores perigosos.

Algumas células do organismo, como os mastócitos, após serem sensibilizadas por uma determinada substância estranha, em um contato posterior com esta, produzem uma substância química chamada histamina, com potente efeito vasodilatador, que é o elemento desencadeador da reação.

As manifestações provocadas podem ir de reações alérgicas que vão de simples coceiras provocadas por urticárias, até manifestações respiratórias graves, como um edema de glote.

As estimativas estatísticas são de que aproximadamente 5% das pessoas apresentem alguma forma de alergia. A alergia a alimentos é uma das mais comuns, e os maiores causadores da alergia geralmente são aqueles que fazem parte da nossa alimentação rotineira, como ovo, tomate, leite, trigo, etc.

Os alimentos ricos em proteínas são os que mais desencadeiam reações alérgicas, isto porque uma proporção das moléculas das proteínas alimentar é absorvida por inteiro, caindo na circulação sem serem transformadas em aminoácidos, o que aumenta o potencial de gerar alergia. Absorvida nestas condições, as células do sistema imunológico confundem essas moléculas com corpos estranhos, como vírus e bactérias, e provocando uma reação do tipo antígeno/anticorpo, que se exterioriza pelas reações alérgicas. Outros elementos como cosméticos, pólen, bolor, poeira, medicamentos, substâncias químicas, pelos de animais, ácaros, podem promover reações alérgicas. Ocasionalmente o desencadeante da reação é um fenômeno físico, como atrito da pele, calor, frio, etc.

Quais são os Sintomas da Alergia?

Urticárias: presença de placas avermelhadas que formam elevação na pele, provocando prurido intenso; pode formar lesões avermelhadas na pele, com prurido e inchaço.

Rinite - alérgica : apresentação de prurido no nariz, freqüentemente matinal, com espirros sucessivos ao contacto com o alergeno; presença de coriza e congestão da mucosa nasal, com freqüente obstrução nasal.

Asma Brônquica : presença de tosse seca, chiado no peito e dificuldade de respirar em conseqüência à obstrução dos brônquios; secreção espessa e viscosa com a tosse.

Manifestações Digestivas : presença eventual de cólica intestinal, diarréia, náusea e vômitos, geralmente como conseqüência do edema das mucosas destes segmentos do tubo digestivo.

Edema de Glote : ocorrência de inchaço súbito da glote, formando obstrução local, com quadro agudo e grave de insuficiência respiratória, necessitando de atendimento de urgência.

Choque Anafilático : ocorrência de reações generalizadas e agudas, e rápido aparecimento após o contacto com o alergeno, com reação de pele que se segue de choque, podendo ir até a parada cardio-respiratória.
As substâncias que provocam este tipo de reação, são denominadas de alergenos. Nos casos de alergia alimentar, a principal medida para a busca de seu controle, é descobrir qual é o alergeno contido nos alimentos. O primeiro contacto com o alergeno promove a sensibilização; após isto, os próximos contactos provocarão as reações alérgicas.

A caracterização da Alergia pode ser feita de várias formas:

Análise do histórico clínico e familiar, buscando identificar com detalhes se existiam anteriormente outros sintomas alérgicos e a sua eventual relação com ingestão alimentar. Filhos de pais alérgicos têm até 90% de chances de desenvolver alguma forma de alergia.

A realização de testes alérgicos, com colocação na pele do braço ou conjuntiva ocular, de substâncias que representam a composição química de vários tipos de alimentos ou de outros alergenos possíveis. As reações positivas sugerem a alergia específica

Exame de sangue: o soro do paciente é colhido e confrontado com extratos de alguns alimentos. Pode ser feito no lugar do exame cutâneo, mas também depende de confirmação posterior.

Teste de retirada e provocação: serve para comprovar os testes anteriores ou para quando o paciente não tem a mínima idéia do que pode estar provocando a alergia. Ele é orientado a mudar radicalmente a dieta ou evitar exposição a determinado alergeno por duas semanas. Se nesse período ele não tiver nenhuma crise alérgica, estará provado que o alergeno é algum alimento que compõe a sua da dieta ou substância que tem contacto usual. A partir daí, o médico vai re-introduzindo os alimentos usuais, e observando as reações.

O Que é a Reação Anafilática?

A Reação Anafilática ou Anafilaxia é uma reação aguda, grave e comprometendo todo o organismo, súbita, que se caracteriza por coceira e erupção generalizada de urticárias, vermelhidão da pele, dificuldade e ruídos para respirar e queda da pressão arterial, com aparecimento eventual de convulsões, vômitos, diarréia, cólicas abdominais. Trata-se de manifestação grave da Alergia, necessitando atendimento médico de urgência, podendo apresentar risco de vida. Nos casos de Anafilaxia, o tecido imunológico libera uma grande quantidade de histamina, fazendo com que, os vasos sangüíneos dilatem-se e permitam que escape o conteúdo intravascular para os espaços entre as células, produzindo inchaço.

A Reação Anafilática implica na atuação de um anticorpo produzido pelo organismo denominado imunoglobulina do tipo E, que pela sua presença em todo organismo, leva à participação de vários órgãos na reação. Geralmente a pele é o tecido mais precocemente afetado, o que pode ser um sinal de alerta para a ocorrência da reação. Na seqüência, o paciente pode então apresentar as outras manifestações, como a queda de pressão, tonturas e eventualmente convulsões e perda de consciência. A Anafilaxia pode provocar concomitante o edema de glote, quando o paciente apresentará intenso desconforto respiratório, agitação, com a voz rouca. Ocasionalmente os sintomas assemelham-se a uma crise asmática.

As causas da Reação Anafilática são diversas incluindo alimentos como nozes, alguns tipos de frutas (figo, kiwi, maçã, banana, abacate, etc), tomates, batatas, peixes, camarão ou a temperos. Os medicamentos muitas vezes estão envolvidos na causa das Reações Anafiláticas, e dentre eles encontram-se em especial a penicilina, aspirina, drogas anestésicas , contrastes radiológicos, medicamentos para pressão arterial (beta bloqueadores, inibidores da ECA).

Materiais médicos que contenham látex, como luvas de borracha, catéteres, e outros produtos médicos, podem provocar reações em profissionais da saúde. Picadas de insetos como alguns tipos de mosquitos, formigas, abelhas e vespas também podem ser desencadeadores da Reação Anafilática. As pessoas que apresentam reações locais após picadas de insetos, dificilmente apresentarão episódios de Reação Anafilática em futuras picadas pelo mesmo tipo de inseto. Ocasionalmente algumas pessoas apresentam este tipo de reação, porém sem que se identifique qual foi o fator desencadeante.

Como se Identifica, Previne e Trata a Anafilaxia

O reconhecimento da Anafilaxia é através das manifestações clínicas anteriormente descritas, quando se faz necessário à identificação dos possíveis alergenos que estão associados ao seu dia a dia, seja em em ambiente doméstico, no trabalho, hábitos e costumes, manuseio de produtos químicos, uso de medicamentos, etc.

A medida fundamental de prevenção da ocorrência de Anafilaxia, é bloquear o contato com os alergenos que podem desencadear a reação, sejam alimentos, produtos químicos ou insetos. Esta medida pode reduzir em muito a possibilidade de ocorrência de novas reações. Em muitos casos, a imunoterapia pode propiciar bons resultados na prevenção.

Os indivíduos que já tiveram Reações Anafiláticas graves, podem receber orientação médica para que carreguem sempre consigo uma ampola de Adrenalina, para eventual uso de emergência. Podem ainda, ser utilizados medicamentos como os corticosteróides e os antihistamínicos, em casos agudos e tratamento prolongado. Alguns pacientes obtém bons resultados com tratamento homeopático.

Como se Faz o Tratamento da Alergia

Após a descoberta de qual é a causa, torna-se fácil tratar a alergia, bastando afastar o alergeno da alimentação. A sua retirada da dieta não basta, devendo também ser eliminados todos os seus derivados e os alimentos compostos que possam incluí-lo no preparo, nem que seja em quantidade muito pequena. Assim o indivíduo que apresente uma alergia ao queijo, não deverá comer nenhum alimento que tenha queijo, como um simples pão de queijo.

Quando a alergia provoca reações muito severas, como o choque anafilático, o paciente não deverá nunca mais voltar a ingerir tal alimento, sob pena de enfrentar uma situação clínica que pode levar até a risco de vida. Nestas situações, depois de algum tempo sem consumir o alergeno, pode-se iniciar um tratamento de dessensibilização do organismo, aonde o alimento poderá ser reintroduzido gradualmente na dieta, até que possa ser reintegrado por completo.

Ronny M. de Moraes

Fonte: www.cdb.br

Alergias alimentares: desfazendo o mito

A crença popular nos coloca frente a casos de “Alergia Alimentar” ao menor sinal de dispepsia precoce e diarréia aguda, de tal maneira que muitas vezes somos levados a sobre-diagnosticar este raro distúrbio.

A prevalência da Alergia Alimentar, na verdade, varia de 3% (crianças) a 1% (adultos). Esta diferença entre os casos clinicamente comprovados e a percepção geral do problema decorre mais, em parte, da confusão causada pelas reações de Intolerância Alimentar. O sistema imune não está envolvido nos sintomas de uma intolerância alimentar, ainda que as manifestações se assemelhem àquelas da alergia alimentar.

alergia alimentar possui um componente de predisposição hereditária. Geralmente, pessoas alérgicas possuem famílias com antecedentes comuns de atopia – não necessariamente alimentares, mas talvez asma e rinites alérgicas. Praticamente todas as alergias alimentares são causadas por sete tipos de alimentos: leite, ovos, mariscos, cereais, trigo, castanhas e legumes. É extremamente importante que se identifique uma alergia alimentar verdadeira, evitando-se os alimentos alérgenos, uma vez que reações de anafilaxia são potencialmente fatais.

Mecanismo das Reações Alérgicas e a Alergia Alimentar

Os alérgenos alimentares são proteínas presentes na comida que não sofrem modificações pelo calor do cozimento ou pelos sucos da digestão.

Consequentemente, estas proteínas são absorvidas intactas e ganham a corrente sangüínea, desencadeando reações nos dois aspectos básicos da resposta imune: a produção do anticorpo imunoglobulina E (IgE), e o mastócito. O primeiro contato com o alimento alérgeno leva à produção de grandes quantidade de IgE, que é liberada na corrente sangüínea e se liga à superfície dos mastócitos. Na ingestão seguinte, esta IgE é ativada pelo alérgeno, promovendo a liberação de várias aminas vasoativas pelo mastócito – a histamina é a principal delas.

O processo complexo da digestão afeta o momento e a localização de uma reação. Se há hipersensibilidade a um alimento em particular, por exemplo, a alergia se inicia como prurido oral assim que se inicia a ingestão. Uma vez no estômago, iniciam-se os sintomas abdominais – vômitos, dores tipo cólicas e diarréia. Pode ocorrer hipotensão arterial quando os alérgenos alimentares ganham a corrente sanguínea. Ao atingirem a pele, pode ocorrer eczema ou urticária. Nos pulmões, reações e manifestações tipo-asma. Tudo isto ocorrendo no intervalo de poucos minutos ou até uma hora.

Nos adultos, os alimentos que mais comumente causam alergias são mariscos, camarões, caranguejos, lagostas, peixes e ovos. Nas crianças o padrão é um pouco diferente: os alérgenos alimentares mais comuns são os ovos e leite e seus derivados. Os adultos raramente se livram das alergias, mas as crianças algumas vezes podem crescer livres delas.

Diagnósticos Diferenciais

Diversos distúrbios freqüentes devem ser considerados em todo paciente queixando-se de alergia alimentar, dentre eles:



a) Enteroinfecção: a contaminação dos alimentos com bactérias e toxinas bacterianas é muito mais comum que a alergia alimentar verdadeira.

b) Toxicidade por Histamina: a histamina pode estar presentes nos alimentos e estimular uma reação similar a uma reação alérgica. Atinge níveis elevados em queijos, alguns vinhos e em certos tipos de peixe (atuns, por exemplo). Nos peixes, acredita-se que isto ocorra devido à contaminação bacteriana, especialmente por refrigeração inadequada.

c) Deficiência de lactase: esta é a causa mais comum de intolerância alimentar, com prevalência de cerca de 10% na população geral.

d) Intolerância a aditivos alimentares: é frequente a intolerância a certos produtos adicionados aos alimentos para intensificar o sabor, corar ou evitar o crescimento de microorganismos. Os compostos que frequentemente são associados a reações adversas são o corante amarelo número 5, o glutamato monossódico e os sulfetos. O corante amarelo número 5 pode causar urticária.

O glutamato monossódico pode causar sensação de calor, dor de cabeça, congestão facial, dor torácica e vertigens. Os sulfetos estão presentes nos alimentos (por exemplo, produzidos naturalmente durante a fermentação do vinho) ou são adicionados na produção e podem trazer problemas principalmente para pessoas asmáticas quando em concentrações elevadas.

e) Doença Celíaca: a intolerâcia ao glúten deve ser considerada no diagnóstico diferencial de uma possível alergia alimentar.

f) Outros: doença ulcerosa péptica, neoplasias do trato gastrointestinal, doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa e doença de Crohn), colites inespecíficas, síndrome do cólon irritável, distúrbios da ansiedade, etc.

Diagnosticando a Alergia Alimentar verdadeira

O primeiro passo é determinar se o paciente está realmente apresentando uma reação adversa a um alimento em especial. Esta avaliação deve iniciar-se em uma anamnese detalhada do paciente e de sua alimentação habitual. Conversar adequadamente com o paciente sempre foi e, provavelmente, sempre será a melhor maneira de se aproximar de um diagnóstico correto.

Algumas vezes não se pode firmar uma conclusão com base apenas na história colhida. Nestes casos, solicita-se ao paciente que faça um inventário de cada alimento e refeição que apresentar algum tipo de reação adversa e então eliminar o alimento da dieta, verificando se os sintomas desaparecem. Se isto ocorrer, o paciente é orientado a ingerir uma pequena quantidade do alimento e observar a ocorrência de reações. Por motivos óbvios, esta técnica não pode ser utilizada quando as reações de hipersensibilidade são muito graves ou infreqüentes.

Principais perguntas na anamnese

1) Quando foi que a reação ocorreu ? Ela veio subitamente, mais ou menos uma hora após a ingestão do alimento ?

2) O tratamento da alergia obteve sucesso ?

3) A reação está sempre associada a determinado tipo de comida ?

4) Alguém mais adoeceu ao ingerir o mesmo alimento ?

5) Quanto do alimento foi ingerido antes de apresentar a alergia ? Algumas vezes, a gravidade da reação relaciona-se com a quantidade de alérgeno ingerida.

6) Como o alimento foi preparado ? O cozimento completo dos alimentos inviabiliza os alérgenos.

7) O que mais foi ingerido quando ocorreu a reação alérgica ?

Se a história do paciente e a eliminação do alimento sugerem uma alergia alimentar específica, alguns exames podem ser úteis para avaliar a resposta alérgica alimentar com maior precisão. Testes cutâneos são rápidos, simples e relativamente seguros, mas resultados falso-positivos são relativamente comuns. O diagnóstico de alergia alimentar é firmado apenas quando o paciente apresenta um teste cutâneo positivo a um alérgeno específico associado à história de reações ao mesmo alimento.

Em alguns pacientes extremamente alérgicos, com reações anafiláticas graves, o teste cutâneo não pode ser utilizado devido ao risco de reação potencialmente fatal. Os testes cutâneos também não podem ser realizados em pacientes com eczemas extensos. Nestes casos, opta-se pela avaliação de IgE específicas no sangue. Estes testes são mais caros e, se positivos, não necessariamente definem o diagnóstico.

Testes duplo-cego são o método mais preciso para diagnosticar uma alergia alimentar: vários alimentos, dentre eles alguns dos quais suspeita-se causarem reações alérgicas, são acondicionados individualmente em cápsulas opacas. O paciente ingere uma cápsula de cada vez, observando-se a ocorrência de reações alérgicas. Pessoas com antecedentes de anafilaxia não podem submeter-se a este exame. Ainda, o duplo-cego é caro e não é eficaz na detecção de alergias alimentares múltiplas. Por estes motivos, raramente é feito, sendo mais utilizado quando existe a suspeita de que a intolerância não decorra de um alimento específico. Nestes casos, o duplo-cego fornece evidências que direcionam o médico assistente para verdadeira causa da reação.

Alergia Alimentar Induzida pelo Exercício

Pode ocorrer que seja necessário algo mais que a simples ingestão de um alérgeno alimentar para provocar uma reação: o exercício. Pessoas que apresentam este distúrbio ingerem um alimento específico antes de se exercitarem e, à medida em que desenvolvem sua atividade física e a temperatura do corpo se eleva, inicia-se o prurido e as demais reações alérgicas. O diagnóstico exige um bom índice de suspeita, mas o tratamento é simples: basta evitar a ingestão do alérgeno antes de atividades físicas intensas.

Tratamento

A retirada da dieta do alimento responsável pela alergia é primordial, devendo-se prestar atenção aos ingredientes de cada alimento. Nos pacientes excessivamente alérgicos, mesmo quantidades irrisórias de um alérgeno alimentar podem desencadear a reação alérgica. Pessoas menos sensíveis podem tolerar pequenas quantidades dos alimentos que provocam alergia, mas é aconselhável evitar expor-se a riscos desnecessários.

Pacientes com alergias alimentares graves devem estar sempre preparados. Aconselha-se utilizar indicadores (por exemplo, pulseiras e colares) informando a condição de alérgicos e ter sempre à mão uma seringa contendo adrenalina (epinefrina), segundo prescrição médica. Devem estar sempre prontos para se auto-aplicar o remédio, na suspeita de uma reação alérgica alimentar. Procurar sempre por ajuda médica: as reações alérgicas anafiláticas podem ser fatais, mesmo quando se iniciam com sintomas leves.

Aconselha-se precauções especiais com as crianças: aprender corretamente o que fazer quando consomem um alimento ao qual têm alergia e até mesmo como aplicar a epinefrina. As escolas devem ser informadas das providências a serem tomadas na presença de reações alérgicas.

Existem vários medicamentos que aliviam os sintomas da alergia alimentar que não fazem parte da reação anafilática. Os Anti-histamínicos aliviam os sintomas gastrointestinais, as urticárias e a coriza nasal. Broncodilatadores são úteis para aliviar sintomas asmáticos. Estes medicamentos são administrados após o contato com o alimento alérgeno e não são úteis na prevenção da reação alérgica. Não existem remédios confiáveis que possam ser administrados antes de se comer um determinado alimento para evitar uma reação alérgica.

Alguns tratamentos “experimentais” para alergias alimentares, incluindo injeções contendo pequenas quantidades de extratos do alimento ao qual o paciente apresenta alergia, administradas regularmente por um longo período de tempo para “dessensibilizar” o paciente, ainda não tiveram seus efeitos comprovados cientificamente.

É comum acreditar que várias doenças sejam causadas por alergias alimentares, mas as evidências são insuficientes ou contrariam essa crença. Por exemplo, existe controvérsia se a enxaqueca pode ser causada por alergia alimentar. Alguns estudos mostram que pacientes com enxaqueca podem desencadear a dor através da histamina e de outras substâncias presentes nos alimentos. O difícil é determinar se as alergias alimentares realmente causam enxaqueca nestas pessoas.

Um tratamento controverso da reação alérgica alimentar consiste em se colocar uma solução diluída de um determinado alimento sob a língua por meia hora antes que o paciente coma aquele alimento. Isto neutralizaria a reação alérgica na exposição subsequente à comida alérgena. Vários estudos científicos mostraram que este método não possui qualquer efeito na prevenção da reação alérgica.

Considerações especiais: alergias alimentares e crianças

Alergias causadas por leite e/ou soja são particularmente comuns nas crianças. Estas alergias algumas vezes não envolvem urticária e asma, mas em geral cursam com cólicas, hematoquezia e comprometimento do crescimento. Crianças são particularmente susceptíveis a esta síndrome alérgica devido à imaturidade de seus sistemas imune e digestivo. A alergia pode ter início dias ou meses após o nascimento. Os casos mais graves podem se beneficiar do uso de corticosteróides. Antecedentes atópicos familiais são comuns. Felizmente, com o tempo, a intensidade da doença gastrointestinal diminui e tende a desaparecer nos primeiros anos de vida.

Não existem evidências conclusivas de que o aleitamento materno evite o desenvolvimento de alergias alimentares tardiamente. O leite materno exclusivo, contudo, retarda o início das alergias alimentares na medida em posterga a exposição da criança aos alimentos potencialmente alérgenos. Contudo deve-se atentar para o fato de que alguns alérgenos ingeridos pela mãe podem ser eliminados pelo leite e causar manifestações no bebê.

Conclusão

Alergias alimentares são distúrbios raros em pacientes com sintomas gastrointestinais. Outros diagnósticos devem ser exaustivamente avaliados nos pacientes suspeitos, uma vez que o tratamento da alergia pode trazer um grau considerável de ansiedade e perda de qualidade de vida para o paciente, sem levar em conta a possibilidade de distúrbios mais graves estarem perigosamente escondidos sob este diagnóstico.

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Fonte: :www.medstudents.com.br

alergia

O pólen das flores é considerado
um dos causadores das reações alérgicas

Muitos associam alergia sazonal a coriza, dor de cabeça ou congestão nasal.

Mas milhões de pacientes alérgicos também têm coceira, vermelhidão e lacrimejamento dos olhos. Veja abaixo o que você deve saber a respeito de alergia ocular:

O que é alergia ocular?

Alergia ocular, ou conjuntivite alérgica, é uma condição médica que afeta 6 entre 10 pacientes alérgicos.

Quando o olho entra em contato com uma substância à qual o paciente é sensível, ocorre uma reação alérgica. Tal reação pode ser tanto imediata quanto tardia. A conjuntivite alérgica não é uma doença contagiosa, mas pode causar muito desconforto e irritação nos indivíduos que dela sofrem. Esfregar os olhos constantemente, que normalmente acompanha a alergia ocular não tratada, pode levar a problemas oculares mais sérios.

Quais são os sintomas de alergia ocular?

A alergia ocular pode estar acompanhada de qualquer um ou todos os sintomas a seguir:

Coceira nos olhos

Vermelhidão nos olhos

Queimação nos olhos

Lacrimejamento

Visão borrada

Sensação de arranhado no olho

Inchaço ou vermelhidão na parte interna das pálpebras

Sensibilidade à luz

Sensação de que há um corpo estranho no olho

O que causa a alergia ocular?

Os olhos disparam uma reação alérgica quando entram em contato com os alérgenos, ou substâncias às quais são sensíveis. Apesar de haver vários tipos de alérgenos, há alguns mais comuns, que você deve reconhecer. Uma forma de ajudar a controlar a alergia ocular é tentar minimizar sua exposição aos alérgenos, tais como:

Pólen

Árvores, flores, grama e ervas liberam pólen no ar, que é carregado pelo vento. Quando a contagem de pólen é grande, normalmente durante a primavera e o outono, você pode ter alergia, mesmo que você nunca tenha tido antes.

Mofo

Assim como o pólen, esporos de mofo são liberados no ar. Externamente, os esporos de mofo podem ser encontrados na grama, folhas e feno. Internamente, esporos de mofo desenvolvem-se em ambientes úmidos, tais como banheiros.

Pêlos de animais

Pêlos de animais, particularmente de gatos, podem causar alergias. Estas pequenas esfoliações, parecidas com caspa que os animais soltam todos os dias podem permanecer no ar da casa e ficar aderidos em móveis e tapetes.

Outros alérgenos comuns incluem ácaros de poeira, poluição e cosméticos.

Fonte: www.alconlabs.com

Alergia ocular

Alergia ocular ocorre quando o olho entra em contato com substâncias que lhe causam alergia, chamadas alérgenos, que podem ser ácaros (animais microscópicos), poeira, pêlos e pólen.

Quando isto ocorre, os olhos podem ficar vermelhos, inchados, sensíveis à luz, com lacrimejamento e apresentar discreta secreção aquosa. O sintoma mais freqüente e característico da alergia ocular é a coceira. A alergia ocular ocorre principalmente nas pessoas que sofrem de alergia em outras partes do corpo como asma, rinite e alergia de pele, porém pode ocorrer isoladamente.

Como seu oftalmologista pode tratar a sua alergia ocular?

Atualmente existem várias medicações oculares extremamente eficazes para prevenir e aliviar os sintomas de alergia ocular. O seu oftalmologista é o profissional mais indicado para receitar a medicação mais apropriada para o seu caso.

Dicas de como evitar as crises de alergia ocular

Manter o ambiente sempre livre de pó.

Manter os ambientes arejados e com boa exposição ao sol para evitar formação de bolor.

Evitar objetos que acumulem poeira como: cortina, carpete, tapete, bicho de pelúcia, etc.

Evite uso de vassoura e espanadores, prefira pano úmido para retirar a poeira.

Sempre que possível expor a roupa de cama ao sol e lavar em água quente.

Evite coçar os olhos, pois isto estimula mais a alergia ocular, podendo causar um ciclo vicioso.

Evitar ambientes com muito pó, fumaça ou com odores fortes.

Lavar roupas guardadas há muito tempo antes de usá-las.

Se possível evitar ter animais domésticos de estimação que soltem pêlos.

Evitar manusear objetos com muito pó (livros, documentos antigos).

Lavar roupas guardadas há muito tempo antes de usá-las.

Evitar plantas com flores dentro de casa.

Mantenha o filtro do ar condicionado sempre limpo.

Atenção!

Informe seu oftalmologista sobre qualquer medicamento que estiver usando. É essencial que você siga as instruções de tratamento, pelo tempo necessário que seu oftalmologista indicou.

Evite a automedicação! Siga corretamente a receita do seu médico e não interrompa o tratamento por conta própria!

Blefarite

A blefarite é uma inflamação crônica das margens das pálpebras. As pálpebras podem se tornar inchadas, congestionadas e vermelhas, podendo haver secreção, que é mais acentuada pela manhã e deixa as pálpebras aderidas ao acordar. Outros sintomas incluem sensação de corpo estranho e irritação ocular. O tratamento e prevenção baseiam-se no combate à infecção, no fortalecimento do tecido glandular e na higiene das pálpebras.

A limpeza palpebral

A limpeza das pálpebras deve ser feita à noite, ao deitar , por 04 a 06 semanas. Depois deste período, ela deverá ser feita a cada 5 dos 7 dias da semana e deverá ser mantida durante alguns meses.

Higiene das pálpebras ao deitar

1- Compressas mornas

Coloque compressas mornas sobre ambos os olhos por cinco minutos.

2 - Limpeza das pálpebras

A limpeza das pálpebras é difícil de ser executada pelo próprio paciente, devendo ser feita por outra pessoa. A pálpebra inferior é puxada para baixo e o paciente olha para cima. A outra pessoa então passa, cuidadosamente, o cotonete umedecido em água morna sobre os cílios por, aproximadamente, 30 segundos. A pálpebra superior é então puxada para cima e o paciente olha para baixo. O cotonete é novamente passado sobre os cílios por aproximadamente 30 segundos. Ao afastar a pálpebra do globo ocular e fazer com que o paciente olhe na direção oposta, evita-se que o olho seja esfregado acidentalmente, o que poderia causar desconforto. Todo o processo é repetido no outro olho.

3- Pomada antibiótica

Depois da limpeza, é aplicada uma pomada antibiótica em ambos os olhos, afastando a pálpebra inferior para baixo, pedindo ao paciente que olhe para cima.

Coloca-se então uma camada de pomada antibiótica na bolsa formada entre a pálpebra e o globo ocular. O paciente fecha os olhos e pisca. Uma vez que a pomada vai obscurecer a visão, é melhor fazer a limpeza das pálpebras seguida da colocação da pomada antibiótica à noite.

Fonte: www.senado.gov.br

Alergia Ocular

É a hipersensibilidade dos olhos a determinadas substâncias; ocorre como uma reação do olho ao entrar em contato com elas. Estas substâncias são chamadas de alérgenos.

O que são os alérgenos?

São substâncias estranhas aos nossos olhos e que provocam a resposta de hipersensibilidade do nosso organismo, chamada de resposta alérgica ou simplesmente alergia. Existe uma grande variedade de alérgenos.

São comuns: poeira, pólens, pêlos de animais, medicamentos (p. ex. os produtos de limpeza de lentes de contato), etc.

Como se manifesta a alergia?

Manifesta-se como conjuntivite (alérgica) que pode afetar um ou os dois olhos, causando principalmente olho vermelho e coceira. Podem haver ainda lacrimejamento, fotofobia (sensibilidade a luz), sensação de areia no olho e as pálpebras "coladas" ao acordar.

Geralmente a alergia ocular é pouco grave, embora seja muito desconfortável para o paciente e, com frequência ela é recorrente. A alergia ocular em sua forma mais séria podem levar a alterações da córnea, como opacificação.

Todos podem ter alergia?

Qualquer pessoa pode desenvolver alergia em algum momento. A alergia ocular ocorre com mais frequência em quem sofre de outros tipos de alergia, como rinite, alergia de pele e asma.

Como se tratam estas alergias?

Existem vários medicamentos (colírios) para o tratamento da alergia ocular.

Eles geralmente não tem o objetivo de curar, mas de previnir, aliviar os sintomas e tornar as crises alérgicas menos intensas. É importante tentar identificar o alérgeno, para afastar o contato com ele.

Dicas de como reduzir as crises alérgicas

Mantenha o ambiente livre de pó.

Mantenha o ambiente arejado e ensolarado para evitar a formação de bolor.

Lave as roupas guardadas por muito tempo, antes de usar.

Evite objetos que juntam pó - cortina, tapetes, bichos de pelúcia.

Limpe com frequência o filtro do ar condicionado.

Evite flores dentro de casa.

Fonte: atlas.ucpel.tche.br

REAÇÕES ALÉRGICAS

As reações alérgicas, também denominadas reações de hipersensibilidade, são reações do sistema imune nas quais o tecido normal do corpo élesado.

Os mecanismos através dos quais o sistema imune defende o corpo e através dos quais uma reação de hipersensibilidade pode lesá-lo são similares.

Conseqüentemente, os anticorpos, os linfócitos e outras células, os quais são componentes protetores do sistema imune, participam tanto nas reações alérgicas quanto nas reações às transfusões de sangue, na doença auto-imune e na rejeição de um órgão transplantado.

Quando a maioria dos indivíduos utiliza o termo reação alérgica, eles estão referindo-se a reações que envolvem anticorpos da classe da imunoglobulina E (IgE).

Os anticorpos da classe IgE ligam-se a células especiais, incluindo os basófilos presentes no sangue e os mastócitos presentes nos tecidos. Quando anticorpos IgE que se encontram ligados a essas células encontram antígenos, neste caso chamados alergenos, as células são estimuladas a liberar substâncias químicas que lesam os tecidos circunjacentes.

Um alergeno pode ser qualquer coisa (uma partícula de pó, o pólen de uma planta, um medicamento ou um alimento) que atue como um antígeno para estimular uma resposta imune.

Algumas vezes, o termo doença atópica é utilizado para descrever um grupo de doenças mediadas pela IgE e freqüentemente hereditárias, como a rinite alérgica e a asma alérgica. As doenças atópicas são caracterizadas pela sua sua tendência a produzir anticorpos IgE contra inalantes inofensivos (p.ex., pólen, mofo, pelos de animais e ácaros da poeira).

O eczema (dermatite atópica) também é uma doença atópica, embora o papel dos anticorpos IgE neste distúrbo seja menos claro.Contudo, um indivíduo com doença atópica não apresenta um maior risco de produzir anticorpos IgE contra alergenos injetados (p.ex., medicamentos ou venenos de insetos).

As reações alérgicas variam de leves a graves. A maioria das reações consistem apenas no incômodo do lacrimejamento e do prurido ocular e algum espirro.

No outro extremo, as reações alérgicas podem ser letais quando envolvem uma dificuldade respiratória súbita, uma disfunção cardíaca ou uma hipotensão arterial grave, levando ao choque. Este tipo de reação, denominada anafilaxia, pode ocorrer em pessoas sensíveis em situações diversas, como logo após a ingestão de certos alimentos, após o uso de determinados medicamentos ou após uma picada de abelha.

Diagnóstico

Como cada reação alérgica é desencadeada por um alergeno específico, o principal objetivo do diagnóstico é a sua identificação. O alergeno pode ser uma planta sazonal ou um produto vegetal (p.ex., pólen de capim, de grama ou de erva-desantiago [tasneira]) ou uma substância como a caspa do gato, medicamentos ou alimentos. O alergeno pode causar uma reação alérgica quando ele entra em contato com a pele ou com o olho, é inalado, ingerido ou injetado. Freqüentemente, o alergeno pode ser identificado através de uma investigação minuciosa realizada tanto pelo médico quanto pelo paciente.

Existem exames que podem ajudar a determinar se os sintomas são relacionados à alergia e podem identificar o alergeno envolvido. Uma amostra de sangue pode revelar a presença de muitos eosinófilos, um tipo de leucócito que aumenta de quantidade durante as reações alérgicas. O teste de radioalergoabsorção (RAST) mede as concentrações séricas de anticorpos IgE específicos de um determinado alergeno, o que pode auxiliar no diagnóstico de uma reação cutânea alérgica, de uma rinite alérgica sazonal ou de uma asma alérgica.

Os testes cutâneos são extremamente úteis para identificar determinados alergenos. Para o teste cutâneo, pequenas quantidades de soluções diluídas, produzidas a base de extratos de árvores, gramíneas (capim, grama), ervas daninhas, pólens, poeira, caspa animal, venenos de insetos, alimentos e alguns medicamentos são injetadas individualmente na pele do indivíduo. Quando ele é alérgico a uma ou mais dessas substâncias, o local em que a solução foi injetada forma uma pápula edematosa (um inchaço semelhante à urticária, circundado por uma zona avermelhada) em 15 a 20 minutos. O RAST pode ser utilizado quando o teste cutâneo não pode ser realizado ou quando este não for seguro. Ambos os testes são altamente específicos, acurados e, freqüentemente, mais baratos e seus resultados são rapidamente conhecidos.

Tratamento

Evitar um alergeno é melhor que tentar tratar uma reação alérgica. Evitar uma substância pode significar a interrupção do uso de um determinado determinado medicamento, a instalação de condicionadores de ar com filtros, a interdição de animais de estimação dentro de casa ou o não consumo de determinado tipo de alimento. Algumas vezes, um indivíduo alérgico a uma substância relacionada a um determinado tipo de trabalho pode ter que mudar de atividade. Os indivíduos com alergias sazonais intensas podem aventar a possibilidade de mudar para uma região onde o alergeno não existe.

Outras medidas envolvem a redução da exposição ao alergeno.

Por exemplo, um indivíduo alérgico à poeira doméstica pode remover os móveis que acumulam poeira, tapetes, cortinas etc.; cobrir colchões e travesseiros com protetores plásticos; retirar a poeira e limpar freqüentemente a casa com esfregão umedecido; usar condicionadores de ar para reduzir a umidade elevada dentro de casa, a qual favorece o desenvolvimento dos ácaros da poeira; e instalar filtros de ar de alta eficácia.

Como alguns alergenos, especialmente os aerógenos, não podem ser evitados, os médicos freqüetemente utilizam métodos para bloquear a resposta alérgica e prescrevem medicamentospara aliviar os sintomas.

Imunoterapia Alergênica

Quando um alergeno não pode ser evitado, a imunoterapia alergênica (injeções contra a alergia) pode prover uma solução alternativa. Na imunoterapia, quantidades diminutas do alergeno são injetadas sob a pele (via subcutânea) em doses progressivamente maiores, até ser atingido um nível de manutenção. Esse tratamento estimula o organismo a produzir anticorpos bloqueadores ou neutralizadores que podem atuar na prevenção de uma reação alérgica. Finalmente, a concentração sérica de anticorpos IgE, os quais reagem com o antígeno, também pode diminuir. Contudo, a imunoterapia deve ser realizada com cuidado, pois a exposição demasiadamente precoce a uma dose elevada do alergeno pode desencadear uma reação alérgica.

Embora muitos indivíduos sejam submetidos à imunoterapia alergênica e os estudos demonstrem que ela é útil, as relações custo-benefício e risco-benefício nem sempre são favoráveis. Alguns indivíduos e algumas alergias tendem a responder melhor que outros. A imunoterapia é mais freqüentemente utilizada para pessoas alérgicas a pólens, ácaros da poeira doméstica, venenos de insetos e caspa animal. A imunoterapia para os indivíduos com alergia alimentar geralmente não é aconselhável devido ao risco de anafilaxia.

O procedimento é mais eficaz quando são aplicadas injeções de manutenção durante o ano. Geralmente, o tratamento é inicialmente administrado uma vez por semana. A maioria dos indivíduos pode continuar com injeções de manutenção a cada 4 a 6 semanas.

Como podem ocorrer reações adversas após a aplicação de uma injeção de imunoterapia, o médico deve insistir para que o paciente permaneça no consultório durante pelo menos 20 minutos após o procedimento.

São sintomas possíveis de uma reação alérgica os espirros, a tosse, o rubor, a sensação de formigamento, o prurido, a sensação de aperto no peito, os sibilos e a urticária. Quando ocorrem sintomas leves, a medicação (tipicamente um anti-histamínico, como a difenidramina ou a clorfeniramina) pode ajudar a bloquear a reação alérgica. As reações mais graves exigem uma injeção de epinefrina (adrenalina).

Anti-histamínicos

Os anti-histamínicos são os medicamentos mais comumente utilizados no tratamento de alergias (eles não são utilizados no tratamento da asma).

No organismo, existem dois tipos de receptores de histamina: o receptor de histamina1 (h6) e o de histamina2 (H2). O termo anti-histamínico geralmente refere-se a medicamentos que bloqueiam o receptor da histamina1; a estimulação desse receptor pela histamina acarreta lesão dos tecidos-alvos.

Os bloqueadores da histamina1 não devem ser confundidos com os medicamentos que bloqueiam o receptor de histamina2 (bloqueadores de H2), os quais são utilizados no tratamento das úlceras pépticas e da azia.

Muitos efeitos desagradáveis mas relativamente menores de uma reação alérgica - prurido ocular, coriza e prurido cutâneo - são causados pela liberação da histamina. Outros efeitos da histamina (p.ex., falta de ar, hipotensão arterial e inflamação da garganta), os quais podem bloquear o fluxo de ar, são mais perigosos.

Todos os anti-histamínicos produzem efeitos desejados similares. Eles diferem sobretudo em relação aos efeitos indesejáveis ou adversos. Tanto os efeitos desejáveis quanto os indesejáveis variam consideravelmente de acordo com o antihistamínico específico e com a o indivíduo que o está utilizando.

Por exemplo, alguns anti-histamínicos possuem um efeito sedativo maior que outros, embora a suscetibilidade a esse efeito seja variável.

Algumas vezes, os efeitos indesejáveis podem ser utilizados de forma vantajosa. Por exemplo, como alguns anti-histamínicos produzem ochamado efeito anticolinérgico, o qual resseca as membranas mucosas, eles são utilizados para reduzir a coriza causada pelo resfriado.

Alguns anti-histamínicos podem ser adquiridos sem prescrição médica (remédios de venda livre), podendo ser de ação rápida e de ação prolongada e podem ser combinados com descongestionantes, os quais contraem os vasos sangüíneos e ajudam a aliviar a obstrução nasal. Outros anti-histamínicos exigem prescrição supervisão médica.

A maioria dos anti-histamínicos tende a causar sonolência.

De fato, devido ao seu efeito sedativo potente, eles são o componente ativo de muitos remédios, de venda livre, contra a insônia.

A maioria dos anti-histamínicos possuem potentes efeitos anticolinérgicos, os quais podem causar confusão mental, tontura, boca seca, constipação, dificuldade de micção e visão borrada, especialmente em indivíduos idosos.Entretanto, a maioria dos indivíduos que utilizam esses medicamentos não apresenta efeitos adversos e pode utilizar medicamentos de venda livre, os quais são mais baratos que os anti-histamínicos não sedativos prescritos pelo médico.

A sonolência e os outros efeitos colaterais também podem ser minimizados iniciando-se o tratamento com uma dose baixa e aumentando-a progressivamente até atingir uma dose que controle os sintomas de modo eficaz. Atualmente, existe no mercado um grupo de anti-histamínicos não sedativos que também são causa efeitos colaterais anticolinérgicos. Este grupo inclui o astemizol, a cetirizina e a loratadina.

Alguns Anti-histamínicos de Receita Obrigatória e de Venda Livre
Prescrição
Astemizol
Azatadina
Cetirizina
Ciproeptadina
Dexclorofeniramina
Loratadina
Metdilazina
Prometazina
Trimeprazina
Tripelenamina
Sem Prescrição
Bromofeniramina
Clorfeniramina
Clemastina
Dexbromofeniramina
Difenidramina
Fenindamina
Pirilamina
Triprolidina

Tipos de Reações Alérgicas

Os diferentes tipos de reações alérgicas geralmente são classificados de acordo com a sua causa, com a parte do corpo mais afetada e outros fatores.

A rinite alérgica é um tipo comum de reação alérgica. Trata-se de uma alergia a partículas aerógenas (habitualmente pólens e gramíneas, mas, ocasionalmente, fungos, poeiras e caspa animal) que produz espirros, prurido nasal, coriza ou obstrução nasal, prurido e irritação ocular. A rinite alérgica pode ser sazonal ou perene (todo o ano).

Rinite Alérgica Sazonal

A rinite alérgica sazonal é uma alergia a pólens aerógenos e é comumente denominada febre do feno ou polinose.

As estações de pólen variam consideravelmente em diferentes partes de um mesmo país. No leste, no sul e no meio-oeste dos Estados Unidos, os pólens causadores da febre do feno na primavera geralmente são provenientes de árvores (p.ex.,carvalho, olmo, bordo, amieiro, bétula, junípero e oliveira); no início do verão, de gramíneas (p.ex.,capim-azul, capim-rabo-de-rato, capim forrageiro e grama de jardim); e no final do verão, da tasneira. No oeste dos Estados Unidos, as gramíneas (capins,gramas) polinizam durante muito mais tempo,e existem outras plantas que perdem as folhas no outono.Ocasionalmente, a alergia sazonal pode ser causada por esporos de mofo.

Sintomas e Diagnóstico

Assim que a estação de pólen inicia, o nariz, o palato, a parte posterior da garganta e os olhos começam a coçar de forma gradual ou abrupta. A seguir, o indivíduo apresenta lacrimejamento, espirros e uma coriza com secreção aquosa e transparente. Alguns indivíduos apresentam cefaléia, tosse e sibilos, tornam-se irritadiços e depressivos, perdem o apetite e apresentam insônia. A parte interna das pálpebras e a esclera podem inflamar (conjuntivite). A mucosa nasal pode edemaciar e tornar-se vermelho-azulada, acarretando coriza e obstrução nasal.

A rinite alérgica sazonal é fácil de ser reconhecida. Os testes cutâneos e os sintomas apresentados pelo indivíduo podem ajudar o médico a determinar qual pólen que está causando o problema.Os anti-histamínicos geralmente constituem o tratamento inicial para a rinite alérgica sazonal. Algumas vezes, um descongestionante (p.ex., pseudo-efedrina ou fenilpropanolamina) é administrado pela via oral para aliviar a coriza e a obstrução nasal. No entanto, o seu uso deve ser evitado nos indivíduos hipertensos, exceto quanto ele for recomendado e controlado por um médico.

O cromoglicato dissódico, um spray nasal, é outro remédio que pode ser útil. Ele necessita de prescrição médica e é mais caro que os antihistamínicos comuns.

Os seus efeitos geralmente limitam-se às áreas de aplicação (p.ex., nariz e parte posterior da garganta). Quando os antihistamínicos e o cromoglicato dissódico não conseguem controlar os sintomas desagradáveis da alergia, o médico pode prescrever sprays de corticosteróides. Estes são notavelmente eficazes e os mais recentes praticamente não produzem efeitos adversos. Quando essas medidas fracassam, pode ser necessária a administração de corticosteróides orais, durante breve período (habitualmente menos de 10 dias) para manter a situação difícil sob controle.

Os indivíduos que apresentam efeitos adversos graves causados pelo uso de medicações, aqueles que freqüentemente devem tomar corticosteróides orais, ou aqueles que apresentam asma devem considerar a possibilidade de uma imunoterapia alergênica, a qual consiste em uma série de injeções que podem ajudar a evitar os sintomas da alergia. A imunoterapia alergênica para a rinite alérgica sazonal deve ser iniciada alguns meses antes da estação de pólen.

Rinite Alérgica Perene

rinite alérgica perene (todo o ano) causa sintomas semelhantes aos da rinite alérgica sazonal, mas os sintomas variam de gravidade, freqüentemente de forma imprevisível, durante o ano.

Em uma alergia perene, o alérgeno pode ser o ácaro da poeira doméstica, penas, caspa animaldo em crianças. O médico deve diferenciar a rinite alérgica perene da sinusite (infecção recorrente dos seios da face) e dos pólipos nasais (formações anormais intranasais). A sinusite e os pólipos nasais podem ser complicações da rinite alérgica.

Alguns indivíduos que apresentam inflamação nasal crônica, sinusite, pólipos nasais, testes cutâneos negativos e uma grande quantidade de eosinófilos (um tipo de leucócito) na secreção nasal são propensos a apresentar uma reação grave à aspirina e a outros antiinflamatórios não esteróides. Nesses indivíduos, a reação adversa geralmente manifesta-se como uma crise grave de asma de difícil tratamento. Os indivíduos que tendem a apresentar essa reação devem evitar o uso de antiinflamatórios não esteróides.

Os indivíduos com coriza e obstrução nasal crônica, mas sem sinusite, pólipos nasais ou qualquer alergia demonstrável, podem ter uma doença diferente (rinite vasomotora) cuja origem não é alérgica.

Tratamento

Quando alergenos específicos são identificados, o tratamento para a rinite alérgica perene é muito parecido com o da rinite alérgica sazonal. Embora o uso de corticosteróides orais geralmente não seja aconselhável, sprays nasais de corticosteróides prescritos pelo médico podem ajudar muito.

O indivíduo não deve usar descongestionante em gotas ou em spray nasal de venda livre mais do que alguns dias a cada vez, pois o uso contínuo durante uma semana ou mais pode acarretar um efeito rebote que pode piorar ou prolongar a inflamação nasal. Algumas vezes, a cirurgia é necessária para remover pólipos nasais ou tratar uma sinusite.

Conjuntivite Alérgica

A conjuntivite alérgica é uma inflamação alérgica da conjuntiva, a membrana delicada que reveste a parte interna da pálpebra e a superfície externa do olho.

Na maioria dos indivíduos, a conjuntivite alérgica faz parte de uma síndrome alérgica maior, como a rinite alérgica sazonal. Entretanto, ela pode ocorrer isoladamente em alguns indivíduos que tiveram contato direto com substâncias aerógenas como pólens, esporos de fungos, poeira e caspa animal. A esclera (branco dos olhos) torna-se vermelha e edemaciada, os olhos coçam e podem lacrimejar abundantemente. As pálpebras podem tornar-se edemaciadas e vermelhas.

A sensibilização, que é a exposição a um antígeno que produz uma reação de hipersensibilidade, também pode ocorrer quando são utilizados gotas ou pomadas para os olhos, cosméticos (p.ex., delineadores e pós faciais) ou substâncias químicas que são levadas aos olhos pelos dedos (como pode ocorrer com indivíduos que trabalham com substâncias químicas). Essas reações, comumente envolvendo a pele da pálpebra e em torno do olho, são exemplos de dermatite de contato.

Tratamento

Os anti-histamínicos orais são o principal tratamento para a conjuntivite alérgica. Eles também podem ser administrados sob a forma de colírios, nos quais eles são comumente combinados com vasoconstritores para reduzir a hiperemia. No entanto, o anti-histamínico em si ou algo presente na solução algumas vezes piora a reação alérgica. Por essa razão, o uso de anti-histamínico oral é geralmente preferível. O cromoglicato dissódico, o qual também é comercializado sob a forma de colírio, impede principalmente os sintomas alérgicos quando um indivíduo prevê que vai entrar em contato com um alergeno.

Os colírios contendo corticosteróides podem ser utilizados em casos muito graves, mas eles podem causar complicações (p.ex., glaucoma). Um oftalmologista deve controlar regularmente a pressão ocular quando um indivíduo estiver sendo tratado com corticosteróides aplicados diretamente nos olhos.A lavagem dos olhos com colírios suaves (p.ex.,lágrimas artificiais) pode ajudar a reduzir a irritação. Qualquer substância que possa estar causando a reação alérgica deve ser evitada. O paciente não deve usar lentes de contato durante os episódios de conjuntivite. Quando os outros tratamentos não produzirem resultados satisfatórios, a imunoterapia alergênica pode ser recomendada.

Alergia e Intolerância Alimentar

Uma alergia alimentar é uma reação alérgica aum determinado alimento. Uma condição muito mais comum, a intolerância alimentar, não é uma reação alérgica, mas representa um efeito indesejável produzido pela ingestão de um determinado alimento.

Alergias Alimentares Comuns

Leite
Ovos
Mariscos
Nozes, castanhas
Trigo
Amendoins
Soja
Chocolate

Muitos indivíduos não toleram determinados alimentos por vários motivos que não a alergia alimentar. Por exemplo, eles podem não possuir uma enzima necessária para a digestão do alimento. Quando o sistema digestivo de um indivíduo não tolera determinados alimentos, o resultado pode ser um desconforto gastrointestinal, a produção de gases, a náusea, a diarréia ou outros problemas. Geralmente, as reações alérgicas não são responsáveis por esses sintomas.

Existem muitas afirmativas controversas a respeito da "alergia alimentar", as quais acusam os alimentos de serem responsáveis por problemas que variam desde a hiperatividade em crianças até a fadiga crônica. Outras afirmativas pouco embasadas acusam a alergia alimentar de ser a responsável pela artrite, pelo mau desempenho esportivo, pela depressão e por outros problemas.

Sintomas

Um problema comum, que pode ser uma manifestação de alergia alimentar, começa na infância e, geralmente, ocorre quando na família existem casos de doenças atópicas (p.ex., rinite alérgica ou asma alérgica). O primeiro indício de uma presdisposição alérgica pode ser uma erupção cutânea como o eczema (dermatite atópica). A erupção pode ou não ser acompanhada por sintomas gastrointestinais (p.ex., náusea, vômito e diarréia) e pode ou não ter sido desencadeada por uma alergia alimentar. Em torno do primeiro ano de vida, o eczema freqüentemente deixa de ser um problema importante. As crianças com alergia alimentar podem apresentar outras doenças atópicasà medida que crescem (p.ex., asma alérgica e rinite alérgica sazonal). No entanto, em adultos e em crianças com mais de 10 anos, é improvável que o alimento seja o responsável por sintomas respiratórios, embora os resultados dos testes cutâneos possam permanecer positivos.

Alguns indivíduos apresentam reações alérgicas muito graves a alergenos potentes e específicos existentes em alimentos, especialmente em nozes/castanhas, legumes, sementes e mariscos. Os indivíduos com este tipo de alergia alimentar podem apresentar uma reação grave, mesmo quando consomem uma quantidade mínima do alimento agressor. Eles podem apresentar uma erupção cutânea generalizada, sentir a sua garganta inchar e fechar e podem apresentar dificuldade respiratória. Uma queda súbita da pressão arterial pode acarretar tontura e desmaio. Essa emergência potencialmente letal é denominada anafilaxia. Alguns indivíduos somente apresentam anafilaxia quando exercitam-se após ingeriremo alimento agressor.

Os aditivos alimentares podem causar sintomas como conseqüência de uma alergia ou de uma intolerância. Alguns alimentos contêm toxinas ou substâncias químicas (p.ex., histamina) que são responsáveis por reações adversas não alérgicas. Compostos como o glutamato monossódico não causam alergias. Existem relatos de que os sulfitos (p.ex., o metabissulfito, que é encontrado em muitos produtos alimentares com conservante) e os corantes (p.ex., a tartrazina, um corante amarelo encontrado em doces, refrigerantes e em muitos alimentos preparados e comercializados) desencadeiam crises de asma e de urticária em indivíduos sensíveis a eles. Alguns indivíduos apresentam enxaqueca após a ingestão de determinados alimentos.

Geralmente, as alergias e as intolerâncias alimentares são evidentes, embora nem sempre seja fácil realizar a distinção entre uma alergia verdadeira e uma intolerância. Nos adultos, a digestão aparentemente impede as respostas alérgicas a muitos alergenos ingeridos. Um exemplo é a asma do padeiro, na qual os trabalhadores de padarias apresentam sibilos ao respirar em meio à poeira da farinha de trigo ou de outros grãos, mas eles conseguem consumi-los sem apresentar qualquer reação alérgica.

Diagnóstico

Algumas vezes, os testes cutâneos ajudam no diagnóstico de uma alergia alimentar. Um teste cutâneo positivo não significa necessariamente que o indivíduo é sensível a um determinado alimento, mas um teste cutâneo negativo torna improvável a sensibilidade ao mesmo. Após um teste cutâneo positivo, o alergologista pode necessitar de um teste de provocação oral para estabelecer definitivamente o diagnóstico.

Em um teste de provocação oral, o alimento suspeito é oculto em uma outra substância (p.ex., leite ou suco de maçã) e, em seguida, é solicitado ao indivíduo que ele o ingira. Quando o teste não produz sintomas, o paciente não é alérgico àquele alimento. Os melhores testes de provocação são os testes "cegos", isto é, às vezes o alimento em questão realmente está misturado com um outro e outras vezes não. Nesses testes, o médico pode determinar com certeza se o paciente apresenta sensibilidade ao alimento agressor. Uma dieta de eliminação pode ajudar na identificação da causa de uma alergia. O indivíduo pára de consumir os alimentos que provavelmente podem estar causando os sintomas. Posteriormente, os alimentos são reintroduzidos na dieta, um de cada vez. O médico pode receitar

uma dieta inicial utilizando produtos puros, a qual deve ser seguida rigorosamente. Esta dieta não é fácil de ser seguida, pois existem muitos produtos alimentares ocultos como ingredientes de outros alimentos. Por exemplo, o pão de centeio comum contém alguma farinha de trigo. Além dos alimentos ou líquidos especificados na dieta inicial, nenhum outro pode ser consumido. Não é aconselhável comer em restaurantes, pois o paciente e o médico devem conhecer todos os ingredientes contidos em cada refeição consumida.

Tratamento

Não existe um tratamento específico para as alergias alimentares além de deixar de consumir os alimentos que desencadeiam a alergia. Qualquer indivíduo com alergia grave, erupções cutâneas, urticária (edema dos lábios e da garganta) ou falta de ar deve tomar muito cuidado para evitar os alimentos agressores.

A dessensibilização, através da ingestão de pequenas quantidades de um alimento ou do uso de gotas sublinguais de extratos do alimento, não demonstrou eficácia. Os anti-histamínicos são de pouca utilidade prática como agentes preventivos, mas podem ser úteis nas reações agudas generalizadas com urticária e angioedema (urticária gigante).

Anafilaxia

A anafilaxia é uma reação aguda, generalizada, potencialmente grave e que pode ser letal em um indivíduo previamente sensibilizado pela exposição a um alergeno e que entra novamente em contato com o mesmo alergeno.

A anafilaxia pode ser causada por qualquer alergeno. Os mais comuns são medicamentos, venenos de insetos, determinados alimentos e injeções de imunoterapia alergênica. A anafilaxia não ocorre na primeira exposição ao alergeno. Por exemplo, a primeira exposição de um indivíduo à penicilina ou a primeira picada de uma abelha não desencadeia a anafilaxia, mas uma exposição posterior pode desencadeá-la. Contudo, muitos indivíduos não se recordam da primeira exposição.

Uma reação anafilática começa quando o alergeno penetra na corrente sangüínea e reage com um anticorpo da classe da imunoglobulina E (IgE). Esta reação estimula as células a liberarem histamina e outras substâncias envolvidas nas reações inflamatórias imunes. Em resposta, as vias aéreas pulmonares podem contrair e causar sibilos; os vasos sangüíneos podem dilatar e causar hipotensão arterial; e as paredes dos vasos sangüíneos podem permitir o extravasamento de líquido e causar edema e urticária. A função cardíaca pode ser comprometida, com batimentos irregulares e bombeamento de sangue inadequado. O indivíduo pode entrar em choque.

As reações anafilatóides assemelham-se às reações anafiláticas, mas podem ocorrer após a primeira injeção de determinados medicamentos e substâncias (p.ex., polimixina, pentamidina, opióides ou meios de contraste utilizados nos estudos radiográficos). O mecanismo de ação não envolve anticorpos da classe IgE e, por essa razão, não se trata de uma reação alérgica. A aspirina e outros antiinflamatórios não esteróides podem causar reações anafilatóides em alguns indivíduos, particularmente naqueles que apresentam rinite alérgica perene e pólipos nasais.

Sintomas

Os sintomas começam imediatamente ou quase sempre nas 2 horas subseqüentes à exposição à substância agressora. O indivíduo pode sentir-se mal, tornar-se agitado e apresentar palpitações, formigamento, prurido e hiperemia cutânea, pulsação nos ouvidos, tosse, espirro, urticária, edemaou uma maior dificuldade respiratória devida à asma ou à obstrução da traquéia. O colapso cardiovascular pode ocorrer sem sintomas respiratórios. Geralmente, um episódio inclui sintomas respiratórios ou cardiovasculares, não ambos, e o indivíduo apresenta a mesma sintomatologia nos episódios posteriores. Entretanto, a anafilaxia pode apresentar uma evolução tão rápida que pode acarretar colapso, convulsões, perda do controle vesical, inconsciência ou acidente vascular cerebral em 1 a 2 minutos. A anafilaxia pode ser fatal a menos que o indivíduo receba o tratamento de emergência imediatamente.

Prevenção

É muito provável que um indivíduo que apresentou anafilaxia devido a uma picada de abelha volte a apresentá-la se for novamente picado. O mesmo é válido para as exposições repetidas a qualquer outro alergeno (p.ex., um medicamento). A realização de um teste cutâneo cada vez que o indivíduo for tomar um medicamento não é prática. Entretanto, os indivíduos com história de alergia ao soro animal (p.ex., antitoxina tetânica derivada do soro do cavalo) ou à penicilina devem ser testados antes de sua administração.

A imunoterapia alergênica administrada durante um longo período evita a anafilaxia nos indivíduos que sabidamente são alérgicos a alergenos inevitáveis (p.ex., picadas de insetos). A imunoterapia não é utilizada quando a substância agressora pode ser evitada, como é o caso da penicilina e de outros medicamentos. No entanto, quando um indivíduo necessita de um determinado medicamento (p.ex., penicilina ou uma antitoxina derivada do soro do cavalo), uma dessensi-bilização rápida pode ser realizada, a qual é acompanhada rigorosamente em um consultório médico ou em um hospital.

Alguns indivíduos apresentam uma história de reações anafilatóides a meios de contraste que são injetados para a realização de determinados estudos radiográficos. Embora os médicos tentem evitar o uso desses contrastes nesses pacientes, alguns distúrbios não podem ser diagnosticados sem os mesmos. Nestes casos, contrastes especiais que reduzem a incidência de reações podem ser utilizados. Além disso, medicamentos que bloqueiam as reações anafiláticas (p.ex., prednisona, difenidramina ou efedrina) podem ser úteis quando administrados antes da injeção do contraste.

Tratamento

O tratamento inicial para a anafilaxia é uma injeção de adrenalina (epinefrina). Os indivíduos alérgicos a picadas de insetos ou a determinados alimentos, especialmente aqueles que já apresentaram um episódio de anafilaxia, devem sempre carregar consigo uma seringa de autoinjeção de epinefrina para um tratamento de emergência rápido.

Com freqüência, este tratamento interrompe uma reação anafilática. No entanto, qualquer indivíduo que esteja apresentando uma reação anafilática deve procurar o serviço de emergência de um hospital assim que possível, pois pode ser necessária uma monitorização rigorosa dos sistemas cardiovascular e respiratório e a disponibilidade de um tratamento rápido e sofisticado.

Urticária

A urticária é uma reação da pele caracterizada por pequenas elevações pálidas ou avermelhadas (placas de urticária).

Existe uma doença denominada angioedema que está relacionada à urticária e que, algumas vezes, coexiste com esta. O angioedema afeta áreas maiores e tecidos mais profundos, sob a pele. A urticária e o angioedema são reações do tipo anafilático limitadas à pele e aos tecidos subjacentes. Esses distúrbios podem ser desencadeados por alergenos ou outros agentes ou a sua causa pode ser desconhecida. Os alergenos comuns incluem medicamentos, picadas ou mordidas de insetos, injeções de produtos alérgicos e certos alimentos, sobretudo ovos, mariscos, nozes e castanhas e frutas. Às vezes, a urticária ocorre subitamente após o indivíduo consumir uma quantidade mínima de um determinado alimento. Outras vezes, ela ocorre somente após o indivíduo consumir grandes quantidades do alimento (p.ex.,morangos). Além disso, a urticária algumas vezes acompanha infecções virais como a hepatite, a mononucleose infecciosa e a rubéola.

Freqüentemente, é difícil explicar a urticária que recorre ao longo de semanas ou meses. É possível que uma causa específica nunca seja encontrada. É muito raro que uma alergia seja a causa, embora o uso desapercebido e prolongado de algum aditivo alimentar, medicamento ou outra substância química possa ser o responsável pelo problema. Os exemplos incluem os conservantes, os corantes e outros aditivos alimentares, traços mínimos de penicilina no leite (utilizada pelos fazendeiros no tratamento de infecções do gado) e alguns medi-camentos de venda livre. Raramente, uma doença crônica concorrente (lúpus eritematoso sistêmico, policitemia vera, linfoma, hipertireoidismo ou uma infecção) está associada à urticária. Embora a suspeita de fatores psicológicos seja freqüente, eles são raramente identificados.

Certos medicamentos (p.ex., aspirina) podem agravar os sintomas. Um indivíduo com urticária causada pela aspirina pode reagir de forma semelhante a outros antiinflamatórios não esteróides (p.ex., ibuprofeno) ou à tartrazina, um corante amarelo utilizado para dar cor a alguns alimentos e medicamentos. O angioedema que recorre sem sinal de urticária comum pode ser um distúrbio denominado angioedema hereditário.

Sintomas e Diagnósticos

Em geral, o primeiro sintoma da urticária é o prurido, o qual é rapidamente seguido pelo surgimento de placas de urticária, áreas lisas e discretamente elevadas que são mais vermelhas ou mais pálidas que a pele circunjacente e geralmente permanecem pequenas (com diâmetro inferior a 1,3 cm). Quando as placas são maiores (até 20 cm de diâmetro), as áreas centrais podem apresentar uma tonalidade clara, formando anéis. Comumente, os episódios de urticária vêm e vão; uma placa pode permanecer por várias horas, desaparecendo em seguida e reaparecendo em um outro local.

No angioedema, o edema freqüentemente atinge grandes áreas e estende-se profundamente sob a pele. Ele pode afetar parcial ou totalmente as mãos, os pés, as pálpebras, os lábios, os órgãos genitais ou inclusive o revestimento da boca, da garganta e das vias respiratórias, acarretando dificuldade respiratória.

Geralmente, um exame médico é desnecessário quando a urticária ocorre abruptamente e desaparece rapidamente sem uma recorrência. Ele raramente revela uma causa diferente da que era evidente desde o início. No entanto, quando o angioedema ou a urticária recorre sem motivo, a avaliação médica é aconselhável.

Tratamento

A urticária que ocorre subitamente geralmente desaparece sem qualquer tratamento em questão de dias e, algumas vezes, em questão de minutos. Quando a causa não é evidente, o indivíduo deve interromper o uso de todos os medicamentos não essenciais até o desaparecimento da reação. O uso de anti-histamínicos (p.ex., difenidramina, clorfeniramina ou hidroxizina) alivia parcialmente o prurido e reduz o edema. O uso da prednisona, um corticosteróide, durante vários dias pode reduzir o edema e o prurido muito intensos.

Qualquer indivíduo que entra em colapso ou que apresenta dificuldade de deglutição ou respiratória deve ser submetido a um tratamento de emergência. É administrada uma injeção de epinefrina (adrenalina) juntamente com anti-histamínicos o mais rapidamente possível. O mais adequado é continuar o tratamento no serviço de emergência de um hospital, onde o tratamento poderá ser cuidadosamente monitorado e ajustado de acordo com a necessidade.

A urticária crônica pode também ser aliviada por anti-histamínicos. A doxepina, um antidepressivo, é eficaz para alguns adultos. Como a utilização de corticosteróides por mais de 3 a 4 semanas causa muitos efeitos adversos, esses medicamentos somente são prescritos para os sintomas graves e quando todos os outros tratamentos fracassaram. A utilização de corticosteróides deve ser a mais breve possível. Em 50% dos casos, a urticária crônica não tratada desaparece em dois anos. Freqüentemente, o controle do estresse ajuda a reduzir a freqüência e a gravidade dos episódios.

Angiodema Hereditário

O angioedema hereditário é um distúrbio genético associado a uma deficiência do inibidor C1, uma proteína do sangue.

O inibidor C1 faz parte do sistema do complemento, um grupo de proteínas envolvidas em algumas reações imunes e alérgicas. A deficiência ou a atividade subnormal do inibidor C1 produz episódios de inflamação em áreas localizadas da pele e no tecido subcutâneo ou nas membranas mucosas que revestem os orifícios do corpo (p.ex., boca, garganta e trato gastrointestinal). As lesões ou as doenças virais freqüentemente desencadeiam os episódios, os quais podem ser agravados pelo estresse emocional. Tipicamente, os episódios produzem áreas de inflamação que são mais dolorosas que pruriginosas e não são acompanhadas por urticária. Muitos indivíduos apresentam náusea, vômito e cólicas. A complicação mais grave é o edema das vias respiratórias superiores, o qual pode interferir na respiração. A dosagem da concentração sérica do inibidor C1 e a mensuração de sua atividade estabelecem o diagnóstico.

Tratamento

Algumas vezes, uma droga denominada ácido aminocapróico pode interromper um episódio de angioedema hereditário. A epinefrina, os anti-histamínicos e os corticosteróides são freqüentemente prescritos, embora não existam provas de que esses medicamentos sejam eficazes. Durante um episódio agudo, a respiração pode rapidamente tornar-se obstruída e pode ser necessária a colocação de um tubo respiratório na traquéia do indivíduo.

Certos tratamentos podem ser úteis na prevenção de episódios. Por exemplo, antes de ser submetido a uma pequena cirurgia ou a algum tratamento dentário, o indivíduo com angioedema hereditário pode receber uma transfusão de plasma fresco para elevar a concentração do inibidor C1 no sangue. A administração de inibidor C1 purificado pode evitar episódios de angioedema hereditário, mas ele ainda não está disponível para uso geral. Para a prevenção prolongada, os esteróides anabólicos orais (andrógenos) como o estanozolol ou o danazol podem estimular o corpo a produzir mais inibidor C1. Como essas substâncias podem produzir efeitos colaterais masculinizantes, as doses devem ser cuidadosamente avaliadas e controladas quando administradas em mulheres.

Mastocitose

A mastocitose é um distúrbio no qual os mastócitos,células produtoras de histamina envolvidas nas reações imunes, acumulam-se nos tecidos da pele e, às vezes, em várias outras partes do corpo.

A forma mais comum da mastocitose pode limitar-se à pele, especialmente em crianças, ou pode envolver outros órgãos (estômago, intestinos, fígado, baço, linfonodos e ossos). As formas mais raras de mastocitose podem estar associadas a um distúrbio grave do sangue (p.ex., leucemia aguda, linfoma, neutropenia crônica ou algum distúrbio mieloproliferativo) ou a doenças muito graves denominadas leucemia de mastócitos e mastocitose agressiva. Aproximadamente 90% dos indivíduos com mastocitose comum e menos de 50% dos indivíduos com outras formas de mastocitose apresentam urticária pigmentosa (pequenos pontos castanhoavermelhados disseminados por todo o corpo e que, freqüentemente, causam urticária e hiperemia quando esfregados ou coçados).

A causa da mastocitose é desconhecida. Ao longo de anos, ocorre um acúmulo progressivo de mastócitos e isto produz um aumento gradual da sintomatologia, mas os sintomas geralmente podem ser controlados durante décadas com medicação. Alguns indivíduos com mastocitose apresentam dores articulares e ósseas e uma tendência a apresentar reações alérgicas graves, inclusive com sintomas similares aos da anafilaxia. Eles também podem apresentar úlceras pépticas e diarréia crônica, pois o estômago produz um excesso de histamina.

Tratamento

O tratamento da mastocitose depende de dois tipos de anti-histamínicos: bloqueadores dos receptores de histamina1, o tipo utilizado no tratamento de alergias, e bloqueadores dos receptores de histamina2, o tipo utilizado no tratamento de úlceras pépticas. Quando a mastocitose está associada a um distúrbio subjacente grave, o tratamento é muito mais complexo.

Alergia Física

A alergia física é um distúrbio no qual os sintomas alérgicos ocorrem em resposta a um estímulo físico, como o frio, a luz solar, o calor ou uma lesão menor.

Os sintomas mais comuns da alergia física são o prurido, as manchas na pele e a urticária. Alguns indivíduos apresentam constrição das vias respiratórias com dificuldade respiratória. Uma forte reação à luz solar (fotossensibilidade) pode causar tanto a urticária quanto manchas cutâneas incomuns. A fotossensibilidade também pode ser decorrente do uso concomitante de determinados medicamentos ou substâncias aplicados sobre a pele.

Os indivíduos particulamente sensíveis ao calor podem apresentar um distúrbio denominado urticária colinérgica: pequenas urticárias altamente pruriginosas, circundadas por um anel avermelhado. A urticária colinérgica também é desencadeada pelo exercício, pela tensão emocional ou por qualquer atividade que produza a sudorese. Os indivíduos particularmente sensíveis ao frio podem apresentar urticárias, inflamação da pele, asma ou coriza e obstrução nasal quando expostos a baixas temperaturas.

Tratamento

A melhor forma de enfrentar uma alergia física é preveni-la, evitando o que pode causá-la. Os indivíduos com sintomas alérgicos devem deixar de usar cosméticos e cremes de pele, loções e óleos durante algum tempo, para verificar se alguma dessas substâncias está agravando a alergia. Geralmente, o prurido pode ser aliviado por um anti-histamínico (p.ex., difenidramina, ciproeptadina ou a hidroxizina). A ciproeptadina tende a funcionar melhor nos casos de urticária provocada pelo frio e a hidroxizina na urticária causada pelo estresse. Os indivíduos que apresentam uma alta sensibilidade à luz solar devem utilizar filtros solares e reduzir a exposição ao sol.

Reações Alergicas Induzidas pelo Exercício

Em alguns indivíduos, o exercício pode produzir um episódio de asma ou uma reação anafilática aguda.

A asma é um tipo de reação anormal induzida pelo exercício. A asma induzida pelo exercício ocorre freqüentemente em indivíduos que sofrem de asma, embora alguns apresentem asma somente quando se exercitam. Após cinco a dez minutos de exercício vigoroso, tipicamente iniciando após a interrupção do exercício, o indivíduo apresenta uma sensação de aperto no peito associada a sibilos e dificuldade respiratória. É mais provável que a asma induzida pelo exercício ocorra quando o ar é frio e seco.

Um problema muito mais raro é a anafilaxia induzida pelo exercício, a qual pode ocorrer após um exercício vigoroso. Em alguns indivíduos, este distúrbio ocorre somente após o consumo de um alimento específico antes de se exercitar.

Tratamento

Para a asma induzida pelo exercício, o tratamento visa tornar o exercício possível sem o desencadeamento de sintomas. Normalmente, o objetivo pode ser atingido através da inalação de um medicamento beta-adrenérgico aproximadamente 15 minutos antes do início do exercício. O cromoglicato dissódico é útil para alguns indivíduos. Para aqueles que sofrem de asma, o controle da asma através dos meios usuais freqüentemente previne a forma induzida pelo exercício.

Os indivíduos com anafilaxia induzida pelo exercício devem evitar tanto o exercício quanto o alimento que sabidamente desencadeia os sintomas quando combinado com o exercício. Alguns descobrem que o aumento gradual da intensidade e da duração do exercício os torna mais tolerantes. Eles devem sempre carregar consigo uma seringa auto-injetável de epinefrina para um tratamento de emergência rápido.

Fonte: www.msd-brazil.com

REAÇÕES ALÉRGICAS

Embora os mastócitos sejam encontrados no tecido conjuntivo e os basófilos sejam um tipo de glóbulos brancos do sangue, ambos têm algo em comum para quem sofre de alergia. Eles contêm histamina, uma arma importante no arsenal do corpo humano para a luta contra as infecções. Infelizmente, quando liberada de forma inadequada ou em doses muito altas, a histamina se torna uma substância devastadora.

A cascata da reação alérgica

Após a exposição sensibilizante, demora entre uma semana e dez dias para que os mastócitos e os basófilos fiquem carregados com os anticorpos IgE. Então, se houver contato com o alérgeno novamente, este desencadeará um efeito dominó destrutivo dentro do sistema imunológico, chamado de cascata alérgica.

alergia

Tenha sido pela inalação de uma molécula de proteína em uma partícula de pólen da erva-de-santiago, ou uma injeção da proteína do veneno da vespa, uma mesma seqüência de eventos irá ocorrer:

Os anticorpos IgE se fixam na parede dos mastócitos e reconhecem os alérgenos;

Os anticorpos IgE reagem ligando-se aos alérgenos enquanto permanecem grudados aos mastócitos ou aos basófilos;

Esta ligação alerta um grupo especial de proteínas, chamado de complemento, que circula no sangue.

Existem cerca de vinte proteínas nesta família protéica, e pelo menos nove delas estão envolvidas no mecanismo de resposta alérgica. Após o anticorpo IgE (que já está unido a um mastócito ou a um basófilo) encontrar e ligar-se ao seu alérgeno específico, a primeira proteína da seqüência do complemento se liga ao complexo. Esta alerta a próxima proteína da seqüência, que alerta a próxima e assim por diante. Quando a seqüência se completa, a célula ofensora é destruída.

Isto acontece em um sistema imunológico normal, com as imunoglobulinas grudando-se à superfície das células doentes e causando a sua destruição. Mas num episódio alérgico, as células envolvidas são os mastócitos e os basófilos.

Quando os mastócitos e os basófilos são destruídos, seus estoques de histamina e de outros mediadores alérgicos são liberados nos tecidos e sangue vizinhos. Isto causa a dilatação da superfície dos vasos sangüíneos e a conseqüente queda na pressão arterial. Os espaços entre as células vizinhas enchem-se com fluidos.

Dependendo do alérgeno ou da parte do corpo envolvida, isto causa vários sintomas alérgicos, sendo os mais comuns:

Coceira (corpo, olhos, nariz);

Urticária;

Espirros;

Dificuldade para respirar;

Náusea;

Diarréia;

Vômitos.

alergia
Locais mais comuns onde ocorrem reações alérgicas

Reatividade cruzada

Embora o mecanismo exato ainda não tenha sido compreendido, as vítimas de alergias, assim que sensibilizadas a um determinado tipo de alérgeno, também sofrem reações alérgicas quando expostas a substâncias que tenham relação com este alérgeno. Se você apresenta reação alérgica ao veneno da abelha, por exemplo, você também poderá apresentar reação de hipersensibilidade a todos os outros tipos de venenos de abelhas.

Reações sistêmicas

Algumas pessoas alérgicas tornam-se sensibilizadas às proteínas contidas no pólen da erva-de-santiago, do látex, de determinados alimentos e de drogas como a penicilina. Nestes casos de alergia, a reação pode envolver o corpo todo. Esta reação é chamada de reação sistêmica, e é o que o seu médico quer observar quando pede a você para aguardar um pouco após lhe aplicar uma injeção. Numa reação sistêmica, a liberação dos mediadores alergênicos (sendo o principal deles a histamina) provoca a dilatação dos vasos capilares em todo o corpo. Se esta condição prosseguir até um ponto perigoso, nós a chamamos de anafilaxia. Se ele prossegue ainda mais, a vítima passa a apresentar o choque anafilático.

Choque anafilático

O tempo de reação à exposição pode variar dependendo do seu organismo (como ele lida com a exposição) e do alérgeno a que você foi exposto. Numa reação branda, você poderá sofrer uma coceira ou inchaço moderados. Numa reação grave, após a exposição ao antígeno desencadeador, pode-se repentinamente desenvolver urticária em grandes áreas do corpo e começar a ter dificuldades respiratórias, acompanhada de uma queda de pressão arterial rápida e grave. Além disso, numa reação grave, o pensamento se torna confuso porque o cérebro e outros órgãos vitais sentem necessidade de oxigênio. O cérebro e os rins são especialmente vulneráveis neste tipo de reação e podem ficar permanentemente danificados mesmo se a vítima sobreviver.

Para piorar as coisas, os fluidos das células jogados para dentro dos tecidos da garganta podem fechá-la por causa do inchaço, levando ao choque anafilático e à morte em apenas três ou quatro minutos após a exposição ao antígeno ou do começo dos sintomas. Nos Estados Unidos, centenas de pessoas morrem anualmente de choque anafilático.

Atualmente, o único tratamento eficaz para a anafilaxia é uma injeção intramuscular de adrenalina, um hormônio produzido naturalmente pelo corpo através das glândulas supra-renais. A adrenalina neutraliza os sintomas da anafilaxia contraindo os vasos sangüíneos e abrindo as vias respiratórias. O lado ruim é que o efeito dura apenas de 10 a 20 minutos por injeção, possui efeitos colaterais potencialmente graves e, para ser eficaz, deve ser administrado corretamente durante ou antes do início dos sintomas.

Alergia

Quando funciona corretamente, o sistema imunológico é uma unidade biológica de guerra bem treinada e disciplinada.

O sistema imunológico é realmente surpreendente. Ele é capaz de identificar e destruir numerosos invasores externos.

Ele também pode identificar as células que estão interiormente infectadas com vírus, assim como as células que estão a caminho de se transformar em tumores.

Ele faz todo este trabalho e, assim, o organismo permanece saudável.

Célula submetida a uma reação alérgica
Célula submetida a uma reação alérgica

Mesmo o sistema imunológico sendo maravilhoso, ele, às vezes, comete erros. As alergias são o resultado de uma hipersensibilidade do sistema imunológico.

O sistema imunológico do alérgico confunde uma substância normalmente inofensiva como sendo prejudicial, e então a ataca com uma ferocidade muito maior do que a necessária. Os problemas que este ataque pode causar irão variar de um inconveniente e um desconforto suaves até a falência total do organismo que o sistema imunológico está supostamente protegendo.

Neste artigo examinaremos a mais consagrada escola de pensamento sobre o que cria a condição a que nos referimos como alergia. Uma definição da premissa desta escola de pensamento é que os sintomas alérgicos são sempre provocados por uma proteína.

O processo alérgico

Se você tem alergias, provavelmente herdou esta condição.

Os linfócitos são componentes fundamentais do sistema imunológico, e quando eles cometem um engano, podem criar uma resposta alérgica.

Existem dois tipos de linfócitos:

linfócitos B (células B)

linfócitos T (células T)

Ambos os tipos ajudam a proteger seu organismo contra substâncias estranhas como bactérias invasoras, vírus e toxinas. Elas movem-se livremente através e entre os tecidos do corpo, viajam pelas paredes dos vasos sanguíneos, circulam entre os diversos gânglios e canais linfáticos (em inglês). As células B e as células T vão a todo lugar.

Os linfócitos agem como se fossem agentes alfandegários. Em todos os lugares onde vão, estão ocupados verificando os passaportes de cada célula que encontram. Toda vez que descobrem uma célula que parece ameaçadora, eles imediatamente começam a tomar medidas defensivas contra ela. O processo bioquímico que está por trás destas medidas defensivas é surpreendente.

Ameaça alérgica

Quando um linfócito encontra uma partícula ou célula com moléculas que identificam o alérgeno como um invasor externo, ele executa uma versão microscópica de pegar as digitais e fazer foto de identificação do invasor. Como estes invasores externos provocam a produção de anticorpos, eles são chamados de produtores de anticorpos ou antígenos. Após a célula B identificar um antígeno, ela retorna para o gânglio linfático, se transforma em plasmócito e produz anticorpos especialmente projetados para lutar contra aquela ameaça específica.

Existem cinco tipos básicos de anticorpos chamados imunoglobulinas, ou Igs.

Cada imunoglobulina é classificada por tipo, tendo uma letra como sufixo:

IgA

IgD

IgE

IgG

IgM

A imunoglobulina (Ig) responsável pelas reações alérgicas é a Imunoglobulina E (IgE).

Os anticorpos da imunoglobulina E estão presentes em cada um de nós, mas lembra-se daqueles genes da resposta imune mencionados anteriormente?

Em um sistema imunológico que funciona corretamente, o código genético contém informação suficiente para capacitar os linfócitos a distinguir entre as proteínas que são ameaçadoras e as que não são. No sistema imunológico de uma pessoa alérgica, os linfócitos não sabem dizer se aquela proteína ingerida como parte de uma refeição que continha moluscos não está invadindo o corpo. As células B de uma pessoa alérgica - ou "mal informada" geneticamente - provoca a produção de grandes quantidades de anticorpos IgE para grudá-los aos mastócitos e aos basófilos por todo o corpo. Isto é conhecido como exposição sensibilizadora.

Termos que devemos conhecer

Alérgeno - substância que causa alergia.

Anticorpo - molécula de proteína produzida pelas células B em resposta a - e reativa com - um antígeno específico.

Antígeno - substância capaz de induzir a produção de anticorpos e então reagir especificamente com eles.

Célula B (Linfócito B) - tipo de glóbulo branco do sangue capaz de produzir anticorpos.

Basófilo - tipo de glóbulo branco do sangue que contém histamina e outros mediadores da alergia.

Histamina - substância química presente principalmente nos mastócitos, que quando liberada, causa muitos sintomas da alergia.

IgE (imunoglobulina) -tipo de anticorpo mais útil nas reações alérgicas.

Gânglios linfáticos -pequenos órgãos dentro do sistema linfático localizados nas intersecções dos canais linfáticos.

Linfócito - tipo de glóbulo branco útil na produção de anticorpos.

Mastócito - tipo de célula que contém a histamina e outros mediadores alérgicos, útil na resposta alérgica.

Fonte: saude.hsw.com.br

 

Alergias Respiratórias

Alergia é uma forma diferente de reagir a estímulos aparentemente inofensivos. As alergias mais freqüentes são a asma (ou bronquite) e a rinite.

A primeira é crônica e provoca falta de ar, chiado e cansaço. Atinge 10% da população mundial e ainda causa a morte de muitos jovens.

Já a rinite é decorrente da sensibilidade exagerada da mucosa nasal, caracterizando-se por espiros repetidos, coriza, congestão e coceira no nariz. Embora tenha sintomas semelhantes aos do resfriado, a rinite não dá febre e não é infecciosa.

Há genes que determinam maior susceptibilidade à doença, que pode aparecer em qualquer idade, sendo mais comum na infância.

Asma ou rinite?

As principais causas da asma e da rinite são alergia à poeira doméstica, a ácaros, ao mofo, aos pêlos de animais e a alimentos. Entre os fatores irritantes, estão a fumaça de cigarro, as mudanças de tempo e a poluição, além das gripes, resfriados, uso de certos medicamentos e aspectos emocionais, como o estresse. A poeira doméstica, por exemplo, mistura substâncias vivas e inertes, constituídas de restos humanos, fibras de tecidos, escamas da pele humana e dos animais, bactérias, mofo, bolores e ácaros. No inverno, a umidade e a temperatura favorecem ácaros e bolores. Além disso, a permanência das pessoas dentro de casa é agravado pelo uso de carpetes, cortinas e cobertores, fontes de ácaros.

A maior incidência de gripes e resfriados piora a asma e a rinite.

Os sintomas da alergia são uma reação de defesa do organismo, que age através de anticorpos de um tipo especial (chamado imunoglobulina E ou IgE), que o alérgico fabrica em grande quantidade. Estes anticorpos estão na mucosa respiratória e se ligam a um tipo de célula especial, chamada mastócito. A reação do alérgeno (substância que causa alergia) com o anticorpo IgE libera substâncias químicas pelos mastócitos (mediadores), provocando inflamação local, responsável pelo inchaço da mucosa. A repetição do processo alérgico causa inflamação crônica.

O médico pode realizar testes cutâneos alérgicos para confirmar o diagnóstico e programar o tratamento. As crises leves passam desapercebidas. Os sintomas são discretos e o sono não é prejudicado. Às vezes, tosse é o único sintoma. Nas crises moderadas, os sintomas são mais fortes, com chiados intensos, falta de ar, tosse e cansaço. A pessoa não dorme bem e não consegue praticar exercícios. Nas crises fortes, a falta de ar é grave, ocorre mal-estar e chiado intenso. Em alguns casos, a respiração é pesada, rápida. O indivíduo mal consegue falar ou caminhar.

Para controlar a asma, é preciso conhecer seu tipo, avaliar a função pulmonar (através) da medida do sopro ou peak flow) e saber interpretar suas variações. A rinite alérgica prejudica muito a qualidade de vida e o convívio social. Os sintomas são espirros repetidos, coriza líquida abundante, coceira nasal, congestão nasal, olhos avermelhados e irritados, além de pigarro ou tosse. Mas muitos não se preocupam com os sintomas, que podem se manter por meses. Neste caso, o problema prejudica o nariz, forçando a respiração pela boca. Há sensação de desconforto na garganta, variando de pigarro a amigdalites e faringites repetidas.

Nas crianças, a respiração bucal prolongada leva também à diminuição do apetite. Estes pacientes dormem mal e roncam à noite, prejudicando o aprendizado na escola porque tornam-se sonolentas e desatentas. O hábito de respirar pela boca pode ser prejudicial também aos dentes, causando deformidades no tórax, mesmo quando a criança não tem asma. Outras complicações da rinite são sinusites, amigdalites ou faringites, inflamações repetidas no ouvido e hipertrofia das adenóides (chamadas de carnes do nariz). Há alterações no olfato, no paladar e na audição, além de dores de cabeça, falta de ar, tosse, febre e olheiras.

O inverno propicia também o aparecimento de infecções respiratórias, que causam espasmo (estreitamento), edema (inchaço) e inflamação, resultando em crises de rinite e asma. Alguns tipos de vírus provocam mais asma que outros. Um exemplo é rinovírus, que ataca bebês. Por isto, o alérgico deve evitar locais com multidões ou contato com pessoas gripadas. nas crianças alérgicas e nos idosos, são indicadas vacinas para tratar a gripe. As infecções por bactérias não têm relação direta com a rinite ou com a asma, embora possam agravar a inflamação das vias respiratórias.

As alternativas de tratamento

A sinusite é a inflamação da mucosa que reveste os seios da face. Os sintomas são sinusite, dor de cabeça, congestão e secreção nasal purulenta. Nas crianças, a dor de cabeça pode estar ausente. O único sintoma é a tosse, que piora à noite. A sinusite piora a rinite e causa infecções oculares, pneumonias, asma e até meningite. Para cada pessoa e faixa de idade, há diferentes fatores desencadeantes de alergia. Idosos, crianças e gestantes têm características imunológicas que os tornam mais vulneraveis às infecções respiratórias, aumentando as chances de piora da alergia no caso de virose respiratória. A tosse não é doença, mas um sintoma de alteração do organismo. Tossir é um reflexo natural para desobstruir as vias aéreas e constitui um mecanismo de defesa, auxiliando a expulsão de agentes nocivos das vias aéreas. Pode ser recente ou crônica, seca ou com catarro, ocorrendo isoladamente ou em acessos, com horário certo ou não. Pode ser rouca ou acompanhada de vômitos associados. É importante que o paciente e a família saibam que, se a tosse permanece, é necessário consultar um médico, em vez de insistir no uso de xaropes caseiros. A asma e a rinite precisam ser tratadas de forma contínua e não só nos momentos de crise. O primeiro passo é identificar a causa da alergia e afastá-la. Para asma e rinite, recomendam-se medidas de controle ambiental contra a poeira e ácaros. O segundo passo é a escolha de remédios para reduzir a inflamação e controlar os sintomas. O terceiro passo é o uso de vacinas (imunoterapia).

Quanto mais se consegue melhorar o ambiente da casa onde vive o alérgico, melhores os resultados, menos remédios e menos vacinas. Medidas devem ser tomadas para evitar o contao abusivo com os alergenos, principalmente em relação à limpeza da casa e do dormitório. A limpeza diária da casa deveser feita com pano ímido, evitando o uso de espanadores. O ideal é que o ambiente seja arejado, sem tapetes ou cortinas. Devem-se evitar animais dentro de casa. O cigaroo é proibido.

Para rinite, indicam-se antialérgicos ou ant-hitamínicos (medicamentos que aliviam os sintomas como coriza, espirros e obstrução nasal), sob a forma de xaropes, comprimidos e, atualmente, em sprays para uso nasal. mas o tratamento da rinite alérgica exige medicações preventivas como cromoglicato dissódico ou os corticóides nasais, que atuam como agentes inibidores da inflamação alérgica. Para a asma, há medicamentos de alívio, como broncodilatadores, usados no momento de crises e remédios preventivos, como o cromoglicato, o nedocromil e sprays de corticóides (que reduzem a inflamação), usados sob orientação médica. O objetivo das vacinas é diminuir a sensibilidade à poeira e aos ácaros. O tratamento é a longo prazo, mas tem bons resultados. As injenções são via subcutânea, com doses crescentes do antigeno. A alergia é crônica e deve ser tratada também de forma preventiva. Recomenda-se praticar esportes ao ar livre, ter alimentação saudável, com bastante líquido e não fumar. O alérgico, bem orientado, pode levar uma vida vida normal, sem restrições.

Fonte: www.asmaticos.org.br

Alergias Respiratórias

Com a chegada do inverno muitas pessoas, adultos e crianças, são acometidos pelas chamadas alergias respiratórias.

A grande maioria dos pacientes apresenta sintomas de rinite (espirros e escorrimento pelo nariz, principalmente pela manhã), bronquite (tosse com ou sem catarro) e asma (falta de ar ou dificuldade de respirar).

Antes de tudo, é bom saber o que é alergia.

Trata-se de uma doença hereditária (transmitida dos pais para os filhos), relacionada ao sistema imunológico (de defesa) da pessoa.

Se um dos pais é alérgico, a chance de o filho ser é de 20%; se os dois pais são, as chances passam a ser de 80%. Este fator sofre influências, também, da região e do ambiente onde a pessoa vive, que podem, ou não, facilitar o desencadeamento da doença, explicam os especialistas em alergia clínica e ambiental.

Segundo os médicos, no caso do Brasil, um país tropical com grande extensão territorial, as pessoas alérgicas sofrem influências de fatores ambientais inerentes a cada região, por exemplo: no sul, são registrados mais processos alérgicos desencadeados devido ao pólen que cai das flores e à alimentação.

Nas grandes cidades do sudeste, como Rio de Janeiro e São Paulo, as influências são devido à poluição ambiental causada pela fumaça do trânsito, indústrias e chaminés.

Caso seja comprovado o fator alérgico – como tosse constante, dor no peito e nariz escorrendo, com freqüência –, os médicos aconselham a procurar um especialista, para diagnosticar as causas. Na maioria dos casos, as alergias podem ser controladas evitando-se o contato com as substâncias causadoras, monitorando o ambiente e eliminando os fatores externos que possam estar desencadeando o processo alérgico. O correto é tratar os sinais e sintomas da doença, para que ela não progrida. Em algumas situações, no entanto, é necessária a prescrição de medicamento antialérgico (corticóides como última opção).

Conforme atesta o médico, alguns casos mais graves, como a asma não controlada e as reações anafiláticas devem ser tratadas com urgência. A reação anafilática, que pode ser desencadeada, principalmente, por picada de insetos (abelhas, vespas e formigas), medicamentos (antibióticos, ácido acetil salicílico entre outros) e ingestão de certos alimentos (como frutos do mar), tem como sintomas: inchaço principalmente da região do rosto (boca e olhos), dificuldade de respirar e tontura.

Além dos fatores genético e ambiental, o especialista alerta para a tendência de alimentos – como corantes, chocolate e leite – serem grandes desencadeadores de alergia. Ou seja, para driblar esta grande vilã, que acompanha a humanidade durante séculos, é importante minimizar os fatores de risco, procurando viver em um ambiente seco (sem umidade), ventilado (sem fungo e ácaro – parasita responsável por desencadear processos alérgicos) e limpo (sem poeira ou sujeira).

Dica

Limpe a casa com um pano umedecido em água ou álcool, evitando desinfetante e outros produtos químicos.

Nada de espanador, cortinas de tecido e carpete, que concentram muita poeira.

Os ácaros, principais causadores de alergia, são abundantes nos colchões e travesseiros, locais onde costumamos passar grande parte do nosso dia e por isso é imprescindível o uso de capas impermeáveis aos ácaros.

Evite ter no quarto almofadas, bichinhos de pelúcia e cortinas pesadas, pois tudo isso se torna ninho de ácaros.

Deixe entrar ar e sol sempre que possível nos cômodos, evitando assim o aparecimento de fungos.

Os principais tipos de alergias respiratórias

Rinite Alérgica

Sintomas: coceira no nariz, nariz escorrendo e muitos espirros.

Causas: pó (ácaros e fungos), cheiros fortes, lustra móveis, fumaça de cigarro, mudança de temperatura.

Portanto, a melhor medida para aliviar suas crises é evitar as causas: manter a casa arejada, evitar produtos de limpeza com cheiro forte, eliminar focos de mofo, principalmente dos armários e forrar colchões e travesseiros com capas anti-ácaro, além de evitar sair, bruscamente, de locais quentes para locais com ar condicionado.

Bronquite Alérgica

Sintomas: tosse, peito cheio.

Causas: infecção, poeira doméstica

Asma

Sintomas: chiado no peito, dificuldade de respirar, tosse.

Causas: infecções, poeira doméstica, cheiros fortes, inseticidas, lustra móveis, tinta e alguns medicamentos, como, por exemplo, Aspirina, AAS, Novalgina.

Para o reconhecimento da asma é necessário conhecer suas diferentes manifestações: na asma leve os sintomas são discretos e esporádicos, não há sintomas entre as crises, não prejudica o sono, não atrapalha as atividades físicas, não provoca falta às aulas ou ao trabalho. Na asma moderada os sintomas já são mais significativos: há cansaço, chiado e tosse, aparecem sintomas noturnos e prejudica o sono, atrapalha as atividades diárias (estudo, trabalho, esportes). Na asma forte, os sintomas são intensos e até diários, o sono é muito prejudicado, há muita interferência na vida escolar e profissional, as atividades físicas são limitadas.

Dermatoses Alérgicas

a) Dermatite de contato

Caracteriza-se por coceira e inchaço local. É causada pelo contato da pele com alguma substância irritante ou alergênica, como por exemplo: níquel de bijuterias, certas tintas como de jornal, certos cosméticos, produtos de limpeza, etc.

b) Dermatite Atópica ou Eczema

O principal sintoma é a coceira na pele desencadeada por algum tipo de alergia.

Alguns especialistas definem dois tipos de eczema: o atópico e o de contato.

O atópico é mais comum em crianças e as coceiras aparecem principalmente na parte posterior das pernas, cotovelos, pescoço e dorso das mãos. Na maioria dos casos, tende a desaparecer na puberdade. Suas causas não estão bem definidas, mas acredita-se que determinados corantes e conservantes alimentares possam ser uns dos responsáveis. A pele se torna seca na região, o que acaba piorando a coceira, por isso aconselha-se manter a pele sempre hidratada, evitar banhos quentes e prolongados e usar sabonetes especiais sem esfregar.

O de contato pode ser desencadeado pelo contato da pele com algum tipo de substância como níquel, látex e conservantes. É preciso identificar a causa e evitar o contato.

Fonte: www.sespa.pa.gov.br

Alergias Respiratórias

Com a chegada do inverno e o clima mais úmido, começa a peregrinação de adultos e crianças aos consultórios dos alergistas. A grande maioria dos pacientes apresenta sintomas de rinite, bronquite e asma, queixando-se de nariz escorrendo, coceira nos olhos, tosse e dificuldade para respirar. Sem falar nas constantes crises de espirro, principalmente na parte da manhã.

Antes de tudo, é bom saber o que é alergia. Trata-se de uma doença hereditária (transmitida dos pais para os filhos), relacionada ao sistema imunológico (de defesa) da pessoa. Se um dos pais é alérgico, a chance de o filho ser é de 20%; se os dois pais são, as chances passam a ser de 80%. Este fator sofre influências, também, da região e do ambiente onde a pessoa vive, que podem, ou não, facilitar o desencadeamento da doença, explicam os especialistas em alergia clínica e ambiental.

Segundo os médicos, no caso do Brasil, um país tropical com grande extensão territorial, as pessoas alérgicas sofrem influências de fatores ambientais inerentes a cada região, por exemplo: no sul, são registrados mais processos alérgicos desencadeados devido ao pólen que cai das flores e à alimentação. Nas grandes cidades do sudeste, como Rio de Janeiro e São Paulo, as influências são devido à poluição ambiental causada pela fumaça do trânsito, indústrias e chaminés.

Caso seja comprovado o fator alérgico – como tosse constante, dor no peito e nariz escorrendo, com freqüência –, os médicos aconselham a procurar um especialista, para diagnosticar as causas. Na maioria dos casos, as alergias podem ser controladas evitando-se o contato com as substâncias causadoras, monitorando o ambiente e eliminando os fatores externos que possam estar desencadeando o processo alérgico. O correto é tratar os sinais e sintomas da doença, para que ela não progrida. Em algumas situações, no entanto, é necessária a prescrição de medicamento antialérgico (corticóides como última opção).

Conforme atesta o médico, alguns casos mais graves, como a asma não controlada e as reações anafiláticas devem ser tratadas com urgência. A reação anafilática, que pode ser desencadeada, principalmente, por picada de insetos (abelhas, vespas e formigas), medicamentos (antibióticos, ácido acetil salicílico entre outros) e ingestão de certos alimentos (como frutos do mar), tem como sintomas: inchaço principalmente da região do rosto (boca e olhos), dificuldade de respirar e tontura.

Além dos fatores genético e ambiental, o especialista alerta para a tendência de alimentos – como corantes, chocolate e leite – serem grandes desencadeadores de alergia. Ou seja, para driblar esta grande vilã, que acompanha a humanidade durante séculos, é importante minimizar os fatores de risco, procurando viver em um ambiente seco (sem umidade), ventilado (sem fungo e ácaro – parasita responsável por desencadear processos alérgicos) e limpo (sem poeira ou sujeira).

Dica: limpe a casa com um pano umedecido em água ou álcool, evitando desinfetante e outros produtos químicos. Nada de espanador, cortinas de tecido e carpete, que concentram muita poeira. Os ácaros, principais causadores de alergia, são abundantes nos colchões e travesseiros, locais onde costumamos passar grande parte do nosso dia e por isso é imprescindível o uso de capas impermeáveis aos ácaros. Evite ter no quarto almofadas, bichinhos de pelúcia e cortinas pesadas, pois tudo isso se torna ninho de ácaros. Deixe entrar ar e sol sempre que possível nos cômodos, evitando assim o aparecimento de fungos.

Os principais tipos de alergias respiratórias

Rinite

Sintomas: coceira no nariz, nariz escorrendo e muitos espirros.

Causas: pó (ácaros e fungos), cheiros fortes, lustra móveis, fumaça de cigarro, mudança de temperatura. Portanto, a melhor medida para aliviar suas crises é evitar as causas: manter a casa arejada, evitar produtos de limpeza com cheiro forte, eliminar focos de mofo, principalmente dos armários e forrar colchões e travesseiros com capas anti-ácaro, além de evitar sair, bruscamente, de locais quentes para locais com ar condicionado.

Bronquite

Sintomas: tosse, peito cheio.
Causas: infecção, poeira doméstica

Asma

Sintomas: chiado no peito, dificuldade de respirar, tosse.

Causas: infecções, poeira doméstica, cheiros fortes, inseticidas, lustra móveis, tinta e alguns medicamentos, como, por exemplo, Aspirina, AAS, Novalgina.

Para o reconhecimento da asma é necessário conhecer suas diferentes manifestações: na asma leve os sintomas são discretos e esporádicos, não há sintomas entre as crises, não prejudica o sono, não atrapalha as atividades físicas, não provoca falta às aulas ou ao trabalho. Na asma moderada os sintomas já são mais significativos: há cansaço, chiado e tosse, aparecem sintomas noturnos e prejudica o sono, atrapalha as atividades diárias (estudo, trabalho, esportes). Na asma forte, os sintomas são intensos e até diários, o sono é muito prejudicado, há muita interferência na vida escolar e profissional, as atividades físicas são limitadas.

Dermatoses Alérgicas

Dermatite de contato

Caracteriza-se por coceira e inchaço local. É causada pelo contato da pele com alguma substância irritante ou alergênica, como por exemplo: níquel de bijuterias, certas tintas como de jornal, certos cosméticos, produtos de limpeza, etc.

Eczema

É o nome que se dá à coceira na pele. Esta coceira pode ser desencadeada por algum tipo de alergia. Alguns especialistas definem dois tipos de eczema: o atópico e o de contato. O atópico é mais comum em crianças e as coceiras aparecem principalmente na parte posterior das pernas, cotovelos, pescoço e dorso das mãos. Na maioria dos casos, tende a desaparecer na puberdade.

Suas causas não estão bem definidas, mas acredita-se que determinados corantes e conservantes alimentares possam ser uns dos responsáveis. A pele se torna seca na região, o que acaba piorando a coceira, por isso aconselha-se manter a pele sempre hidratada, evitar banhos quentes e prolongados e usar sabonetes especiais sem esfregar. O de contato pode ser desencadeado pelo contato da pele com algum tipo de substância como níquel, látex e conservantes. É preciso identificar a causa e evitar o contato.

Fonte: www.saude.rj.gov.br

ALERGIAS RESPIRATÓRIAS

Ar condicionado e alergias respiratórias

O sistema de ar condicionado central contribui para o surgimento ou agravamento de alergias respiratórias.

Isso porque o filtro de ar desses aparelhos não está preparado para reter as micropartículas- fungos, bactérias, mofos, ácaros e vírus- causadoras do mal.

Salas amplas e cheias de gente trabalhando acabam se tornando ambientes insabulares, criando condições ideais para a proliferação das doenças provocadas por esse microorganismo.

alergia
(1) Saída de ar do duto de ventilação.
(2) Local por onde o ar entra e passa por uma tela (filtro) antes de ser resfriado. 
(3) Serpentinas de resfriamento e desumidificação

Funcionamento

O aparelho capta ar e o filtra antes de jogá-lo novamente no ambiente. O resfriamento é feito por serpentinas contendo gás refrigerante ou água gelada. Nesse processo, o ar é desumidificado, ou seja, perde umidade.

Em seguida, o ar refrigerado é jogado nos dutos de ventilação por um ventilador centrífugo de alta pressão. O problema, segundo os médicos, é que os dutos de ar jamais são limpos e a sujeira vai se acumulando dentro deles. Sistema de ar condicionado central.

Doenças

O ar frio paralisa os cílios (pêlos) que revestem as paredes do sistema respiratório e são encarregados de jogar para fora as impurezas que entram junto com o ar que respiramos. Assim, fungos, mofo, bactérias, vírus e ácaros permanecem no organismo livres para provocar doenças respiratórias de natureza alérgica.

As doenças do aparelho respiratório são sinusite, rinite, otite, amigdalite, faringite, bronquite, pneumonia, asma, gripes e resfriados. Gripes, por exemplo, abaixam as defesas e favorecem infecções mais sérias, como pneumonia.

Otite

alergia
Inflamação dos canais do ouvido, podendo ser externa 
e média(atrás dos tímpanos, que ficam cheios de pus)

Sinusite

alergia
Inflamação dos seios da face, chamados
para-nasais(próximos do nariz)

Amigdalite

alergia
Inflamação das amígdalas, provocando dor, inchaço e pus

Rinite

alergia
Inflamação dos sistemas internos do nariz

Prevenção

alergia

Evitar locais fechados com grande concentração de pessoas, por tempo prolongado, pois facilita a contaminação. Salas com carpete, o perigo é dobrado.

Mesmo que a pessoa não seja alérgica, a exposição aos elementos causadores de alergias (ácaros, fungos, mofo, poeira de local fechado, bactérias) acba sensibilizando-a. A pessoa torna-se, então, alérgica.

É preciso, portanto, evitar o contato com os causadores da alergia.

Estatísticas

20% a 42% da população urbana é alérgica.

Os Estados Unidos gastam US$ 6,4 bilhões ao ano tratando pessoas com asma.

Nos EUA, a rinite alérgica responde por 45 milhões de faltas nas escolas por ano.

Tratamento

Evitar permanência em ambientes insabulares por muito tempo.

Tratar a alergia quando as crises surgirem.

Tomar vacinas, quando tiver indicação.

Alérgicos e pessoas com mais de 50 anos devem tomar vacinas contra gripe, pneumonias e outras infecções respiratórias, provocadas por bactérias pneumococcus e pelo vírus haemophilus influenzae.

Tomar banho na temperatura ambiente (mais frio).

Fazer exercícios físicos..

Praticar natação preferencialmente em piscina fria ( a recomendação não vale para quem tem sinusite, porque a natação agrava o problema).

Lugares sem sol atraem fungos, ácaros e alergias

Janelas fechadas, cortinas ou persianas que não deixam entrar nem uma nesga de sol e um ar que entra pelas narinas levando aos pulmões algo mais que puro oxigênio. Se você mora ou trabalha num ambiente com ssas características, previna-se: lugares assim- onde apenas dez por cento do ar circulante é renovado com ar de fora do prédio- são propícios à proliferação das alergias respiratórias. Locais com refrigeração central são a habitação ideal para ácaros, fungos, bactérias e outroscausadores das alergias respiratórias.

Quando as salas são acarpetadas, então, o problema se agrava. "É impossível limpar o carpete, que sempre fica com resíduos de poeira", lembra o infectologista Edwin Castillo. Mas não pense que o ar condicionado em si seja uma maldição. É até recomendado para quem pode ter o equipamneto no carro. Especialmente no caso de quem é alérgico a pólen de flores e fumaça dos caminhões.

Também não representa perigo instalar em casa aquele aparelho pequeno, de parede, avalia Celso Rodrigues, chefe da Unidade de Pneumologia do Hospital de Base do Distrito Federal (FHDF). O ar é todo renovado pelo aparelho. Sai o ar quente do interior e entra novo ar de fora.

Mas há que se ter cuidado com a limpeza do filtro e da parte externa que reveste o aparelho. É que as fezes de pombos , por exemplo, representam perigo à saúde das pessoas. Quando secas elas podem ser aspiradas para dentro do sistema e ser levadas para o ambiente refrigerado. As fezes do pombo têm um fungo chamado criptococcus neoformans, que pode provocar pneumonia e meningite, lembra Edwin Castillo.

O calor do sol é o maior inimigo de fungos, ácaros e mofo. Por isso, recomenda o alergista Roberto Ronald Cardoso que deixe entrar em sua casa a luz do sol e o ar puro. Responsável pela Unidade de Alergia do HBDF, o médico lembra que evitar as causas das alergias respiratórias é fundamental. Significa manter a casa ou escritório livre da poeira, do mofo e dos insetos mortos. "O pó da barata morta, por exemplo, é um grande alergênico", garante o especialista.

Mas, em prédios públicos e de escritórios, essa estratégia não surte bons resultados, por causa das proporções do ambiente. E o sistema central de ar condicionado acaba perpetuando as doenças respiratórias

ALERGIAS MAIS FREQÜENTES

Os ácaros

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Parente de carrapatos e micuins, esse aracnídeo microscópico, são mais comuns em ambientes úmidos e fechados. Eles se alimentam dos restos de peles de homens e animais que descamam e caem e infestam os colchões, almofadas, poltronas, móveis acolchoados e até bichinhos de pelúcia.

São minúsculos. Tem cerca de 0,5 mm de comprimento e são invisívies a olho nú. Os ácaros causam sintomas devido aos alergenos contidos nas suas fezes. As partículas fecais têm cerca de 20 mcm de diâmetro, ou seja, o mesmo tamanho que um grão de pólen.

Nos colchões e travesseiros a temperatura do corpo e a unidade causada pela respiração e transpiração propiciam o seu desenvolvimento.

A alergia de ácaros caseiros é a causa em potencial das rinites perenes e asma e possivelmente de eczemas.

Os alérgicos devem ter cuidados não só com a cama. Limpar ou eliminar tapetes, carpetes, cortinas e trocar a roupa de cama com freqüência ajudam no combate ao ácaro. Qualquer medida de limpeza que se tome diminui a quantidade de ácaro.

Além da limpeza da casa é preciso ter um hábito simples: abrir as janelas para entrar o sol e ventilar a casa.

Uma alternativa para ter a cama livre dos ácaros é a desacarização com filtro de água. A técnica aspira ácaros, fungos e peles e aplicarr um acarecida que bloqueia sua proliferação por 90 dias.

Para proteger a cama, o alérgico pode se valer ainda de capas para colchão e travesseiro confeccionadas totalmente em algodão. Elas são laváveis e possuem uma membrana interna que evita a proliferação do ácaro.

Asma

A asma, com os sintomas de tosse e falta de ar que se manifestam principalmente nos dias secos e poluídos, também pode surgir no ambiente de trabalho.

Existem registros de 149 casos de asma ocupacional. São pessoas que desenvolvem a asma porque inalam substâncias irritantes no ambiente de trabalho.

Detergentes, tintas, resinas e produtos de solda são algumas das 200 substâncias que causam asma do trabalho.

Há dois tipos de asma ocupacional: a alérgica, a mais comum, e a irritativa.

A alérgica se manifesta mesmo que a quantidade da substância presente no ambiente seja pequena, sensibilizando o aparelho respiratório.

A irritativa só se manifesta quando a substância está presente em grandes quantidades.

A asma ocupacional atinge principalmente adultos e tende a melhorar nos finais de semana e férias, quando a pessoa se afasta do local de trabalho.

A diferença entre a asma ocupacional e a convencional é que a segunda tem como principal elemento alérgeno o ácaro, presente na poeira doméstica.

O efeito dos diferentes tipos de asma é o mesmo: a contração dos brônquios (canais por onde passa o ar), que fecha as vias aéreas.

Uma pessoa com asma ocupacional pode minimizar ou mesmo acabar com os efeitos da doença mudando o local de trabalho.

Tratamento da rinite

A rinite é uma das alergias respiratórias mais comuns. Ela tem um comportamento perene (pode surgir o ano todo), mas tende a piorar nos meses mais frios.

O ácaro é o principal desencadeante das rinites. No inverno, ao tirar casacos e cobertores do armário, grandes quantidades de ácaro podem ser inaladas pelos alérgicos.

Além disso, gripes e resfriados, mais comuns nos meses de frio, irritam e inflamam mais a mucosa (revestimento interno do aparelho respiratório) e podem favorecer um quadro alérgico.

Há uma continuidade entre a mucosa do nariz e a mucosa que reveste os brônquios e bronquíolos.

Alguns estudos já demonstraram a relação entre rinite e asma. Assim, ao tratar a rinite, o alérgico pode diminuir a chance de ter uma crise de asma.

O uso de medicamentos fora da crises de rinite é um recurso importante para evitar um quadro intenso. Corticóides e outros inibidores do processo alérgico (cromoglicato de sódio) são algumas opções. Em casos específicos, vacinas também podem evitar uma crise.

Prova de pinçamento cutâneo

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Com a prova de pinçamente é possível verificar as reações alérgicas do paciente. Injeta-se diferentes soluções alergenos e verifica-se o comportamento. Dessa forma, é possível detectar alergias aos ácaros e males tais como rinite, asma e eczemas.

Com a pele limpa, marca-se os lugares para o pinchamento e se coloca uma gota de solução de cada alergeno sobre a pele através de uma agulha com uma profundidade ao redor de 1 mm e se retira elevando a pele durante o procedimento. A pele não deve sangrar.

Poeira

A poeira domiciliar é o principal alergeno nas asmas, bronquites alérgicas e rinites. Compõe-se principalmente de restos alimentares, pelos, descamação da pele humana e animal, ácaros e cogumelos.

Rinite alérgica

É uma manifestação alérgica que compromete a mucosa nasal e freqüentemente as mucosas subjacentes - ouvidos, faringe, laringe, olhos brônquios - levando, no seu conjunto ao quadro clínico que reflete, mais ou menos, a extensão do comprometimento. Assim teremos as queixas de obstrução nasal, corisa, espirros, prurido no nariz, palato, garganta, olhos e ouvidos; sensação de peso e dor nas regiões malares e frontais; tosse seca; diminuição da audição; rouquidão, etc. Os sintomas da rinite são variáveis com idade e condições ambientais.

Vacinas

Nome genérico de derivados biológicos, amplamente utilizados na prevenção de doenças infecciosas, como por exemplo poliomielite, meningite, hepatite, varíola, asma tétano; nas imunodeficiências (vide infecções de repetição) e em algumas alergias como rinite, asma e estrófulo (vide texto).

São respiratórias, de pele e alimentares. Doença não tem cura.

O que é?

Doença hereditária causada por um defeito no sistema imunológico. O organismo do alérgico, ao se deparar com substâncias comuns, como poeira, pelos de animais ou certos tipos de alimentos, acaba reconhecendo-as como prejudiciais ao organismo.

As defesas do corpo identificam então essas substâncias como se fossem elementos estranhos, pensando serem vírus ou bactérias.

Os vilões

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1 Ácaro

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Invisível a olho nu, esse aracnídeo é comum em ambientes úmidos e fechados. Esconde-se na poeira dos móveis. É o principal causador das rinites perenes e da asma

2 Fiapos de lã

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Bichos que dormem dentro de casa, como cães, gatos e passarinhos, soltam grandes quantidades de fiapos e causam alergias. Brinquedos como ursinhos de pelúcia e bonecas felpudas também são uma ameaça

3 Grãos de pólen

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O pólen é uma das principais causas das alergias respiratórias. É formado por pequeninos grãos que se desprendem das flores e vagam no ar. A alergia ao pólen é popularmente chamada de "febre do feno"

Sintomas

Nariz obstruído;

Secreção intensa;

Coceira no nariz;

Espirros freqüentes;

Chiado no peito;

Tosse seca ou catarro;

Olhos e pálpebras vermelhos e inchados;

Respiração pela boca à noite;

Dores freqüentes nos ouvidos;

Febres;

Infecções de garganta.

Os números

20% da população mundial sofrem de algum tipo de alergia.

As mais comuns

Asma ou bronquite alérgica

Dificuldade crônica de respirar, chiado no peito, cansaço e tosse. É agravada por: gripes, resfriados, frio, vento, chuva, perfumes fortes, fumaça de cigarro e problemas emocionais.

Eczema

Presença, na pele, de pequenas feridas avermelhadas, ressecadas e com coceira intensa. As lesões surgem nos cotovelos, atrás dos joelhos, no pescoço, nos tornozelos, punhos e dorsos das mãos.

Alergia a alimentos

Provoca dores de estômago, vômitos, diarréia, náuseas, aftas e ulcerações na boca. Peixes, crustáceos, ovos, leite de vacas, frutas cítricas, amendoim e tomate são as comidas que costumam desencadeá-la.

Fonte: www.santalucia.com.br

Em algumas pessoas, o sistema imune assume o papel de “vilão”, em vez de “patrulheiro”.

Passa a produzir anticorpos contra antígenos potencialmente inofensivos, como pólen e alguns alimentos, desencadeando manifestações desagradáveis, como urticária ou asma brônquica.

Essas reações são deflagradas pelos mastócitos, células que contêm grânulos de heparina (ação anticoagulante) e histamina (provoca reações alérgicas).

Indivíduos com predisposição hereditária acabam produzindo em maior quantidade anticorpos de uma classe especial, chamada IgE, que se fixam às membranas dos mastócitos. Caso entrem em contato com seus antígenos específicos, promovem a liberação do conteúdo celular para o meio extracelular, desencadeando processos alérgicos.

Os pacientes alérgicos apresentam concentração alta de IgE, e de eosinófilos. A elevação de eosinófilos também ocorre em doenças parasitárias.

A forma mais grave de reação alérgica é o choque anafilático, desencadeado por alérgenos (antígenos que provocam alergia) ingeridos ou inoculados. As manifestações não são dependentes da quantidade de alérgeno que entra no corpo. Em algumas pessoas uma única ferroada de abelha pode ser suficiente para provocar o choque, que acontece por liberação maciça de histamina no organismo, causando vasodilatação generalizada e queda acentuada da pressão arterial, que pode levar à morte em poucos minutos. Freqüentemente há edema da laringe, o que dificulta a passagem de ar e causa asfixia.

REJEIÇÃO A ENXERTOS E TRANSPLANTES

A resposta imune aos aloantígenos pode ser humoral ou mediada por células. Em geral a resposta mediada por células é mais importante para a rejeição aos transplantes de órgãos.

IMUNIZAÇÃO

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Imunização passiva

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Imunização ativa

Indivíduos que já tiveram doenças como a caxumba ou a rubéola costumam estar protegidos permanentemente, devido à formação de anticorpos duradouros.

Evidentemente que adquirir a imunização através da doença não é o melhor processo. Com essa finalidade são desenvolvidas as vacinas que deverão ser aplicadas segundo um calendário bem programado.

As vacinas podem apresentar os microrganismos (vírus ou bactéria) mortos ou vivos e “atenuados” (processos físico-químicos que impedem a manifestação da doença, reduzindo a virulência do agente causador). As pessoas irão recebê-las através de injeção ou por via oral (ex.: vacina Sabin – gotículas contra a poliomielite). Assim, respeitado o calendário que prevê os intervalos de tempo e número de doses adequadas, o nosso organismo desenvolve a imunidade ativa (produção dos próprios anticorpos específicos).

Há antígenos como os venenos de serpentes ou de aracnídeos que podem agir muito rapidamente no nosso organismo, causando danos fisiológicos com risco de serem fatais. Para essas situações são indicadas as aplicações de soros específicos, os quais já apresentarão os anticorpos prontos.

Os soros são desenvolvidos da seguinte forma: pequenas doses de veneno (antígenos) são injetadas num animal (cavalo, por exemplo), sem lhe causar dano. Lentamente o animal fica imunizado contra esse tipo específico de veneno, apresentando certa concentração dos anticorpos respectivos na sua corrente sangüínea. Do sangue desse animal é separado o soro (plasma sem a proteína fibrinogênio), onde estarão os anticorpos. Este soro apresentará a propriedade de curar uma pessoa “picada” que tenha recebido o respectivo veneno. A esse processo chamamos de imunização passiva.

É importante reconhecer que a mãe grávida (através da circulação placentária), além da alimentação e oxigenação passa ao bebê parte dos anticorpos que ela possui. Isso confere imunidade nos primeiros meses após o nascimento. O mesmo processo ocorre através do leite durante o importantíssimo período de amamentação.

Podemos concluir então que vacinas promovem imunização ativa, duradoura e preventiva, enquanto soros, imunização passiva, temporária e curativa.

Fonte: www.afh.bio.br

Rinite Alérgica

Rinite alérgica é um termo médico que se refere à inflamação da membrana do nariz causada por reações alérgicas. É a doença crônica mais comum em seres humanos e normalmente surge na infância ou na juventude. Somente cerca de 30% dos pacientes desenvolvem os primeiros sintomas após os 30 anos. O fator de risco mais significante para desenvolver a rinite alérgica é a história familiar de alergia.

Rinite Sazonal

inite sazonal é conhecida fora do Brasil como febre do feno (“hay fever”). Essa alergia se caracteriza por aparecer repetidamente somente em certas épocas do ano. Está associada à alergia a grãos de polens e esporos fungos presentes no ar.

Se você tem rinite sazonal, os sintomas da sua alergia aparecem apenas quando os alérgenos “sazonais” estão no seu ambiente, geralmente na primavera e no outono. No Brasil, a rinite sazonal ocorre região Sul e os sintomas são provocados principalmente pelos polens de gramíneas. Pessoas alérgicas a gramíneas apresentam manifestações clinicas na primavera e inicio do verão. Alguns fungos alergênicos (capazes de provocar alergia) liberam seus esporos seguindo um padrão sazonal e, portanto, também podem participar de quadros alérgicos intermitentes.

Os sintomas típicos da rinite sazonal incluem crises de espirros, prurido nasal e coriza, olhos vermelhos e lacrimejantes. Nas regiões onde é muito grande a concentração de polens ou quando existe superposição de estações polínicas e de fungos, as pessoas sensíveis a estes alérgenos (polens e fungos) poderão apresentar sintomas persistentes ao longo de todo o ano.

Rinite perene ou persistente

rinite perene está normalmente associada a sensibilização aos alérgenos presentes dentro de casa, como os ácaros. Os sintomas desta rinite são semelhantes aos da rinite sazonal, mas não são idênticos. Quem tem rinite perene sofre menos com os espirros, olhos vermelhos e lacrimejantes. No entanto, essas pessoas geralmente apresentem prurido nasal, coriza e obstrução nasal crônica.

A exposição aos alérgenos intradomiciliares ocorre de forma contínua ao longo do tempo. A sensibilização alérgica e as manifestações de rinite costumam se estabelecer gradativamente. Assim, aqueles sintomas que ocorriam de forma esporádica passam a ser cada vez mais freqüentes e também mais intensos. Isto leva muitas pessoas a confundir alergia com resfriado.

Se você apresenta manifestações de rinite por mais de 4 dias por semana, e por mais de 4 semanas sucessivas é importante que você procure um especialista para avaliar se você é alérgico. Espirros, coriza, coceira no nariz e obstrução nasal ocorrem com intensidade variável nas pessoas que sofrem de rinite alérgica persistente. Um ou outro destes sintomas pode predominar. É comum observar flutuações das manifestações nas diferentes épocas do ano. De modo geral, as pessoas alérgicas apresentam maior sensibilidade a odores irritativos, como os provocados por detergentes, desinfetantes, gás de cozinha, entre outros.

A inflamação alérgica que se estabelece nas narinas é responsável pela persistência dos sintomas da rinite alérgica. A associação de rinite perene com outras manifestações como otite, sinusite e asma, sempre deve ser considerada. Existe comprometimento da qualidade de vida de crianças e adultos afetados pela rinite alérgica. O rendimento escolar, a capacidade física e de concentração são alguns dos pontos em que se verifica prejuízo nas pessoas alérgicas. Quanto mais precoce é instituído um plano de tratamento, menor a repercussão clínica da doença e a chance de surgirem complicações.

Portanto, peça seu médico para lhe indicar um especialista e não se deixe levar pela confusão entre rinite alérgica e resfriados freqüentes.

Rinite perene com crises sazonais

Uma pessoa pode ter rinite perene e rinite sazonal ao mesmo tempo. Nesta situação ela apresentará manifestações persistentes, associadas a alergia aos componentes de dentro de casa, com agravamento sazonal ao entrar em contato com polens ou fungos.

Cuide da sua rinite

Talvez não seja possível eliminar totalmente os sintomas da rinite alérgica, mas você pode aprender como controlá-los e diminuí-los. Comece com uma visita ao médico, para que ele estude a sua condição e prescreva um medicamento apropriado. Se isso não aliviar seus sintomas, é provável que seu médico indique um especialista, que poderá fazer uma avaliação mais detalhada e prescrever um tratamento adequado.

Seu clínico ou alergista poderão indicar um ou mais dos seguintes procedimentos:

Aplicar testes cutâneos para identificar a quais alérgenos você está sensível e desencadeiam seus sintomas.

Ajudar você a desenvolver um plano de tratamento, incluindo medicamentos e controle do seu ambiente.

Prescrever medicamentos como spray nasal, anti-histamínicos, descongestionantes ou outras medicações adequadas à sua alergia.

As manifestações de rinite alérgica podem ser muito incômodas. Assim, lembre-se de que evitar a exposição aos alérgenos de tomar a medicação de forma correta ajudam a controlar os sintomas de sua alergia

Mecanismo da resposta alérgica

Se você tem rinite alérgica e se expõe ao alérgeno ao qual está sensibilizado, por exemplo, os ácaros da poeira doméstica, seu corpo identifica estes alérgenos como invasores. Em resposta produz um anticorpo (Imunoglobulina E, IgE) dirigido especificamente contra aquele alérgeno. As moléculas de IgE se ligam a mastócitos nos tecidos e basófilos no sangue. Estes tipos de células contem grânulos ricos em histamina e outras substâncias conhecidas em conjunto como mediadores da reação alérgica. Quando o alérgeno penetra no seu organismo ele se liga às moléculas de IgE já fixadas em mastócitos.

O mastócito então se torna ativado e libera a histamina que interage com receptores nos tecidos e provoca manifestações em diversas regiões do corpo, como no nariz, olhos, pulmões e na pele.

A histamina provoca inchaço (edema) na mucosa do nariz, aumenta a produção de muco e pode irritar seus olhos. Na pele além de placas de urticária a pessoa sente coceira. Nos brônquios a histamina provoca diminuição do calibre o que se traduz por falta de ar e chiado no peito.

Se todos possuem IgE por que somente alguns desenvolvem alergia?

Predisposição genética e exposição no ambiente parecem atuar em conjunto para determinar que uma pessoa seja alérgica. A presença de fatores genéticos que favorecem a maior produção de IgE e a exposição a substâncias com capacidade de induzir alergia, associados a diversos outros agentes como tipo de alimentação, infecções, poluição atmosférica, exposição a tabaco, fazem com que a pessoa desenvolva anticorpos IgE específicos para os alérgenos do ambiente.

Outros tipos de alergia

Embora a rinite alérgica seja a doença alérgica mais freqüente, muitas outras manifestações clínicas são também reações alérgicas. Os alérgenos podem estar presentes em medicamentos, plantas, alimentos, veneno de insetos, látex, e podem causar uma grande variedade de sintomas que são diferentes daqueles associados à rinite alérgica.

Fonte: www.tratandoalergia.com.br

Mecanismos da Alergia

As proteínas, os ácidos nucléicos, alguns polissacarídeos e outras moléculas de grande peso molecular (macromoléculas), oferecem, devido à sua grande complexidade, uma enorme variedade de compostos. Cada organismo fabrica suas próprias macromoléculas imprimindo nelas "um carimbo", que faz delas diferente das fabricadas por outros organismos. Isto permite ter uma identidade e defender-se das invasões estranhas. O sistema imunológico é o encarregado de cumprir essas funções.

Esse sistema imunológico é capaz de reconhecer suas próprias macromoléculas e identificar o ingresso de macromoléculas estranhas chamadas de antígenos. Neste último caso fabricam-se proteínas destinadas a unir às invasoras anulando-as, estas proteínas são os anticorpos. Esta reação mutua é sumamente específica e constitui um mecanismo de defesa.

Os anticorpos são de natureza protéica, pertencem ao grupo das globulinas e são chamados de imunoglobulinas. As imunoglobulinas humanas são divididas de acordo com suas características físico-químicas em IgG, IgA, IgM, IgF, IgD, e IgE. Nas Alergias os anticorpos pertencem principalmente aos grupos IgE, IgM e IgG, esta última, chamada reagina, é a responsável pela Alergia de tipo II.

Algumas substâncias não macromoléculas, chamadas haptenos, de peso molecular não muito alto e de estrutura química relativamente simples, podem induzir a elaboração de anticorpos. Isto deve-se a um mecanismo indireto onde o hapteno une-se previamente a uma proteína ou macromolécula. De esta união obtém-se o antígeno através de uma ligação estável e geralmente covalente.

O sistema imunológico pode falhar e não cumprir com sua obrigação ou até voltando-se contra o indivíduo. Isto pode acontecer de duas maneiras, funcionando de forma insuficiente (imunodeficiência) ou exagerada em relação a substâncias que normalmente são bem toleradas pela maioría, isto se conhece pelo nome de Alergia. Então, a Alergia é a reação antígeno-anticorpo, mas esta não é a causa imediata das manifestações, estas são produzidas pela liberação ou ativação de substâncias biológicas sumamente ativas. As mesmas causam uma série de mudanças na musculatura lisa , nas paredes dos vasos, no sangue e em diversas glândulas que dão como resultado a sintomatologia própria da reação alérgica.

Mecanismo de Alergia medicamentosa

Alergia Medicamentosa

Chamamos Alergia a um estado adquirido de capacidade de reação alterada. Tem como característica ser específica para determinado estímulo onde está involucrada a reação antígeno-anticorpo. Quando o estímulo é um medicamento passa a chamar-se " Alergia medicamentosa ".

As Alergias medicamentosas correspondem a 10% de todas as reações adversas. A Alergia pode ser distinguida de outras formas de toxicidade medicamentosa em diversos aspectos. Em primeiro lugar, é necessária a exposição anterior ao fármaco ou a um composto estreitamente aparentado para provocar a reação. Em segundo lugar, a gravidade da resposta é freqüentemente independente da dose.

Em terceiro lugar, a natureza do efeito desfavorável é função não do fármaco injurioso mas do mecanismo de imunização compreendido. E, finalmente, a reação é imprevisível; usualmente ocorre em pequena porção da população às vezes em pacientes que foram previamente tratados em inúmeras ocasiões sem contratempos.

Os fármacos diferem enormemente em potencial antigênico. Certos compostos (cafeína e epinefrina, por exemplo) jamais causam Alergia medicamentosa; outros (feniletilidantoína, por exemplo) manifestaram-se demasiadamente alergênicos para uso humano. Com fármacos comumente implicados clinicamente em reações alérgicas (penicilina, sulfonamida, quinidina, etc), a incidência de tais respostas é de 5%.

Além dos agentes de alto peso molecular (insulina, dextrano, polipeptídeos), os fármacos não são antigênicos no estado livre, mas devem ser ligados a moléculas transportadoras endógenas, como dito anteriormente, a fim de gerar respostas imunológicas. Porquanto estes terapêuticos são não raro quimicamente inertes, eles geralmente requerem ativação por metabolismo ou por luz solar (foto-Alergia) antes de servir de haptenos na formação de antígenos.

As características da Alergia às drogas são:

Reações diferentes da ação terapêutica normal da droga.

Independente da dose. Quantidade mínimas, muito abaixo da dose terapêutica, podem ocasionar os sintomas.

É necessário uma exposição anterior à droga ou a outra substância com ela relacionada imunologicamente. Existe um período de sensibilização entre a primeira exposição e aquela que desencadeará os sintomas.

Surgem sintomas definidos e clássicos, geralmente ocasionados também por outras etiologias. As reações às drogas mimetizam praticamente todos os quadros.

A mesma droga pode produzir reações variadas no mesmo indivíduo. Entretanto, cada droga tem preferência para produzir um limitado número de reações.
As reações são reversíveis (com a parada do uso da droga cedem os sintomas), recorrentes ( os sintomas voltam com a medicação) e imprevisíveis ( os sintomas podem variar em graus de intensidade, tornando-se graves ou mesmo fatais(.
As reações podem ser ocasionadas por outras substâncias de estrutura inicial semelhante ou após transformações no organismo.


São fatores importantes nas sensibilizações às drogas:

A dose do antígeno, quanto maior a quantidade da droga administrada, maior a possibilidade de sensibilização.

Duração da terapêutica, quanto maior o tempo de uso da droga, maior a probabilidade de se instalar a sensibilização.

Via de administração, as reações e suas freqüências variam com a via de administração indicada.
Capacidade reacional individual.

Classificações da Alergia Medicamentosa

As reações alérgicas em geral, podem ser classificadas de acordo com o tempo em que elas levam a mostrar sua sintomatología em:

Imediatas: surgem 30 minutos após a administração do fármaco e não apresentam infiltração celular. Manifestam-se principalmente com a dilatação dos vasos e edemas, mas também pode apresentar Reações anafiláticas (Shock), reações do tipo Arthus, urticária, angioedema, rinites, asma, etc.

Não imediatas ou retardadas: começam depois de duas horas. Não estão relacionadas diretamente com os anticorpos circulantes, apresentam infiltração celular, principalmente do tipo mononuclear. As reações retardadas subdividem-se em:

Aceleradas: Aproximadamente entre duas e 48 horas após a administração do fármaco. Sintomatología: urticária, angioedema, erupções cutâneas, febre, transtornos gastrointestinais, nefronpatías, etc.

Tardias: Aparecem com um retardo de três ou mais dias após a administração do medicamento. Às vezes após ter deixado de administrá-lo. Em ocasiões, semanas ou meses depois. Sintomatología: Doença do soro, urticária, eczemas, Lúpus eritematoso, eritema multiforme ou polimorfo e outras manifestações cutâneas mucosas ou cutâneo-mucosas, mudanças sangüíneas, agranulocitose, anemias hemolíticas e manifestações viscerais como hepatites necróticas, hepatites colestáticas, nefronpatías, miocardites intersticial, neurites polineurites, gastrites hematemesis, neumontis Loeffler, conjuntivites, queratites, etc.

Também podem ser classificados quatro tipos de Alergia medicamentosa que podem ser diferenciados na base dos elementos imunes que os causam e os locais de suas ações.

As respostas de tipo I, ou anafiláticas, incluem as formas imediatas de Alergia medicamentosa, em que os distúrbios aparecem dentro de um minuto ou horas após tomar a droga. A imune-reação subjacente é iniciada pela fixação do antígeno aos anticorpos IgE ligados à superfície dos mastócitos e basófilos.

A degranulação celular subsequente e a liberação de histamina e outras substâncias vasoativas é responsável pelos efeitos indesejados. Os principais sinais e sintomas da Alergia do tipo I compreendem o trato gastrointestinal (cólica e diarréia), pele e membranas de mucosas (eritema, urticária, edema angioneurótico), pulmões (broncoconstrição) e vasos sanguíneos (vasodilatação, permeabilidade aumentada).

Em sua forma mais grave, a anafilaxia poderá causar morte por obstrução da passagem aérea ou colapso cardiovascular dentro de poucos minutos da exposição à droga. A injeção parenteral do fármaco tem maior probabilidade de produzir reações potencialmente fatais do que o uso oral ou tópico. Não obstante, têm morrido pacientes em conseqüência da aplicação tópica de menos de 1 micra grama de penicilina. Crê-se que pacientes com diátase alérgica (notada por anamnese de febre do feno ou asma brônquica) são mais propensos a manifestar graves reações do tipo I.

A resposta anafilática imediata é o único tipo de Alergia medicamentosa que o dentista poderá ser forçado a tratar sem o benefício de respaldo médico. A epinefrina é a droga de escolha para anular as manifestações de uma resposta grave; os antihistamínicos e adrenocorticóides são úteis como medicamentos adjuvantes. Nas Alergias do tipo I (mais adiante) a reação é iniciada quando um antígeno se combina com IgE na membrana do mastócito ou basófilo. As reações mais freqüentes consistem em febre do feno, asma, e Alergia a penicilina e alimentos

As reações do tipo II, ou citotóxicas, são causadas por anticorpos circulantes tais como IgG ou IgM. Quando um constituinte da membrana plasmática serve de hapteno, a ligação da imunoglobulina é seguida pela fixação do complemento e lise da célula. Muitas anemias hemolíticas, leucopenias e trombocitopenias induzidas por fármacos são o resultado de destruição imunológica. As respostas do tipo II são geralmente retardadas, manifestando-se diversas horas ou dias após a administração do fármaco.

As reações do tipo III, ou imune-complexo, ocorrem quando os complexos antígeno-anticorpo solúveis formam espaços intravasculares ou intersticiais. A deposição dos complexos nas paredes dos vasos sanguíneos de pequeno calibre e a ativação do complemento atraem neutrófilos para a área.

Estas células perdem os grânulos nas tentativas de remover os complexos, libertando enzimas lisossômicas que causam lesão tecidual local e promove trombose dos vasos afetados. As reações do tipo III podem induzir numerosas seqüelas desagradáveis, algumas das quais podem ser muito graves. Observam-se também reações que não se podem distinguir dos quadros clínicos doentios como lupo eritematoso e eritema multiforme. A lesão é causada por enzimas lisossômicas liberadas pelos leucócitos polimorfonucleares que infiltram a área. Nesta hipersensibilidades estão implicadas na glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda, hepatite sérica crônica, artrite reumatóide e doença do soro.

As reações do tipo IV são sinônimas de imunidade mediada por células. Os linfócitos T sensibilizados expostos ao hapteno do fármaco ou seu conjugado liberam mediadores solúveis, chamados linfocinas, que atraem células adicionais (linfócitos, macrófagos) à sede antigênica. As lisozimas e outras substâncias (incluindo linfocinas tóxicas) elaboradas pelas células recrutadas produzem necrose tecidual local.

As reações do tipo IV são geralmente retardadas por causa do tempo exigido para que as células efetoras se concentrem na áera comprometida. Para os dentistas, uma importante imune-reação celular é a dermatite de contato adquirida pela exposição repetida das mãos a anestésicos locais de função éster como a procaína. Antes da disponibilidade de anestésicos de função amida, a Alergia a procaína complicava sobremaneira a prática clínica.

Mesmo hoje em dia, a Alergia provocada pelos anestésicos locais de função éster apresenta problema considerável devido à variedade de substâncias que podem estabelecer reação cruzada e provocar exantema eczematóide: metilparabeno, conservante farmacêutico de emprego generalizado; p-fenilenodiamina, componente de corante para cabelos; e diclorofeno, germicida empregado em sabões.

A hipersensibilidade da CMI, ou Alergias do tipo IV, é comum com pacientes submetidos a transplantes e podem incluir células citotóxicas ou linfocinas ou ambas. Há em alguns casos manifestações dérmicas.

Precauções a ser tomadas pelo cirurgião dentista

A melhor forma de tratar um processo alergênico é evitando-o. Embora nem sempre possam ser impedidas as Alergias a fármacos, a sua freqüência de ocorrência pode ser reduzida ao mínimo observando as precauções seguintes.

Determine uma anamnese adequada. Se um paciente apresenta uma anamnese presuntiva de Alergia medicamentosa, é importante descobrir a identidade da preparação desencadeante e determinar se a reação é, de fato, consistente com etiología imunológica. Evite o fármaco alergênico e aqueles que provavelmente apresentam reação cruzada. Um paciente verdadeiramente alérgico a uma droga não deve receber de novo o agente ou congênere, a menos que seja imperiosa a necessidade daquela medicação determinada.

Evite a administração do fármaco inapropiado. Em um estudo, a revisão de 30 casos fatais devido à penicilina revelou que o antibiótico nem sequer era indicado em menos de 50% dos casos examinados *

Promova o uso oral e limite a exposição tópica. Em base quantitativa, as vias oral e tópica são, respectivamente, o menos e o mais alergênico dos meios de administração de fármacos.

Exija um teste de Alergia, quando apropiado. Embora tais métodos sejam geralmente falíveis e possam ser perigosos, os testes dérmicos para detectar Alergia a penicilina mostram-se latamente proféticos, tendo-se também sustentado que funcionam no caso dos anestésicos locais. O teste de Alergia pode ser necessário quando não se dispõem de alternativas adequadas ao fármaco em questão.

*Referência citada em Rosenthal, A. Follow-up study of fatal penicillim reactions. Journal of American Medical Association 1958.

Testes alérgicos com medicamentos

Os testes cutâneos, por escarificação ou intradérmico, podem ser usados para identificação das drogas responsáveis por reações do tipo I.

Apresentam, porém, vários inconvenientes ou causas de erro:

Podem ser perigosos, com reações anafiláticas graves.

Podem determinar falsas reações positivas, pela ação irritante (certos medicamentos)
Podem provocar reações negativas.

Podem acarretar aparecimento de pápula, por liberação de histamina por mecanismo não imunológico (exemplo: codeína).

Os testes de contato com medicamentos apresentam resultados seguros, desde que realizados com técnica correta e nas concentrações e veículos adequados.
Os testes de transferência passiva de Prausnitz-Kustner não dão bons resultados e os de Koenigsteim-Urbach e de Lehner-Rajka, embora melhores, são de difícil realização. Os teste in vitro, de degranulação dos basófilos e transformação dos linfócitos, não são práticos. O misto- in-vitro e cutâneo - da janela na pele para observação do afluxo dos eosinófilos tem também limitado valor diagnóstico.

O melhor teste ainda é a exposição cuidadosa aos medicamentos suspeitos. è limitado quando os sintomas clínicos observados forem graves, uma vez que as substâncias mesmo diluídas podem reproduzir sintomas intensos.

Nos casos de reações adversas pouco acentuadas às drogas são usadas bactérias com os principais medicamentos e aditivos alimentares para essa pesquisa por exposição.

Fenômenos alérgicos a anestésicos locais

Os anestésicos locais raramente causam reações alérgicas; contudo, quando sobrevem uma, m geral se deve a derivado de éster do ácido p-aminobenzóico ( já dito antes ). O metilparabeno, conservante usado em determinadas especialidades farmacêuticas de anestésicos locais, pode também servir de vez em quando como estimulante antigênico.

Erupções urticárias, exantemas eritematosos e outras respostas dermatológicas representam manifestações comuns da alergia aos anestésicos locais e são normalmente tratados como anti-histamínicos. respostas anafiláticas de natureza grave exigem epinefrina.

Apesar da baixa incidência de alergia verificável ás soluções de anestésico local, percentagem relativamente alta de indivíduos apresenta anamnese de hipersensibilidade provável aos anestésicos locais. Muitos deste casos consistem em ansiedade ou reações tóxicas diagnosticadas erroneamente como sendo de origem imunológica.

Tais enganos são particularmente aparentes quando se trata de amidas, pois as pesquisas, em sua maioria, comprovam que este compostos são essencialmente não-alergênicos.* Quando está compreendido um único agente, a substituição por outro anestésico local é o método mais simples de resolver o problema, caso se dê consideração ao fato de que os ésteres podem manifestar alergenicidade cruzada. A seleção do fármaco torna-se mais difícil quando um paciente afirma ser alérgico a todos os agentes convencionais.

A difenidramina ( na concentração de 1%, com ou sem epinefrina a 1:100.000 ) tem sido usada com êxito em tais casos, mas sua conveniência como anestésico local é limitada. Um meio alternativo consiste em fazer triagem para determinar a alergia medicamentosa. Conquanto os métodos de testar a sensibilidade são um tanto precários e podem ser potencialmente perigosos, não foram ainda observadas reações negativas falsas como os anestésicos locais que utilizam a técnica intracutânea. Por isso, os fármacos que dão resposta intracutânea negativa podem ser usados com razoável garantia de segurança.

*Arora, S., and Aldrete, J.A. Investigation of possible allergy to local anesthesic drugs: correlation of intradermal with intramuscular injections. Anesthiology Reviews, 1959.

Reações alérgicas à penicilina

As reações alérgicas à penicilina foram classificadas em três grupos, com base no tempo de desenvolvimento. Reações alérgicas agudas, aceleradas e reações de hipersensibilidade retardadas, já demostradas na página 4 nas " classificações da Alergia medicamentosa ".

As reações de início retardado à penicilina podem também ser vistas na cavidade oral como glossite aguda, língua sarrenta, melanoglossia, quilose e grave estomatite com perda da mucosa bucal. Tais reações têm geralmente sido resultado do uso tópico da penicilina na cavidade oral, mas também ocorrem (embora menos freqüentemente) quando a penicilina é administrada por outras vias.

A doença do soro é reação alérgica que também cai nesta classe, embora possa assumir forma acelerada se o paciente tiver sido exposto anteriormente . Via de regra, aparece quando a duração da penicilinoterapia se estende por mais de uma semana, em geral leva pelo menos seis dias para evoluir e pode ocorrer uma semana ou mais após suspensão da terapia.

A doença dos soro não é alergia mediada por célula, mas resultado da deposição de complexos de anticorpos ( IgG ou IgM ) mais complemento nas paredes das arteríolas. Caracteriza-se por febre, exantema ( urticária, erupções maculopapulares ), atralgia e linfadenopatia. O tratamento é sintomático. O clínico deve estar ciente que uma reação alérgica à penicilina pode manifestar-se apenas por febre e que a persistência da hipertermia em face da remissão de uma infecção é prova de que a febre pode ser devida à alergia medicamentosa. Em geral, tais quadros clínicos febris desaparecem dentro de 24 a 36 horas após a suspensão da droga.

No desenvolvimento de anticorpos à penicilina, não é a molécula intacta da penicilina que reage com a proteína para formar o antígeno completo, mas sim seus produtos de degradação. Um dos derivados mais reativos da penicilina é o ácido penicilênico, que reage com os resíduos de lisina para formar o determinante antigênico maior. Este determinante peniciloílico constitui mais de 95% dos conjugados hapteno-proteína da penicilina; os anticorpos a ele medeiam as reações urticariais aceleradas e tardias e algumas reações maculopapulares e eritematosas cutâneas.

Os restantes 5% dos antígenos de penicilina consistem em proteínas conjugadas por outros grupamentos da penicilina (por exemplo, ácido penicilóico) ou de derivados não-peniciloílicos do ácido penicilênico. Estes determinantes antigênicos menores, assim chamados por causa de sua menor abundância, são, na verdade, responsáveis pela maioria das reações alérgicas de início imediato. A síndrome da atralgia recorrente associada com a penicilina também parece ser mediada por estes determinantes menores.

As reações alérgicas à penicilina são relativamente não-antecipadas. Embora os pacientes que experimentam reações adversas à penicilina sempre devam ser considerados alérgicos a menos que se prove o contrário, os testes de prova mostram com três quartos de tais indivíduos, com o tempo, perdem sua predisposição à penicilina.

Por outro lado, os pacientes que tomaram penicilina durante anos sem quaisquer problemas podem subitamente desenvolver reação alérgica, que vai desde as formas mais brandas até as mais graves. Os pacientes com histórico pessoal ou familiar de atopia (alergia a alimentos, pó, pólens, etc) exibem freqüência maior de alergia à penicilina do que os outros indivíduos. Em tais pacientes, a penicilina deve ser empregada com cautela e evitada quando possível.

Tratamento das Reações Alérgicas

As reações de hipersensibilidade imune são classificadas de acordo com o mecanismo imunológico compreendido. Os tipos I, II e III são mediados por imunoglobulinas, enquanto o tipo IV é mediado pela CMI como já nos referimos anteriormente.

O principal objetivo do tratamento da hipersensibilidade do tipo I consiste em evitar a liberação da histamina, neutralizá-la ou inverter-lhe os efeitos. Os fármacos antihistamínicos, que bloqueiam de modo competitivo as ações da histamina, são os já citados acima: antagonistas H1 e H2.

As aminas simpatomiméticas (fármaco adrenérgico que pode ser uma edefrina ou epinefrina), que atuam como antagonistas fisiológicos da histamina e de outro mediadores da Alergia, e que inibem a liberação destas substâncias pelos mastócitos ao estimular a formação de cAMP, são também úteis no tratamento deste tipo de Alergia.

A edefrina tem a vantagem de ser bem absorvida por via oral e de proporcionar atividade por uma hora ou mais. As soluções de epinefrina, que devem ser administradas por via parenteral, proporcionam o mesmo alívio e proteção, mas muito mais eficaz e rapidamente. Para reações alérgicas agudas que compreendem urticária e edema angioneurótico, deve ser adequada a injeção subcutânea de 0,3 a 0,5 ml de epinefrina 1:1000.

Distúrbios fulminantes tais como choques anafiláticos exigem absorção mais rápida de epinefrina do que aquela proporcionada por injeção subcutânea, sobretudo se a circulação estiver prejudicada. Recomenda-se a injeção intramuscular de 0,4 a 0,6 ml de epinefrina ou, se o paciente já foi previamente preparado para injeções intravenosa, a administração intravenosa lenta de epinefrina de 1:10000. Com esta última rota de administração, há considerável risco de precipitar arritmias cardíacas e fibrilação ventricular graves.

O cromoglicato sódico é outro fármaco que impede a desgranulação dos mastócitos. O fármaco estabiliza o sistema de adenilciclase-cAMP, mas não exerce nenhum efeito direto sobre a ação da histamina autacóides relacionados. O cromoglicato sódico é apenas útil como agente local; em geral, é utilizado na forma de pó, que é insuflado como aerossol ou depositado diretamente nas narinas. O fármaco foi também submetido a ensaios terapêuticos preliminares em pacientes com colite ulcerativa, doença com possível alteração do processo imune.

Alguns fármacos ansiolíticos também funcionam como anti-histamínicos, como o difenilmetânico. A estrutura química da hidroxizina é semelhante a de alguns dos anti-histamínicos piperazínicos. Os análogos da hidroxizina são usados principlamente como anti-histamínicos em vez de agentes ansiolíticos, cuja função é diminuir o tono muscular, reduzir a ansiedade, entre outros.

Outro método de tratamento das hipersensibilidades de tipo I está em fase de estudo*. A IgE, que medeia as reações atópicas, exerce esta ação devido à sua propriedade singular de ligar-se a receptores presentes na membrana do mastócito. A fixação ocorre em centro de ligação específico sobre a molécula de imunoglobulina.

Sintetizou-se um pentapeptídeo (Asp-Ser-Asp-Pro-Arg) com a mesma seqüência de aminoácidos do local de ligação, e verificou-se que ele inibe as reações a testes cutâneos do tipo I. este peptídeo é agente terapêutico promissor, visto que inibe a reatividade cutânea não só através da competição pelos receptores situados na membrana dos mastócitos, mas também através do deslocamento ed IgE fixada na membrana do mastócito.

Os agentes imunossupressores que inibem a produção de auto-anticorpos e fagocitose são utilizadas no tratamento das hipersensibilidades auto-imunes graves do tipo II. Com freqüência , os corticosteróides e a azatioprina ou metotrexato são utilizadas em associação.

Doses elevadas de glicocorticóides podem ser úteis na atenuação do espasmo brônquico e do edema laríngeo. Nesta situação, os glicocorticóides também atuam no sentido de aumentar a contração cardíaca e realçar os efeitos vasculares das catecolaminas. Contudo, os efeitos máximos dos glicocorticóides não ocorrem se não varias horas após a administração.

A inibição exercida por glicocorticóides sobre fenômenos imunológicos pode resultar de uma ou mais ações sobre as células linfóides: alteração na produção ou liberação de células da medula óssea, modificação de sua capacidade de migrar até zonas de reações imunológicas ou inflamatórias, remoção de células da circulação por destruição ou seqüestro em diversos compartimentos teciduais ou supressão direta de suas funções fisiológicas, tais como a produção de linfocinas e anticorpos.

Outro mecanismo pode compreender a inibição da fagocitose e subseqüente digestão do antígeno por macrófagos, ocorrência indispensável ao desenvolvimento de algumas respostas imunológicas. A hidrocortisona interfere com a migração de neutrófilos e fagócitos mononucleares para o local da resposta alérgica ( inflamação ; a capacidade fagocitária e digestiva dos macrófagos também é reduzida. Finalmente, a hidrocortisona inibe a formação de tecido de granulação por retardar a proliferação capilar e fibroblástica e a síntese de colágeno.

Os corticosteróides são úteis no tratamento das Alergias a imunocomplexos, do tipo III, devido principalmente às suas propriedades antiinflamatórias. Nos casos graves pode-se administrar azatioprina ou ciclofosfamida, a fim de suprimir a resposta imune e permitir o uso de quantidade reduzida de esteróides. O uso contínua de corticosteróides em doses farmacológicas pode causar supressão adrenal e hiperadrenocorticismo.

O risco de supressão drenal depende da dose, bem como da duração da ação da droga específica e da duração do tratamento. A prednisona a prednisolona, por exemplo, provocam menos complicações de ação prolongada, como a betametasoma e a dexametasona. De fato, a administração de uma droga de ação curta por período breve geralmente não causa toxicidade significativa. Costuma-se adotar a administração oral de corticosteróides em regime de dias alternados. Os pacientes sofrem menos reações adversas com este regime e causam menos supressão renal.

As Alergias do tipo IV, isto é, hipersensibilidade da CMI, podem incluir células citotóxicas ou linfocinas ou ambas. A rejeição de enxerto é exemplo da influência dos linfócitos citotóxicos. Os pacientes submetidos a transplantes são tratados com agentes imunossupressores associados . por exemplo, um esquema para o tratamento de pacientes submetidos a transplante cardíaco inclui prednisona, azatioprina e ALS. Além disso pode-se utilizar a radioterapia para suprimir a atividade dos linfócitos sensíveis a antígeno. O tratamento da dermatite ed contato, que é manifestação dérmica da Alergia de CMI, é sintomático. O tratamento com corticosteróides, quer local, quer em caso grave, sistêmico, é utilizado para controlar a inflamação.

*Hamburger, R.N. Peptide inhibition of the Prausnitz-Küstner reaction. Science, 1975

Principais medicamentos usados no tratamento das alergias

Anti-Histamínicos

Os anti-histamínicos têm somente indicações nas doenças alérgicas que respondem por mecanismo extrínseco, onde o mediador principal é a histamina. Sua maior utilidade é na urticária e em outras reações alérgicas imediatas onde predomina o prurido. São facilmente absorvidos no trato gastrointestinal e nos locais parenterais de administração. Os efeitos aparecem 15 a 30 minutos após a administração oral, atingindo o ápice em uma hora e perdurando, em média, por três a seis horas.

Os diversos anti-histamínicos têm sua função farmacológica normal variável em intensidade. A hidroxizina tem a maior ação sobre o prurido, sendo também em muitos caso mais efetiva no tratamento sintomático da urticária, abreviando a duração das pápulas.

Os anti-histamínicos compreendem um grupo de substâncias que antagonizam os efeitos farmacológicos da histamina. Ocupam os receptores histamínicos das células efetoras nos tecidos, bloqueando-os através de um mecanismo competitivo e reversível. esta propriedade está relacionada à sua semelhança com a molécula de histamina.

Os receptores da histamina nos diversos tecidos estão divididos em dois grupos: H1 e H2. Os anti-histamínicos classicamente atuam sobre os receptores H1, impedindo o aumento da permeabilidade capilar e a contração da musculatura lisa do aparelho gastrointestinal e respiratório. A contratura demorada da musculatura brônquica está mais na dependência da substância de reação lenta (SRS), razão por que os antihistamínicos têm pequena atuação na asma.

Apenas os mais modernos anti-histamínicos agem sobre os receptores H2, responsáveis pela ação sobre a secreção gástrica e sobre a musculatura dos vasos sangüíneos (exemplos: burimamide, cimetidina, metiamide). Os anti-histamínicos, além de antagonizarem, atuam sobre o sistema nervoso central e têm ação anestésica local mesmo em doses terapêuticas.

São importantes os efeitos colaterais que os anti-histamínicos podem ocasionar: sonolência estado vertiginoso, fadiga, náuseas, vômitos, tremores, irritabilidade, euforia, insônia, anorexia, constipação, retenção urinária, xerostomia e outros sintomas. Os efeitos colaterais variam nos diversos anti-histamínicos. Assim, a prometazina e a difenidramina têm maior ação sedativa, já a ciproptadina estimula o apetite.

Nas crianças o excesso de anti-histamínicos pode provocar fenômenos tóxicos, como excitação, contrações musculares, febre, convulsões e mesmo morte.
Os anti-histamínicos não devem ser associados ao álcool ou outros depressores do sistema nervoso central, porque podem potencializar esta ação depressora.

Principais drogas anti-histamínicas e suas doses terapêuticas:

Na relação anti-histamínicos, que se segue, são indicadas as doses médias diárias para adultos. Para as crianças deve ser calculada a idade e peso dos pacientes. Correspondem em média de 1/4 à metade da dose do adulto.

Azatadine (maleato), 2 mg

Bromofeniramina (maleato), 16 mg

Buclizina (dicloridrato), 75 mg
Carbinoxamina (maleato), 15 mg
Ciproeptadina (cloridrato), 12 mg
Cloroprofenpiridamina (maleato), 12 mg
Dextrobromofeniramina (maleato), 12 mg
dextroclorofeniramina (maleato), 6 mg
Difenidramina (cloridrato), 150 mg
Doxilamina (succinato), 50 mg
Feniramina (maleato), 75 mg
Hidroxizina (hidrocloreto), 80 mg
Isotipendil (hidrocloridrato), 12 mg
Meclastina, 2 mg
Profenpiridamina, 75 mg
Prometazina (cloridrato), 50 mg
Triprolidina (cloridrato), 7,5 mg

Corticosteróides

Os corticosteróides são produzidos pela córtex da glândula supra-renal. Esta síntese dos corticosteróides é estimulada pelo hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) da glândula pituitária que, por sua vez, é secretadada pela atuação do fator liberador (HRF), originado no hipotálamo. A secreção do ACTH é também controlada pelo nível de corticosteróides, de origem endógena ou exógena, inibe a produção de ACTH.

O uso do ACTH (corticotrofina) está limitado ao diagnóstico da insuficiência adrenal. Na terapêutica foi substituído pelos costricosteróides porque o ACTH pode ativar os mineralocorticóides, provocando distúrbios eletrolíticos: suas doses são mais difíceis de controlar e, embora raramente, são capazes de provocar choque anaflilático.

O ACTH já foi usado com a finalidade de estimular a supra-renal durante o uso prolongado de corticosteróides. Abandonou-se tal orientação porque pode acontecer o contrário: um aumento de supressão da supra-renal.

Não está bem definido o mecanismo de ação dos glicocorticóides. Sabe-se, entretanto, que muitos dos efeitos desses esteróides estão ligados à síntese das proteínas, envolvendo material genético DNA e RNA.

Os glicocorticóides apresentam ações fundamentais que se inter-relacionam:
Reduzem a inflamação, aumentando a resistência da parede capilar, diminuindo a sua permeabilidade, reduzindo assim a passagem de líquidos e impedindo o acesso de neutrófilos e macrófagos ao sítio da inflamação.

Impedem o acúmulo de histamina no local de reação. Parecem não ter ação na formação ou liberação desta substância.

Diminuem a produção da prostaglandina F2 alfa.

Os glicocorticóides provocam reações adversas que obrigam a uma prévia e criteriosa avaliação do seu uso. Essas reações adversas podem ser de tal gravidade que implicam até suspensão da terapêutica corticosteróide.

Efeitos adversos provocados pelos corticosteróides são observados mais comumente quando em tratamento prolongados. O uso de medicamento em período curto, mesmo em altas doses, não acarreta reações apreciáveis.

Os principais efeitos colaterais dos corticosteróides são divididos segundo sua via de administração.

Aplicados por via sistêmica:

Aparência cushingóide.
Obesidade
Diabete
Parada do crescimento
Suscetibilidade às infecções
Diminuição da atividade antiinfecciosa dos leucócitos
Interferência no mecanismo da vitamina D
Osteoporose
Aumento do apetite
Edema
Hirsutismo
Distúrbios mentais
Púrpuras
Amenorréia
Fatigabilidade
Irregularidade menstruais
Distúrbios da coagulação
Equimoses
Dispepsias
Distúrbios emocionais
Irritabilidade
depressão
Úlceras no aparelho digestivo
Trombose
Pancreatite
Hipertensão arterial
Atrofia supra-renal
Retardamento da maturação sexual
Catarata subcapsular posterior
Tromboembolismo
Sangramento gastrointestinal
Aplicados em aerossol:
Suscetibilidade a infecções na boca e faringe.
Aplicações cutâneas:
Estrias cutâneas
Recrudescimento de infecções
Glaucoma
Dermatite de contato

Na maioria dos casos esses efeitos indesejáveis são reversíveis com a parada da medicação, não trazendo seqüelas para o organismo. Os efeitos colaterais dos glicocorticóides podem ser diminuídos pela administração dos esteróides de curta ação em dias alternados, mesmo quando as doses nesses dias sejam o dobro daquelas tomadas diariamente.

A posologia sistêmica dos corticosteróides é extremamente variável, dependendo do composto empregado, da síndrome, da intensidade dos sintomas, da via de aplicação, etc.
Em relação às síndromes alérgicas, algumas considerações de ordem prática devem ser observadas:
As doses iniciais devem ser altas e mantidas por pouco tempo (um a três dias).
O tratamento deve ser de pouca duração.

Se houver necessidade de um tratamento prolongado, as doses devem ser diminuídas progressivamente até um mínimo que mantenha o paciente livre de sintomas.
Dê preferência, no período de manutenção os corticosteróides devem ser administrados em dias alternados.

Para as crianças, quando houver indicação formal as doses iniciais devem ser altas, aproximadamente iguais às do adulto.

As doses terapêuticas usuais dos corticosteróides são:

Corticosteróides em aerossol

Os aerossóis de beclametasona devem ser aplicados:

Adultos- 50 a 100 mmg, três a quatro vezes ao dia. A dose diária máxima permissível é de 1mg.
Crianças- 50 mmg, duas a três vezes por dia. Dose máxima permissível é de 0,5 mg por dia.

Corticosteróides injetáveis

Por via injetável deve-se empregar dose única. Se necessário, repetir três a quatro horas após.

Hidrocortisona:

Adultos- 25 a 50 mg/Kg
Crianças- 10 mg/Kg (máximo de 200 mg_

Betametasona:

Adultos- 4 a 8 mg por dose
Crianças- 0,2 mg/Kg por dose

Corticosteróides orais. Os corticosteróides orais são prescritos em quatro, duas e preferencialmente uma dose diária. A dose única deve ser ministrada pela manhã.

Betametasona:

Adultos- dose inicial: 2 a 3 mg por dia; dose manutenção: 0,5 a 1 mg por dia.
Crianças- dose inicial 1 a 2 mg por dia; dose manutenção: 0,25 a 1 mg por dia.

Tabela de equivalência da atividade terapêutica.

Betametasona, 0,5 mg
Cortisona, 25 mg
Dexametasona, 0,75 mg
Fluorcortolona, 5 mg
Hidrocortisona, 20 mg
Metilprednisolona, 4 mg
Parametasona, 2 mg
Prednisolona, 5 mg
Prednisona, 5 mg
Triancinolona, 4 mg
Agonistas Beta-Adrenérgicos

As principais drogas que possuem propriedades broncodilatadoras disponíveis e freqüentemente utilizadas são os agonistas beta-adrenérgicos (simpáticomiméticos) e os inibidores da fosfodiesterase. Outros broncodilatadores, como anticolinérgicos, bloqueadores alfa-adrenérgicos, prostaglandinas, são de pouco uso clínico.

As aminas simpaticomiméticas têm a propriedade de reproduzir no organismo as ações e efeito do neuro-hormônio adrenérgico. Atuam através de dois mecanismos: fixando-se e estimulando o receptor adrenérgico, ou produzindo a liberação na terminação adrenérgica pós-ganglionar.

A broncodilatação obtida por essas substâncias é devida à atuação sobre os receptores do tipo beta-2 situados na musculatura dos bronquíolos. Quanto mais seletiva para os receptores beta-2 melhor será a droga adrenérgica, pois apresenta menos efeitos sob o sistema cardiovascular, ou seja, sobre os receptores beta-1-cardiovasculares.

Essa substância mais específica para os receptores beta-2 produzem, porém, queda de pressão arterial, podendo desencadear uma taquicardia sinusal reflexa.
A ação benéfica dos agonistas beta-adrenérgicos no tratamento da asma brônquica depende não apenas do efeito relaxante sobre a musculatura brônquica, mas também da ação inibidora sobre a reação alérgica.

Os principais adrenérgicos e suas doses terapêuticas são as seguintes aminas simpaticomiméticas:

Adrenalina: administrada por via parenteral, subcutânea ( 0,01 mg/Kg cada quatro horas, repetindo se necessário cada 1/2 hora) ou endovenosa ( 0,025 a 0,25 mg, injeção lenta), ou por via oral, nebulizações (0,2 a 0,3 mg por dose).

Isoproterenol: sublingual (5 a 20 mg cada quatro a seis horas), inalação (0,08 a 0,40 mg por dose, uma a três inalações no máximo oito vezes por dia). Em crianças a sublingual é administrada 0,3 mg/Kg cada quatro a seis horas.

Metaproterenol: via subcutânea e intramuscular (0,5 a 1 mg cada quatro a seis horas. Crianças 0,015 mg/Kg cada quatro a seis horas), via endovenosa (0,5 mg cada seis horas. Crianças 0,01 mg/Kg cada seis horas), via oral ( 10 a 20 mg cada seis horas. Crianças 0,4 mg cada seis horas).

Terbutalina: via subcutânea (0,25 a 0,5 mg quatro vezes por dia), via oral ( 2,5 a 5 mg duas a três vezes por dia), nebulizações ( 0,25 mg por inalação, oito vezes ao dia. Na crianças um nebulização a cada seis horas).
Salbutamol: via intramuscular ou subcutânea (0,5 mg), via endovenosa (0,25 mg), via oral (2 a 4 mg três ou quatro vezes ao dia. Crianças 0,1 a 0,15 mg/Kg cada oito horas), nebulizações (0,01 mg/ inalação, uma ou duas inalações cada quatro horas)
Fenoterol: via oral (2,5 a 5 mg três vezes ao dia. Crianças 0,2 mg/kg cada oito horas), nebulizações (0,2 mg/inalação, três inalações por dia no período de três horas)
Trimetoquinol: via oral (3 a 6 mg três vezes por dia. Crianças 1 mg por ano de idade por dia)

Efedrina: via oral (25 a 30 mg cada quatro a seis horas. Crianças 0,6 mg/kg cada quatro a seis horas)

Tratamento Imunoterápico

A dessensibilização para o tratamento das doenças alérgicas tem evoluído nesses últimos 60 anos. Começou com os pioneiros Noon e Freeman, quando trataram os primeiros doentes de febre do feno com vacinas de extrato de pólen. desde então surgiram novos conceitos e variações na técnica de preparo e tipos de vacinas.

Mecanismo da Imunoterapía

O mecanismo da dessensibilização ainda não está bem esclarecido. São conhecidas somente as mudanças imunológicas ocorridas durante o tratamento:

Aumento de IgG

Diminuição de IgE específica

Diminuição da atividade dos mastócitos e basófilos

Aumento de linfócitos T supressores.

Existem três hipóteses principais explicando o mecanismo da imunoterapia:

Hipótese dos anticorpos bloqueadores: Os anticorpos IgG teriam mais afinidade para os antígenos, capturando-os no fluido tecidual e impedindo que fossem atuar sobre os anticorpos IgE ou reagínicos fixados aos mastócitos e basófilos, evitando assim a degranulação destas células com a conseqüente liberação de substâncias vasoativas responsáveis pelos fenômenos alérgicos.

Hipótese de ação apenas sobre o linfócito T supressor:

A imunoterapia provocaria inicialmente um aumento de produção de IgG que estimularia os linfócitos T supressores. Estes teriam uma ação negativa sobre os linfócitos B, inibindo a diferenciação destes em plasmócitos e conseqüentemente suprimindo ou diminuindo a produção de IgE. A melhora, mesmo depois de suspensa a dessensibilização, é explicada pelo fato de os linfócitos T possuírem memória imunológica e continuarem a suprimir a produção exagerada de IgE, mesmo depois de parada a vacinação.

Hipótese de estímulo do linfócito T supressor e/ou inibição do T estimulador: A exposição natural ao alérgeno leva a um estímulo direto do linfócito T supressor e/ou inibindo o linfócito T estimulador, tendo uma ação negativa sobre o linfócito B produtor IgE.

Métodos de dessensibilização:

Método Clássico: É o método comum, com aplicações de doses crescentes, dependentes da sensibilidade cutânea.

A dose inicial usada é de 0,1 ml de uma solução dez vezes mais fraca do que aquela mais diluída que deu a reação cutânea positiva.

As vacinas são aplicadas por via subcutânea, cada três a cinco dias com um aumento de 0,1 ml por vez, até atingir a dose de 1 ml. Será então iniciada nova série com concentração dez vezes mais forte, partindo de 0,1 ml. Surgindo reação no local a dose será diminuída ou mantida durante algumas aplicações. Por este método as vacinas são aplicadas em altas concentrações e mantidas no limiar da tolerância dos pacientes. Este limiar geralmente é de 0,5 ml de uma diluição 1:50.

Método das Microdoses: É o método em que as vacinas são aplicadas em altas diluições e iniciadas conforme a intensidade dos sintomas clínicos . As diluições usadas variam de 1:10.000 a 1:10.000.000.000, em média.

Método Intermediário: Pode ser adotado um método entre o clássico e o das microdoses, com bons resultados. Nessas vacinas os alérgenos estão em diluições variáveis de 1:1.000 a 1:10.000.000, de acordo com a intensidade da sensibilização pelos pacientes e seus componentes.

Tipos de vacinas usadas e suas inidicações

Vacinas de inalantes: Indicadas nos casos de asma brônquica, tosse alérgica, pigarro, rinites, faringites, traqueítes, sinusites, otites catarrais, conjuntivites e outras síndromes, quando provocadas pelos antígenos inalantes.

Vacinas bacterianas: Empregadas nos casos de asma brônquica, bronquites, tosse alérgica, rouquidão, pigarro, rinites, faringites, laringites, traqueítes, otites, urticárias, edema angioneurótico, dermografismo, prurigos, eritrodermais, colites, dores articulares, alergia física e outros casos, quando for comprovada a sensibilização a bactérias ou seus produtos.

Vacinas inalantes e bactérias das vias respiratórias: Usadas em casos de asma brônquica, rinites, faringites, tosses alérgicas, rouquidão, pigarro, catarro pós nasal, laringites, traqueítes, sinusites, otites catarrais, dermatites alérgicas e outras síndromes, quando houver sensibilização mista aos inalantes e bactérias.

Vacinas de alimentos: Possível indicação em sintomas no aparelho digestivo: colites, eructações, vômitos, náuseas, halitoses, sensação de plenitude gástrica, fermentação intestinal, cólicas abdominais e prurido anal; reações na pele: urticária, angioedema, pruridos, prurigos e eczemas; reações no aparelho respiratório: asma, rinite, tosse alérgica, rouquidão e outras síndromes.

Vacinas antimicóticas: Usadas na dessensibilização para micides e micoses.
Vacinas de antígeno de insetos: Para dessensibilização nos casos de estrófulo e outras reações a picadas de insetos.

Vacinas de histamina: Indicadas na cefaléia histamínica e em alguns casos de urticária e alergia aos agentes físicos.

Vacinas de vírus: Indicada no herpes simples.

Vacinas para dessensibiliazação inespecífica: Tem indicação, como tentativa de tratamento, em dessensibilização inespecífica em casos especiais de síndromes alérgicas, onde o alérgeno não foi identificado; em acne, furunculose, blefarites, foliculites e outras estafilococcias.

Concentração das vacinas

Os métodos mais usados são o de peso/volume, conteúdo de nitrogênio total, unidade de nitrogênio protéico, unidades Noon e estandardização biológica.

As vacinas devem ser aplicadas em diluições que variam de 1:50 a 1:100.000.000 ou mias, conforme o método de dessensibilização adotado.

O preparo das soluções das vacinas é muito simples e assim realizado:

Soluções 1:10- anexar 0,5 ml da vacina ou antígeno concentrado em um frasco com 4,5 ml da solução diluidora adequada.

Solução 1:1000- injetar 0,5 ml da vacina a 1:10 em um frasco com 4,5 ml da solução diluidora.
Solução 1:1.000- injetar 0,5 ml da vacina a 1:100 em um frasco com 4,5 ml da solução diluidora.

Técnicas de dessensibilização

Entre as técnicas temos as diferentes vias de aplicação que podem ser: intradérmicas, subcutâneas, oral, sublingual, nasal, inalatória e epicutânea. Mas nem todas elas são utilizadas, algumas não tem resultados práticos. As mais utilizadas são apresentadas abaixo.

As vacinas de via oral ou sublinguais são aplicadas diariamente, pela manhã e à noite, com três gotas , deixando alguns segundos embaixo da língua e deglutindo.

Com as vacinas injetáveis aquosas inicia-se a dessensibilização de acordo com a intensidade dos sintomas ou com a reação cutânea aos testes. Geralmente começa-se com vacinas bem diluídas.

Duração da dessensibilização

A dessensibilização em geral só é conseguida após dois a quatro anos de tratamento.Após alguns meses de vacinação, estando o pacientes assintomático, as aplicações podem ter os intervalos aumentados, variando o número de dias com o tipo de vacina. Com intervalos maiores consegue-se continuar a dessensibilização por vários anos.
O término da dessensibilização é ditado pela ausência de sintomas por um ou dois anos na vigência da vacina

Alguns Fármacos utilizados em Imunoterapía

Nome Oficial Nome Comercial Agentes para imunização ativa

Vacina BCG
Toxóide tetânico

Agentes para imunização passiva

Imunoglobulina sérica, humana
Imunoglobulina anti-hepatite B (humana )
Immu-G (nome EUA)
H-BIG (nome EUA) Imunoestimulantes
Vacina BCG
Lvemisol

Stimamizol Imunossupressores

soro antilinfocítico (ALS)
azatioprina
ciclofosfamida
floxuridina
melfalano
mercaptopurina
metotrexato
prednisona
imunoglobulina RhD (humana)

Imuran
Enduxan
FUDR (nome EUA)
Alkeran, Sarcoclorin
Mercaptine, Puri-Nethol
Methotrexate
Meticorten
RhoGAM Tratamento para reações alérgicas
anti-histamínicos
cromoglicato sódico

Intal

Bibliografia:

Farmacologia e terapêutica para Dentistas; Neidle E. A., Kroeger D. C., Yagiela J. A. Editora Guanabara Koogan, 1983.

Farmacologia Odontológica; Bazerque P.; Editorial Mundi, 1979.

Alergia Clínica; Lain Pontes de Carvalho e João Bosco Magalhães Rios; Editora Guanabara Koogan, 1982.

Luzimar Teixeira

Fonte: www.luzimarteixeira.com.br

Mecanismos da Alergia

As proteínas, os ácidos nucléicos, alguns polissacarídeos e outras moléculas de grande peso molecular (macromoléculas), oferecem, devido à sua grande complexidade, uma enorme variedade de compostos. Cada organismo fabrica suas próprias macromoléculas imprimindo nelas "um carimbo", que faz delas diferente das fabricadas por outros organismos. Isto permite ter uma identidade e defender-se das invasões estranhas. O sistema imunológico é o encarregado de cumprir essas funções.

Esse sistema imunológico é capaz de reconhecer suas próprias macromoléculas e identificar o ingresso de macromoléculas estranhas chamadas de antígenos. Neste último caso fabricam-se proteínas destinadas a unir às invasoras anulando-as, estas proteínas são os anticorpos. Esta reação mutua é sumamente específica e constitui um mecanismo de defesa.

Os anticorpos são de natureza protéica, pertencem ao grupo das globulinas e são chamados de imunoglobulinas. As imunoglobulinas humanas são divididas de acordo com suas características físico-químicas em IgG, IgA, IgM, IgF, IgD, e IgE. Nas Alergias os anticorpos pertencem principalmente aos grupos IgE, IgM e IgG, esta última, chamada reagina, é a responsável pela Alergia de tipo II.

Algumas substâncias não macromoléculas, chamadas haptenos, de peso molecular não muito alto e de estrutura química relativamente simples, podem induzir a elaboração de anticorpos. Isto deve-se a um mecanismo indireto onde o hapteno une-se previamente a uma proteína ou macromolécula. De esta união obtém-se o antígeno através de uma ligação estável e geralmente covalente.

O sistema imunológico pode falhar e não cumprir com sua obrigação ou até voltando-se contra o indivíduo. Isto pode acontecer de duas maneiras, funcionando de forma insuficiente (imunodeficiência) ou exagerada em relação a substâncias que normalmente são bem toleradas pela maioría, isto se conhece pelo nome de Alergia. Então, a Alergia é a reação antígeno-anticorpo, mas esta não é a causa imediata das manifestações, estas são produzidas pela liberação ou ativação de substâncias biológicas sumamente ativas. As mesmas causam uma série de mudanças na musculatura lisa , nas paredes dos vasos, no sangue e em diversas glândulas que dão como resultado a sintomatologia própria da reação alérgica.

Mecanismo de Alergia medicamentosa

Alergia Medicamentosa

Chamamos Alergia a um estado adquirido de capacidade de reação alterada. Tem como característica ser específica para determinado estímulo onde está involucrada a reação antígeno-anticorpo. Quando o estímulo é um medicamento passa a chamar-se " Alergia medicamentosa ".

As Alergias medicamentosas correspondem a 10% de todas as reações adversas. A Alergia pode ser distinguida de outras formas de toxicidade medicamentosa em diversos aspectos. Em primeiro lugar, é necessária a exposição anterior ao fármaco ou a um composto estreitamente aparentado para provocar a reação. Em segundo lugar, a gravidade da resposta é freqüentemente independente da dose.

Em terceiro lugar, a natureza do efeito desfavorável é função não do fármaco injurioso mas do mecanismo de imunização compreendido. E, finalmente, a reação é imprevisível; usualmente ocorre em pequena porção da população às vezes em pacientes que foram previamente tratados em inúmeras ocasiões sem contratempos.

Os fármacos diferem enormemente em potencial antigênico. Certos compostos (cafeína e epinefrina, por exemplo) jamais causam Alergia medicamentosa; outros (feniletilidantoína, por exemplo) manifestaram-se demasiadamente alergênicos para uso humano. Com fármacos comumente implicados clinicamente em reações alérgicas (penicilina, sulfonamida, quinidina, etc), a incidência de tais respostas é de 5%.

Além dos agentes de alto peso molecular (insulina, dextrano, polipeptídeos), os fármacos não são antigênicos no estado livre, mas devem ser ligados a moléculas transportadoras endógenas, como dito anteriormente, a fim de gerar respostas imunológicas. Porquanto estes terapêuticos são não raro quimicamente inertes, eles geralmente requerem ativação por metabolismo ou por luz solar (foto-Alergia) antes de servir de haptenos na formação de antígenos.

As características da Alergia às drogas são:

Reações diferentes da ação terapêutica normal da droga.

Independente da dose. Quantidade mínimas, muito abaixo da dose terapêutica, podem ocasionar os sintomas.

É necessário uma exposição anterior à droga ou a outra substância com ela relacionada imunologicamente. Existe um período de sensibilização entre a primeira exposição e aquela que desencadeará os sintomas.

Surgem sintomas definidos e clássicos, geralmente ocasionados também por outras etiologias. As reações às drogas mimetizam praticamente todos os quadros.

A mesma droga pode produzir reações variadas no mesmo indivíduo. Entretanto, cada droga tem preferência para produzir um limitado número de reações.
As reações são reversíveis (com a parada do uso da droga cedem os sintomas), recorrentes ( os sintomas voltam com a medicação) e imprevisíveis ( os sintomas podem variar em graus de intensidade, tornando-se graves ou mesmo fatais(.
As reações podem ser ocasionadas por outras substâncias de estrutura inicial semelhante ou após transformações no organismo.


São fatores importantes nas sensibilizações às drogas:

A dose do antígeno, quanto maior a quantidade da droga administrada, maior a possibilidade de sensibilização.

Duração da terapêutica, quanto maior o tempo de uso da droga, maior a probabilidade de se instalar a sensibilização.

Via de administração, as reações e suas freqüências variam com a via de administração indicada.
Capacidade reacional individual.

Classificações da Alergia Medicamentosa

As reações alérgicas em geral, podem ser classificadas de acordo com o tempo em que elas levam a mostrar sua sintomatología em:

Imediatas: surgem 30 minutos após a administração do fármaco e não apresentam infiltração celular. Manifestam-se principalmente com a dilatação dos vasos e edemas, mas também pode apresentar Reações anafiláticas (Shock), reações do tipo Arthus, urticária, angioedema, rinites, asma, etc.

Não imediatas ou retardadas: começam depois de duas horas. Não estão relacionadas diretamente com os anticorpos circulantes, apresentam infiltração celular, principalmente do tipo mononuclear. As reações retardadas subdividem-se em:

Aceleradas: Aproximadamente entre duas e 48 horas após a administração do fármaco. Sintomatología: urticária, angioedema, erupções cutâneas, febre, transtornos gastrointestinais, nefronpatías, etc.

Tardias: Aparecem com um retardo de três ou mais dias após a administração do medicamento. Às vezes após ter deixado de administrá-lo. Em ocasiões, semanas ou meses depois. Sintomatología: Doença do soro, urticária, eczemas, Lúpus eritematoso, eritema multiforme ou polimorfo e outras manifestações cutâneas mucosas ou cutâneo-mucosas, mudanças sangüíneas, agranulocitose, anemias hemolíticas e manifestações viscerais como hepatites necróticas, hepatites colestáticas, nefronpatías, miocardites intersticial, neurites polineurites, gastrites hematemesis, neumontis Loeffler, conjuntivites, queratites, etc.

Também podem ser classificados quatro tipos de Alergia medicamentosa que podem ser diferenciados na base dos elementos imunes que os causam e os locais de suas ações.

As respostas de tipo I, ou anafiláticas, incluem as formas imediatas de Alergia medicamentosa, em que os distúrbios aparecem dentro de um minuto ou horas após tomar a droga. A imune-reação subjacente é iniciada pela fixação do antígeno aos anticorpos IgE ligados à superfície dos mastócitos e basófilos.

A degranulação celular subsequente e a liberação de histamina e outras substâncias vasoativas é responsável pelos efeitos indesejados. Os principais sinais e sintomas da Alergia do tipo I compreendem o trato gastrointestinal (cólica e diarréia), pele e membranas de mucosas (eritema, urticária, edema angioneurótico), pulmões (broncoconstrição) e vasos sanguíneos (vasodilatação, permeabilidade aumentada).

Em sua forma mais grave, a anafilaxia poderá causar morte por obstrução da passagem aérea ou colapso cardiovascular dentro de poucos minutos da exposição à droga. A injeção parenteral do fármaco tem maior probabilidade de produzir reações potencialmente fatais do que o uso oral ou tópico. Não obstante, têm morrido pacientes em conseqüência da aplicação tópica de menos de 1 micra grama de penicilina. Crê-se que pacientes com diátase alérgica (notada por anamnese de febre do feno ou asma brônquica) são mais propensos a manifestar graves reações do tipo I.

A resposta anafilática imediata é o único tipo de Alergia medicamentosa que o dentista poderá ser forçado a tratar sem o benefício de respaldo médico. A epinefrina é a droga de escolha para anular as manifestações de uma resposta grave; os antihistamínicos e adrenocorticóides são úteis como medicamentos adjuvantes. Nas Alergias do tipo I (mais adiante) a reação é iniciada quando um antígeno se combina com IgE na membrana do mastócito ou basófilo. As reações mais freqüentes consistem em febre do feno, asma, e Alergia a penicilina e alimentos

As reações do tipo II, ou citotóxicas, são causadas por anticorpos circulantes tais como IgG ou IgM. Quando um constituinte da membrana plasmática serve de hapteno, a ligação da imunoglobulina é seguida pela fixação do complemento e lise da célula. Muitas anemias hemolíticas, leucopenias e trombocitopenias induzidas por fármacos são o resultado de destruição imunológica. As respostas do tipo II são geralmente retardadas, manifestando-se diversas horas ou dias após a administração do fármaco.

As reações do tipo III, ou imune-complexo, ocorrem quando os complexos antígeno-anticorpo solúveis formam espaços intravasculares ou intersticiais. A deposição dos complexos nas paredes dos vasos sanguíneos de pequeno calibre e a ativação do complemento atraem neutrófilos para a área.

Estas células perdem os grânulos nas tentativas de remover os complexos, libertando enzimas lisossômicas que causam lesão tecidual local e promove trombose dos vasos afetados. As reações do tipo III podem induzir numerosas seqüelas desagradáveis, algumas das quais podem ser muito graves. Observam-se também reações que não se podem distinguir dos quadros clínicos doentios como lupo eritematoso e eritema multiforme. A lesão é causada por enzimas lisossômicas liberadas pelos leucócitos polimorfonucleares que infiltram a área. Nesta hipersensibilidades estão implicadas na glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda, hepatite sérica crônica, artrite reumatóide e doença do soro.

As reações do tipo IV são sinônimas de imunidade mediada por células. Os linfócitos T sensibilizados expostos ao hapteno do fármaco ou seu conjugado liberam mediadores solúveis, chamados linfocinas, que atraem células adicionais (linfócitos, macrófagos) à sede antigênica. As lisozimas e outras substâncias (incluindo linfocinas tóxicas) elaboradas pelas células recrutadas produzem necrose tecidual local.

As reações do tipo IV são geralmente retardadas por causa do tempo exigido para que as células efetoras se concentrem na áera comprometida. Para os dentistas, uma importante imune-reação celular é a dermatite de contato adquirida pela exposição repetida das mãos a anestésicos locais de função éster como a procaína. Antes da disponibilidade de anestésicos de função amida, a Alergia a procaína complicava sobremaneira a prática clínica.

Mesmo hoje em dia, a Alergia provocada pelos anestésicos locais de função éster apresenta problema considerável devido à variedade de substâncias que podem estabelecer reação cruzada e provocar exantema eczematóide: metilparabeno, conservante farmacêutico de emprego generalizado; p-fenilenodiamina, componente de corante para cabelos; e diclorofeno, germicida empregado em sabões.

A hipersensibilidade da CMI, ou Alergias do tipo IV, é comum com pacientes submetidos a transplantes e podem incluir células citotóxicas ou linfocinas ou ambas. Há em alguns casos manifestações dérmicas.

Precauções a ser tomadas pelo cirurgião dentista

A melhor forma de tratar um processo alergênico é evitando-o. Embora nem sempre possam ser impedidas as Alergias a fármacos, a sua freqüência de ocorrência pode ser reduzida ao mínimo observando as precauções seguintes.

Determine uma anamnese adequada. Se um paciente apresenta uma anamnese presuntiva de Alergia medicamentosa, é importante descobrir a identidade da preparação desencadeante e determinar se a reação é, de fato, consistente com etiología imunológica. Evite o fármaco alergênico e aqueles que provavelmente apresentam reação cruzada. Um paciente verdadeiramente alérgico a uma droga não deve receber de novo o agente ou congênere, a menos que seja imperiosa a necessidade daquela medicação determinada.

Evite a administração do fármaco inapropiado. Em um estudo, a revisão de 30 casos fatais devido à penicilina revelou que o antibiótico nem sequer era indicado em menos de 50% dos casos examinados *

Promova o uso oral e limite a exposição tópica. Em base quantitativa, as vias oral e tópica são, respectivamente, o menos e o mais alergênico dos meios de administração de fármacos.

Exija um teste de Alergia, quando apropiado. Embora tais métodos sejam geralmente falíveis e possam ser perigosos, os testes dérmicos para detectar Alergia a penicilina mostram-se latamente proféticos, tendo-se também sustentado que funcionam no caso dos anestésicos locais. O teste de Alergia pode ser necessário quando não se dispõem de alternativas adequadas ao fármaco em questão.

*Referência citada em Rosenthal, A. Follow-up study of fatal penicillim reactions. Journal of American Medical Association 1958.

Testes alérgicos com medicamentos

Os testes cutâneos, por escarificação ou intradérmico, podem ser usados para identificação das drogas responsáveis por reações do tipo I.

Apresentam, porém, vários inconvenientes ou causas de erro:

Podem ser perigosos, com reações anafiláticas graves.

Podem determinar falsas reações positivas, pela ação irritante (certos medicamentos)
Podem provocar reações negativas.

Podem acarretar aparecimento de pápula, por liberação de histamina por mecanismo não imunológico (exemplo: codeína).

Os testes de contato com medicamentos apresentam resultados seguros, desde que realizados com técnica correta e nas concentrações e veículos adequados.
Os testes de transferência passiva de Prausnitz-Kustner não dão bons resultados e os de Koenigsteim-Urbach e de Lehner-Rajka, embora melhores, são de difícil realização. Os teste in vitro, de degranulação dos basófilos e transformação dos linfócitos, não são práticos. O misto- in-vitro e cutâneo - da janela na pele para observação do afluxo dos eosinófilos tem também limitado valor diagnóstico.

O melhor teste ainda é a exposição cuidadosa aos medicamentos suspeitos. è limitado quando os sintomas clínicos observados forem graves, uma vez que as substâncias mesmo diluídas podem reproduzir sintomas intensos.

Nos casos de reações adversas pouco acentuadas às drogas são usadas bactérias com os principais medicamentos e aditivos alimentares para essa pesquisa por exposição.

Fenômenos alérgicos a anestésicos locais

Os anestésicos locais raramente causam reações alérgicas; contudo, quando sobrevem uma, m geral se deve a derivado de éster do ácido p-aminobenzóico ( já dito antes ). O metilparabeno, conservante usado em determinadas especialidades farmacêuticas de anestésicos locais, pode também servir de vez em quando como estimulante antigênico.

Erupções urticárias, exantemas eritematosos e outras respostas dermatológicas representam manifestações comuns da alergia aos anestésicos locais e são normalmente tratados como anti-histamínicos. respostas anafiláticas de natureza grave exigem epinefrina.

Apesar da baixa incidência de alergia verificável ás soluções de anestésico local, percentagem relativamente alta de indivíduos apresenta anamnese de hipersensibilidade provável aos anestésicos locais. Muitos deste casos consistem em ansiedade ou reações tóxicas diagnosticadas erroneamente como sendo de origem imunológica.

Tais enganos são particularmente aparentes quando se trata de amidas, pois as pesquisas, em sua maioria, comprovam que este compostos são essencialmente não-alergênicos.* Quando está compreendido um único agente, a substituição por outro anestésico local é o método mais simples de resolver o problema, caso se dê consideração ao fato de que os ésteres podem manifestar alergenicidade cruzada. A seleção do fármaco torna-se mais difícil quando um paciente afirma ser alérgico a todos os agentes convencionais.

A difenidramina ( na concentração de 1%, com ou sem epinefrina a 1:100.000 ) tem sido usada com êxito em tais casos, mas sua conveniência como anestésico local é limitada. Um meio alternativo consiste em fazer triagem para determinar a alergia medicamentosa. Conquanto os métodos de testar a sensibilidade são um tanto precários e podem ser potencialmente perigosos, não foram ainda observadas reações negativas falsas como os anestésicos locais que utilizam a técnica intracutânea. Por isso, os fármacos que dão resposta intracutânea negativa podem ser usados com razoável garantia de segurança.

*Arora, S., and Aldrete, J.A. Investigation of possible allergy to local anesthesic drugs: correlation of intradermal with intramuscular injections. Anesthiology Reviews, 1959.

Reações alérgicas à penicilina

As reações alérgicas à penicilina foram classificadas em três grupos, com base no tempo de desenvolvimento. Reações alérgicas agudas, aceleradas e reações de hipersensibilidade retardadas, já demostradas na página 4 nas " classificações da Alergia medicamentosa ".

As reações de início retardado à penicilina podem também ser vistas na cavidade oral como glossite aguda, língua sarrenta, melanoglossia, quilose e grave estomatite com perda da mucosa bucal. Tais reações têm geralmente sido resultado do uso tópico da penicilina na cavidade oral, mas também ocorrem (embora menos freqüentemente) quando a penicilina é administrada por outras vias.

A doença do soro é reação alérgica que também cai nesta classe, embora possa assumir forma acelerada se o paciente tiver sido exposto anteriormente . Via de regra, aparece quando a duração da penicilinoterapia se estende por mais de uma semana, em geral leva pelo menos seis dias para evoluir e pode ocorrer uma semana ou mais após suspensão da terapia.

A doença dos soro não é alergia mediada por célula, mas resultado da deposição de complexos de anticorpos ( IgG ou IgM ) mais complemento nas paredes das arteríolas. Caracteriza-se por febre, exantema ( urticária, erupções maculopapulares ), atralgia e linfadenopatia. O tratamento é sintomático. O clínico deve estar ciente que uma reação alérgica à penicilina pode manifestar-se apenas por febre e que a persistência da hipertermia em face da remissão de uma infecção é prova de que a febre pode ser devida à alergia medicamentosa. Em geral, tais quadros clínicos febris desaparecem dentro de 24 a 36 horas após a suspensão da droga.

No desenvolvimento de anticorpos à penicilina, não é a molécula intacta da penicilina que reage com a proteína para formar o antígeno completo, mas sim seus produtos de degradação. Um dos derivados mais reativos da penicilina é o ácido penicilênico, que reage com os resíduos de lisina para formar o determinante antigênico maior. Este determinante peniciloílico constitui mais de 95% dos conjugados hapteno-proteína da penicilina; os anticorpos a ele medeiam as reações urticariais aceleradas e tardias e algumas reações maculopapulares e eritematosas cutâneas.

Os restantes 5% dos antígenos de penicilina consistem em proteínas conjugadas por outros grupamentos da penicilina (por exemplo, ácido penicilóico) ou de derivados não-peniciloílicos do ácido penicilênico. Estes determinantes antigênicos menores, assim chamados por causa de sua menor abundância, são, na verdade, responsáveis pela maioria das reações alérgicas de início imediato. A síndrome da atralgia recorrente associada com a penicilina também parece ser mediada por estes determinantes menores.

As reações alérgicas à penicilina são relativamente não-antecipadas. Embora os pacientes que experimentam reações adversas à penicilina sempre devam ser considerados alérgicos a menos que se prove o contrário, os testes de prova mostram com três quartos de tais indivíduos, com o tempo, perdem sua predisposição à penicilina.

Por outro lado, os pacientes que tomaram penicilina durante anos sem quaisquer problemas podem subitamente desenvolver reação alérgica, que vai desde as formas mais brandas até as mais graves. Os pacientes com histórico pessoal ou familiar de atopia (alergia a alimentos, pó, pólens, etc) exibem freqüência maior de alergia à penicilina do que os outros indivíduos. Em tais pacientes, a penicilina deve ser empregada com cautela e evitada quando possível.

Tratamento das Reações Alérgicas

As reações de hipersensibilidade imune são classificadas de acordo com o mecanismo imunológico compreendido. Os tipos I, II e III são mediados por imunoglobulinas, enquanto o tipo IV é mediado pela CMI como já nos referimos anteriormente.

O principal objetivo do tratamento da hipersensibilidade do tipo I consiste em evitar a liberação da histamina, neutralizá-la ou inverter-lhe os efeitos. Os fármacos antihistamínicos, que bloqueiam de modo competitivo as ações da histamina, são os já citados acima: antagonistas H1 e H2.

As aminas simpatomiméticas (fármaco adrenérgico que pode ser uma edefrina ou epinefrina), que atuam como antagonistas fisiológicos da histamina e de outro mediadores da Alergia, e que inibem a liberação destas substâncias pelos mastócitos ao estimular a formação de cAMP, são também úteis no tratamento deste tipo de Alergia.

A edefrina tem a vantagem de ser bem absorvida por via oral e de proporcionar atividade por uma hora ou mais. As soluções de epinefrina, que devem ser administradas por via parenteral, proporcionam o mesmo alívio e proteção, mas muito mais eficaz e rapidamente. Para reações alérgicas agudas que compreendem urticária e edema angioneurótico, deve ser adequada a injeção subcutânea de 0,3 a 0,5 ml de epinefrina 1:1000.

Distúrbios fulminantes tais como choques anafiláticos exigem absorção mais rápida de epinefrina do que aquela proporcionada por injeção subcutânea, sobretudo se a circulação estiver prejudicada. Recomenda-se a injeção intramuscular de 0,4 a 0,6 ml de epinefrina ou, se o paciente já foi previamente preparado para injeções intravenosa, a administração intravenosa lenta de epinefrina de 1:10000. Com esta última rota de administração, há considerável risco de precipitar arritmias cardíacas e fibrilação ventricular graves.

O cromoglicato sódico é outro fármaco que impede a desgranulação dos mastócitos. O fármaco estabiliza o sistema de adenilciclase-cAMP, mas não exerce nenhum efeito direto sobre a ação da histamina autacóides relacionados. O cromoglicato sódico é apenas útil como agente local; em geral, é utilizado na forma de pó, que é insuflado como aerossol ou depositado diretamente nas narinas. O fármaco foi também submetido a ensaios terapêuticos preliminares em pacientes com colite ulcerativa, doença com possível alteração do processo imune.

Alguns fármacos ansiolíticos também funcionam como anti-histamínicos, como o difenilmetânico. A estrutura química da hidroxizina é semelhante a de alguns dos anti-histamínicos piperazínicos. Os análogos da hidroxizina são usados principlamente como anti-histamínicos em vez de agentes ansiolíticos, cuja função é diminuir o tono muscular, reduzir a ansiedade, entre outros.

Outro método de tratamento das hipersensibilidades de tipo I está em fase de estudo*. A IgE, que medeia as reações atópicas, exerce esta ação devido à sua propriedade singular de ligar-se a receptores presentes na membrana do mastócito. A fixação ocorre em centro de ligação específico sobre a molécula de imunoglobulina.

Sintetizou-se um pentapeptídeo (Asp-Ser-Asp-Pro-Arg) com a mesma seqüência de aminoácidos do local de ligação, e verificou-se que ele inibe as reações a testes cutâneos do tipo I. este peptídeo é agente terapêutico promissor, visto que inibe a reatividade cutânea não só através da competição pelos receptores situados na membrana dos mastócitos, mas também através do deslocamento ed IgE fixada na membrana do mastócito.

Os agentes imunossupressores que inibem a produção de auto-anticorpos e fagocitose são utilizadas no tratamento das hipersensibilidades auto-imunes graves do tipo II. Com freqüência , os corticosteróides e a azatioprina ou metotrexato são utilizadas em associação.

Doses elevadas de glicocorticóides podem ser úteis na atenuação do espasmo brônquico e do edema laríngeo. Nesta situação, os glicocorticóides também atuam no sentido de aumentar a contração cardíaca e realçar os efeitos vasculares das catecolaminas. Contudo, os efeitos máximos dos glicocorticóides não ocorrem se não varias horas após a administração.

A inibição exercida por glicocorticóides sobre fenômenos imunológicos pode resultar de uma ou mais ações sobre as células linfóides: alteração na produção ou liberação de células da medula óssea, modificação de sua capacidade de migrar até zonas de reações imunológicas ou inflamatórias, remoção de células da circulação por destruição ou seqüestro em diversos compartimentos teciduais ou supressão direta de suas funções fisiológicas, tais como a produção de linfocinas e anticorpos.

Outro mecanismo pode compreender a inibição da fagocitose e subseqüente digestão do antígeno por macrófagos, ocorrência indispensável ao desenvolvimento de algumas respostas imunológicas. A hidrocortisona interfere com a migração de neutrófilos e fagócitos mononucleares para o local da resposta alérgica ( inflamação ; a capacidade fagocitária e digestiva dos macrófagos também é reduzida. Finalmente, a hidrocortisona inibe a formação de tecido de granulação por retardar a proliferação capilar e fibroblástica e a síntese de colágeno.

Os corticosteróides são úteis no tratamento das Alergias a imunocomplexos, do tipo III, devido principalmente às suas propriedades antiinflamatórias. Nos casos graves pode-se administrar azatioprina ou ciclofosfamida, a fim de suprimir a resposta imune e permitir o uso de quantidade reduzida de esteróides. O uso contínua de corticosteróides em doses farmacológicas pode causar supressão adrenal e hiperadrenocorticismo.

O risco de supressão drenal depende da dose, bem como da duração da ação da droga específica e da duração do tratamento. A prednisona a prednisolona, por exemplo, provocam menos complicações de ação prolongada, como a betametasoma e a dexametasona. De fato, a administração de uma droga de ação curta por período breve geralmente não causa toxicidade significativa. Costuma-se adotar a administração oral de corticosteróides em regime de dias alternados. Os pacientes sofrem menos reações adversas com este regime e causam menos supressão renal.

As Alergias do tipo IV, isto é, hipersensibilidade da CMI, podem incluir células citotóxicas ou linfocinas ou ambas. A rejeição de enxerto é exemplo da influência dos linfócitos citotóxicos. Os pacientes submetidos a transplantes são tratados com agentes imunossupressores associados . por exemplo, um esquema para o tratamento de pacientes submetidos a transplante cardíaco inclui prednisona, azatioprina e ALS. Além disso pode-se utilizar a radioterapia para suprimir a atividade dos linfócitos sensíveis a antígeno. O tratamento da dermatite ed contato, que é manifestação dérmica da Alergia de CMI, é sintomático. O tratamento com corticosteróides, quer local, quer em caso grave, sistêmico, é utilizado para controlar a inflamação.

*Hamburger, R.N. Peptide inhibition of the Prausnitz-Küstner reaction. Science, 1975

Principais medicamentos usados no tratamento das alergias

Anti-Histamínicos

Os anti-histamínicos têm somente indicações nas doenças alérgicas que respondem por mecanismo extrínseco, onde o mediador principal é a histamina. Sua maior utilidade é na urticária e em outras reações alérgicas imediatas onde predomina o prurido. São facilmente absorvidos no trato gastrointestinal e nos locais parenterais de administração. Os efeitos aparecem 15 a 30 minutos após a administração oral, atingindo o ápice em uma hora e perdurando, em média, por três a seis horas.

Os diversos anti-histamínicos têm sua função farmacológica normal variável em intensidade. A hidroxizina tem a maior ação sobre o prurido, sendo também em muitos caso mais efetiva no tratamento sintomático da urticária, abreviando a duração das pápulas.

Os anti-histamínicos compreendem um grupo de substâncias que antagonizam os efeitos farmacológicos da histamina. Ocupam os receptores histamínicos das células efetoras nos tecidos, bloqueando-os através de um mecanismo competitivo e reversível. esta propriedade está relacionada à sua semelhança com a molécula de histamina.

Os receptores da histamina nos diversos tecidos estão divididos em dois grupos: H1 e H2. Os anti-histamínicos classicamente atuam sobre os receptores H1, impedindo o aumento da permeabilidade capilar e a contração da musculatura lisa do aparelho gastrointestinal e respiratório. A contratura demorada da musculatura brônquica está mais na dependência da substância de reação lenta (SRS), razão por que os antihistamínicos têm pequena atuação na asma.

Apenas os mais modernos anti-histamínicos agem sobre os receptores H2, responsáveis pela ação sobre a secreção gástrica e sobre a musculatura dos vasos sangüíneos (exemplos: burimamide, cimetidina, metiamide). Os anti-histamínicos, além de antagonizarem, atuam sobre o sistema nervoso central e têm ação anestésica local mesmo em doses terapêuticas.

São importantes os efeitos colaterais que os anti-histamínicos podem ocasionar: sonolência estado vertiginoso, fadiga, náuseas, vômitos, tremores, irritabilidade, euforia, insônia, anorexia, constipação, retenção urinária, xerostomia e outros sintomas. Os efeitos colaterais variam nos diversos anti-histamínicos. Assim, a prometazina e a difenidramina têm maior ação sedativa, já a ciproptadina estimula o apetite.

Nas crianças o excesso de anti-histamínicos pode provocar fenômenos tóxicos, como excitação, contrações musculares, febre, convulsões e mesmo morte.
Os anti-histamínicos não devem ser associados ao álcool ou outros depressores do sistema nervoso central, porque podem potencializar esta ação depressora.

Principais drogas anti-histamínicas e suas doses terapêuticas:

Na relação anti-histamínicos, que se segue, são indicadas as doses médias diárias para adultos. Para as crianças deve ser calculada a idade e peso dos pacientes. Correspondem em média de 1/4 à metade da dose do adulto.

Azatadine (maleato), 2 mg

Bromofeniramina (maleato), 16 mg

Buclizina (dicloridrato), 75 mg
Carbinoxamina (maleato), 15 mg
Ciproeptadina (cloridrato), 12 mg
Cloroprofenpiridamina (maleato), 12 mg
Dextrobromofeniramina (maleato), 12 mg
dextroclorofeniramina (maleato), 6 mg
Difenidramina (cloridrato), 150 mg
Doxilamina (succinato), 50 mg
Feniramina (maleato), 75 mg
Hidroxizina (hidrocloreto), 80 mg
Isotipendil (hidrocloridrato), 12 mg
Meclastina, 2 mg
Profenpiridamina, 75 mg
Prometazina (cloridrato), 50 mg
Triprolidina (cloridrato), 7,5 mg

Corticosteróides

Os corticosteróides são produzidos pela córtex da glândula supra-renal. Esta síntese dos corticosteróides é estimulada pelo hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) da glândula pituitária que, por sua vez, é secretadada pela atuação do fator liberador (HRF), originado no hipotálamo. A secreção do ACTH é também controlada pelo nível de corticosteróides, de origem endógena ou exógena, inibe a produção de ACTH.

O uso do ACTH (corticotrofina) está limitado ao diagnóstico da insuficiência adrenal. Na terapêutica foi substituído pelos costricosteróides porque o ACTH pode ativar os mineralocorticóides, provocando distúrbios eletrolíticos: suas doses são mais difíceis de controlar e, embora raramente, são capazes de provocar choque anaflilático.

O ACTH já foi usado com a finalidade de estimular a supra-renal durante o uso prolongado de corticosteróides. Abandonou-se tal orientação porque pode acontecer o contrário: um aumento de supressão da supra-renal.

Não está bem definido o mecanismo de ação dos glicocorticóides. Sabe-se, entretanto, que muitos dos efeitos desses esteróides estão ligados à síntese das proteínas, envolvendo material genético DNA e RNA.

Os glicocorticóides apresentam ações fundamentais que se inter-relacionam:
Reduzem a inflamação, aumentando a resistência da parede capilar, diminuindo a sua permeabilidade, reduzindo assim a passagem de líquidos e impedindo o acesso de neutrófilos e macrófagos ao sítio da inflamação.

Impedem o acúmulo de histamina no local de reação. Parecem não ter ação na formação ou liberação desta substância.

Diminuem a produção da prostaglandina F2 alfa.

Os glicocorticóides provocam reações adversas que obrigam a uma prévia e criteriosa avaliação do seu uso. Essas reações adversas podem ser de tal gravidade que implicam até suspensão da terapêutica corticosteróide.

Efeitos adversos provocados pelos corticosteróides são observados mais comumente quando em tratamento prolongados. O uso de medicamento em período curto, mesmo em altas doses, não acarreta reações apreciáveis.

Os principais efeitos colaterais dos corticosteróides são divididos segundo sua via de administração.

Aplicados por via sistêmica:

Aparência cushingóide.
Obesidade
Diabete
Parada do crescimento
Suscetibilidade às infecções
Diminuição da atividade antiinfecciosa dos leucócitos
Interferência no mecanismo da vitamina D
Osteoporose
Aumento do apetite
Edema
Hirsutismo
Distúrbios mentais
Púrpuras
Amenorréia
Fatigabilidade
Irregularidade menstruais
Distúrbios da coagulação
Equimoses
Dispepsias
Distúrbios emocionais
Irritabilidade
depressão
Úlceras no aparelho digestivo
Trombose
Pancreatite
Hipertensão arterial
Atrofia supra-renal
Retardamento da maturação sexual
Catarata subcapsular posterior
Tromboembolismo
Sangramento gastrointestinal
Aplicados em aerossol:
Suscetibilidade a infecções na boca e faringe.
Aplicações cutâneas:
Estrias cutâneas
Recrudescimento de infecções
Glaucoma
Dermatite de contato

Na maioria dos casos esses efeitos indesejáveis são reversíveis com a parada da medicação, não trazendo seqüelas para o organismo. Os efeitos colaterais dos glicocorticóides podem ser diminuídos pela administração dos esteróides de curta ação em dias alternados, mesmo quando as doses nesses dias sejam o dobro daquelas tomadas diariamente.

A posologia sistêmica dos corticosteróides é extremamente variável, dependendo do composto empregado, da síndrome, da intensidade dos sintomas, da via de aplicação, etc.
Em relação às síndromes alérgicas, algumas considerações de ordem prática devem ser observadas:
As doses iniciais devem ser altas e mantidas por pouco tempo (um a três dias).
O tratamento deve ser de pouca duração.

Se houver necessidade de um tratamento prolongado, as doses devem ser diminuídas progressivamente até um mínimo que mantenha o paciente livre de sintomas.
Dê preferência, no período de manutenção os corticosteróides devem ser administrados em dias alternados.

Para as crianças, quando houver indicação formal as doses iniciais devem ser altas, aproximadamente iguais às do adulto.

As doses terapêuticas usuais dos corticosteróides são:

Corticosteróides em aerossol

Os aerossóis de beclametasona devem ser aplicados:

Adultos- 50 a 100 mmg, três a quatro vezes ao dia. A dose diária máxima permissível é de 1mg.
Crianças- 50 mmg, duas a três vezes por dia. Dose máxima permissível é de 0,5 mg por dia.

Corticosteróides injetáveis

Por via injetável deve-se empregar dose única. Se necessário, repetir três a quatro horas após.

Hidrocortisona:

Adultos- 25 a 50 mg/Kg
Crianças- 10 mg/Kg (máximo de 200 mg_

Betametasona:

Adultos- 4 a 8 mg por dose
Crianças- 0,2 mg/Kg por dose

Corticosteróides orais. Os corticosteróides orais são prescritos em quatro, duas e preferencialmente uma dose diária. A dose única deve ser ministrada pela manhã.

Betametasona:

Adultos- dose inicial: 2 a 3 mg por dia; dose manutenção: 0,5 a 1 mg por dia.
Crianças- dose inicial 1 a 2 mg por dia; dose manutenção: 0,25 a 1 mg por dia.

Tabela de equivalência da atividade terapêutica.

Betametasona, 0,5 mg
Cortisona, 25 mg
Dexametasona, 0,75 mg
Fluorcortolona, 5 mg
Hidrocortisona, 20 mg
Metilprednisolona, 4 mg
Parametasona, 2 mg
Prednisolona, 5 mg
Prednisona, 5 mg
Triancinolona, 4 mg
Agonistas Beta-Adrenérgicos

As principais drogas que possuem propriedades broncodilatadoras disponíveis e freqüentemente utilizadas são os agonistas beta-adrenérgicos (simpáticomiméticos) e os inibidores da fosfodiesterase. Outros broncodilatadores, como anticolinérgicos, bloqueadores alfa-adrenérgicos, prostaglandinas, são de pouco uso clínico.

As aminas simpaticomiméticas têm a propriedade de reproduzir no organismo as ações e efeito do neuro-hormônio adrenérgico. Atuam através de dois mecanismos: fixando-se e estimulando o receptor adrenérgico, ou produzindo a liberação na terminação adrenérgica pós-ganglionar.

A broncodilatação obtida por essas substâncias é devida à atuação sobre os receptores do tipo beta-2 situados na musculatura dos bronquíolos. Quanto mais seletiva para os receptores beta-2 melhor será a droga adrenérgica, pois apresenta menos efeitos sob o sistema cardiovascular, ou seja, sobre os receptores beta-1-cardiovasculares.

Essa substância mais específica para os receptores beta-2 produzem, porém, queda de pressão arterial, podendo desencadear uma taquicardia sinusal reflexa.
A ação benéfica dos agonistas beta-adrenérgicos no tratamento da asma brônquica depende não apenas do efeito relaxante sobre a musculatura brônquica, mas também da ação inibidora sobre a reação alérgica.

Os principais adrenérgicos e suas doses terapêuticas são as seguintes aminas simpaticomiméticas:

Adrenalina: administrada por via parenteral, subcutânea ( 0,01 mg/Kg cada quatro horas, repetindo se necessário cada 1/2 hora) ou endovenosa ( 0,025 a 0,25 mg, injeção lenta), ou por via oral, nebulizações (0,2 a 0,3 mg por dose).

Isoproterenol: sublingual (5 a 20 mg cada quatro a seis horas), inalação (0,08 a 0,40 mg por dose, uma a três inalações no máximo oito vezes por dia). Em crianças a sublingual é administrada 0,3 mg/Kg cada quatro a seis horas.

Metaproterenol: via subcutânea e intramuscular (0,5 a 1 mg cada quatro a seis horas. Crianças 0,015 mg/Kg cada quatro a seis horas), via endovenosa (0,5 mg cada seis horas. Crianças 0,01 mg/Kg cada seis horas), via oral ( 10 a 20 mg cada seis horas. Crianças 0,4 mg cada seis horas).

Terbutalina: via subcutânea (0,25 a 0,5 mg quatro vezes por dia), via oral ( 2,5 a 5 mg duas a três vezes por dia), nebulizações ( 0,25 mg por inalação, oito vezes ao dia. Na crianças um nebulização a cada seis horas).
Salbutamol: via intramuscular ou subcutânea (0,5 mg), via endovenosa (0,25 mg), via oral (2 a 4 mg três ou quatro vezes ao dia. Crianças 0,1 a 0,15 mg/Kg cada oito horas), nebulizações (0,01 mg/ inalação, uma ou duas inalações cada quatro horas)
Fenoterol: via oral (2,5 a 5 mg três vezes ao dia. Crianças 0,2 mg/kg cada oito horas), nebulizações (0,2 mg/inalação, três inalações por dia no período de três horas)
Trimetoquinol: via oral (3 a 6 mg três vezes por dia. Crianças 1 mg por ano de idade por dia)

Efedrina: via oral (25 a 30 mg cada quatro a seis horas. Crianças 0,6 mg/kg cada quatro a seis horas)

Tratamento Imunoterápico

A dessensibilização para o tratamento das doenças alérgicas tem evoluído nesses últimos 60 anos. Começou com os pioneiros Noon e Freeman, quando trataram os primeiros doentes de febre do feno com vacinas de extrato de pólen. desde então surgiram novos conceitos e variações na técnica de preparo e tipos de vacinas.

Mecanismo da Imunoterapía

O mecanismo da dessensibilização ainda não está bem esclarecido. São conhecidas somente as mudanças imunológicas ocorridas durante o tratamento:

Aumento de IgG

Diminuição de IgE específica

Diminuição da atividade dos mastócitos e basófilos

Aumento de linfócitos T supressores.

Existem três hipóteses principais explicando o mecanismo da imunoterapia:

Hipótese dos anticorpos bloqueadores: Os anticorpos IgG teriam mais afinidade para os antígenos, capturando-os no fluido tecidual e impedindo que fossem atuar sobre os anticorpos IgE ou reagínicos fixados aos mastócitos e basófilos, evitando assim a degranulação destas células com a conseqüente liberação de substâncias vasoativas responsáveis pelos fenômenos alérgicos.

Hipótese de ação apenas sobre o linfócito T supressor:

A imunoterapia provocaria inicialmente um aumento de produção de IgG que estimularia os linfócitos T supressores. Estes teriam uma ação negativa sobre os linfócitos B, inibindo a diferenciação destes em plasmócitos e conseqüentemente suprimindo ou diminuindo a produção de IgE. A melhora, mesmo depois de suspensa a dessensibilização, é explicada pelo fato de os linfócitos T possuírem memória imunológica e continuarem a suprimir a produção exagerada de IgE, mesmo depois de parada a vacinação.

Hipótese de estímulo do linfócito T supressor e/ou inibição do T estimulador: A exposição natural ao alérgeno leva a um estímulo direto do linfócito T supressor e/ou inibindo o linfócito T estimulador, tendo uma ação negativa sobre o linfócito B produtor IgE.

Métodos de dessensibilização:

Método Clássico: É o método comum, com aplicações de doses crescentes, dependentes da sensibilidade cutânea.

A dose inicial usada é de 0,1 ml de uma solução dez vezes mais fraca do que aquela mais diluída que deu a reação cutânea positiva.

As vacinas são aplicadas por via subcutânea, cada três a cinco dias com um aumento de 0,1 ml por vez, até atingir a dose de 1 ml. Será então iniciada nova série com concentração dez vezes mais forte, partindo de 0,1 ml. Surgindo reação no local a dose será diminuída ou mantida durante algumas aplicações. Por este método as vacinas são aplicadas em altas concentrações e mantidas no limiar da tolerância dos pacientes. Este limiar geralmente é de 0,5 ml de uma diluição 1:50.

Método das Microdoses: É o método em que as vacinas são aplicadas em altas diluições e iniciadas conforme a intensidade dos sintomas clínicos . As diluições usadas variam de 1:10.000 a 1:10.000.000.000, em média.

Método Intermediário: Pode ser adotado um método entre o clássico e o das microdoses, com bons resultados. Nessas vacinas os alérgenos estão em diluições variáveis de 1:1.000 a 1:10.000.000, de acordo com a intensidade da sensibilização pelos pacientes e seus componentes.

Tipos de vacinas usadas e suas inidicações

Vacinas de inalantes: Indicadas nos casos de asma brônquica, tosse alérgica, pigarro, rinites, faringites, traqueítes, sinusites, otites catarrais, conjuntivites e outras síndromes, quando provocadas pelos antígenos inalantes.

Vacinas bacterianas: Empregadas nos casos de asma brônquica, bronquites, tosse alérgica, rouquidão, pigarro, rinites, faringites, laringites, traqueítes, otites, urticárias, edema angioneurótico, dermografismo, prurigos, eritrodermais, colites, dores articulares, alergia física e outros casos, quando for comprovada a sensibilização a bactérias ou seus produtos.

Vacinas inalantes e bactérias das vias respiratórias: Usadas em casos de asma brônquica, rinites, faringites, tosses alérgicas, rouquidão, pigarro, catarro pós nasal, laringites, traqueítes, sinusites, otites catarrais, dermatites alérgicas e outras síndromes, quando houver sensibilização mista aos inalantes e bactérias.

Vacinas de alimentos: Possível indicação em sintomas no aparelho digestivo: colites, eructações, vômitos, náuseas, halitoses, sensação de plenitude gástrica, fermentação intestinal, cólicas abdominais e prurido anal; reações na pele: urticária, angioedema, pruridos, prurigos e eczemas; reações no aparelho respiratório: asma, rinite, tosse alérgica, rouquidão e outras síndromes.

Vacinas antimicóticas: Usadas na dessensibilização para micides e micoses.
Vacinas de antígeno de insetos: Para dessensibilização nos casos de estrófulo e outras reações a picadas de insetos.

Vacinas de histamina: Indicadas na cefaléia histamínica e em alguns casos de urticária e alergia aos agentes físicos.

Vacinas de vírus: Indicada no herpes simples.

Vacinas para dessensibiliazação inespecífica: Tem indicação, como tentativa de tratamento, em dessensibilização inespecífica em casos especiais de síndromes alérgicas, onde o alérgeno não foi identificado; em acne, furunculose, blefarites, foliculites e outras estafilococcias.

Concentração das vacinas

Os métodos mais usados são o de peso/volume, conteúdo de nitrogênio total, unidade de nitrogênio protéico, unidades Noon e estandardização biológica.

As vacinas devem ser aplicadas em diluições que variam de 1:50 a 1:100.000.000 ou mias, conforme o método de dessensibilização adotado.

O preparo das soluções das vacinas é muito simples e assim realizado:

Soluções 1:10- anexar 0,5 ml da vacina ou antígeno concentrado em um frasco com 4,5 ml da solução diluidora adequada.

Solução 1:1000- injetar 0,5 ml da vacina a 1:10 em um frasco com 4,5 ml da solução diluidora.
Solução 1:1.000- injetar 0,5 ml da vacina a 1:100 em um frasco com 4,5 ml da solução diluidora.

Técnicas de dessensibilização

Entre as técnicas temos as diferentes vias de aplicação que podem ser: intradérmicas, subcutâneas, oral, sublingual, nasal, inalatória e epicutânea. Mas nem todas elas são utilizadas, algumas não tem resultados práticos. As mais utilizadas são apresentadas abaixo.

As vacinas de via oral ou sublinguais são aplicadas diariamente, pela manhã e à noite, com três gotas , deixando alguns segundos embaixo da língua e deglutindo.

Com as vacinas injetáveis aquosas inicia-se a dessensibilização de acordo com a intensidade dos sintomas ou com a reação cutânea aos testes. Geralmente começa-se com vacinas bem diluídas.

Duração da dessensibilização

A dessensibilização em geral só é conseguida após dois a quatro anos de tratamento.Após alguns meses de vacinação, estando o pacientes assintomático, as aplicações podem ter os intervalos aumentados, variando o número de dias com o tipo de vacina. Com intervalos maiores consegue-se continuar a dessensibilização por vários anos.
O término da dessensibilização é ditado pela ausência de sintomas por um ou dois anos na vigência da vacina

Alguns Fármacos utilizados em Imunoterapía

Nome Oficial Nome Comercial Agentes para imunização ativa

Vacina BCG
Toxóide tetânico

Agentes para imunização passiva

Imunoglobulina sérica, humana
Imunoglobulina anti-hepatite B (humana )
Immu-G (nome EUA)
H-BIG (nome EUA) Imunoestimulantes
Vacina BCG
Lvemisol

Stimamizol Imunossupressores

soro antilinfocítico (ALS)
azatioprina
ciclofosfamida
floxuridina
melfalano
mercaptopurina
metotrexato
prednisona
imunoglobulina RhD (humana)

Imuran
Enduxan
FUDR (nome EUA)
Alkeran, Sarcoclorin
Mercaptine, Puri-Nethol
Methotrexate
Meticorten
RhoGAM Tratamento para reações alérgicas
anti-histamínicos
cromoglicato sódico

Intal

Bibliografia:

Farmacologia e terapêutica para Dentistas; Neidle E. A., Kroeger D. C., Yagiela J. A. Editora Guanabara Koogan, 1983.

Farmacologia Odontológica; Bazerque P.; Editorial Mundi, 1979.

Alergia Clínica; Lain Pontes de Carvalho e João Bosco Magalhães Rios; Editora Guanabara Koogan, 1982.

Luzimar Teixeira

Fonte: www.luzimarteixeira.com.br

O que é alergia?

alergia consiste em reações exageradas que o organismo sofre quando entra em contato com determinadas substâncias (alérgenos), mesmo que em quantidades pequenas. Cerca de 25% da população sofre de alguma forma de alergia. As formas alérgicas mais comuns são: a asma (bronquite alérgica ou bronquite asmática), a rinite alérgica e as alergias cutâneas.

A alergia é uma doença?

Trata – se mais de uma característica individual do que propriamente de uma doença. O indivíduo alérgico é aquele que reage de forma exacerbada a determinado estímulo, considerado normal para outro indivíduo não alérgico. Digamos que os indivíduos alérgicos possuem um limiar de tolerância inferior a certos estímulos.

Como ficamos alérgicos?

A alergia não aparece da noite para o dia. A cada vez que nosso organismo tem contato com uma substância estranha (antígeno), ele produz uma substância chamada de anticorpo. Este anticorpo se liga à determinadas células do nosso organismo e faz com que estas liberem substâncias responsáveis pelos sintomas clínicos das reações alérgicas.

O que é alérgeno?

O alérgeno é o termo usado para a substância que causa reação alérgica. Alguns estão no ar como o pólen ou os fungos; outros são encontrados em alimentos como por exemplo o leite, frutos do mar ou ovo. Alguns insetos tem alérgenos em seu veneno; assim como, certas plantas possuem também substâncias alergênicas. No ambiente doméstico, os alérgenos encontrados mais freqüentemente são os tão conhecidos “ácaros”.

Existe uma predisposição para a alergia?

Sabemos que crianças de pais alérgicos tem maior probabilidade de serem alérgicas. Crianças que possuem um de seus pais alérgicos tem 20 a 30% de serem alérgicas enquanto que filhos de ambos os pais alérgicos já tem uma probabilidade de 60%. Por outro lado, a alergia pode se desenvolver em qualquer fase da vida e até mesmo em pessoas sem histórico familiar; basta para isso, que a exposição deste indivíduo à determinado alérgeno ultrapasse o seu limiar de tolerância.

Quais são os diferentes tipos de alergias ?

Quando a reação alérgica ocorre no sistema respiratório, podemos ter desde de uma rinite alérgica até crises asmáticas de intensidades variáveis. Quando o órgão acometido é a pele, podemos ter desde de pequenas manchas avermelhadas como reações alérgicas à picada de insetos até reações urticariformes gigantes.

Como evitar as alergias?

Quando se conhece o responsável pela alergia como, por exemplo, em uma alergia alimentar, basta evitar o alimento na dieta. Quando o agente está presente no ar como a poeira ou fungos, podemos tentar reduzir o seu contato através do que chamamos de controle ambiental. Este consiste em cuidados diversos para diminuir o contato com os alérgenos no ambiente domiciliar, como por exemplo o uso de protetores plásticos de colchão e travesseiros, de pano úmido diariamente nos pisos da casa, a troca das cortinas por persianas etc. É possível também diminuir aos poucos a sensibilidade do indivíduo ao(s) alérgeno(s) através de imunoterapia (vacinas específicas) realizada com supervisão médica.

É possível identificar os agentes responsáveis pelas alergias?

Além dos testes clínicos de provocação oral (exclusão e reintrodução do alimento “suspeito” na dieta ), existe hoje uma serie de métodos para avaliação diagnóstica das alergias , entre eles :

Testes alérgicos que podem ser de leitura imediata (de 15 a 20 minutos)

Intradérmicos

De provocação ou de contato (resultado em 72 horas)

Exame de sangue (dosagem de IgE total e específica)

Neste teste são dosados anticorpos específicos contra uma grande variedade de alergenos como: frutas, grãos, peixes e frutos do mar, proteínas de porco e vaca ovo e laticínios, alergenos inalantes como pêlo de animais, insetos, poeira e gramíneas, drogas, fungos e alergenos ocupacionais.

Exame de sangue (dosagem de IgE total e específica) – Neste teste são dosados anticorpos específicos contra uma grande variedade de alergenos como: frutas, grãos, peixes e frutos do mar, proteínas de porco e vaca ovo e laticínios, alergenos inalantes como pêlo de animais, insetos, poeira e gramíneas, drogas, fungos e alergenos ocupacionais.

Fonte: gremioamarante.org.br

O que é alergia?

Alergia é uma reação exagerada do organismo frente a estímulos comuns do ambiente, como componentes da poeira, elementos do ar (polens, fungos), alimentos ou medicamentos, por exemplo. Existem diversas formas dessa reação se manifestar, caracterizando as várias apresentações das doenças alérgicas.

Como as pessoas ficam alérgicas?

As alergias geralmente aparecem na infância. No entanto, os sintomas podem surgir pela primeira vez em qualquer idade ou, em alguns casos, reaparecer depois de muitos anos de inatividade.

Mas independente de idade, sexo ou raça, qualquer pessoa pode desenvolver alergias. Apesar de ainda não ter sido totalmente esclarecido por que certas pessoas ficam alérgicas, acredita-se que a hereditariedade seja um fator importante. Assim, se seus pais têm alergias, você também poderá desenvolvê-las.

Existem ainda outros fatores que podem estar ligados aos sintomas das alergias, como o estímulo do ambiente (alérgenos e irritantes), fumaça de cigarro, hormônios, perfumes e o stress, entre outros.

Como acontece um reação alérgica?

Podemos definir as alergias com uma reação exagerada ou uma hipersensibilidade do sistema imunológico a determinadas substâncias estranhas ao nosso organismo. Estas substâncias podem ser componentes da poeira doméstica, como os ácaros e resíduos de insetos, grãos de polens, esporos de fungos, alimentos, látex, picadas de insetos e até certos tipos de remédios.

Quando seu sistema imunológico está trabalhando normalmente, ele evita as doenças ao atacar elementos invasores, como bactérias, vírus e parasitas. No entanto, em pessoas alérgicas, o sistema imunológico confunde uma substância inofensiva como polens e poeira com uma substância nociva. Quando uma pessoa alérgica é exposta a determinado alérgeno (substância que causa alergia), o sistema imunológico cria anticorpos para destruir o “perigoso” invasor. Esses anticorpos especificamente associados às alergias são chamados de anticorpos IgE.

A IgE (abreviação de Imunoglobulina E) é uma proteína do sistema imunológico que atua como sinalizador. O anticorpo IgE é sempre específico para determinado alérgeno.

Os anticorpos IgE circulam no sangue e também se fixam em dois tipos diferentes de células: mastócitos, que estão localizadas no nariz, pulmões, pele e trato gastrintestinal, e basófilos, encontrados principalmente no sangue.

Ao penetrarem no organismo de uma pessoa sensível os alérgenos se ligam a estas moléculas de IgE. Quando isso ocorre, substâncias, como a histamina são liberadas, o que pode causar sintomas alérgicos, como inflamações no nariz e nas vias respiratórias, na pele e no trato gastrointestinal. O que iniciou como uma simples confusão do seu corpo, passa agora a ser uma reação alérgica.

Os anticorpos IgE podem causar vários tipos de resposta alérgica, de urticárias à rinite alérgica, sintomas de asma ou crises alérgicas graves, chamadas de choque anafilático. Especialistas em alergia apontam vários tipos de alérgenos que podem provocar a formação de anticorpos IgE e, assim, causar reações alérgicas. Entre elas podemos incluir ácaros da poeira, polens, fungos do ar, descamação de animais, alérgenos de insetos, alimentos e medicamentos.

Estes são alguns dos sintomas que podem sem associados às condições alérgicas:

Crises de espirros 
Nariz entupido 
Coriza 
Tosse 
Coceira e lacrimejar dos olhos 
Coceira na garganta e no nariz 
Gotejamento pós-nasal 
Coceira na pele e erupções cutâneas 
Urticárias 
Edema (inchaço) nos lábios ou nas pálpebras (angioedema) 
Dor abdominal e diarréia, principalmente na infância

A sensibilização alérgica também pode provocar sintomas que você não associava, como:

Conjuntivite (olhos vermelhos, lacrimejamento) 
Faringites 
Sinusites e otites 
Linhas escuras sob os olhos 
Cólicas no estômago, ansiedade ou falta de ar em reações anafiláticas.

Diagnosticando o Problema

Se você suspeita que os seus sintomas são provocados por alguma alergia, o melhor a fazer é marcar uma consulta com um médico especialista no diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas (alergista) ou um médico especialista na área do corpo onde está ocorrendo os sintomas (otorrinolaringologista, dermatologista ou um pneumologista).

Quando o especialista descobrir a causa do problema, os sintomas poderão ser prevenidos ou controlados com o tratamento, melhorando bastante a qualidade de vida da pessoa alérgica.

Entenda as alergias

Se você ou alguém que você conhece tem alergia, é provável que já esteja familiarizado com as causas e os sintomas dessa doença, mas é sempre bom aprender um pouco mais sobre o assunto.

As reações alérgicas podem ter diferentes causas, de animais a polens, de remédios a alimentos. Os sintomas também são variados. Mesmo sem poder prever como e quando uma alergia vai se desenvolver, você pode aprender como mantê-las sob controle, seguindo um plano de tratamento e evitando os fatores que provocam e agravam os sintomas alérgicos.

Durante as crises alérgicas, o desconforto é muito grande. Mas apresentar alguma doença alérgica, não significa que você deva sofrer por causa dos sintomas.

Entender como manter as alergias sob controle impedindo que elas interfiram com as coisas que você gosta é o primeiro passo para que você se sinta bem e desfrute melhor daquilo que você aprecia.

Alergia Sazonal

Pessoas com alergias sazonais enfrentam diferentes desafios em cada período do ano. Quais problemas os alérgenos específicos de cada época trazem para você?

Veja a seguir as alergias mais comuns de cada estação:

Você sabe que a primavera está chegando por causa dos seus espirros, coceira no nariz, olhos vermelhos e lacrimejantes?

Para quem é alérgico à grama ou polens, a primavera pode trazer ou piorar esses sintomas. É nessa época que se inicia um novo ciclo de vida para gramados, flores e árvores. Infelizmente, esse despertar da natureza lança no ar grande quantidade de grãos de polens, os quais são substâncias com grande potencial para desencadear reações alérgicas. Polens e fungos, no entanto, podem ser evitados. Veja como isso é possível no canal plantas e jardins.

Verão é sinônimo de passeio ao ar livre? Se você é alérgico a pólen ou à picada de insetos, deve pensar duas vezes antes de inventar um piquenique no campo.

Se o passeio for irresistível, lembre-se que os insetos podem ser atraídos por perfumes e roupas coloridas. Assim, procure usar roupas claras e aplicar uma loção repelente quando caminhar por um parque ou mexer no jardim. Afinal, as reações de pessoas alérgicas a picadas de insetos podem ser muito sérias. Veja no canal Tipos de alergia o que você fazer caso seja picado por insetos.

No outono, o perigo está em alguns polens que ainda estão sendo lançados no ar e na proliferação de fungos, facilitada pelas folhas que caem e forram o chão. Além disso, o clima fica propício para que os fungos também apareçam dentro de casa. Tome cuidado redobrado para eliminar a umidade, seja no banheiro, na cozinha ou na lavanderia. Ao evitar os fungos dentro e fora de casa, você está contribuindo para que seu outono tenha muito mais prazer do que espirros.

No inverno, passamos mais tempo dentro de casa, onde ficamos em contato com vários alérgenos. Por isso, além de continuar a luta contra os fungos iniciada no outono, redobre o trabalho para eliminar ácaros e alérgenos animais. Assim como acontece nas demais estações, o melhor que se tem a fazer é evitar as substâncias que causam os sintomas e seguir as orientações do seu médico.

Depois, o ciclo recomeça com a primavera.

Esses exemplos são bem comuns, mas poucas pessoas são afetadas por todos esses alérgenos durante o ano. A maioria das pessoas sensíveis a alérgenos sazonais (polens e alguns fungos) só apresenta sintomas alérgicos durante poucas semanas. No resto do ano estão livre de manifestações.

Uma palavra sobre as alergias perenes

Se você sofre de rinite perene provavelmente tem o nariz congestionado durante todo o ano. Geralmente, pessoas com rinite perene apresentam menos espirros e sintomas oculares, mas sofrem mais com a congestão nasal. A rinite perene é associada principalmente à exposição a alérgenos intra-domiciliares como os ácaros.

Algumas pessoas apresentam rinite perene e rinite sazonal, simultaneamente. Neste caso, apresentam sintomas sazonais, tais como, espirros, coriza, lacrimejamento, prurido nasal e coriza, além da congestão nasal sempre presente.

Alimentação

Alergias a alimentos podem ser difíceis de diagnosticar, pois muitas pessoas reagem de maneiras diversas a cada comida. Desse modo, fica difícil definir o que realmente pode ser uma alergia a alimento.

Os alimentos podem causar vários tipos de reações:

Intolerância alimentar é uma reação anormal a um alimento ou aditivo alimentar. Ao contrário de uma reação alérgica onde o sistema imunológico é ativado e elabora uma resposta, a intolerância a alimentos pode ocorrer pela falta de uma enzima necessária para a digestão desse alimento. Pessoas intolerantes ao leite não produzem a enzima lactase responsável pela digestão da lactose, açúcar do leite. Essa dificuldade de digerir o leite poderá resultar em sintomas desagradáveis, mas não significa uma alergia.

Envenenamento por alimento é uma reação a substâncias tóxicas, bactérias ou parasitas presentes em comida contaminada.

Reações farmacológicas à comida são reações a aditivos alimentares ou a químicas que ocorrem normalmente nos alimentos. Se você fica nervoso ou irritado ao consumir café, essa é uma reação farmacológica à cafeína.

Mas, afinal, o que é alergia alimentar?

Alergia alimentar é o resultado de uma reação alérgica a um alimento ou aditivo alimentar. Ela pode se manifestar como náusea, vômito, diarréia, urticária, inchaço nos lábios, olhos, língua e até choque anafilático.

Os alimentos associados a reações alérgicas graves, como as reações anafiláticas, são amendoins, nozes, mariscos, crustáceos, ovos e sementes (de gergelim, por exemplo). Independentemente de anafilaxia, os alimentos que com maior freqüência provocam reações alérgicas são: leite de vaca, ovos, amendoim, crustáceos, mariscos e castanhas. Ter alergia a amendoim não significa ser alérgico a todos os tipos de castanha, mas isso é possível.

Seu médico pode realizar testes cutâneos ou solicitar exames para confirmar ou descartar a possibilidade de você ser alérgico a alimentos. Se a suspeita se confirmar, o melhor é que você evite os alimentos aos quais é sensível, por menor que seja a sua quantidade.

Às vezes, as reações causadas por alergia a alimentos podem ser graves, por isso é aconselhável que você esteja preparado para uma emergência (principalmente se você já teve choques anafiláticos). Pessoas alérgicas a amendoim, nozes e castanhas, sementes, mariscos e crustáceos devem ter especial cuidado para evitar a ingestão acidental destes alimentos. Pergunte ao seu médico se você deve ter o kit com medicamento injetável para o caso de emergência. Também faça uma consulta de acompanhamento se ocorrerem reações anafiláticas.

Tipos de Alergia

Alergia a alimentos

Alergia alimentar pode ser difícil de diagnosticar porque existem vários tipos de reações adversas a alimentos. Um desses é a alergia alimentar. As reações causadas por alimentos podem ser consideradas:

Intolerância ou reação anormal a um alimento ou um aditivo alimentar. Ao contrário de uma reação alérgica onde o sistema imunológico é ativado e lança uma resposta, a intolerância a alimentos pode ocorrer pela falta de uma enzima necessária para a digestão desse alimento. Por exemplo, pessoas que não produzem lactase, enzima responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite) não toleram alimentos com leite. Essa dificuldade de digerir o leite poderá resultar em sintomas desagradáveis, mas não significa uma alergia.

Envenenamento por alimento é uma reação a substâncias tóxicas, bactérias ou parasitas presentes em comida contaminada.

Reações farmacológicas à comida são reações a aditivos alimentares ou a elementos químicos que ocorrem naturalmente nos alimentos. Se você fica nervoso ou irritado ao consumir café, essa é uma reação farmacológica à cafeína.

Alergia alimentar é o resultado de uma reação alérgica a um alimento ou aditivo alimentar. Ela pode se manifestar como náusea, vômito, diarréia, urticária, inchaço nos lábios, olhos, língua e, também, como crise de asma. A situação mais grave de alergia a alimentos é o choque anafilático.

Os alimentos mais associados a choques anafiláticos são amendoins, nozes, mariscos, crustáceos, clara de ovo e sementes, como o gergelim. Os alimentos que mais provocam alergia são: leite de vaca, ovos, amendoim, mariscos e castanhas. Ter alergia a amendoim (que é um legume), não significa ser alérgico a todos os tipos de castanha, mas isso é possível.

Na avaliação da sua condição, seu médico especialista pode aplicar testes ou solicitar dosagens no sangue para confirmar ou descartar a possibilidade de você ser alérgico a alimentos. Se a suspeita se confirmar, o melhor é que você evite os alimentos a que você é alérgico, por menor que seja a sua quantidade.

Alergias de Pele

Eczema

A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, pode se iniciar já nos primeiros anos de vida. Quando o eczema é provocado por reações alérgicas, ele é chamado de eczema atópico. Neste tipo de dermatite a coceira aparece antes das erupções. Crianças com dermatite atópica com freqüência desenvolvem outras manifestações alérgicas, como rinite e asma.

Se você tem erupção cutânea com coceira por longo período é possível que você sofra de eczema. Embora as lesões eles possam aparecer em qualquer lugar do corpo, é mais comum surgirem na pele do lado interno dos cotovelos e atrás dos joelhos. Seu médico pode suspeitar de eczema se você tiver erupções caracterizadas por áreas secas e inflamadas da pele, com coceira.

Dermatite de contato

A pele pode desenvolver reações alérgicas quando entra em contato com determinadas substâncias. Quando sua pele tem contato direto com plantas, substâncias simples como níquel e cromo, constituintes de cosméticos ou medicamentos tópicos ela pode coçar, se tornar vermelha, e inflamada. Este quadro de erupção cutânea com pequenas vesiculações, prurido e vermelhidão é característico da dermatite de contato. Procure seu médico para receber a orientação adequada à intensidade de sua manifestação.

Dicas para cuidar da dermatite de contato:

Lave com água quente e sabão a roupa e outros objetos que entraram em contato com o alérgeno para evitar uma nova exposição a ele. 
A secreção que surge com a erupção não vai espalhar a lesão. Isso só acontece se suas mãos estiveram contaminadas pelo alérgeno e você coçar a pele. 
Comprimidos de anti-histamínicos podem aliviar a coceira. 
Faça o possível para não coçar. As erupções da dermatite de contato geralmente não deixam cicatrizes, mas isso pode acontecer se você coçar as feridas e elas infeccionarem. Neste caso é provável que você necessite de antibiótico. 
Corticosteróides tópicos podem aliviar a erupção cutânea.

Urticária

As urticárias surgem na pele como placas vermelhas inchadas e apresentam coceira muito intensa. Duram de poucos minutos a várias horas no mesmo local. De modo geral, aparecem em surtos em diversos locais do corpo e podem se acompanhar de edema (inchaço) em certas regiões, como os lábios e pálpebras, o que chamamos de angioedema.

Existem numerosos fatores que podem desencadear ou agravar surtos de urticária: alimentos, medicamentos, corantes alimentares, exercício, calor, fatores emocionais e picadas de insetos, entre outros. Em casos de urticária, seu médico pode prescrever um anti-histamínico para aliviar a coceira.

Muitas vezes o quadro de urticária adquire grande intensidade e pode durar várias semanas. Nesta situação é comum o especialista investigar além de causas alérgicas, outros possíveis desencadeantes através de exames específicos. Infecções, doenças hepáticas ou de tireóide, assim como, doenças reumáticas podem se acompanhar de surtos de urticária.

Nos casos de urticária de longa duração é comum o especialista orientar cautela com o uso de habituais desencadeantes, como certos medicamentos e os corantes industrializados. Com freqüência a associação de medicamentos é prescrita para controlar as manifestações mais intensas. No entanto, os anti-histamínicos são os medicamentos mais eficazes para controlar a urticária.

Alergia a medicamentos

Alergia a medicamentos é a principal causa de reações anafiláticas, as quais podem ser mortais. As drogas mais associadas a esse tipo de reação são: analgésicos (ácido acetilsalicílico, dipirona), antiinflamatórios, antibióticos, relaxantes musculares, alguns anticonvulsivantes, além de sangue ou seus componentes. Alguns alimentos e aditivos alimentares também podem provocar reações anafiláticas.

Se você tem alergia a remédios é muito importante ter esse tipo de informação impresso entre seus documentos pessoais. Carregar um cartão com os tipos de alergia que você tem pode ajudar médicos e equipes de resgate a tratá-lo com mais precisão. Peça que seu médico lhe oriente na confecção deste cartão de identificação.

Se você suspeita que apresentou reação alérgica a algum medicamento procure orientação especializada para esclarecer a sua condição.

Picadas de Insetos

Embora a maioria das pessoas não seja alérgica a picadas de inseto, muitas delas apresentam reações no local da picada de mosquitos ou pulgas, por exemplo. Isto é mais comum na infância e com freqüência esta hipersensibilidade desaparece na idade escolar ou na adolescência.

Abelhas, vespas, marimbondos e formigas podem provocar reações locais mais intensas e até reações mais graves como a crise anafilática. Isso ocorre como resultado da sensibilização (formação de anticorpos IgE) para componentes do veneno destes insetos. As picadas de formigas, vespas, marimbondos e abelhas são aquelas mais comumente associadas a reações alérgicas graves. Mosquitos, pulgas e outros insetos domiciliares provocam reações locais.

Lembre-se que nem toda pessoa alérgica a picadas de insetos apresenta choque anafilático. No entanto, se você for alérgico, peça orientação a seu médico sobre medicamentos que podem ser necessários em caso de reações agudas graves.

Os sintomas mais comuns após a picada (mesmo para quem não é alérgico) são vermelhidão, inchaço, dor e coceira no local, que desaparecem após algumas horas. A reação local por picada de formiga pode induzir formação de bolha no local da picada e ser mais duradoura. Borrachudos com freqüência provocam reações locais dolorosas, com muita coceira e que permanecem por vários dias.

Mesmo se você não tiver reações alérgicas às picadas de inseto, isso pode causar grande desconforto.

Para aliviar a dor você pode:

Elevar a parte do corpo que foi picada e colocar gelo ou fazer uma compressa fria para diminuir o edema (inchaço). 
Não furar qualquer bolha que possa surgir. Limpe as bolhas com água e sabão para evitar infecções. 
Creme de corticosteróide tópico e anti-histamínico oral podem ajudar a controlar a inflamação e a coceira. 
Se você estiver com muita coceira (mesmo sem reação alérgica) procure um médico para que ele receite a medicação correta para reduzir o inchaço. 
Se o inchaço aumentar, procure cuidados médicos imediatamente. 
Prevenir é o melhor remédio. Diminua o risco de picadas de insetos usando sapatos fechados, meias, luvas e repelentes quando estiver em locais sujeitos a maior exposição. 
Se você é alérgico a picadas de insetos, seu médico pode recomendar que você adote medidas preventivas para evitar o contato e que tenha sempre a mão medicamentos para tratamento imediato de reações anafiláticas.

Reações anafiláticas

Hoje não é tão comum ocorrerem mortes provocadas por choques anafiláticos, pois nem todas as reações são graves a este ponto e também porque existem medicamentos que podem reverter o quadro.

Quando ocorre a anafilaxia, grandes quantidades de histamina e outras substâncias são liberadas pelos mastócitos ao longo de todo o corpo. A liberação de “mediadores inflamatórios” causa a dilatação dos vasos sanguíneos, diminuindo a pressão arterial. As vias respiratórias se estreitam e fica difícil respirar. Sintomas do choque anafilático incluem urticárias, inchaço dos lábios, língua e garganta, náusea, vômitos, dor abdominal, diarréia, falta de ar, queda da pressão, convulsões e perda de consciência.

Estes sintomas surgem rapidamente após o contato com o agente desencadeante. Quando são muito rápidas, essas reações deixam pouco tempo para atendimento hospitalar. Se seu médico suspeitar que você corre algum risco, ele pode recomendar que você tenha sempre à mão um kit de emergência que deve ser usado imediatamente, aos primeiros sinais de um choque anafilático. Não espere que apareçam outros sintomas, pois nunca se sabe a gravidade da reação.

Fale com seu médico, veja se você precisa desse kit e aprenda a utilizá-lo da forma correta. Ensine sua família como usá-lo também e mantenha-o sempre à mão, em lugares como seu carro, trabalho ou cozinha. Se seu filho corre o risco de choque anafilático, mantenha o kit em casa, na escola e deixe-o ao alcance de babás ou qualquer pessoa que estiver cuidando dele. Conheça os locais de atendimento de emergência na sua cidade. Quando viajar, se informe sobre os locais de atendimento na cidade que você está visitando.

Alergia ao Látex

Esse tipo de alergia tem se tornado mais comum recentemente, devido ao grande número de produtos que contêm látex hoje em dia. As reações vão de erupções cutâneas locais a reações graves como o choque anafilático.

O risco de desenvolver alergia ao látex parece ser maior em pessoas que estão constantemente em contato com luvas de látex, como os profissionais de saúde (médicos, enfermeiras, etc.) ou mesmo em crianças que sofrem repetidos procedimentos médicos que as expõem a produtos contendo látex.

Alguns produtos chamados de látex na verdade não contêm essa substância. Um exemplo disso é a tinta látex.

Existe similaridade entre os alérgenos de látex e de alguns alimentos. É possível que pessoas alérgicas ao látex apresentem reação à banana, abacate, castanhas, maçãs, cenoura, aipo, mamão, kiwi, batata ou melão, por exemplo. Inversamente, também se encontram pessoas que sendo alérgicas a estes alimentos acabam desenvolvendo reação a produtos com látex.

Produtos que normalmente contém látex:

Curativos adesivos 
Borrachas 
Colas 
Luvas cirúrgicas e de limpeza doméstica 
Bicos de mamadeira 
Bolsas para água quente 
Bexigas ou balões de aniversário 
Chupetas 
Cápsulas com óleo para banho 
Medidores de pressão arterial 
Pegadores (de ferramentas, bicicletas, raquete 
Roupas de plástico (como capas de chuva) 
Preservativos 
Brinquedos e bolas de plástico 
Esponjas de cosméticos 
Certos tipos de sapatos 
Diafragmas 
Cortinas de plástico para chuveiro 
Roupas de lycra 
Elásticos de roupa.

Se você é alérgico ao látex, o melhor a fazer é evitar o contato direto com esses produtos, assim como, ter cautela em ambientes onde produtos com látex são manipulados.

Evite as causas

Se você tem um ou mais tipos de alergia é importante que você saiba quais são os sintomas de uma reação alérgica, saiba como evitar contato com alérgenos e o que fazer quando ocorre uma reação alérgica. As doenças alérgicas podem ser controladas, e você deve ter um papel ativo para minimizar o impacto delas na sua vida.

É importante discutir suas reações alérgicas com seu médico. Ele pode lhe auxiliar a adotar medidas preventivas assim como prescrever medicamentos, como anti-histamínicos não-sedantes, remédios de aplicação tópica ou spray nasal, se necessário.

Quando surgem, as crises alérgicas são resultado da exposição a um desencadeante ou “gatilho”. Este é o nome dado às substâncias e condições que causam reações alérgicas. É importante entender o que provoca os seus sintomas para que você possa aprender a controlar sua alergia e melhorar sua qualidade de vida.

Toda a pessoa com alergia tem seus próprios desencadeantes. Por exemplo, alguns têm crises alérgicas apenas quando têm contato com animais, outros têm os sintomas provocados por vários tipos de alérgenos.

Os desencadeantes de reações alérgicas estão por toda parte e evitá-los é uma parte muito importante do seu tratamento. Se você não tem certeza do que desencadeia os sintomas da sua alergia, seu médico pode ajudar a identificá-los e determinar um tratamento para reduzir e manter a doença sob controle.

Algumas das substâncias conhecidas por desencadear manifestações alérgicas são:

Alimentos 
Resíduos de Insetos 
Descamação de animais 
Polens 
Ácaros 
Picadas de insetos 
Látex 
Medicamentos 
Cosméticos 
Produtos químicos, corantes 
Metais

Quem sofre de alergia aos ácaros da poeira deve procurar eliminar da casa e, principalmente, do quarto,objetos que possam armazenar poeira, como moveis, estofados, brinquedos felpudos, carpetes, por exemplo.

Mulheres sensíveis a cosméticos hoje já dispõem de produtos hipoalergênicos que podem ser usados com menor risco de provocar alergias.

Se você não tem certeza sobre o que provoca seus sintomas alérgicos, seu médico pode lhe ajudar a identificar esses agentes e ajudá-lo a desenvolver um plano de tratamento que controle os seus sintomas.

Ácaros

Em casa, a causa mais comum dos sintomas de alergia são as fezes de uma criatura microscópica chamada ácaro. Se você tem sintomas que incluem nariz entupido, coriza e espirros (principalmente de manhã), olhos lacrimejantes, coceira, tosse ou chiado no peito, é bem provável que existam muitos ácaros na sua casa.

Os ácaros da poeira proliferam em estofados onde se alimentam da descamação de pele humana e de alguns fungos do ambiente. Procure eliminar da sua casa móveis estofados, carpetes e qualquer móvel que possa abrigar poeira. Não se esqueça dos bichinhos de pelúcia de seus filhos.

Aspirar a poeira semanalmente pode ajudar a diminuir os alérgenos de ácaros dentro da sua casa. Se possível, use aspirador equipado com filtro especial para ácaros (produto não disponível no Brasil) que tem demonstrado ser mais eficiente na remoção de partículas de alérgenos de polens, fungos, ácaros e resíduos de tabaco.

Ácaros alimentam-se basicamente de componentes da poeira doméstica, que consiste em descamação de pele humana, fungos, resíduos de alimentos e de insetos. Manter sua casa sem poeira ajuda a diminuir a população de ácaros.

Veja outras dicas que podem ajudar:

Ácaros adoram a umidade, por isso use um desumidificador de ar para controlar a umidade de sua casa, de preferência abaixo de 50%. 
Procure substituir os móveis estofados por outros forrados com couro ou vinil. 

Piso de madeira ou cerâmica são mais indicados que carpete. Você pode manter os tapetes, mas só se forem constantemente aspirados e lavados em água quente. 

Muitas pessoas passam a maior parte do tempo no quarto, mais do que em qualquer outro ambiente da casa. Então garanta que cobertores, travesseiros, edredons e colchões sejam protegidos com capas antialérgicas. Lave com água quente toda roupa de cama a cada semana. Travesseiros e almofadas com penas ou algodão devem ser substituídos por outros com enchimento sintético (se não puder, proteja-os com capas antialérgicas). 

Passe aspirador semanalmente, se possível use filtro eficiente para reduzir ácaros que se acumulam em tapetes, cortinas e embaixo das camas. Você pode também usar sacos duplos em seu aspirador.

Alérgenos de barata

Baratas podem ser encontradas em qualquer lugar que o homem habite, o que pode ser uma má notícia para as pessoas que tem sensibilidade aos seus alérgenos. Crianças que vivem em prédios com muitos habitantes e poucos cuidados de higiene apresentam risco aumentado de sofrer crises de asma, assim como outros sintomas alérgicos.

As baratas se alimentam das mesmas substâncias que os humanos. Portanto, evite alimentar-se no quarto, sala de estar ou em outros locais de reunião. Desta forma, você limitará a presença de alérgenos de barata aos locais onde alimentos são preparados e na sala de refeição. Mantenha estes locais tão limpos quanto possível.

Uma vez que as baratas proliferam em ambientes úmidos, atenção especial deve ser dirigida a locais em que pode haver acúmulo de água. Alguns prédios podem sofrer infestação por baratas. Procure avaliar este fato com seu médico e com os administradores do prédio ou autoridades sanitárias. A dedetização pode ser necessária.

Mofos

Mofo pode ser um problema sério para muitos alérgicos. Os pequenos esporos de fungos estão presentes no ar e podem causar sintomas alérgicos quando inalados por pessoas sensibilizadas. Esporos de fungos somente proliferam em locais com condições adequadas de umidade e nutrição.

Nas moradias, especial cuidado deve ser adotado em áreas que sejam habitualmente úmidas. Procurar estes locais na casa não é difícil. Banheiro, cozinha, área de serviço, paredes onde se encontram os encanamentos são locais comuns de crescimento de fungos. Verifique também em locais menos comuns. Atenção deve ser dada à cozinha, principalmente em locais que podem coletar e armazenar água, como abaixo da pia.

Mofo pode ser um problema sério para muitos alérgicos. Os pequenos esporos de fungos estão presentes no ar e podem causar sintomas alérgicos quando inalados por pessoas sensibilizadas. Esporos de fungos somente proliferam em locais com condições adequadas de umidade e nutrição.

Nas moradias, especial cuidado deve ser adotado em áreas que sejam habitualmente úmidas. Procurar estes locais na casa não é difícil. Banheiro, cozinha, área de serviço, paredes onde se encontram os encanamentos são locais comuns de crescimento de fungos. Verifique também em locais menos comuns. Atenção deve ser dada à cozinha, principalmente em locais que podem coletar e armazenar água, como abaixo da pia.

Animais

Talvez você fique surpreso ao descobrir que não é alérgico ao pêlo do seu cão ou gato. Na verdade, seus sintomas são provavelmente causados pelas proteínas existentes na saliva, na urina e nas partículas de pele do animal. Levadas pelo ar, essas minúsculas proteínas chegam ao seu nariz, seus olhos ou seus pulmões.

Em contato com o seu corpo, essas proteínas causam sintomas que incluem:

Espirros 
Coceira no nariz e coriza 
Olhos e gargantas inchados, irritados 
Coceira na pele 
Urticária

Não ter animais em casa é a melhor maneira de evitar os sintomas. Se isso não for possível, há outros meios de limitar o contato com o animal que está causando suas alergias.

Veja algumas sugestões que podem funcionar:

Mantenha seu bichinho fora do quarto e de outros locais onde você passa muito tempo. 
Peça para uma pessoa não alérgica escovar seu animal fora de casa, isso vai remover pêlos soltos e alérgenos. 
Proteja edredons e almofadas com capas plásticas para prevenir que fiquem cobertas de alérgenos.

Passar aspirador não é um modo eficiente para diminuir os alérgenos de animais, pois ele não limpa profundamente carpetes e tapetes. Na verdade, o aspirador pode espalhar partículas de alérgenos pela casa e piorar a situação.

Os alérgenos de animais domésticos podem ficar retidos em tecidos, como a roupa de cama, estofados e tapetes por até 12 meses depois que o animal tenha saído de casa.

Por isso, use capas em edredons e almofadas e troque carpetes por pisos frios ou assoalho de madeira.

Polens e fungos

Tanto polens quanto fungos estão presentes no ar que respiramos e ambos podem infernizar aqueles que sofrem de alergia.

Os polens são as células de reprodução masculinas das plantas, necessárias para a fertilização e são mais comuns durante a primavera e o outono.

Os fungos são microscópios organismos vivos que se reproduzem durante o ano todo. O número de fungos no ar é afetado por vento, chuva e temperatura.

Se os polens e os fungos desencadeiam os sintomas de sua alergia, o melhor é limitar o seu contato com essas substâncias quando sua concentração estiver mais alta.

Veja algumas sugestões que podem ajudá-lo a controlar os sintomas de alergia desencadeados por polens e fungos:

Sempre tome seu remédio exatamente como o médico prescreveu.

Os polens são liberados entre 5 e 10 horas da manhã, então é recomendável diminuir suas atividades fora de casa durante o início da manhã, principalmente em áreas muito ajardinadas.

Mantenha as janelas fechadas durante a noite para evitar que polens e fungos entrem em casa. Ligar o ar condicionado também ajuda a circular, limpar e refrigerar o ar.

Evite os locais abertos em dias com muito vento, quando o pólen e a poeira são soprados para todos os lados, e nos dias que os níveis de pólen e umidade estão muito altos.

Lave suas roupas e roupas de cama em água quente e use a secadora (polens e fungos podem impregnar os tecidos pendurados em varal).

Durante a época em que a concentração de pólen está muito alta, não freqüente parques e jardins.

Ao cortar a grama, você espalha polens e fungos. Peça para uma pessoa não alérgica fazer isso para você e evite passar por locais com grama recém-cortada.

Varrer folhas no jardim também espalha fungo, peça para uma pessoa não alérgica fazer isso por você.

Mantenha fechadas as janelas do carro durante as viagens (se ficar muito quente, ligue o ar condicionado).

A terra úmida dos vasos dentro de casa propicia o aparecimento de fungos, por isso, não regue demais as plantas e evite ter muitos vasos dentro de casa.

Meus sintomas vão diminuir se eu mudar para outro lugar?

Infelizmente, se você tem alergia, os sintomas podem ocorrer em qualquer lugar. Para quem é alérgico aos ácaros da poeira é importante saber que estes são encontrados universalmente, sempre associados à presença do homem. Pessoas sensíveis a polens podem tentar amenizar os sintomas mudando para outra região. Mas grande parte destas pessoas desenvolvem alergias a substâncias encontradas na nova área.

Antes de fazer as malas, fale com seu médico para saber se a mudança irá ajudá-lo a controlar seus sintomas.

Fonte: www.tratandoalergia.com.br

Alucinógenos

Alucinógenos Sintéticos

Perturbadores ou Alucinógenos sintéticos são substâncias fabricadas (sintetizadas) em laboratório, não sendo, portanto, de origem natural, e que são capazes de promover alucinações no ser humano. Vale a pena recordar um pouco o significado de alucinação: "é uma percepção sem objeto".

Isto significa que, mesmo sem ter um estímulo (objeto) a pessoa pode sentir, ver, ouvir. Como exemplo, se uma pessoa ouve uma sirene tocando e há mesmo uma sirene perto, esta pessoa está normal; agora se ela ouve a sirene e não existe nenhuma tocando, então a pessoa está alucinando ou tendo uma alucinação auditiva.

Da mesma maneira, sob a ação de uma droga alucinógena ela pode ver um animal na sala (por exemplo um elefante) sem que, logicamente, exista o elef! ante; ou seja, a pessoa está tendo uma alucinação visual.

Alucinógenos

O LSD-25 (abreviação de dietilamina do ácido lisérgico) é, talvez, a mais potente droga alucinógena existente. É utilizado habitualmente por via oral, embora possa ser misturado ocasionalmente com tabaco e fumado. Algumas microgramas (e micrograma é um milésimo de uma miligrama que, por sua vez, é um milésimo de um grama) já são suficientes para produzir alucinações no ser humano.

O efeito alucinógeno do LSD-25 foi descoberto em 1943 pelo cientista suiço Hoffman, por acaso, ao aspirar pequeníssima quantidade de pó num descuido de laboratório. Eis o que ele descreveu: "Os objetos e o aspecto dos meus colegas de laboratório pareciam sofrer mudanças ópticas.

Não conseguindo me concentrar em meu trabalho, num estado de sonambolismo, fui para casa, onde ! uma vontade irresistível de me deitar apoderou-se de mim. Fechei as cortinas do quarto e imediatamente caí em um estado mental peculiar, semelhante à embriaguez, mas caracterizado por imaginação exagerada. Com os olhos fechados, figuras fantásticas de extraordinária plasticidade e coloração surgiram diante de meus olhos".

O seu relato detalhado das experiências alucinatórias levou a uma intensa pesquisa desta classe de substâncias, culminando, nas décadas de 50 e 60, no seu uso psiquiátrico, embora com resultados pouco satisfatórios.

O MDMA (MetilenoDioxoMetAnfetamina), conhecido popularmente como ÊXTASE foi sintetizado e patenteado por Merck em 1914, inicialmente como moderador de apetite.

É uma droga de uso relativamente recente e esporádico no Brasil. Além de seu efeito alucinógeno, caracterizado por alterações na percepção do tempo, diminuição da sensação de medo, ataques de pânico, psicoses e alucinações visuais, provoca efeitos estimulantes como o aumento da freqüência cardíaca, da pressão arterial, boca seca, náusea, sudorose e euforia.

Em resumo o MDMA é a droga que, além de produzir alucinações, pode também produzir um estado de excitação, o que é duplamente perigoso. Dado que este produto é ainda pouco usado no nosso meio (e seus efeitos! psíquicos não diferem muito dos do LSD) ele não mais será mencionado neste folhetim.

Efeitos no cérebro

O LSD-25 atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro, trazendo como conseqüência uma variada gama de alterações psíquicas.

A experiência subjetiva com o LSD-25 e outros alucinógenos depende da personalidade do usuário, suas expectativas quanto ao uso da droga e o ambiente onde ela é ingerida. Enquanto alguns indivíduos experimentam um estado de excitação e atividade, outros tornam-se quietos e passivos. Sentimentos de euforia e excitação ("boa viagem") alternam-se com episódios de depressão, ilusões assustadoras e sensação de pânico ("má viagem"; bode).

LSD-25 é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente --- cores, formas e contornos alterados--- além de sinestesias, ou seja, estímulos olfativos e táteis parrecem visíveis e cores podem ser ouvidas.

Outro aspecto que caracteriza a ação do LSD-25 no cérebro refere-se aos delírios. Estes são o que chamamos: "juízos falsos da realidade", isto é, há uma realidade, um fato qualquer, mas a pessoa delirante não é capaz de avaliá-la corretamente.

Os delírios causados pelo LSD costumam ser de natureza persecutória ou de grandiosidade.

Efeitos no resto do organismo

O LSD-25 tem poucos efeitos no resto do corpo. Logo de início, 10 a 20 minutos após tomá-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as pupilas podem ficar dilatadas, além de ocorrer sudoração e a pessoa sentir-se com uma certa excitação. Muito raramente tem sido descritos casos de convulsão. Mesmo doses muitos grandes do LSD não chegam a intoxicar seriamente uma pessoa, do ponto de vista físico.

Efeitos tóxicos

O perigo do LSD-25 não está tanto na sua toxicidade para o organismo mas sim no fato de que, pela perturbação psíquica, há perda da habilidade de perceber e avaliar situações comuns de perigo.

Isto ocorre, por exemplo, quando a pessoa com delírio de grandiosidade julga-se com capacidades ou forças extraordinárias, sendo capaz de, por exemplo: voar, atirando-se de janelas; com força mental suficiente para parar um carro numa estrada, ficando na frente do mesmo; andar sobre as águas, avançando mar a dentro.

Há também descrições de casos de comportamento violento, gerado principalmente por delírios persecutórios como, por exemplo: o drogado atacar dois amigos (ou até pessoas estranhas) por julgar que ambos estão tramando contra ele.

Ainda no campo dos efeitos tóxicos, há também descrições de pessoas que após tomarem o LSD-25 passaram a apresentar por longos períodos (o maior que se conhece é de dois anos) de ansiedade muito grande, depressão ou mesmo acessos psicóticos.

O flashback é uma variante deste efeito a longo prazo: semanas ou até meses após uma experiência com LSD, a pessoa repentinamente passa a ter todos os sintomas psíquicos daquela experiência anterior e isto sem ter tomado de novo a droga.

O flashback é geralmente uma vivência psíquica muito dolorosa pois a pessoa não estava procurando ou esperando ter aqueles sintomas, e assim os mesmos acabam por aparecer em momentos bastante impróprios, sem que ela saiba porque, podendo até pensar que está ficando louca.

Aspectos Gerais

O fenômeno da tolerância desenvolve-se muito rapidamente com o LSD-25; mas também há desaparecimento rápido da mesma com o parar do uso. O LSD-25 não leva comumente a estados de dependência e não há descrição de síndrome de abstinência se um usador crônico cessa o uso da droga.

Todavia, o LSD-25, assim como outras drogas alucinógenas, pode provocar dependência psíquica ou psicológica, uma vez que a pessoa que habitualmente faz uso destas substâncias como "remédio para todos os males da vida", acaba por se alienar da realidade do dia-a-dia, aprisionando-se na ilusão do "paraíso na Terra".

Situação no Brasil

Esporadicamente sabe-se do uso de LSD-25 no Brasil, principalmente por pessoas das classes mais favorecidas do país. Embora raramente, a Polícia apreende, vez por outra, partidas da droga trazidas do Exterior.

O Ministério da Saúde do Brasil não reconhece nenhum uso do LSD-25 (e de outros alucinógenos) e proíbe totalmente a produção, comércio e uso do mesmo no território nacional.

Fonte: www.unifesp.br


Alucinógenos

DEFINIÇÃO E HISTÓRICO

A palavra alucinação significa, em linguagem médica, percepção sem objeto; isto é, a pessoa que está em processo de alucinação percebe coisas sem que elas existam. Assim, quando uma pessoa ouve sons imaginários ou vê objetos que não existem ela está tendo uma alucinação auditiva ou uma alucinação visual.

As alucinações podem aparecer espontaneamente no ser humano em casos de psicoses, sendo que destas a mais comum é a doença mental chamada esquizofrenia. Também podem ocorrer em pessoas normais (que não têm doença mental) que tomam determinadas substâncias ou drogas alucinógenas, isto é, que "geram" alucinações.

Estas drogas são também chamadas de psicoticomiméticas por "imitarem" ou "mimetizarem" um dos mais evidentes sintomas das psicoses - as alucinações. Alguns autores também as chamam de psicodélicas.

Alucinógenos

A palavra psicodélica vem do grego (psico = mente e delos = expansão) e é utilizada quando a pessoa apresenta alucinações e delírios em certas doenças mentais ou por ação de droga. É óbvio que estas alterações não significam expansão da mente.

Isto porque a alucinação e o delírio nada têm de aumento da atividade ou da capacidade mental; ao contrário são aberrações, perturbações do perfeito funcionamento do cérebro, tanto que são característicos das doenças chamadas psicoses.

Grande número de drogas alucinógenas vêm da natureza, principalmente de plantas. Estas foram "descobertas" pelos seres humanos do passado que, ao sentirem os efeitos mentais das mesmas, passaram a considerá-las como "plantas divinas", isto é, que faziam com que quem as ingerisse recebesse mensagens divinas, dos deuses. Assim, até hoje em culturas indígenas de vários países o uso destas plantas alucinógenas tem este significado religioso.

Com o processo da ciência várias substâncias foram sintetizadas em laboratório e desta maneira, além dos alucinógenos naturais hoje em dia têm importância também os alucinógenos sintéticos, dos quais o LSD-25 é o mais representativo. Estes últimos serão objetos de outro folheto.

Há ainda a considerar que alguns destes alucinógenos agem em doses muito pequenas e praticamente só atingem o cérebro e, portanto, quase não alteram qualquer outra função do corpo da pessoa: são os alucinógenos propriamente ditos ou alucinógenos primários. O THC (tetrahidrocanabiol) da maconha, por exemplo, é um alucinógeno primário e será analisado em folheto próximo.

Mas existem outras drogas que também são capazes de atuar no cérebro produzindo efeitos mentais, mas somente em doses que afetam de maneira importante várias outras funções: são os alucinógenos secundários. Entre estes últimos podemos citar uma planta, a Datura, conhecida no Brasil sob vários nomes populares e o remédio Artane® (sintético).

Fonte: www.grea.org.br

 

Ambliopia

É a baixa de visão, mesmo com o uso de óculos e estando as estruturas oculares normais.

O olho amblíope não teve o desenvolvimento normal da visão.

Também é conhecido como "olho preguiçoso".

Se durante a idade de maior desenvolvimento da visão, que é até aproximadamente os 7 anos, ocorrerem alterações que impedem o foco de imagens nítidas na retina, o olho não amadurece a visão.

Quais são estas alterações?

As alterações que levam a ambliopia, com mais frequência, são o estrabismo (olho torto), os erros de refração (a anisometropia - diferença de grau entre os olhos) e a catarata congênita.

O que pode ser feito?

O diagnóstico e o tratamento precoce são as medidas mais eficazes na prevenção da cegueira.

TRATAMENTO

O tratamento da ambliopia começa com o uso de correção óptica (se indicada) seguida da oclusão do olho de melhor acuidade visual. Isto é feito para permitir que o olho mais fraco se desenvolva.

A oclusão do olho bom geralmente não é bem aceita pela criança (que não quer ficar apenas com o olho ruim), mas a persistência dos pais no tratamento deve ser mantida para a recuperação da visão da criança.

Nos casos de estrabismo o tratamento inclui ainda a correção do desvio.

A ambliopia pode ser curada?

Quando o tratamento é seguido corretamente, sob orientação médica e na época adequada, a cura ocorre na grande maioria dos casos.

Se o olho amblíope não for tratado terá uma perda visual irreversível e a criança terá 50 % mais chance de ficar cega, uma vez que ninguém está excluído de ter uma doença ou acidentar um olho bom em alguma época da vida.

RECOMENDAÇÕES

Verificação da acuidade visual em idade pré-escolar.

Diagnóstico precoce pelo médico.

Iniciar o tratamento precocemente.

Uso precoce de óculos (não existe idade mínima para o uso de óculos).

Manutenção do tratamento: Persistência dos pais ou responsáveis.

Fonte: atlas.ucpel.tche.br


Ambliopia

O que é Ambliopia ?

Ambliopia é a baixa de visão em um olho que não se desenvolveu adequadamente na infância. As vezes é chamado "olho preguiçoso". Isto ocorre apesar deste olho ser anatomicamente normal. O olho com pouca visão é denominado amblíope. A condição é frequente, acometendo 2 a 3% da população. Os pais precisam estar cientes desta condição para poder proteger a visão de seus filhos, pois a ambliopia precisa ser tratada durante a infância.

O desenvolvimento de visão nos dois olhos é importante. Muitas profissões não admitem pessoas que tenham boa visão em apenas um olho. Caso a pessoa perca visão em um olho por trauma ou doença, é essencial que o outro olho tenha boa visão. Por todos estes motivos, a ambliopia deve ser detectada e tratada o mais precocemente possível.

Quando a visão deve ser testada ?

Recomenda-se que as crianças sejam examinadas por um oftalmologista antes dos 3 anos de idade. O pediatra ou médico da familia deve encaminhar a criança antes deste período caso identifique algum sinal de alteração ocular. Caso exista uma história familiar de estrabismo, catarata congênita ou outra doença ocular da infância o oftalmologista poderá examinar a criança mais precocemente.

Ambliopia é detectada quando se identifica uma diferença de visão entre os dois olhos. Existem formas de se estimar a visão em crianças menores, como por exemplo a ocluir de um olho e observar o comportamento da criança.

O que causa Ambliopia ?

Ambliopia pode ser causada por qualquer condição que impeça o uso normal dos olhos ou o desenvolvimento ocular.

Existem três principais causas:

Estrabismo (olho desviado)

A imagem do olho desviado é suprimida, para evitar a visão dupla, e a criança utiliza apenas o melhor olho

Erro de refração

Quando um olho tem mais miopia, hipermetropia ou astigmatismo que o outro, o olho com visão borrada (fora de foco) é suprimido e pode tornar-se ambliope. Este é o tipo de ambiopia mais difícil de ser detectado, pois os olhos parecem normais.

Opacidade nos meios transparentes do olho

Qualquer fator que impeça uma adequada focalização da imagem pode levar ao desenvolvimento de ambliopia. O principal exemplo é a ocorrência de catarata. Em geral este é a forma mais severa de ambliopia.

Como tratar a Ambliopia ?

Para corrigir a ambliopia, é necessário que a criança utilize o olho fraco. Isto é feito em geral através da oclusão (uso de tampão) do olho bom. A adequada prescrição de óculos é indispensável , corrigindo-se o erro refracional antes de se iniciar a terapia com oclusão. Mesmo após a visão ser reestabelecida, a oclusão pode ser utilizada de forma alternada para manutenção da melhora obtida.

O resultado do tratamento vai depender da severidade da ambliopia e da idade da criança quando feito o diagnóstico.

Seu oftalmologista pode fornecer a orientação adequada para corrigir a ambliopia, no entanto a participação dos pais é fundamental. O sucesso do tratamento depende do interesse e envolvimento dos pais e de sua habilidade em conquistar a confiança e colaboração da criança.

Fonte: www.oftalmo.com.br

 

Amebíase

amebíase é uma infecção do intestino grosso causada pela Entamoeba histolytica, um parasita unicelular.

A Entamoeba histolytica existe sob duas formas durante o seu ciclo de vida: o parasita ativo (trofozoíto) e o parasita inativo (quisto).

Os trofozoítos vivem entre o conteúdo intestinal e alimentam-se de bactérias ou então da parede do intestino.

Quando a infecção se inicia, os trofozoítos podem causar diarreia, o que faz com que saiam para fora do corpo. Uma vez fora, os frágeis trofozoítos morrem.

Quando o doente não tem diarreia, costumam converter-se em quistos antes de abandonarem o intestino.

Os quistos são muito resistentes e podem disseminar-se quer diretamente de pessoa a pessoa, quer indiretamente através dos alimentos ou da água.

A transmissão direta ocorre através do contato com fezes infectadas.

É mais provável que a amebíase se propague entre os que vivem em asilos e têm uma higiene inapropriada do que entre aqueles que não vivem desse modo; também se torna mais provável o seu contágio por contato sexual, particularmente entre homossexuais masculinos, do que por um contato eventual ou fortuito.

A transmissão indireta dos quistos é mais frequente nas zonas com más condições sanitárias, como os campos de trabalho não permanentes.

As frutas e verduras podem contaminar-se quando crescem em terra fertilizada com adubo humano, são lavadas com água contaminada ou são preparadas por alguém que está infectado.

Amebíase

Além das úlceras no cólon, as amebas podem causar abcessos em diferentes órgãos, dos quais o mais frequentemente afetado é o fígado.

Amebíase

Sintomas

Geralmente os infectados, em particular os que vivem em climas temperados, não apresentam sintomas. Em certos casos, os sintomas são tão ligeiros que quase passam despercebidos.

Podem consistir em diarreia e obstipação intermitentes, numa maior quantidade de gás (flatulência) e dores abdominais. O abdómen pode ser doloroso ao tato e é possível que as fezes contenham muco e sangue.

Pode haver escassa febre. Entre um ataque e outro, os sintomas diminuem até se limitarem a algias recorrentes e fezes líquidas ou muito moles. O emagrecimento (emaciação) e a anemia são muito frequentes.

Quando os trofozoítos invadem a parede intestinal, é possível que se forme um grande volume na mesma (ameboma) que pode obstruir o intestino e ser confundido com um cancro.

Por vezes, os trofozoítos originam uma perfuração intestinal. A libertação do conteúdo intestinal para dentro da cavidade abdominal causa uma grande dor na zona agora infectada (peritonite), o que requer atenção cirúrgica imediata.

A invasão por parte dos trofozoítos do apêndice e do intestino que o rodeia pode provocar uma forma leve de apendicite. Durante a cirurgia da apendicite podem espalhar-se por todo o abdómen.

Como consequência, a operação poderá ser atrasada de entre 48 a 72 horas com o objetivo de eliminar os trofozoítos mediante um tratamento com fármacos.

No fígado pode formar-se um abcesso cheio de trofozoítos. Os sintomas consistem em dor ou mal--estar na zona que se encontra acima do fígado, febre intermitente, suores, calafrios, náuseas, vómitos, fraqueza, perda de peso e, ocasionalmente, uma ligeira icterícia.

Em certos casos, os trofozoítos disseminam-se através da corrente sanguínea, causando infecção nos pulmões, no cérebro e noutros órgãos.

A pele também é, por vezes, infectada, especialmente em torno das nádegas e nos órgãos genitais, da mesma forma que as feridas causadas por cirurgia ou por lesões.

Diagnóstico

A amebíase diagnostica-se no laboratório examinando as fezes de um indivíduo infectado; para estabelecer o diagnóstico costuma ser necessário analisar entre 3 e 6 amostras.

Para observar o interior do reto e colher uma amostra de tecido de qualquer úlcera que se encontre, pode utilizar-se um retoscópio (tubo flexível de visualização).

Os doentes com um abcesso hepático têm quase sempre no sangue valores elevados de anticorpos contra o parasita.

Contudo, como esses anticorpos podem permanecer na corrente durante meses ou anos, o achado de valores elevados de anticorpos não indica necessariamente que exista um abcesso.

Em consequência, se o médico pensa que se formou um abcesso, pode prescrever um fármaco que elimine as amebas (um amebicida). Se o fármaco resultar eficazmente, dá-se por assente que o diagnóstico de amebíase era correto.

Tratamento

Vários fármacos amebicidas que se ingerem por via oral (como o iodoquinol, a paromomicina e a diloxanida) eliminam os parasitas do intestino.

Para os casos graves e as infecções localizadas fora do intestino administra-se metronidazol ou desidroemetina. Voltam a examinar-se amostras de fezes ao cabo de 1, 3 e 6 meses após o tratamento para assegurar que o doente está curado.

Fonte: www.manualmerck.netAmebíase


Amebíase


Algumas amebas, como a Entamoeba histolytica, podem causar doenças no homem. Ela faz parte de um grupo maior de amebas, da família Endamoebidae, que são parasitas comuns da nossa espécie. Elas vivem no nosso aparelho digestivo ou infectam tecidos, são pequenas e têm a capacidade de formar cistos, que são uma forma resistente às condições desfavoráveis do ambiente.

Entamoeba histolytica geralmente convive bem com nossa espécie, não causando problemas. Por isso ela é colocada no grupo das Endamoebas, que significa amebas interiores, geralmente encontradas no interior de animais vertebrados. Mas em determinadas condições ela se torna patogênica: começa a engolir ou fagocitar células do nosso organismo (como as hemácias), ou começa a invadir órgãos e tecidos, como o fígado ou o intestino. É só então que ela causa a doença.

amebíase pode provocar de uma simples disenteria (diarréia) até o comprometimento de algum órgão ou tecido.

Ela ocorre em todo o mundo e geralmente está associada a condições econômica e de higiene precárias.

Por que? Pelo simples fato de que só se pega amebíase ingerindo cistos que contaminam a água e os alimentos. Mas como estes cistos vão parar na água, contaminando-a? Como parasita intestinal obrigatório do homem, só há um meio de fazê-lo: pelas fezes. Quando o saneamento básico e as condições de higiene das populações são precárias, a possibilidade de contaminação das águas por fezes humanas aumenta. Esta mesma água poderá ser utilizada, rio abaixo, para a irrigação de hortaliças e frutas ou mesmo para o consumo humano direto. Você conseguiu visualizar o ciclo todo? Para piorar o quadro, os cistos que vão contaminar o ambiente ainda por cima são resistentes! Eles duram em média 30 dias na água, 12 dias em fezes frescas, 24 horas em pães e bolos e 20 horas em laticínios (produtos derivados do leite)!

Mas felizmente podemos quebrar esta cadeia de transmissão: basta que possamos assegurar condições mínimas de saneamento básico às populações e proporcionar a elas água tratada, já que o cloro adicionado nas estações de tratamento mata os cistos desta e de outras amebas.

Além disso, devemos possuir, em nosso ambiente, hábitos de higiene como:

Lavar bem as mãos antes e após as refeições;

Lavar bem frutas e hortaliças e deixá-las de molho em uma solução de água com água sanitária (1 colher de sopa de água sanitária de boa qualidade para cada litro de água);

Ferver (por pelo menos 20 minutos) e filtrar águas de poço ou rios antes de bebê-las;

Evitar o contato direto e indireto com fezes humanas (use luvas!).

No caso de uma infecção já adquirida, existe tratamento eficiente com antibióticos, que custam caro e provocam efeitos colaterais como vertigens ou erupções da pele. Por isso, o melhor mesmo é prevenir a infecção!

Existem também outras amebas que parasitam o homem, mas que convivem normalmente sem causar doença como Endolimax nana e Iodameba butschlii.

Algumas espécies de vida livre podem, eventualmente, ser patogênicas para o homem como as amebas dos gêneros Hartmannella, Acanthameba e Naegleria, produzindo casos de infecção das meninges (meningoencefalite humana) e podendo levar à morte ou produzindo lesões da córnea (camada protetora dos olhos).

Fonte: www.invivo.fiocruz.br

 

Amigdalites

O que são as Amígdalas (Tonsilas Palatinas)

As Amígdalas são pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoa, localizados da parte de trás da boca, ao lado da garganta. Acredita-se que sirvam para ajudar a evitar infecções, produzindo anticorpos. As amígdalas também são chamadas de tonsilas palatinas e podem ser vistas quando se abre bem a boca.

Quando as amígdalas se inflamam, chamamos esta doença de Amigdalite.

Amigdala ou Amidala

Adenóides

O que são as Adenóides?

Adenóides são estruturas semelhantes às amígdalas. Estão localizadas atrás do céu da boca (pálato mole) e não podem ser vistas quando se abre a boca. Da mesma forma, quando estão funcionando adequadamente, ajudam a prevenir infecções. As Adenóides podem causar sérios problemas quando estão infeccionadas ou aumentadas. A Inflamação das adenóides chama-se Adenoidite.

Quais são os sintomas da Amigdalite?

Os sintomas da amigdalite podem variar bastante dependendo da causa da infecção e podem ocorrer subitamente ou progressivamente. Os sintomas mais comuns são:

Dor de garganta

Febre (alta ou baixa)

Dor de Cabeça

Diminuição do Apetite

Mal-estar geral

Náuseas e vômitos

Dor no pescoço

Vermelhidão na garganta com ou sem pontos de pus.

Amigdalite ou Amidalite

IMPORTANTE: Os sintomas da amigdalite podem ser comuns a outras doenças graves e sempre devem ser vistos por um médico. Sempre consulte um médico no caso de ter dor de garganta.

Quais são os sintomas de Adenoidite ou Adenóides aumentadas?

Os sintomas da adenoidite também podem variar bastante, dependendo da causa da infecção e podem se iniciar subitamente ou lentamente. Estes são os sintomas mais comuns:

Respiração bucal

Respiração ruidosa

Roncos

Pequenos períodos de parada respiratória durante o sono (apnéia)

Voz anasalada

IMPORTANTE:

Os sintomas da adenoidite podem ser comuns a outras doenças graves e sempre devem ser vistos por um médico. Sempre consulte um médico no caso de ter ou observar estes sintomas.

Tratamento para Amigdalites e Adenoidites

O tratamento específico das amigdalites e adenoidites depende basicamente de:

Idade, condições gerais de saúde e antecedentes médicos

Extensão da infecção

Tipo de infecção

Tolerância do paciente para medicamentos, internações e procedimentos

Evolução das inflamações e infecções

Parecer do paciente e/ou da família

Os tratamentos podem ser clínicos (com medicamentos) ou cirúrgicos dependendo da causa, extensão, repetição ou severidade dos quadros. Antibióticos são úteis para ajudar o organismo a combater as infecções, mas nem sempre são necessários. Só o médico deve prescrevê-los. A auto-medicação muitas vezes é prejudicial.

Algumas vezes, os quadros não se resolvem clinicamente e nestes casos, o médico poderá propor um tratamento cirúrgico.

Quais as razões para se remover as amígdalas e adenóides?

As razões variam de caso a caso. A seguir estão as mais comuns, encontradas na literatura médica e nos consensos ou diretrizes das organizações médicas:

Apnéia do sono ou períodos onde o paciente pára de respirar enquanto dorme

Distúrbios da deglutição

Tumores na garganta ou na passagem de ar pelo nariz

Sangramento das amígdalas e adenóides que não cessam

Obstrução nasal significativa ou respiração desconfortável

As dores de Garganta podem estar associadas com:

Febre entre 37.1 a 41.5 graus Celsius

Secreção purulenta (pus) nas amígdalas

Cultura para bactérias positiva para Streptococcus

As razões seguintes são relativas e devem ser analisadas individualmente nos casos de indicação cirúrgica:

Ronco

Amigdalites de repetição ou abscessos de amígdalas

Otites de repetição

Perda Auditiva

Sinusite crônica ou sinusites de repetição

Respiração bucal constante

Mau hálito

Aumento exagerado das amígdalas

IMPORTANTE:

As indicações de cirurgia serão sempre individualizadas de acordo com o estado de saúde do paciente, após uma avaliação médica. Não existe ainda relação cientificamente comprovada que a cirurgia de amígdalas e adenóides altere o apetite, previna gripes ou melhore alergias, embora isto possa ocorrer.

Como é a cirurgia de amígdalas e adenóides ?

Esta é a segunda cirurgia mais freqüente realizada em crianças nos Estados Unidos (cerca de 400.000 por ano) e, acreditamos ser no Brasil também. Em geral, é realizada em curto período de internação, entre algumas horas e um dia. Raramente, alguns pacientes ficam internados por mais de 1 dia, principalmente se:

Não estiverem deglutindo bem alimentos líquidos após a cirurgia. Tiverem outros problemas associados. Tiverem alguma complicação após a cirurgia, tal como sangramento.

Durante a internação, outros profissionais de saúde entrarão em contato com a famíla:

Enfermeiras da unidade de internação, do centro cirúrgico e da sala de recuperação pós-anestésica. Cirurgião especialista em Otorrinolaringologia Anestesiologista -que fará as perguntas sobre a saúde do Paciente e fará um exame físico para avaliar as condições clínicas antes da cirurgia (Visita pré-Anestésica). Poderá ou não ministrar algum medicamento que ajude a tranqüilizar o paciente.

Na sala de cirurgia, o paciente será anestesiado, para que o cirurgião possa remover as amígdalas e/ou adenóides. A cirurgia é realizada inteiramente por dentro da boca. Em alguns casos, serão necessários uns 2 ou 3 pontos, na cirurgia das amígdalas, que não precisam ser retirados, pois serão absorvidos pelo organismo. Na cirurgia de adenóides, em geral, os pontos não são necessários.

Após a cirurgia o anestesiologista "acorda" o paciente e o encaminha para a sala de recuperação pós-anestésica. Quando estiver bem acordado, será reencaminhado ao quarto, junto da família.

O tempo mínimo de internação, após a cirurgia, habitualmente é de 6 horas. Pode ser maior, caso seja necessário um acompanhamento mais próximo. Em alguns casos, como já foi comentado, será interessante que o paciente fique até o dia seguinte para uma melhor recuperação.

A complicação mais comum é o sangramento que deve ser notificado com urgência à enfermeira do andar que tomará as providências necessárias. Se o sangramento for severo, pode ser que haja necessidade do paciente retornar à sala de cirurgia.

E após a cirurgia?

O cirurgião o orientará sobre a medicação e os cuidados a serem tomados.

Basicamente:

Alimentação

Analgésicos, se necessário

Repouso pelo tempo recomendado

Quais são os riscos da Amigdalectomia e/ou Adenoidectomia?

Qualquer tipo de cirurgia tem algum risco. Assim como sair de carro numa estrada num fim-de-semana ou andar de avião. Viver é altamente arriscado.

A questão é se o risco é alto ou baixo e se o Hospital tem equipamentos para controlar eventuais complicações que surgirem. Estatísticas norte-americanas dizem que 5% das crianças operadas tem sangamento entre 5 a 8 dias após a cirurgia.

Em nossa realidade, isto não tem acontecido. Aliás, em minha prática cirúrgica desde 1987, nunca tive que reoperar uma criança por sangramento. Em adultos, isso é mais frequente e já tive 2 casos que tiveram que voltar à sala cirúrgica para cauterizar um vaso sangrante, entre 1987 e 2002.

Outras complicações descritas são:

Desidratação (devido a ingestão inadequada de líquidos; se for severa, uma hidratação por veia será necessária)

Febre (se for baixa não é uma complicação verdadeira e faz parte do quadro)

Dificuldade de respiração (por inchaço dos tecidos da garganta)

Onde mais a Família pode ajudar?

É normal e compreensível que a família fique um tanto ansiosa, enquanto seu filho(a) ou neto(a) esteja sendo operado, mesmo que tudo tenha sido explicado detalhadamente antes da cirurgia. No entanto, ficar ligando para o Centro Cirúrgico para saber "como vai indo a cirurgia" é desagradável e ocupa as linhas telefônicas, que poderiam estar sendo usadas para comunicar quadros graves e que necessitem de comunicação urgente através desta via. É melhor combinar com o cirurgião que, assim que acabar a cirurgia, ELE liga para contar como foi. Também é compreensível que se queira maiores informações sobre o problema do paciente e, principalmente, sobre a cirurgia a qual será submetido. Isto é uma prerrogativa da consulta médica em consultório e deve ser restrita a este ambiente. Evite, portanto, solicitar ao médico que repasse todas estas informações, nos minutos que antecedem a cirurgia ou logo após. Isto vale, principalmente, para os familiares e/ou amigos que comparecem apenas no Hospital para se solidarizar com a família ou com o paciente.

Fonte: www.alexandre.med.br

 

Amigdalites

As amígdalas são uma massa de tecido linfóide de forma ovalada situadas na parte posterior da garganta. Elas fazem parte do sistema imunitário e são uma componente importante na aquisição de defesas do organismo contra as infecções. Juntamente com os adenóides, as amígdalas protegem contra as infecções do tracto respiratório superior.

As amígdalas desenvolvem-se gradualmente a partir do nascimento e atingem a sua dimensão máxima cerca dos 7 anos de idade. As amígdalas fazem parte do sistema linfático de waldeyer. São ricas em tecido linfóide, participando na produção de linfócitos B e linfócitos T (responsáveis pela imunidade).

Os linfócitos B estão ligados à produção de anticorpos séricos específicos, como as: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE, ao se transformarem em plasmócitos, por estímulos antigénicos. Assim as amígdalas e a faringe, fazem parte dos mecanismos de protecção imunitária do organismo, através de suas formações linfóides.

2 - O QUE SÃO AMIGDALITES ?

São um processo infeccioso da garganta que atinge isoladamente as amígdalas palatinas.

3 – TIPOS DE AMIGDALITES

Amigdalites agudas

Amigdalites crónicas

3.1 - AMIGDALITES AGUDAS

3.1.1 – Amigdalite banal ou eritematosa - de origem víral (Adenovírus, Epstein-barr, Citomegalovírus, vírus da parotidite.......), e quando o vírus diminui as resistências locais, pode predispor a outra infecção por bactérias e formação de pontos brancos purulentos – Amigdalite eritemato-pultácea ( Streptococos, tafilococos, Pneumococos, Influenza).

3.1.1.1 - Sinais / Sintomas

Febre alta

Mal estar

Amígdalas hipermeadas

Amígdalas hipertróficas

Amígdalas cobertas de pús (amigdalite eritemato-pultácea)

Anorexia

Odinofagia

Talvez otalgia reflexa

Aumento dos nódulos linfáticos cervicais

3.1.1.2 - Complicações

Locais:

Abcesso periamígdalino, Fleimão cervical

Gerais:

Alterações renais, vasculares, viscerais,febre reumática.

3.1.1.3 - Terapêutica

Antibiótico específico para o agente infeccioso mais frequente: PENICILINA (IM 1.200.000U), ou se alergia ERITROMICINA.

Desinfecção orofaringe.

3.1.2 –Amigdalite pseudo-menbranosa ou diftérica (falsa mebrana)

Caso raro (por existir vacinação)

Não esquecer a mononucleose infecciosa

3.1.2.1 - Sinais / Sintomas

Exsudado fibrinoso sobre a parte posterior da garganta, revestindo toda a mucosa

Placas esbranquiçadas muito aderentes à superfície da amígdala

Febre baixa (forma leve)

Febre elevada (forma grave)

Isola-se o bacilo diftérico no exsudado

Mal estar geral

3.1.2.2 - Complicações

Extensão á laringe (pode levar a traqueostomia)

Coriza nasal - Gânglios aumentados

Compl. Nervosas ( paralisia véu do paladar, da faringe e laringe)

Compl. Renais (nefrite com hematúria)

3.1.2.3 - Terapêutica

Soro anti diftérico (40-60.000U/dia) nas formas graves, podendo ser a única forma de neutralizar as toxinas.

Penicilina e digitálicos, se necessário.

Anti-anafiláticos

Lavagem e desinfecção local

3.1.3 - Amigdalite ulcero - necrótica

Quando existe perda de substância e leva á necrose.

3.1.3.1 –Sinais e sintomas

mal estar geral febre alta amígdalas que apresentam ulcerações cheiro fétido dor intensa adenopatias cervicais e submandibulares Podem estar relacionadas com: Cáries dentárias Amigdalites de repetição

3.2 - AMIGDALITES CRÓNICAS 3.2.1 – Amigdalite críptica

Chama-se à inflamação crónica das amígdalas e traduz-se por hipertrofia e presença de massas caseosas nas críptas amígdalinas, com odor fétido causado por germes banais, saprófitas, aeróbios, anaeróbios, germes específicos, bacilo de kock, e muitas vezes por compostos de células epiteliais de descamação, restos alimentares e neutrófilos degenerados, denominadas de caseum.

3.2.1.1 - Sinais / Sintomas

Críptas alargadas

Superfície irregular

Hiperemia

Amígdalas hipertróficas

Sensação de corpo estranho, picadas

Odinofagia (por vezes)

Talvez otalgia reflexa

3.2.1.2 - Complicações

Locais:

Recidiva de amigdalite aguda

Abcesso peri amigdalino

Abcesso cervical

Gerais:

Nefrite

Alterações articulares

Alterações cardíacas ( febre reumática )

3.2.1.3 - Terapêutica Médica

Pouco eficaz

Penicilina benzatina ou eritomicina

Cirúrgica: Amigdalectomia

4 - ABCESSO PERI AMIGDALINO

Abcesso intra faringeo situados entre a cápsula da amígdala e a parede da faringe.

4.1 - Sinais / Sintomas

Febre elevada superior a 38ºC

Hipertrofia da amígdalas

Odinofagia

Disfagia cada vez mais acentuada

Voz nasalada ( alteração da fonação pela hipertrofia amigdalina )

Respiração difícil ( aumento da tumefação )

4.2 - Complicações

Locais:

Fleimão cervical

Tromboflebite da jugular interna

Gerais:

Nefrite

Abcesso pulmunar

Septicémia

4.3 - Terapêutica

1. Antibioterapia

2. Incisão no abcesso entre o 4/6º dias, com anestesia local, com drenagem da supuração.

3. Candidato a amigdalectomia, que se poderá efectuar ¾ semanas após término do abcesso ( porque tem uma maior incidência para novas recidivas ).

5 - AMIGDALECTOMIA

Antes da era antibiótica existia grande número de amigdalectomias, com o objectivo de controlar as infecções repetidas da garganta. Embora muitos dos quadros de infecções repetidas tenham passado a ser controlados com medicamentos, existem ainda circunstâncias em que há necessidade de praticar essa cirurgia

5.1 - Indicações absolutas

Aumento exagerado do tamanho das amígdalas com dificuldade na deglutição,

Aumento exagerado do tamanho, com dificuldade em respirar.

5.2 - Indicações relativas

Amigdalites de repetição que ocorrem 5 ou mais vezes por ano

Abcessos peri amigdalinos quando precedidos de amigdalites de repetição,

Amigdalites focais, por existência de focos de toxinas e bactérias armazenadas nas amígdalas

Mau hálito constante pelas amigdalites crípticas,

Convulsões febris, quando estas ocorrem por amigdalites

Apneia obstrutiva do sono, quando existe grande hipertrofia das amígdalas e que está acompanhada pelo sono inquieto.

Fonte: br.geocities.com

Ancilostomose

Necator americanus

É um dos nematódeos causadores da ancilostomose.

Seu tamanho adulto varia de 0,8 a 1,3 cm.

O Necator americanus apresenta lâminas na cápsula bucal e o macho possui bolsa copuladora na região posterior.

Quando eliminados nas fezes, são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no trato gastrointestinal do hospedeiro.

Os ovos

(1) são liberados no ambiente e tornam-se larvados. A larva rabditóide

(2) leva por volta de uma semana para tornar-se filarióide

(3) A infecção mais comum é por penetração da larva pela pele humana, mas pode ocorrer penetração por mucosas (boca). A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças) onde torna-se adulto

(4) O período pré-patente varia de cinco a sete semanas.

A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade.

Nos pulmões pode haver bronquite/alveolite.

O intestino é acometido pela hisitiofagia e hematofagia dos parasitos, através das quais se alimenta.

Podem também se formar úlceras intestinais, anemia e hipoproteinemia.

Uso de calçados, hábitos de higiene corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de alimentos são medidas preventivas.

Ancilostomose

Ancilostomídeo - ovo

Ancilostomose

Ancilostomídeo - larva rabditóde

Ancilostomose

Larvas filarióides - bainha envolvendo o parasito

Ancilostomose

Ancilostomose

Ancilostomídeo adulto - detalhe da bolsa copuladora

Fonte: www.ufrgs.br

Ancilostomose

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde relativos a 2002, 1,3 bilhão de pessoas no planeta (sobretudo nas regiões tropicais e subtropicais) estão infectadas pelo ancilostoma e 65 mil morrem devido à anemia associada à doença.

Popularmente conhecida como amarelão, a enfermidade tornou-se célebre graças a Monteiro Lobato, quando este criou o personagem Jeca Tatu - caipira considerado por todos preguiçoso e idiota, mas que ao se descobrir doente de amarelão, trata-se, cura-se e torna-se fazendeiro rico.

A ancilostomose é causada por três tipos de vermes:

O Necator americanus e outros dois do gênero Ancylostoma

O A. duodenalis

O A. ceylanicum.

As espécies se diferenciam pelas estruturas formadas por quitina (mesma substância das conchas dos caracóis), semelhantes a dentes.

A fêmea, de acordo com a espécie, põe entre quatro e 30 mil ovos por dia. Esses ovos são liberados nas fezes, se as condições climáticas forem propícias, eclodem e entre cinco e dez dias tornam-se larvas infectantes.

A infecção ocorre quando a larva atravessa a pele do indivíduo por meio do contato direto com solo contaminado (por exemplo, ao se andar descalço na terra).

De ciclo complexo, o verme se estabelece no intestino delgado, onde prende seus "dentes" na parede intestinal e passa a sugar o sangue de sua vítima.

O parasito também pode ser ingerido com água ou alimentos contaminados, o que facilita o seu ciclo.

Dependendo da quantidade de vermes, o infectado pode ou não desenvolver a doença. Esta é detectada quando o sangue perdido devido à infecção começa a interferir na vida do enfermo.

Os primeiros sintomas são a palidez (o que caracteriza o nome popular de amarelão), desânimo, dificuldade de raciocínio, cansaço e fraqueza.

Tudo causado pela falta de ferro (anemia) no organismo.

Com o tempo, a situação pode progredir e se agravar, aparecendo dores musculares, abdominais e de cabeça, hipertensão, sopro cardíaco, tonturas e ausência das menstruações nas mulheres.

ancilostomose é particularmente perigosa para as grávidas, pois pode afetar o desenvolvimento do feto, e para as crianças, retardando (por vezes de modo irreversível) seu desenvolvimento mental e físico.

Boca de um Ancylostoma duodenalis com seus quatro

Boca de um Ancylostoma duodenalis com seus quatro "dentes" (estruturas em forma triangular)

Muito dificilmente a ancilostomose é fatal. Para tratá-la, basta a administração de remédios. No entanto, o tratamento não torna o paciente imune à doença, conseqüentemente, uma vez curado, se este entrar em contato novamente com as larvas da ancilostomose, voltará a infectar-se.

A melhor maneira de evitar a ancilostomose se dá por meio de medidas sanitárias e de educação, tais como construir redes de saneamento básico, evitar contato direto com solos onde a incidência da doença é alta, lavar bem e com água potável frutas, verduras e legumes e beber somente água tratada.

Fonte: www.fiocruz.br

Andropausa

Os principais objetivos da avaliação inicial são distinguir insuficiência gonadal primária (hipogonadismo hipergonadotrópico apresentando baixa testosterona e aumento dos níveis de FSH e LH) dos distúrbios hipotálamo-hipofisários (hipogonadismo hipogonadotrópico apresentando baixa testosterona e níveis no limite inferior da normalidade de FSH e LH) e fazer um diagnóstico específico.

As manifestações clínicas iniciais podem variar, dependendo de o início do distúrbio ter sido antes ou depois da puberdade. Homens com distúrbio hipogonadotrópicos podem obter fertilidade com estimulação gonadal. Homens com distúrbios hipergonadotrópicos são tratados com testosterona para obter virilização e geralmente, porém não invariavelmente, são incapazes de atingir a fertilidade.

História e Exame Físico

História de problemas médicos importantes, uso de medicamentos, exposições tóxicas, problemas de fertilidade e os marcos do desenvolvimento devem ser especialmente registrados. Baixa libido, impotência e disfunção sexual são problemas de apresentação importantes e precisam ser inquiridos especificamente porque a maioria dos homens não buscará atendimento médico para estes sintomas unicamente.

O grau de desenvolvimento na puberdade, proporções eunucóides, anosmia, ginecomastia, crescimento e distribuição anormais dos pêlos, genitália anormal, presença de varicocele e tamanho e consistência dos testículos, em particular, são achados físicos importantes para diagnóstico diferencial.

Avaliação Laboratorial e Subsidiária

Exames laboratoriais se dirigem a determinar se o paciente tem anormalidades dos hormônios reprodutivos e se as anormalidades são indicativas de doença testicular ou hipotálamo-hipofisária. Os exames laboratoriais iniciais devem incluir pool de três amostras matinais de testosterona, níveis de prolactina, FHS e LH. É necessário espermograma, se houver questão quanto ao potencial de fertilidade.

Se os níveis de testosterona estiverem no limite inferior da normalidade e os sintomas e sinais indicarem hipogonadismo, o estudo da testosterona deverá ser repetido e deverá ser determinado o nível de SHBG ou de testosterona livre para ajudar a diagnosticar um estado hipogonadal porque os níveis de testosterona total podem ser normais na situação de hipogonadismo se os níveis de SHBG estiverem aumentados.

Para o diagnóstico de hipogonadismo hipergonadotrópico, o FSH é especialmente importante porque o FSH tem meia-vida mais longa, é mais sensível e demonstra menos variabilidade que o LH. Pools de amostras de LH (preferivelmente três) podem ajudar a reduzir problemas com a variabilidade de LH associada a uma meia-vida curta e secreção pulsátil.

Testes dinâmicos do eixo hipotálamo-hipofisário devem ser feitos por um endocrinologista e se reservam a pacientes nos quais os resultados dos testes diagnósticos basais sejam equívocos.

No hipogonadismo hipogonadotrópico adquirido, deve ser feito um estudo do nível de prolactina e obtidas imagens da hipófise para pesquisar no paciente possível distúrbio hipotálamo-hipofisário, como tumor da hipófise. Também estão indicados exames dos eixos da tireóide, da supra-renal e do hormônio do crescimento.

A análise cromossômica deve ser considerada em homens com hipogonadismo hipergonadotrópico de início antes da puberdade para pesquisar síndrome de Klinefelter e distúrbios relacionados.

Deve ser feita densitometria óssea em homens com distúrbios hipogonadais crônicos não tratados para auxiliar numa tomada de decisão sobre opções de tratamento para prevenir osteoporose.

Deve ser feita ultra-sonografia testicular em pacientes com achados clínicos sugestivos de massa escrotal ou testicular.

Na pesquisa de achados anormais no sêmen, a biópsia testicular deve ficar reservada para pacientes com resultados normais dos estudos hormonais e azoospermia para pesquisar obstrução ou ausência congênita dos vasos deferentes e possível correção cirúrgica ou possível uso de fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática de espermatozóide.

Diagnóstico e Tratamento

Está apresentado na Tabela 1 um resumo global dos achados clínicos e laboratoriais, diagnósticos em potencial e investigação ou estratégias de tratamento recomendadas nos pacientes adultos com hipogonadismo.

Teste Dinâmicos

Teste da Estimulação com GnRH

No teste da estimulação com GnRH, a injeção intravenosa de 100 mg de GhRH faz que os níveis de LH no soro aumentem três a seis vezes durante um período de 30 a 45 minutos e os níveis de FSH aumentarem entre 20 e 50%.

Vários graus de insuficiência testicular primária causam valores de pico mais altos que o esperado para LH e FSH. Homens com doença hipotalâmica ou hipofisária podem ter resposta reduzida ou normal muitas vezes inadequada para distinguir entre distúrbio hipofisário e hipotalâmico. Se a hipófise estiver estimulada por doses repetidas de GnRH, o teste de estimulação poderá fornecer um resultado mais sensível e confiável.

Teste de Estimulação com o Clomifeno

No teste de estimulação com o clomifeno, são dados 100 mg de citrato de clomifeno por 7 dias como teste evocativo do eixo hipotálamo-hipofisário. O clomifeno atua por interrupção da alça de feedback negativo e, assim, estimulação da liberação de gonadotropina da hipófise. Uma duplicação do LH e aumento de 20 a 50% do FSH são resultados normais indicativos de resposta hipotálamo-hipofisária intacta.

Teste de Estimulação com hCG

São usados vários protocolos para o teste de estimulação com hCG. Em geral, para pacientes pós-púberes do sexo masculino, é administrada dose única de hCG (5000 UI por via intramuscular), sendo feitas dosagens de testosterona pré-tratamento e 72 horas após o tratamento (alguns protocolos usam 1000 a 4000 UI de hCG ou doses múltiplas num dia). Em geral, um nível de testosterona pós-tratamento acima de 100 ng/dl é considerado normal.

Nível de Prolactina

Em homens com hipogonadismo hipogonadotrópico adquirido, que habitualmente têm redução da libido e impotência, deve ser examinado o nível de prolactina para pesquisar um prolactinoma ou outra causa de hiperprolactinemia. Cerca de 5% dos homens que se queixam de impotência terão aumento do nível de prolactina. Está indicada pesquisa com ressonância magnética (RM) da hipófise para hiperprolactinemia inexplicada.

Espermograma

Um espermograma é o exame primário para avaliar o potencial de fertilidade do paciente do sexo masculino. Deve ser colhido sêmen por masturbação depois de 2 a 5 dias de abstinência e avaliado em 2 horas. É comum a variabilidade entre amostras; com amostras baixas ou limítrofes, deve ser feito acompanhamento, consistindo na avaliação de três ou mais amostras durante um período de 3 meses.

Uma amostra fértil geralmente se associa à motilidade de mais de 50% e a uma contagem que exceda 20 milhões/ml. Em geral, o volume do sêmen deve variar de 1,5 a 6 ml. Devem ser pesquisadas anormalidades nas características morfológicas.

Deve ser feito teste da frutose em amostra de sêmen mostrando azoospermia. Como a frutose é secretada pelas vesículas seminais, a ausência de frutose pode indicar obstrução completa dos ductos ejaculatórios ou ausência congênita dos vasos deferentes e ductos ejaculatórios.

Mais freqüentemente, faz-se espermograma em homens assintomáticos no restante durante o curso de uma avaliação de infertilidade. Deve-se mencionar, na avaliação de infertilidade de um casal, que se deve fazer espermograma precoce para determinar a avaliação apropriada e as opções terapêuticas.

Tratamento da Andropausa Objetivos do Tratamento

Restaurar a Função Sexual, a Libido, o Bem-Estar e o Comportamento

Muitos estudos têm sido feitos para avaliar os efeitos do tratamento com testosterona sobre a função sexual e o bem-estar em homens com hipogonadismo. Parecem ocorrer comprometimento do comportamento sexual e desequilíbrios do humor abaixo de certo limiar de níveis circulantes de testosterona e a maioria dos estudos tem demonstrado melhora da função com a reposição de testosterona.

Em estudos do tratamento com testosterona para homens com hipogonadismo, os investigadores encontraram que o tratamento resultou em aumento do interesse sexual e aumento do número de ereções espontâneas. Nos testes psicológicos, os homens com hipogonadismo não tratado tendiam a ter pontuação alta em escalas de depressão, raiva, cansaço e confusão.

A reposição hormonal diminuiu a maioria destes traços, porém, embora a pontuação para depressão melhorasse, permanecia um problema maior em homens com hipogonadismo que em controles do sexo masculino.

Claramente são necessários mais estudos a longo prazo nesta área para estabelecer critérios definidos para o tratamento e resposta em casos limítrofes. Com o início do hipogonadismo antes da puberdade, deve ser usada uma dose baixa inicial de testosterona para evitar efeitos psicológicos adversos e comportamento agressivo.

Produzir e Manter a Virilização

Características sexuais secundárias, como aumento da massa muscular, crescimento de barba, crescimento de pêlos púbicos e axilares e crescimento do órgão genita melhoram com o tratamento pela testosterona.

Otimizar a Densidade Óssea e Prevenir Osteoporose

Em homens idosos residentes em instituições para a faixa etária, a incidência de fraturas da bacia ficava entre 5 e 15%.33 Dos residentes que tinha sofrido fratura prévia da bacia, 66% demonstraram ter hipogonadismo (níveis de testosterona no soro abaixo de 300 ng/dl). Estava presente hipogonadismo em até 20% dos homens com fraturas por esmagamento vertebral, ainda que muitos dos homens não tivesse outras características clínicas de hipogonadismo.

Em pacientes adolescentes do sexo masculino com hipogonadismo hipogonadotrópico, o tratamento com testosterona aumenta a densidade mineral óssea em comparação com a de pacientes com hipogonadismo que não receberam testosterona. Em homens com hipogonadismo hipogonadotrópico com início antes da puberdade, contudo, a diminuição da massa óssea pode melhorar apenas marginalmente com a reposição de testosterona.

Possivelmente Normalizar os Níveis de Hormônio do Crescimento em Homens Idosos

Em comparação com homens normais, aqueles com hipogonadismo têm redução significativa da amplitude média do pulso de hormônio do crescimento, mas freqüência normal do pulso. Pacientes com deficiência de hormônio do crescimento de início na idade adulta também têm aumento da mortalidade cardiovascular.

O tratamento com testosterona resulta em aumento significativo do hormônio do crescimento médio em 24 horas e da amplitude média do pulso de hormônio do crescimento. Talvez a testosterona tenha papel importante no controle da secreção do hormônio do crescimento na idade adulta e o tratamento pode ter influência clínica positiva. Não são possíveis recomendações específicas sobre esta matéria até que mais pesquisas esclareçam os riscos e benefícios em potencial do tratamento.

Potencialmente Afetar o Risco de Doença Cardiovascular

Andrógenos alquilados administrados por via oral não são aromatizáveis e resultam em aumento dos níveis de LDL e diminuição de HDL, o que pode aumentar o risco cardiovascular. Diferentemente das preparações de andrógenos alquiladas administradas por via oral, a testosterona é aromatizada a estrogênio.

Em homens com hipogonadismo tratados com doses de reposição de testosterona, os níveis de colesterol total e de LDL podem diminuir modestamente, em conjunto com pequena alteração do HDL; desta forma, os investigadores têm especulado se o risco de doença cardiovascular possa ser mais alto em homens com hipogonadismo que não recebam reposição de testosterona. A terapêutica de reposição de testosterona em homens não se associa a alterações adversas importantes dos lípides; de fato, a testosterona endógena e a administração de testosterona exógena podem baixar os níveis da lipoproteína Lp(a) aterogênica.

Outros estudos sugerem que a reposição de testosterona em homens com hipogonadismo pode associar-se a efeitos lipídicos adversos e ainda outros estudos têm relatado achados indeterminados.

Outros efeitos cardiovasculares à parte de alterações dos lípides podem ser atribuíveis à terapêutica de reposição de testosterona. Um risco em potencial do tratamento com testosterona é a propensão da testosterona de aumentar a agregação plaquetária e a trombogenicidade.

Atualmente, permanece incerto se a terapêutica de reposição de testosterona em homens com hipogonadismo aumenta, diminui ou tem efeito neutro sobre o risco cardiovascular. Devem ser conduzidas pesquisas a longo prazo para avaliar o papel da testosterona endógena e da terapêutica de reposição de testosterona sobre o risco cardiovascular em homens. Não são possíveis recomendações específicas sobre este assunto até que mais pesquisas esclareçam os riscos e benefícios em potencial do tratamento.

Restaurar a Fertilidade em Casos de Hipogonadismo Hipogonadotrópico

Tratamento com Gonatropinas

Garotos com início de hipogonadismo hipogonadotrópico antes da puberdade não têm completo desenvolvimento na puberdade e têm testículos em geral menores que 5 ml. Estes pacientes geralmente requerem tratamento com hCG e gonadotropina humana da menopausa (ou FSH) para induzir a espermatogênese.

Homens com deficiência parcial de gonadotropinas ou que previamente (na peripuberdade) tenham sido estimulados com hCG podem iniciar e manter a produção de espermatozóides unicamente com hCG. Homens com hipogonadismo hipogonadotrópico adquirido após a puberdade e que tenham tido previamente produção normal de espermatozóides também podem em geral iniciar e manter a espermatogênese apenas com hCG.

Pode ser possível a fertilidade em contagens de espermatozóides muito mais baixas que aquilo que, de outra forma, seria considerado fertilidade. Contagens abaixo de 1 milhão/ml podem associar-se a gestações sob estas circunstâncias. É obrigatório que a parceira se submeta a avaliação de fertilidade ótima antes ou concomitantemente com a consideração de tratamento no homem.

O tratamento com hCG em geral é começado com 1000 a 2000 UI por via intramuscular duas a três vezes por semana e os níveis de testosterona devem ser monitorizados mensalmente para determinar se quaisquer ajustes terapêuticos são necessários para normalizar os níveis.

Pode levar 2 a 3 meses para obter níveis normais de testosterona. Quando são produzidos níveis normais de testosterona, os exames devem ser conduzidos mensalmente para determinar se ocorreu algum crescimento testicular. As contagens de espermatozóides também devem ser avaliadas mensalmente durante o período de 1 ano.

Devido ao custo alto das preparações de gonadotropina humana da menopausa (ou FSH), a hCG deve ser o tratamento inicial de escolha por pelo menos 6 a 12 meses. A hCG, na ausência de FSH exógeno, muitas vezes pode completar a espermogênese em homens com deficiência parcial de gonadotropinas. Em geral, a resposta à hCG pode ser predita pelo volume testicular inicial - quanto maior o volume testicular inicial, maior a chance de responder à hCG somente.

Em um estudo, contudo, os investigadores demonstraram que a maioria dos pacientes responderá à hCG isolada, independente do volume testicular inicial. Estudos têm mostrado que combinar FSH purificado e testosterona sem LH ou hCG não estimula a espermatogênese.

Se a espermatogênese não tiver sido iniciada ao final de 1 ano de tratamento, inicia-se uma preparação contendo FSH (Pergonal, Metrodin, Humegon) numa dosagem de 75 UI por via intramuscular três vezes por semana, juntamente com as injeções de hCG. Depois de 6 meses, se não estiverem presentes espermatozóides ou estiverem presentes em números muito baixos (< 100.000/ml), a dosagem da gonadotropina humana da menopausa (ou FSH) pode ser aumentada para 150 UI por via intramuscular três vezes por semana por mais 6 meses.

Em geral, aparecerá uma população de espermatozóides móveis em um ano e meio depois do início do tratamento. Se ocorrer gravidez, o esquema do paciente pode ser mudado para apenas hCG para permitir espermatogênese contínua para subseqüentes gestações em potencial. Depois do parto, se não forem desejadas mais gestações, o paciente pode ser mudado para tratamento com testosterona, se desejado, ou o tratamento com hCG a longo prazo pode ser continuado juntamente com medidas contraceptivas apropriadas, se necessário. Raramente, podem surgir anticorpos contra hCG e impedir qualquer resposta ao tratamento; em tal caso, o LH humano pode ser efetivo. LH recombinante permanece em investigação, mas pode ser aprovado para uso no futuro.

Tratamento com GnRH

Nos pacientes com hipogonadismo hipogonadotrópico, o GnRH pode ser dado de maneira pulsátil por via subcutânea através de uma bomba a cada 2 horas.

O tratamento com GnRH é monitorizado pela dosagem dos níveis de LH, FSH e testosterona a cada 2 semanas até que os níveis estejam na faixa da normalidade, ponto em que a monitorização poderá ser ajustada para a cada 2 meses. Pode-se usar o GnRH para iniciar o desenvolvimento da puberdade, manter a virilização e a função sexual e iniciar e manter a espermatogênese. Na maioria dos pacientes, estes efeitos podem levar de 3 a 15 meses para atingir produção de espermatozóides.

Como com o tratamento com gonadotropinas, a fertilidade pode ser atingida com contagens de espermatozóides muito baixas - muitas vezes na faixa de 1 milhão/ml. O GnRH pode ser mais efetivo que a estimulação com gonadotropina para aumentar o tamanho testicular e iniciar a espermatogênese em muitos pacientes com hipogonadismo hipogonadotrópico.

Fonte: www.urocentro.com.br

 

O QUE É ANDROPAUSA?

A partir dos 50 anos, os homens devem começar a se cuidar para fugir da impotência e de outros problemas conseqüentes da queda de hormônio

É conhecida como menopausa masculina. Ocorre na faixa etária dos 50 anos, devido à diminuição do tamanho dos testículos e conseqüente queda da produção de testosterona (hormônio sexual masculino).

POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS

Impotência sexual 
Ejaculação precoce 
Perda de memória 
Câncer na próstata 
Nervosismo 
Insônia 
Queda da libido (apetite sexual) 
Perda de cabelo 
Diminuição da massa muscular 
Alterações no humor 
Doenças cardiovasculares 
Osteoporose

EXAMES

Para verificar a chegada da andropausa, podem ser feitos testes de sangue, que medem o índice de testosterona, espermograma, que quantifica a produção de espermatozóides, além de exame urológico (mais conhecido como toque), densitometria ssea, para verificar osteoporose, e ecografia da próstata e abdome.

COMO A TESTOSTERONA É PRODUZIDA

- A hipófise, uma glândula do cérebro, libera os hormônios luteinizanante (LH) e o folículo estimulante (FSH).

- No testículo, o LH atua nas células de Leydig estimulando a produção da testosterona, o principal hormônio masculino.

3 - O colesterol é o precursor da maioria dos hormônios sexuais. Nas glândulas, responsáveis pela produção dos hormônios, o colesterol sofre reações até virar testosterona. 2b - A testosterona estimula a produção de espermatozóides nas células de Sertoli e o hormônio FSH controla a nutrição dos espermatozóides.

O PROBLEMA DA ANDROPAUSA

Com a idade, a produção de espermatozóides diminui porque o processo de transformação do colesterol em testosterona não se realiza com eficácia.

TRATAMENTO

1 - Reposição hormonal: deve ser feita com acompanhamento médico.

Existem diversas formas de se repor o hormônio testosterona:

Comprimidos por via oral 
Adesivos para a pele 
Injeção intramuscular

Benefícios:

Retardo da osteoporose 
Melhora no desempenho sexual 
Melhora dos distúrbios neurológicos 
Melhora da qualidade de vida

2 - Medicamentos para impotência sexual: conforme o caso, o médico pode indicar o uso de algum remédio para reverter o quadro de impotência sexual, como o sildenafil, fentolamina, o dhea (hormônio da supra-renal) e o alprostadil (injetável no falo ou supositório na uretra).

3 - Alimentação: a dieta deve restringir colesterol e açúcar. O homem nesta faixa etária deve comer alimentos com maior teor de sais e vitaminas como legumes, verduras e frutas.

Fonte: www.reprodusite.hpg.ig.com.br

Angina do Peito

O IAM é uma das principais causas de morte nos países industrializados sendo que 60% das mortes, ocorrem na primeira hora do evento devido à Fibrilação Ventricular, um arritmia cardíaca grave que, se não diagnosticada e tratada precocemente, evolui para o óbito.

O QUE É UM INFARTO DO MIOCÁRDIO?

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), se caracteriza pela interrrupção total do fornecimento de sangue a determinada região do coração, provocada pela obstrução dos vasos sangüineos que irrigam esta referida região( artérias coronárias) seja por espasmo(contração) do vaso, seja por um coágulo formado pela ruptura de uma placa de gordura que obstrui um vaso. Nesta situações, o fornecimento de oxigênio e outro nutrientes necessários, levados pelo sangue, é interrompido, provocando sofrimento das células, traduzindo-se em dor.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE ANGINA E INFARTO?

Resumidamente, a Angina caracteriza-se pela interrupção parcial da irrigação de sangue no coração enquanto que no Infarto a interrupção do fornecimento de sangue é total. Assim, o IAM deixa normalmente sequelas além do risco de vida ser maior, enquanto que a Angina não deixa sequelas a curto prazo.

EM QUE SITUAÇÕES PODE OCORRER?

Ocorre mais frequentemente durante os exercícios ou 'stress' emocional, pois nestas situações a frequência cardíaca (número de batidas do coração) e a pressão arterial aumentam e o coração necessita de mais oxigênio. O suprimento de sangue para o músculo cardíaco é feito pelas artérias coronárias. Modificações nesse suprimento geralmente causadas por algum entupimento nas artérias coronárias podem lhe causar problemas.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO?

Os principais são: Tabagismo, Diabetes Mellitus, Obesidade, Hipertensão Arterial, Sedentarismo, Stress, Heditariedadade( pesoas na família que sofrem da doença), Dislipidemias( aumento da taxas de gordura no sangue). Ver Cartilhas da saúde.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DO IAM?

Dividiremos para melhor compreensão, os sintomas em 05 tipos, que podem ou não, estar associados:

a) Sintomas clássicos: dor na região precordial (região anterior e esquerda do tórax) ou no meio do peito(retroesternal), em sensação de aperto, queimação, pressão ou peso, com intensidade variável, prolongada (acima de 30 minutos) e que não melhora com o repouso ou o uso de medicação específica(nitrato) por via sublingual;

b) Sintomas associados: naúseas, vômitos, dispnéia(cansaço), sudorese fria, palidez, fraqueza;

c) Sintomas atípicos:IMPORTANTE!!!: são sintomas que simulam outras doenças: dor ou desconforto nos braços, pescoço, dorso(costas) e mandíbulas(queixo), 
palpitações(sensação das batidas do coração); dor epigástrica("boca do estômago", e azia simulando gastrite e úlcera (encontrado com certa freqüência);

d) Sem sintomas(assintomáticos): principalmente em idosos e diabéticos, manifestando-se através de síncope(desmaio), sintomas e agravamento de Insuficiência cardíaca, AVC, "indigestão";

e) Parada Cardio-Respiratória(PCR): provocando morte súbita.

QUAIS AS DIFERENÇAS DE SINTOMAS ENTRE ANGINA E INFARTO?

Os sintomas normalmente são os mesmos; a grande diferença é que no caso da Angina, a dor é temporária (no máximo 30 minutos) e cede normalmente com o repouso e o uso de medicação sublingual (nitratos).

QUAIS SÃO OS CUIDADDOS INICIAIS QUE UM LEIGO PODE OFERECER

A UMA PESSOA COM SUSPEITA DE IAM OU ANGINA?

a) deixá-lo em repouso e em local ventilado;

b) folgar as suas roupas;

c) tranquilizá-lo;

d) usar nitrato por via sublingual, se disponível, se o paciente já fizer uso ou tiver história de Angina;

e) removê-lo, com brevidade(sem pânico), para um hospital;

f) nos casos de reconhecimento de PCR( Parada Cardio-Respiratória) seguir orientações do SBV (Suporte Básico de Vida).

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

Os médicos podem chegar ao diagnóstico de Angina ou IAM , pela descrição dos sintomas sentidos, tendo a sua confirmação através de alguns exames. Algumas vezes, apesar do diagnóstico de Angina, o eletrocardiograma de repouso é normal, por isto o seu médico pode solicitar um teste de esforço para confirmação diagnóstica. Neste teste é feito exercício em bicicleta ou esteira para aumentar as necessidades de sangue e oxigênio. Seu médico ainda poderia solicitar exames como uma cintilografia miocárdica. Se for necessário o conhecimento da anatomia de suas coronárias, seu médico recorrerá a um cateterismo cardíaco . A escolha dos exames depende de alguns fatores, como gravidade dos sintomas e dos exames prévios, idade e patologias associadas.

COMO É FEITO O TRATAMENTO?

Existem três formas de tratamento: o tratamento clínico, a angioplastia coronária e a cirurgia de revascularização miocárdica.

Tratamento clínico

Consiste no uso de certas medicações com ação vasodilatadora sob a frequência cardíaca, que reduzem o grau de isquemia miocárdica, como os nitratos, os bloqueadores dos canais de cálcio e os betabloqueadores. O nitrato sublingual é o que age mais rápido em até dez minutos a dor deve desaparecer. Caso isto não aconteça, procure o mais breve possível um serviço de emergência. Se as crises de angina persistirem, apesar da medicação, ou se as obstruções nas artérias coronárias forem muito graves, poderão ser indicadas a angioplastia coronariana ou a cirurgia de revascularização miocárdica.

Angioplastia coronária

Consiste em , um procedimento semelhante a uma cinecoronariografia, dilatar a lesão da coronária com um cateter especial, com um ' balaozinho' na ponta, que quando inflado esmaga a placa de ateroma contra a parede da artéria desentupindo-a.

Cirurgia de revascularização miocárdica

Uma veia é retirada da perna que é colocada sobre a artéria entupida, ultrapassando o local do bloqueio(pontes de safena). Um tipo de ponte especial poderá ser feita utilizando-se uma artéria chamada mamária interna.

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA SE AJUDAR?

Se você tem o diagnóstico de angina evite situações nas quais ela normalmente aparece e informe o seu médico sobre modificações ou aparecimento de novos sintomas. Alguns hábitos devem ser modificados: você deve abandonar o fumo, controlar a sua dieta e o seu colesterol e, ainda controlar a hipertensão arterial. Se você não possui nenhum deste fatores agravantes fique vigilante, através de consultas e exames periódicos orientados por seu médico.

Por fim, se você apresentar dor no peito prolongado, ou seja, por mais de trinta minutos, procure com brevidade um serviço de emergência, pois isto pode reverter um possível infarto do miocárdio através do uso precoce de medicamento trombolítico.

Fonte: www.sopami.org.br

 

Angina do Peito

Cena de telenovela ou filme: um homem segura o peito com trejeitos faciais dolorosos e cai. Ou fala algumas coisas e morre (claro, isto só em filme), ou morre direto ou, então, é rapidamente socorrido e sobrevive (e continua no enredo). Se contássemos o número de vezes em que esta cena se repetiu na dramaturgia mundial, provavelmente ultrapassaríamos a casa do milhão. Em um episódio de Mulher, da emissora brasileira Rede Globo de Televisão, a protagonista principal, uma médica cuja idade gira em torno de 60 anos, interpretada pela atriz Eva Vilma, mostra-se com um quadro de angina pectoris. Submetida à grande esforço, a médica percebe que está tendo um infarto e busca socorro com um colega.

A evolução da angina para o infarto e as diferenças do quadro clínico entre os dois, assim como a recuperação da paciente, foram dois pontos altos da produção deste programa - já fora do ar - da TV Globo, tanto do ponto de vista científico quanto dramatúrgico. Não à toa a ficção reproduz a realidade. A doença coronariana é a principal causa de morte em todo o mundo, grande responsável por aposentadorias devidas à invalidez, e uma afecção de difícil convivência.

Entretanto, as terapêuticas atuais permitem aos doentes coronarianos crônicos - entre eles, aquele com dor crônica no peito - uma vida de melhor qualidade. Nesta matéria, apresentamos uma introdução à angina e ao infarto agudo do miocárdio. Nas próximas, entre outras coisas, vamos discutir como se convive melhor com a doença coronariana. Angina pectoris Angina pectoris ou angina do peito ou simplesmente angina, é uma dor localizada no centro do peito ou em cima do "coração". Ela pode ser em peso, em aperto, em queimação ou pressão. Ocasionalmente, os pacientes a descrevem como uma angústia ou mal-estar. Ela pode se estender ao braço, geralmente esquerdo, ao pescoço, ao queixo ou às costas.

Esta dor aparece quando a quantidade de sangue que chega a uma determinada região do coração é insuficiente para ele, não havendo fornecimento adequado de oxigênio e nutrientes. A angina normalmente está relacionada ao esforço físico e piora à medida que a intensidade do esforço é aumentada. Entretanto, ela pode também ocorrer no momento de repouso.

O suprimento de sangue para o coração é feito pelas artérias coronárias. Quando ocorre um entupimento parcial nestas artérias, o coração fica com a irrigação sangüínea reduzida, percebida geralmente durante o esforço, quando o paciente apresenta dor no peito. Este entupimento das artérias coronárias é causado pela aterosclerose, processo em que ocorre uma deposição de gorduras, como o colesterol nas paredes das artérias, o que causa o estreitamento para a passagem do sangue.

O colesterol elevado no sangue - a hipercolesterolemia - é uma das principais causas da aterosclerose, que leva ao estreitamento e ao entupimento das artérias coronárias. Além do colesterol, outros fatores de risco também contribuem para o entupimento, como tabagismo, pressão alta (hipertensão arterial sistêmica), diabetes melito, sedentarismo, obesidade e estresse. A nicotina e o monóxido de carbono, agentes liberados pelo cigarro, são os mais implicados na origem das doenças coronarianas e suas manifestações.

O turbilhonamento do fluxo coronariano causado pela nicotina e a falta de irrigação sangüínea induzida pelo monóxido de carbono são responsáveis por lesões da camada endotelial (o tecido que recobre os vasos por dentro), que permitem a entrada de gorduras para as camadas mais internas da parede dos vasos, desencadeando todo o processo. Ao lado da hipercolesterolemia e do fumo, os níveis elevados de pressão arterial são um dos mais importantes fatores de risco para doença coronariana. A relação entre os níveis de pressão arterial - principalmente a diastólica (ou mínima) - e a incidência de doença coronariana é direta, isto é, quanto mais alta a pressão, maior é o risco do aparecimento da doença. Infarto agudo do miocárdio Diferente da angina, no infarto agudo do miocárdio há uma interrupção completa do fluxo de sangue para uma determinada região do coração, devido ao entupimento completo de uma artéria coronária. Quando ocorre o infarto, a dor no peito é mais intensa que o habitual - a da angina - (geralmente mais de 30 minutos), acompanhada de náuseas e suor.

Neste momento é muito importante que o paciente procure assistência médica com urgência, pois quanto menor o intervalo entre a dor e o atendimento na emergência, maior é a chance de se desobstruir a artéria relacionada ao infarto. Quando o paciente é admitido com quadro de dor no peito com menos de 12 horas de duração, deve-se iniciar o tratamento para desobstruir a artéria. Esta desobstrução pode ser feita com medicamentos ou angioplastia. O medicamento utilizado pertence à classe dos trombolíticos, que atuam dissolvendo o trombo (coágulo) formado nas artérias coronárias no infarto do miocárdio. Nos centros em que se dispõe de serviço de hemodinâmica, a desobstrução pode ser feita através da angioplastia coronária. Além disso, todo paciente com quadro de infarto agudo do miocárdio deve receber 300 mg de aspirina caso não tenha contra-indicações, uma vez que seus benefícios na redução da mortalidade já estão devidamente comprovados.

A angioplastia coronária é um procedimento semelhante a uma cinecoronariografia (cateterismo), em que se dilata a lesão da coronária com um cateter especial, que tem um balão na ponta e que, quando inflado, esmaga a placa de ateroma contra a parede da artéria, desentupindo-a. Ocasionalmente, indica-se cirurgia de revascularização (ponte de safena, ponte de mamária) do miocárdio após um quadro de infarto do miocárdio. Na cirurgia de revascularização miocárdica, uma veia é retirada da perna (veia safena) e colocada sobre a artéria entupida, ultrapassando o local do bloqueio. Se houver várias artérias entupidas, cada uma receberá uma ponte. Um tipo de ponte especial poderá ser feita, utilizando-se uma artéria chamada mamária interna. Em resumo, se você tem o diagnóstico de angina evite situações nas quais ela normalmente aparece e informe seu médico sobre alterações ou aparecimento de novos sintomas. Alguns hábitos devem ser modificados: você deve abandonar o fumo, controlar sua dieta e seu colesterol e, ainda, controlar a hipertensão arterial.

Além disso, se você apresentar dor no peito prolongada, ou seja, por mais de trinta minutos, procure imediatamente um serviço de emergência. Ir depressa para o pronto-socorro pode reverter um possível infarto do miocárdio através da prescrição precoce de medicamento trombolítico por parte da equipe médica.

Fonte: www.hsvp.com.br

 

Angioplastia

É uma técnica que utiliza um minúsculo balão inflado dentro da artéria obstruída com placas de gordura e sangue, além de uma minitela de aço que, aberta, facilita a passagem do sangue. O procedimento é usado desde 1983 nos EUA e chegou ao Brasil na década atual. Agora, os pacientes também recebem, durante a operação, uma substância que impede o reinfarto.

Angioplastia

A substância abciximab, descoberta recentemente, impede a união de plaquetas - células sanguíneas que impedem os sangramentos.

O abciximab torna mais eficiente a cirurgia e reduziu para 4% a mortalidade entre infartados atendidos em hospitais.

A substância abciximab, descoberta recentemente, impede a união de plaquetas - células sanguíneas que impedem os sangramentos.

O abciximab torna mais eficiente a cirurgia e reduziu para 4% a mortalidade entre infartados atendidos em hospitais.

RESTRIÇÕES

Não pode ser usada em:

pessoas com mais de 80 anos;

pacientes que sofrem de doenças hemorrágicas, pois o remédio impede a coagulação;

quem fez a cirurgia nos últimos 6 meses;

quem sofreu derrame cerebral nos últimos dois anos. Derrame é uma hemorragia em um vaso do cérebro.

Angioplastia

O cateterismo é o primeiro passo. Para ver o local da obstrução, é inserido um cateter (tubo com um visor) que identifica até onde o sangue ainda chega dentro da artéria.

Identificada a área obstruída, coloca-se um fio através do cateter. Há um balão vazio nesse fio, que é inflado no local de bloqueio, esmagando as placas que provocaram o entupimento. Uma evolução: o stent (tela de aço inoxidável) acompanha o balão e consegue aumentar a eficácia do procedimento.

Angioplastia

Além de esmagar a placa de obstrução, o balão, quando cheio, monta o stent. A tela de aço, já montada, cola na parede interna da artéria e impede que esta se feche.

Angioplastia

O balão que acompanhou o fio durante a angioplastia esvazia e é retirado da artéria. Mas o stent permanece. No momento em que o balão seca, o sangue volta a circular normalmente.

Angioplastia

Depois de instalado o stent, o fio é retirado junto com o tubo do catéter que lhe deu passagem. As chances de sucesso da angioplastia com stent chegam a 98%.

REMÉDIO CONVENCIONAL

Angioplastia

O trombolítico é um remédio usado para destruir os coágulos de sangue que se formam em torno das placas de gordura acumuladas dentro da artéria. É um medicamento capaz de desobstruir a artéria, mas só atua sobre as células de sangue. A placa de gordura permanece.

AS PLAQUETAS

(1) - Plaqueta (2) - Agregação excessiva de plaquetas
(1) - Plaqueta (2) - Agregação excessiva de plaquetas

O entupimento nas artérias não se deve unicamente ao acúmulo de gordura (colesterol). As placas gordurosas machucam a parede interna das artérias e provocam sangramentos. O sangue, então, também se concentra e forma coágulos. Além disso, as plaquetas (células do sangue que, quando unidas, bloqueiam o sangramento) também se juntam e aumentam a placa de obstrução da artéria.

O NOVO REMÉDIO

(1) - O Abciximab impede que as plaquetas se unam (2) - Agregação plaquetária inibida.
(1) - O Abciximab impede que as plaquetas se unam (2) - Agregação plaquetária inibida.

Uma nova substância, chamada abciximab (de nome comercial ReoPro) aumentou a eficácia da angioplastia. Sua função é a de impedir que as plaquetas se unam e, portanto, evitar a formação de obstruções dentro das artérias. Sem a agregação das plaquetas, a artéria corre menos risco de entupir novamente. Mostrou ter conseguido reduzir em 50% um segundo infarto ou a morte.

HISTÓRICO

Em 1.960, a mortalidade dos pacientes que chegavam ao hospital com infarto agudo era de 20%. A partir de 1.980 (com o uso de trombolíticos) esse número caiu para 10%. Dez anos mais tarde, ano em que passou a se usar a angioplastia a mortalidade reduziu para 4%.

Fonte: www.santalucia.com.br

Angioplastia

Você sabe o que é ANGIOPLASTIA?

O coração, órgão de paredes musculares tem a finalidade de impulsionar o sangue oxigenado, vindo dos pulmões, para toda a circulação. Para exercer essa função, é preciso que a musculatura do coração se contraia sucessiva e regularmente. A nutrição dessa musculatura, chamada miocárdio, chega através das artérias coronárias, que são os primeiros ramos da aorta, o principal vaso que nasce diretamente do coração. Quando há acúmulo de placas gorduras, na parede dessas artérias, a sua luz é reduzida e, consequentemente o fluxo de sangue também, causando a falta de oxigênio necessário para o trabalho de contração. Esse processo é chamado de isquemia miocárdica e seu tratamento é dividido, conforme sua particularidade em: tratamento clínico, cirúrgico ou por métodos de cateterismo. A dilatação de tais obstruções, com o uso de cateter, é chamado Angioplastia Transluminal Coronária.

Como surgiu a Angioplastia Transluminal Coronária e quando é indicada?

As principais artérias do coração são: a coronária direita, que nutre a parede inferior do coração e as artérias descendentes anterior e circunflexa, que são ramificações da coronária esquerda e que nutrem a maior parte do coração. A identificação de uma ou mais obstruções importantes – acima de 60% de redução da luz do vaso – recomendada a instituição de alguma forma de tratamento. Originalmente, era indicada para pacientes que apresentavam obstruções significativas de uma única artéria coronária. O progredir da experiência, desde 1979, no Brasil, e o avanço tecnológico permitiram que as indicações fossem ampliadas e um número maior de pacientes fosse beneficiado. Hoje já temos aplicado o procedimento aos portadores de obstruções em dois vasos, aqueles que apresentam obstruções de pontes de safena e, menos freqüentemente, aos que tem três vasos lesados. Tem sido indicada inclusive para pacientes em fase inicial do infarto e em artérias totalmente ocluídas, com o objetivo de recanalizar o vaso, salvando parte da musculatura do sofrimento agudo. A indicação da angioplastia leva em conta a localização e as características da lesão e, principalmente, depende da experiência e do bom senso do médico especialista. Vários pacientes, que há algum tempo teriam indicação formal para cirurgia de revascularização, são hoje tratados de forma igualmente eficaz pela angioplastia. Em determinadas situações, após a dilatação com o balão, é colocada uma pequena prótese, chamada Stent.

O preparo e a técnica da Angioplastia

Com a experiência adquirida e com os avanços tecnológicos, o índice de sucesso é freqüentemente elevado: acima de 90%. Na véspera da angioplastia, são realizados exames de ministrada uma medicação específica. No dia do procedimento, é necessário observar um jejum alimentar mínimo de 4 horas. A técnica é semelhante ao cateterismo cardíaco, sendo realizado com punção na virilha e anestesia local. Através dos vasos sangüíneos são introduzidos cateteres que são colocados no orifício origem da coronária a ser tratada. Um cateter fino, com um pequeno balão na ponta, é posicionado exatamente sobre a obstrução. O balão é insuflado, com uma mistura de soro e contraste, a uma pressão controlada: é a dilatação sendo feita. Alguns dados permitem, antes que se retire o balão, saber se a artéria está sendo satisfatoriamente desobstruída. Nos casos com indicação de Stent, a prótese é introduzida e liberada no local desobstruído. Para finalizar, realiza-se uma nova injeção de contraste, para observar o resultado imediato, e logo retirar os cateteres. A angioplastia é realizada durante cerca de 40 a 60 minutos e não traz ao paciente desconforto maior do que o próprio cateterismo cardíaco.

Cuidados e recomendações após a angioplastia

Tendo sucesso, o paciente permanece internado no quarto por 24 a 48horas, para que seja cuidadosamente controlado. Qualquer sintoma que apareça durante o período de internação deve ser logo comunicado ao médico. Nesse período, são realizados, de rotina, alguns exames especializados e medicamentos são administrados. Após a angioplastia, os pacientes tratados apresentam imediata e expressiva melhora do seu quadro geral. Quando a dilatação é feita, é preciso em média 30 dias para a cicatrização do processo. Isso é acompanhado, com rigoroso uso de medicamentos, não podendo ser suspensos, sem prévia autorização médica. A maioria das pessoas tem condições de retornar, progressivamente, à sua atividade física habitual. Entretanto, devido às particularidades de cada caso, a volta ao trabalho e aos esforços físicos variados, devem se dar, na época recomendada por seu médico. Se não houver queixas significativas, após a angioplastia, o controle ambulatorial é realizado no terceiro e sexto mês e, posteriormente, anualmente, salvo as intercorrências para o paciente. O eventual retorno dos sintomas ou a presença de alterações dos exames complementares (como o teste de esforço dentro dos primeiros seis de evolução) geralmente são indicativos da recorrência da obstrução dilatada. Tal situação, denominada reestenose, ocorre em 20 a 25% dos pacientes submetidos á angioplastia e, na maioria das vezes, é indicativo de novo cateterismo cardíaco e provável redilatação. Entretanto, quando o paciente se mantém sem sintomas e com exames complementares normais, seis meses após a angioplastia, é extremamente improvável que aquela obstrução, em particular, recidive.

Observações complementares

A angioplastia não é a cura da doença, é apenas uma etapa de tratamento e portanto há necessidade de atuar firme na prevenção e na redução dos fatores de risco que aumentam a deposição das placas de gordura, nas paredes dos vasos. Recomendamos a alimentação com restritação de gordura animal e um mínimo possível de colesterol, a manutenção do peso normal como medida de saúde, evitando-se excesso de açúcar, fumo e álcool. O paciente não deve deixar de realizar atividades físicas regularmente e, principalmente, deve procurar sorrir para a vida; afinal, o sorriso é o melhor dilatador para as artérias do coração.

Eduardo Lúcio Nicolela

Fonte: www.emcor.com.br

A Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea (PTCA) é um procedimento invasivo que é caracterizado pela desobstrução mecânica da artéria coronária afetada. Antes da angioplastia, é feita a CINECORONARIOGRAFIA, ou cateterismo cardíaco, que tem o objetivo de estudar a anatomia das artérias coronárias e conhecer o grau e a localização da lesão. O acesso geralmente é feito através da artéria femural direita, podendo ser feito através da artéria braquial direita. Através deste acesso, um tubo (cateter) contendo um balonete em sua extremidade, é introduzido até o local da lesão. Através da visibilização provida pela radioscopia, o médico que está executando o procedimento manobra o cateter e irá insuflar o balonete e comprimir a lesão. O resultado deste procedimento é o alargamento do vaso, o que permite maior passagem de sangue. Finalmente o catéter é retirado.

Angioplastia

Os cuidados após o procedimento são parecidos com os cuidados após o CATETERISMO CARDÍCACO. A diferença é que na maioria das vezes um cateter chamado de introdutor, é deixado na artéria por algumas horas a mais. Devido ao uso de antigoagulantes durante o exame, o introdutor que está dentro da artéria não poderá ser retirado de imediato. É preciso esperar que o efeito do anticoagulante passe para que o mesmo seja retirado. Imediatamente após o procedimento, a pessoa é conduzida para uma sala de observação e deverá ficar em repouso e com a perna imobilizada do lado onde foi inserido o introdutor até que o mesmo seja retirado.

Colocação de STENT

Angioplastia

Infelizmente, os depósitos gordurosos têm uma tendência de se acumularem novamente com o tempo. Para reduzir as chances de que isto ocorra, a colocação de um STENT coronário é recomendado. Ele pode ser inserido durante o mesmo procedimento, tão logo a angioplastia tenha sido concluída. O stent é um pequeno e trançado tubo de aço inoxidável que é introduzido no local onde foi feita a angioplastia. O médico que está realizando o procedimento, manobra o catéter dentro da artéria bloqueada e insufla o balão. Isto faz o stent coronário se expandir, pressionando-o contra a parede do vaso. Depois de desinsuflado e retirado o balão, o stent fica no local permanentemente - mantendo aberto o vaso, melhorando o fluxo sanguíneo e aliviando os sintomas da doença coronariana. Os cuidados após a colocação do stent são iguais aos cuidados pós-angioplastia.

Revascularização do Miocárdio

Uma outra possibilidade de restablecimento da circulação coronariana é a revascularização miocárdica. A cirurgia consiste em abrir o tórax, chegando até ao coração e refazendo parte da circulação coronariana. Esta cirurgia é mais conhecida como "cirurgia de ponte de safena". O enxerto, ou ponte, é feito quando uma parte de uma veia da perna é retirada, sendo inserida na aorta e a outra ponta logo a seguir do ponto onde está a obstrução.

Revascularização do Miocárdio

Uma outra possibilidade de restablecimento da circulação coronariana é a revascularização miocárdica. A cirurgia consiste em abrir o tórax, chegando até ao coração e refazendo parte da circulação coronariana. Esta cirurgia é mais conhecida como "cirurgia de ponte de safena". O enxerto, ou ponte, é feito quando uma parte de uma veia da perna é retirada, sendo inserida na aorta e a outra ponta logo a seguir do ponto onde está a obstrução.

Colocação de um enxerto com Artéria Mamária
Colocação de um enxerto com Artéria Mamária

Um enxerto para Revascularização Miocárdica pode ser feito de veia ou de uma própria artéria. No caso do enxerto de veia, a veia chamada de safena magna, é retirada da perna. Se o cirurgião esclolher fazer um enxerto arterial, ele pode escolher a artéria mamária (que irriga a mama), a artéria radial (que irriga o antebraço) ou a epigástrica (que irriga o estômago). Normalmente este tipo de enxerto dura por mais tempo do que um enxerto de veia.

A cirurgia de Revascularizaçao Miocárdica dura, em média, de 4 a 6 horas. Muitas vezes o cirurgião precisará fazer mais de um enxerto, isto depende do número de artérias que estão com bloqueio. Hoje e cada vez mais, a cirurgia de Revascularização Miocárdica está se tornando num procedimento seguro e efetivo, isto se deve aos grandes avanços nas técnicas cirúrgicas, de anestesia e das condições e cuidados no período pós-operatório.

Fonte: www.unifesp.br

Angioplastia

É uma técnica que utiliza um minúsculo balão que, ao ser inflado dentro de uma artéria estreitada, desobstrui o vaso e facilita a passagem do sangue.

Também pode ser aplicado uma minitela de aço, chamada de "Stent", que liberada ajuda a manter a artéria aberta. A técnica é usada nos EUA e chegou ao Brasil nos anos 90.

Em alguns casos selecionados, pode haver necessidade, durante a operação, do emprego de substâncias que impedem a agregação de elementos do sangue no local da obstrução.

Angioplastia

Angioplastia

O cateterismo é o primeiro passo. Para ver o local da obstrução, é inserido um cateter (tubo com um visor) que identifica até onde o sangue ainda chega dentro da artéria.

Angioplastia

Identificada a área obstruída, coloca-se um fio através do cateter. Há um balão vazio nesse fio, que é inflado no local de bloqueio, esmagando as placas que provocaram o entupimento. Uma evolução: o stent (tela de aço inoxidável) acompanha o balão e consegue aumentar a eficácia do procedimento.

Angioplastia

Além de esmagar a placa de obstrução, o balão, quando cheio, monta o stent. A tela de aço, já montada, cola na parede interna da artéria e impede que esta se feche.

Angioplastia

O balão que acompanhou o fio durante a angioplastia esvazia e é retirado da artéria. Mas o stent permanece. No momento em que o balão seca, o sangue volta a circular normalmente.

Angioplastia

Depois de instalado o stent, o fio é retirado junto com o tubo do catéter que lhe deu passagem. As chances de sucesso da angioplastia com stent chegam a 98%.

Fonte: www.hemodinamica.com.br

Angioplastia Transluminal Percutânea e Stents Endovasculares

Pelo fato de ser um procedimento relativamente de baixo risco, pouco invasivo e com possibilidade de repetição, a angioplastia com balão tem recebido ultimamente maior atenção no tratamento do paciente com doença arterial oclusiva periférica. Certamente o desenvolvimento dos sistemas de guias e cateteres representa um avanço importante na técnica da angioplastia transluminal percutânea, tornando o procedimento possível em situações anatômicas desfavoráveis, quer seja pela configuração da lesão ou do calibre do vaso afetado.

Mesmo apresentando índices de perviedade a longo prazo inferiores aos procedimentos de revascularização cirúrgica, a angioplastia vem se impondo como um método alternativo ou complementar em várias situações clínicas, principalmente em casos cujo tratamento cirúrgico é de risco proibitivo. Da mesma forma, os fixadores (“stents”) endovasculares também têm sido mais frequentemente indicados, nas situações de falha da angioplastia, no tratamento da reestenose pós-angioplastia e em certas lesões arteriais complexas.

PRINCÍPIOS BÁSICOS

O objetivo primário da dilatação com balão nas lesões arteriais oclusivas é obviamente o aumento do diâmetro do lúmen arterial o suficiente para reestabelecer a adequada perfusão tecidual. Paradoxalmente, a dilatação propriamente dita, é provavelmente o mecanismo menos importante na explicação do efeito da angioplastia com balão.

Atualmente dois mecanismos intimamente relacionados têm sido aceitos para explicar o efeito da angioplastia na parede arterial, cuja importância depende fundamentalmente do tipo de lesão que está sendo tratada.1,2.

Em lesões ateroscleróticas concêntricas o que se observa é a fratura da placa, cuja manifestação mais evidente é a dissecção arterial localizada. Além disso, ocorre um estiramento da túnica média e da adventícia com afilamento dessas camadas.3,4.

No caso de lesões ateroscleróticas excêntricas, não havendo uma placa circunferencial restritiva, pode não ocorrer a fratura da placa, e o que se observa é o aumento luminal dependente principalmente do estiramento das túnicas média e da adventícia. Por esta razão, nestas lesões há um risco maior de ruptura arterial durante o procedimento.1,3,5.

Outro fator que parece influenciar o grau com que uma lesão arterial responde à dilatação com balão é a quantidade de cálcio presente no interior da placa. Placas muito calcificadas respondem menos a dilatação com balão e podem necessitar maior pressão de insuflação no balão. Da mesma forma, lesões intimais hiperplásicas também são, usualmente, mais resistentes à fratura e o efeito é primariamente decorrente do estiramento da parede. O volume de placa presente nas oclusões arteriais completas também parece justificar os menores índices de sucesso da angioplastia com balão nestes casos.6

ACESSO VASCULAR

A abordagem do sistema arterial é realizada comumente por via femoral, braquial ou axilar. Basicamente o acesso vascular segue os princípios técnicos descritos por Seldinger em 1953. Em geral, o sítio de acesso mais próximo a lesão a ser tratada facilita o procedimento e permite um maior número de opções terapêuticas.7

Punção retrógrada da artéria femoral comum

É a abordagem mais utilizada tanto nos procedimentos diagnósticos quanto terapêuticos. A facilidade de punção (maior diâmetro do vaso) e de compressão para hemostasia após a retirada dos cateteres são vantagens evidentes. Outras vantagens incluem a presença de um sítio alternativo contralateral, a segurança do reparo arterial caso a artéria seja lesada durante o procedimento, a possibilidade de punção anterógrada e a existência de uma variedade de cateteres e instrumentos especificamente destinados para introdução neste sítio. As desvantagens são conseqüência das dificuldades técnicas que ocorrem na presença de tortuosidades, estenoses e oclusões o médico assistente, enquanto que o aparecimento de paresia deve ser seguido de descompressão cirúrgica imediata com vistas

Punção anterógrada da artéria femoral comum

É considerada tecnicamente mais difícil e sujeita a maior número de complicações. Está indicada nas situações em que a arteriografia seletiva da artéria femoral superficial, poplítea e vasos infra-poplíteos é necessária para terapia endovascular. A agulha deve ser introduzida acima do ligamento inguinal, cruzando-o e penetrando na artéria femoral comum cerca de 2-3cm acima da bifurcação femoral.

Independente da punção femoral ser retrógrada ou anterógrada, é fundamental o conhecimento das relações anatômicas, principalmente nas situações de pulso femoral fraco ou ausente, pois os riscos da punção – sangramento, trombose, pseudoaneurisma, fístula artério-venosa e dissecção são maiores quando a punção ocorre em local inadequado. Consequentemente , a avaliação fluoroscópica pode auxiliar na escolha do sítio de punção que se localiza normalmente 1cm lateral ao córtex medial da cabeça do fêmur.

Punção da artéria braquial/axilar

A artéria braquial é considerada um sítio alternativo de punção.É utilizada quando as artérias femorais são inadequadas para acesso vascular pela presença de oclusão e/ou estenose significativa da aorta e artérias ilíacas bilateralmente. A artéria braquial esquerda é usualmente selecionada pois apresenta um risco menor de eventos cerebrovasculares relacionados a presença do cateter no trajeto da origem dos vasos cervicais. A trombose é a complicação mais frequente, principalmente pelo menor calibre e maior incidência de espasmo arterial durante a manipulação. No caso de procedimentos intervencionistas, a artéria axilar esquerda, por apresentar maior calibre, é escolhida. Na punção axilar a complicação mais temida é o hematoma na bainha do feixe vasculonervoso, pelo potencial de neuropraxia braquial. Logo, o desenvolvimento de parestesias após o procedimento deve alertar a diminuir o risco de déficit neurológico permanente.

Além desses sítios existe também a possibilidade de acesso ao sistema arterial através da punção translombar direta da aorta. Esta via está em desuso e limitada unicamente como meio diagnóstico. A complicação quase universal deste método é o hematoma retroperitoneal, que felizmente tende a ser completamente assintomático. A punção da artéria subclávia é outra opção factível, reservada para os casos de acesso femoral, braquial ou axilar inadequados.

Técnica da punção

O acesso ao lúmen arterial pode ser obtido através da punção transfixante apenas da parede anterior ou transfixante de ambas as paredes. Quando se realiza a punção transfixante da parede anterior e posterior, a agulha de ser retirada e o mandril deverá ser recuado lentamente até que fluxo pulsátil seja obtido (Lembrar que em pacientes com doença proximal significativa o fluxo pode não ser pulsátil (figura 1). Através do mandril da agulha uma guia pode ser normalmente introduzida e avançada até as artérias ilíacas ou a aorta, sob controle fluoroscópio (figura 2). Caso a guia não progrida, é importante que se injete contraste pelo mandril da agulha no sentido de se visualizar as relações com o lúmen arterial. Desta forma a agulha pode ser reposicionada e a guia avançada sem resistência até que sua porção rígida esteja na artéria ilíaca.

Angioplastia
Figura 1 - Técnica de tranfixação da parede anterior e posterior.

Angioplastia
Figura 2a - Após recuar a agulha de punção a guia é introduzida.

Angioplastia
Figura 2b - A última manobra consiste na retirada da agulha e compressão do local de punção.

 

Angioplastia
Figura 2b - A última manobra consiste na retirada da agulha e compressão do local de punção.

Angioplastia
Figura 3 - Técnica da punção da parede anterior.

A punção arterial transfixante da parede anterior, o método mais preferido, emprega a punção apenas da parede mais superficial da artéria (figura 3). Sentindo-se a pulsação da agulha quando em contato com a parede arterial, a mesma é introduzida lentamente até que o fluxo pulsátil seja obtido. A agulha é retirada, mantendo-se o mandril, e a guia é então avançada com delicadeza para se evitar dissecção arterial. Como previamente enfatizado, a guia só é considerada segura dentro do vaso quando inserida alguns centímetros dentro da artéria ilíaca. A seguir, o mandril é removido e o dilatador é introduzido sobre a guia para permitir uma via de acesso aos cateteres diagnósticos, bainhas introdutoras e cateteres balão. Se a região inguinal apresenta cicatrizes ou está cicatrizada ou fibrótica por cirurgias ou manipulações prévias, uma série de dilatadores de maior calibre e uma guia extra-rígida são freqüentemente empregados. Uma discreta pressão com o dedo é empregada sobre o ponto de entrada da guia na artéria e a ponta do dilatador é avançada gradualmente para se ter acesso ao lúmen arterial. Mantendo-se a guia retificada, os dilatadores são mais facilmente alinhados e trocados. Normalmente apenas um dilatador é necessário, mas ocasionalmente dilatadores de maior calibre podem ser inseridos para que se estabeleça uma via adequada aos demais cateteres. Se estas manobras não são realizadas com pequenos avanços de dilatadores ou a guia não está seguramente dentro da artéria, esta pode curvar-se e impedir a troca de cateteres. Sendo assim, frequentemente não há outra alternativa senão remover os materiais de punção e reiniciar todo o procedimento. Os mesmos passos são obedecidos na punção anterógrada da artéria femoral (figura 4).

Angioplastia
Figura 4 - Técnica da punção anterógrada para manipulação do segmento femoro-popliteo tibial.

GUIAS

São fundamentais para a realização de qualquer procedimento endovascular. Disponíveis em duas configurações básicas, reta ou J, tem como objetivo facilitar o posicionamento de cateteres em certas posições e dar suporte ao cateter enquanto o mesmo é avançado até o local desejado, independente do tipo de material confeccionado ou das características de manejo. O corpo da guia deve ser rígido mas flexível, e a ponta macia para evitar lesão da superfície intimal. A configuração com ponta em J é mais freqüentemente utilizada para cruzar lesões estenóticas, enquanto que a guia reta é útil para a troca de cateteres. O formato em J da ponta da guia evita o traumatismo da superfície intimal durante a sua manipulação. Seus diâmetros variam de 0.014” a 0.038” e a mais utilizada é a de 0.035”. As guias mais finas são reservadas para intervenções em pequenos vasos (artérias renais e vasos tibiais). Exemplos: Bentsen, Terumo, Wholey.

DILATADORES

São utilizados para aumentar o orifício de entrada na parede arterial permitindo assim a introdução posterior de cateteres de maior diâmetro com mínimo trauma.

BAINHAS INTRODUTORAS

São utilizadas porque muitas trocas de material são necessárias durante o procedimento endovascular. Estabelecem um acesso permanente na artéria, reduzem o sangramento retrógrado durante a instrumentação e protegem a luz vascular adjacente ao sítio de punção do trauma repetitivo pela troca do material. Normalmente de 10 a 20cm, servem para facilitar a passagem de várias guias, cateteres e cateteres-guia. Quando a bainha introdutora é nova, basta apenas um número acima do cateter-balão para permitir a introdução do mesmo; por exemplo, bainha 6F para cateter-balão 5F. Quando os balões são reesterilizados frequentemente há necessidade de se utilizar bainhas com dois números acima (bainha 7F para cateter-balão 5F). Ao contrário de todos os outros cateteres , a numeração é dada pelo diâmetro interno da bainha. Consequentemente, o diâmetro externo é de 0.3 – 0.5 mm maior, o que resulta num orifício na parede do vaso cerca de um Fr maior.

CATETERES

Tem como objetivo facilitar a injeção de contraste em áreas específicas do leito vascular, bem como permitir a troca de guias. Existe uma variedade de configurações de cateteres diagnósticos (figura 5), entretanto, o cateter “pigtail” é o mais frequentemente utilizado. Para exame vascular periférico normalmente o tamanho é de 4-6Fr., com um diâmetro interno de 0.035” ou 0.038”. Exemplos: Pigtail, Cobra, Simmons, Berenstein. O cateter pigtail é utilizado para opacificar a aorta com alto fluxo e volume de contraste. Ele pode também ser colocado na bifurcação aórtica e utilizado para se injetar menores volumes de contraste quando se opacifica as artérias das extremidades inferiores. Cateteres menores, como o Cobra, podem ser utilizados para se opacificar seletivamente os ramos da aorta.

Angioplastia
Figura 5 - Cateteres mais utilizados para angiografia e angioplastia

CATETERES-GUIA

São utilizados para a cateterização seletiva de artérias de pequeno calibre e de segmentos arteriais muito angulados que, para serem canulados, necessitam de guias finas e flexíveis. Os cateteres-guia, por serem mais rígidos, garantem a abordagem e a manutenção do acesso ao vaso após a angioplastia e/ou colocação de “stent”. Permitem avaliar o resultado do procedimento realizado através da arteriografia sem o inconveniente de se retirar a guia ou o balão de angioplastia do local desejado. Como desvantagem apresentam um diâmetro maior, e por esta razão, há a necessidade de um orifício maior no sítio de punção para acomodar a bainha através do qual são utilizados. O tamanho varia de 7-10Fr.

CATETERES-BALÃO

Diferem quanto ao material do balão, a presença de revestimento redutor de fricção do balão, o mecanismo de insuflação do balão, o comprimento da ponta do cateter que se extende após o balão e o comprimento do corpo do balão. O balão deve apresentar um diâmetro inflado cerca de 10 a 20% superior ao lúmen normal do vaso a ser dilatado. Os comprimentos dos balões variam de 2, 4 e 10 cm e os diâmetros de 1,5 mm a 18 mm. Os cateteres-balão são apresentados em comprimentos de 40, 75 e 120 cm. Geralmente os cateteres-balão curtos são mais facilmente manipuláveis. Os cateteresbalão inicialmente eram confeccionados com cloreto de polivinil (PVC), entretanto, eram muito complacentes, resultando em menores pressões quando inflados e uma tendência para dilatar além do diâmetro desejado. Atualmente os cateteres-balão para uso periférico são menos complacentes e confeccionados com polietileno e derivados, poliester e Dacron trançado.

TÉCNICA DA ANGIOPLASTIA

O sítio de punção arterial será determinado pelo padrão de doença oclusiva que o paciente apresenta. A angioplastia transluminal percutânea com balão é de simples execução técnica. Após o sítio de punção definido e a artéria cateterizada pela técnica de Seldinger, o paciente é anticoagulado com 5000-7000 UI de heparina intravenosa . A seguir, o cateter-balão é introduzido sobre a guia. Dependendo da localização e característica da lesão a ser dilatada, um cateter guia pode ser selecionado para facilitar o procedimento. No local da estenose ou oclusão, o balão é inflado mediante a injeção pelo cateter de solução de contraste iodado e mantido por um período que varia entre 30 segundos e 3 minutos (figura 6). Após o balão ser desinflado é realizada uma arteriografia de controle para se avaliar o resultado do procedimento. A angioplastia é considerada efetiva se houver menos de 30% de estenose residual após o término do procedimento.

Angioplastia
Figura 6 - Seqüência da técnica da angioplastia :passagem da guia e cateter, localização da lesão,posicionamento do cateter balão e insuflação.

LIMITAÇÕES DA ANGIOPLASTIA

Além das situações anatômicas desfavoráveis, onde a probabilidade de sucesso da angioplastia é limitada, existem poucas situações onde a angioplastia com balão não pode ou não deve ser indicada. Obviamente, se a lesão é inacessível pelas técnicas presentes ela não poderá ser dilatada. A familiaridade com várias abordagens diminui a probabilidade desta eventualidade. A abordagem da artéria axilar pode garantir um acesso ,quando oclusão ilíaca ou uma lesão próxima a artéria femoral comum impede o uso das abordagens padrão. A punção retrógrada da artéria femoral superficial ou poplítea pode facilitar a dilatação de lesões na artéria femoral superficial ou comum que são inacessíveis de outra forma, apesar de maior dificuldade e risco do procedimento. A angioplastia com balão de lesões que previamente embolizaram é uma situação controversa já que pode precipitar adicional embolização. Entretanto, em muitos casos ela pode ser realizada sem incidentes. Além disso, existe alguma evidência que o uso do “stent” primário pode diminuir a chance de embolização durante a dilatação. Nas situações em que a angioplastia exige cobrir uma bifurcação ou ramo importante existe o risco de embolização e oclusão associada a dissecção. Embora esta ocorrência seja raramente de maior conseqüência, como por exemplo na oclusão de artéria hipogástrica por dilatação de artéria ilíaca, a oclusão ou a embolização da artéria vertebral é outro problema. Consequentemente, a dilatação através da origem da vertebral não é recomendada. Além disso, em situações nas quais o fluxo sangüíneo pélvico está comprometido, medidas para proteger a artéria hipogástrica devem ser empregadas. Outra limitação da angioplastia com balão refere-se a lesões oclusivas em proximidade com artérias aneurismáticas, mais comumente com estenoses de artéria renal ou ilíaca na situação do aneurisma de aorta abdominal. A dilatação em tais circunstâncias é contraindicada pelo risco de ruptura arterial. Somando-se a isto, lesões que contém trombo parcialmente organizado também são contraindicadas pelo risco de embolização.

COMPLICAÇÕES

As complicações relacionadas à angioplastia com cateter balão compreendem aquelas decorrentes da necessidade de utilização de agentes de contraste, e aquelas inerentes a técnica do procedimento como o acesso ao sistema vascular, a ultrapassagem da lesão pela guia, a manipulação de cateteres e a própria dilatação com balão.

Reações ao contraste

A utilização de agentes de contraste é obrigatória nas arteriografias diagnósticas e nos procedimentos endovasculares, apesar de seus conhecidos efeitos sobre vários orgãos e sistemas. Excetuando o dióxido de carbono, todos os demais agentes de contraste utilizados são compostos que contem iodo. A incidência global de reações adversas aos agentes de contraste convencionais é de 5% e, reações alérgicas ,ocorrem em cerca de 15% dos pacientes com história de alergia ao contraste. Entretanto, não há uma correlação entre história de alergia e reações severas ou óbito. Muitas reações ocorrem dentro de 5 minutos da administração do agente e reações tardias são observadas numa minoria dos pacientes. As reações leves podem ser tratadas com antihistamínicos (difenidramina 25-50 mg IV ou IM). Quando a reação é mais severa, 0,1 a 0,2 ml de uma solução 1:1000 de adrenalina pode ser administrada IV em intervalos de 1 a 3 minutos até que a reação termine. Além disso, pode ser necessária a administração de corticesteróides ou até mesmo reanimação cardio-pulmonar. Os agentes de contraste incluem os iônicos (de alta ou baixa osmolalidade) e os não iônicos de baixa osmolalidade. Os agentes de baixa osmolalidade causam menos paraefeitos (como dor e desconforto durante a administração) e reações alérgicas do que os tradicionais agentes iônicos de alta osmolalidade; contudo, seu custo é mais elevado.1,3,7 Exemplos de agentes não iônicos e de baixa osmolalidade incluem: Isovue, Omnipaque, Optiray e Hexabrix.

Complicações da manipulação arterial. São ao menos 14 as encontradas:

a) Hematoma

O hematoma no sítio da punção é a complicação mais comum. O uso de cateteres de menor calibre (3 a 5 Fr) diminui a incidência deste problema nos exames diagnósticos. Nos procedimentos endovasculares o diâmetro dos cateteres ainda é um fator significativo de risco. Normalmente ocorre após a remoção dos cateteres e bainhas . Quando pequenos e não expansíveis, resolvem espontaneamente em alguns dias. É melhor prevenido pela aplicação adequada de pressão digital sobre o sítio de punção, por 15 a 20 minutos após a remoção da bainha introdutora.

b) Espasmo arterial

É algumas vezes visto no sítio de acesso vascular ao longo do curso da artéria, ou nas proximidades da ponta do cateter. Guias inseridas em ramos secundários também pode induzir espasmo. Papaverina (50 mg) e verapamil são as drogas utilizadas nesta situação.

c) Trombose

A instrumentação prolongada e o vasoespasmo arterial associado são os principais fatores de risco. A utilização de guias macias e cateteres de menor diâmetro, além do uso concomitante de heparina, limitam esta complicação. É mais comum quando se manipula artérias de pequeno calibre (renais, tibiais e fibulares). A formação de trombos ao redor da bainha é uma situação comum em procedimentos prolongados como, por exemplo, nos casos de trombólise por cateter. Neste caso a indicação é a trombectomia cirúrgica pelo risco de sangramento através do orifício de punção.

d) Embolia

Pode resultar quando o cateter ou a guia desloca o trombo mural ou a placa. A formação de trombo em torno do cateter também pode resultar na liberação de êmbolos quando o mesmo é retirado. A maioria dos episódios são microembólicos e neste caso não há tratamento específico. A macroembolização deve ser tratada com trombólise ou embolectomia com cateter de Fogarty. Uma eventualidade menos frequente é a embolia por fratura do cateter e se torna mais comum quando este é reutilizado várias vezes.

e) Hemorragia

A punção arterial pode resultar em significativa hemorragia e a compressão do sítio de punção pode ser dificultada pela obesidade do paciente. A técnica cuidadosa ,quando da remoção dos cateteres e da agulha , pode evitar esta complicação.

f) Pseudoaneurisma

Ocorre normalmente por compressão inadequada após a retirada dos cateteres. O reparo cirúrgico, a compressão guiada por ecografia ou a infusão de trombina diretamente no pseudoaneurisma pode ser necessária para corrigir o problema.

g) Fístula artério-venosa

Não existe maneira de se evitar esta complicação. Quando identificada logo após o procedimento, pode-se tentar a compressão guiada por ecografia. A freqüência desta complicação está diretamente relacionada à experiência do profissional.

h) Dissecção pela guia

É melhor tratada com a angioplastia da área dissecada através de outro sítio de punção. A passagem subintimal da guia deve ser reconhecida antes que seja introduzido e inflado o balão de angioplastia. No tratamento das oclusões, a guia naturalmente passa por um plano subintimal, isso explica parcialmente as menores taxas de sucesso da angioplastia de lesões oclusivas completas.

i) Perfuração arterial

Ocorre mais comumente quando se tenta cruzar com a guia as oclusões completas. Felizmente o vazamento resultante é de pequena quantidade e resolve espontaneamente. Se o paciente foi anticoagulado, a heparina deve ser revertida e o procedimento encerrado.

j) Ruptura arterial

Se trata desituação muito rara e o diagnóstico é firmado quando se observa extravasamento de contraste. O paciente refere dor persistente pelo efeito irritante do sangue. O tratamento é o reparo cirúrgico.

k) Dissecção arterial pelo balão

A repetição da dilatação com um balão maior e a insuflação por tempo mais prolongado pode selar o “flap”. Entretanto, o uso do stent oferece a melhor chance de sucesso nesta situação.

l) Dilatação subintimal

Deve ser evitada pelo risco de trombose e formação de falsa luz. A correta posição da guia e nova dilatação é a conduta mais aceita.

m) Trombose no sítio de angioplastia

Quando detectada precocemente pode ser tratada pelo uso de fibrinolíticos injetados por cateter no local da lesão.

n) Quebra do cateter

É situação muito rara. Pode ocorrer durante ao procedimento se o cateter está angulado e é cortado pela guia.

Stents endovasculares

“Stents” ou fixadores endovasculares são próteses metálicas inseridas no luz vascular cuja função é manter a perviedade do vaso. O propósito inicial de seu desenvolvimento por Dotter em 1969, era o tratamento das complicações das angioplastias, sendo que atualmente uma variedade de stents estão sob investigação.

Podem ser classificados de várias formas, sendo a mais comumente utilizada a que caracteriza o mecanismo de expansão:

Stents auto-expansíveis

Contidos numa bainha que permite a expansão a um diâmetro pré-determinado após remoção da mesma. Apresentam alta flexibilidade, são relativamente fáceis de implantar, porém tem pequena resistência à compressão radial. Exemplos incluem: Wallstent, Gianturco, Cragg e Corvita.

Expansão térmica

O protótipo é o stent de nitinol ( liga de níquel e titânio ) que possui a propriedade de recuperação térmica, ou seja, assume o seu formato original após exposto a temperatura corporal.

Stents expansíveis por balão- contidos numa bainha e revestindo um balão de angioplastia. Apresentam boa resistência a compressão radial, entretanto, falta flexibilidade longitudinal. Podem ser reinflados com um balão maior, ao contrário dos anteriores que tem um diâmetro pré-determinado. Exemplos incluem: Palmaz, Strecker e Wiktor.

Até o momento apenas dois stents estão aprovados pelo FDA – o Walllstent autoexpansível e o Palmaz expansível por balão. São indicados em lesões ateroscleróticas oclusivas ou estenoses curtas de artéria ilíaca comum ou externa ou no caso de resultado hemodinâmico ou angiográfico inadequado da angioplastia, como a presença de um gradiente de pressão trans-estenótico µ 5mm e/ou estenose residual µ 30% e/ou dissecção intimal. As situações em que estão contraindicados são : extravasamento no sítio alvo, tortuosidade severa do vaso (exceto para Wallstent) e lesões muito calcificadas.1,8,9

Basicamente a técnica de implantação consiste na liberação do stent no local indicado, após a angioplastia da lesão, através de um sistema de cateteres variável, que depende do tipo de stent utilizado (autoexpansível ou expansível por balão). As complicações do procedimento incluem as decorrentes do stent propriamente dito – migração, trombose, expansão inadequada ou ausência de expansão, ruptura arterial e as consequentes à angioplastia e arteriografia, já descritas anteriormente. As complicações tardias incluem a trombose do segmento manipulado por progressão da doença e hiperplasia intimal relacionada à presença do stent (figura 7).

Angioplastia
Figura 7a - Hiperplasia intimal distal ao stent ilíaco, oito meses após angioplastia.

Angioplastia
Figura 7b - Hiperplasia intimal distal ao stent ilíaco, 8 meses após angioplastia.


RESULTADOS DA ANGIOPLASTIA

Angioplastia ilíaca e femoral

Apesar do grande número de séries clínicas relatadas na literatura, a análise dos dados obtidos é desapontadora no que se refere à informações úteis. O fato de que a maioria dos estudos não apresenta um delineamento adequado para a avaliação e comparação de intervenções terapêuticas é o principal fator limitante destas conclusões. Existem apenas dois ensaios clínicos randomizados na literatura até o momento, com um total de 118 pacientes, comparando-se o tratamento clínico com a angioplastia. Além disso, não há um único trabalho “randomizado” comparando a angioplastia com o tratamento cirúrgico.8,9,10,11,12,13,14,15,16 No estudo de Edinburg foram selecionados 62 pacientes com estenoses ou oclusões curtas de artéria ilíaca ou femoral superficial. Este grupo foi randomizado entre tratamento clínico (uso de aspirina, exercícios programados e abolição do fumo) e a angioplastia sem “stent”. Apesar da melhora aos 6 meses, ambos os grupos não apresentaram diferenças quanto ao índice pressórico tornozelo/braço, distância de claudicação ou qualidade de vida ao fim de 2 anos. No estudo de Oxford, 56 pacientes com estenoses ou oclusões curtas ilíaco-femorais foram separados em dois grupos: no primeiro os pacientes eram submetidos à exercícios programados e no segundo à angioplastia. Apesar da melhora no índice pressórico tornozelo/braço no grupo da angioplastia, não ocorreu melhora significativa da distância média de claudicação. Por outro lado, no grupo clínico ocorreu melhora da distância de claudicação aos 6, 9 e 12 meses. Na avaliação de 37 dos 56 pacientes após 6 anos não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos quanto ao nível de claudicação. Em relação ao uso de “stent” comparado a angioplastia simples, apenas os estudos de Tetteroo e cols. e o de Richter12,14 são considerados adequados graças ao delineamento randomizado e prospectivo. Apesar do primeiro não demonstrar diferença significativa entre os dois grupos quanto a claudicação após dois anos, no estudo de Richter o “sucesso clínico” após 5 anos foi melhor no grupo submetido ao implante de “stent”(93% versus 70%). Pelas razões decorrentes da análise da literatura parece que a angioplastia ilíaca e femoral superficial deve ser indicada com muito critério. As estenoses arteriais devem ser curtas e os pacientes devem apresentar isquemia crítica ou claudicação muito limitante. Além disso, na maioria dos casos a angioplastia deve ser considerada um método paliativo ou associado à cirurgia de revascularização proximal ou distal ao ponto de estenose.

Quando existe estenose bilateral das ilíacas junto à bifurcação da aorta há necessidade do uso de dois balões que são inflados simultaneamente (“kissing”) para impedir ,na remodelação arterial,que o material aterosclerótico deslocado oclua o óstio arterial contralateral (figura 8).

Angioplastia
Figura 8a - Estenoses junto à bifurcação aórtica tratadas pela técnica do duplo balão.

Angioplastia 
Figura 8b - Estenoses junto à bifurcação aórtica tratadas pela técnica do duplo balão.

Angioplastia
Figura 8c - Estenoses junto à bifurcação aórtica tratadas pela técnica do duplo balão.

Quanto ao uso dos “stents” no segmento ilíaco, estes devem ser utilizados em situações específicas, como por exemplo, na dissecção arterial extensa durante a angioplastia, em estenoses complexas com ulcerações ou estenoses múltiplas, na recanalização de um segmento ocluído longo, em estenoses excêntricas e/ou calcificadas e na recidiva da estenose pós-angioplastia (figura 9).

Angioplastia
Figura 9a - Estenose excêntrica e calcificada da iliaca comum

Angioplastia
Figura 9b - O cateter balão não consegue romper a placa excêntrica.

A durabilidade da angioplastia está diretamente associada ao diâmetro do vaso tratado, ou seja, quanto menor o vaso, menor a perviedade. Isto explica em parte os piores resultados no segmento femoro-poplíteo e infra-poplíteo em relação ao segmento ilíacofemoral. A angioplastia da artéria femoral superficial ou poplitea pode ser indicada nas estenoses (figura 10) ou oclusões curtas (figura 11). Raramente a angioplastia de vasos da perna está indicada a não ser em lesões anatomicamente muito favoráveis (figura 12)

Angioplastia
Figura 10a - Estenose segmentar na transição femoropoplitea

Angioplastia
Figura 10b - Resultado após angioplastia com balão de 5 mm.

Angioplastia
Figura 11a - Oclusão segmentar da femoral superficial em paciente com isquemia crítica

Angioplastia
Figura 11b - Resultado após angioplastia com balão de 6 mm.

Angioplastia
Figura 12a - Estenose segmentar do tronco tibio-peroneiro em paciente diabético com isquemia crítica.

Angioplastia das artérias renais

As indicações para tratamento por angioplastia renal são as mesmas da cirurgia de revascularização: controle da hipertensão renovascular e preservação ou melhora da função renal. O sucesso técnico imediato relatado em várias publicações varia de 84% a 90% mas a melhora da função renal ou da hipertensão são alcançadas em 37% a 52%.18,19,20 O prognóstico é melhor quando a lesão é a fibrodisplasia mas mesmo assim os resultados são inferiores à cirurgia. A localização da lesão aterosclerótica se constitui no principal fator limitante dos resultados. As lesões ostiais mesmo quando tratadas com stents não respondem bem à longo prazo, com índice de perviedade primário inferiores a 50%.21 Os resultados são melhores, com sucesso técnico acima de 70%, nas angioplastias arteriais das anastomoses de rins transplantados e nas lesões que se iniciam depois do óstio da artéria renal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A angioplastia (com ou sem stent) vem se impondo como um método alternativo ou complementar em diversas situações clínicas, principalmente em casos cujo tratamento cirúrgico é de risco proibitivo. Assim o cirurgião vascular tem que está atendo para a utilização destas técnicas no arsenal terapêutico para a melhor condução dos doentes com moléstias vasculares.

REFERÊNCIAS

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angioplastia coronária é um procedimento para a dilatação de uma obstrução ou estreitamento das artérias do coração, que são chamadas de artérias coronárias. Estas obstruções das artérias coronárias são causadas por placas de gordura, que bloqueiam a passagem de sangue para uma região do coração.

A angioplastia é realizada por um cardiologista, utilizando um equipamento especial de Raio X, localizado em um setor do Hospital chamado de Hemodinâmica. Para realizar a angioplastia, o cardiologista utiliza um pequeno tubo flexível ou cateter que vai até o coração e as artérias coronárias, similar ao cateterismo cardíaco. Este cateter é introduzido por um vaso sanguíneo da virilha ou do braço do paciente. Através do cateter, um segundo cateter, ainda mais fino, com um pequeno balão na extremidade, é posicionado no local da obstrução. O balão é insuflado, dilatando o local em que há o estreitamento, permitindo que o fluxo de sangue volte ao normal.

Frequentemente, para reduzir a chance da obstrução retornar, um pequeno tubo metálico, chamado de stent é implantado no local onde havia o estreitamento. Os stents são similares a uma pequena mola, com as paredes que lembram uma rede, que são expandidos para obter o formato exato da artéria e liberar o fluxo sanguíneo.

A primeira angioplastia coronária foi realizada em 1977 em Zurich, na Austria, e desde então evoluiu muito. Hoje a angioplastia com stents é uma alternativa fundamental para o tratamento de pacientes que apresentam angina de peito ou ataque cardíaco. Com o avanço tecnológico, grande parte das obstruções coronárias passaram a poder ser tratadas pela angioplastia, com um índice de sucesso superior a 95% dos casos.

Entretanto, a angioplastia sempre deve ser associada a um tratamento com medicamentos e acompanhamento cardiológico. Não são todos os pacientes que se beneficiam da angioplastia. De modo geral, quanto mais séria for a situação clínica do paciente, maior será o benefício da angioplastia. A análise sobre a situação clínica que faz com que a angioplastia seja benéfica para um paciente deve ser realizada pelo seu médico.

Fonte: www.seucoracao.com.br

Atenção para os seguintes aspectos:

Terminologia clínica: Angioplastia transluminal percutânea (ATPC)

ATPC significa dilatar, através de um balão inserido por cateterismo cardíaco, uma região da artéria coronária obstruída por uma placa de "gordura".

Os resultados iniciais são ótimos em mais de 90% dos pacientes, mas é importante lembrar que em 30 a 40% dos casos o procedimento tem de ser repetido até 3 meses após a primeira tentativa porque a obstrução se refaz.

A colocacão de "stents" reduz este percentual para 15%.

O que é angioplastia com balão?

A ATPC é um procedimento não-cirúrgico introduzido em 1978, destinado a aliviar o estreitamento das artérias que irrigam o músculo cardíaco (coronárias) provocado pelo crescimento de depósitos gordurosos, as placas de aterosclerose.

Consiste em introduzir um um fino tubo de material plástico (cateter) dotado de um balonete em sua ponta através de uma artéria do braço ou virilha e, sob raios-X com injeção de contraste iodado, posicioná-lo no local da obstrução ao nível das artérias coronarias e insuflar o balão uma ou mais vezes, "espremendo" a placa contra a parede do vaso e reduzindo, assim, consideravelmente o bloqueio à passagem do sangue. Quando bem sucedido, o procedimento leva ao desaparecimento ou melhora significativa da dor no peito (angina) e reduz o risco de um infarto do miocárdio, sem a necessidade de uma cirurgia de revascularização miocárdica. Cada vez mais têm se recorrido à colocação de "stents" para assegurar a persistência de uma boa abertura do local dilatado e impedir o reestreitamento do vaso naquele ponto. Os "stents" são pequenas molas ou cilindros ocos de aço inoxidável trançado e expansível, inseridos exatamente no local da dilatação por balão, que estabilizam o local dilatado, mantendo-o aberto. O nome "stent" nada tem a ver com a estrutura metálica, sendo tão somente uma referencia ao sobrenome do indivíduo que os utilizou pela primeira vez.

Outras técnicas como a aterectomia rotacional e a angioplastia por excimer laser representam aperfeiçoamentos do procedimento original e vêm sendo continuamente aprimorados. Dentre todos os aperfeiçoamentos recentemente introduzidos, são os "stents" os que exibem os melhores resultados.

Quando indicamos a angioplastia?

Em casos de angina instável, situação em que o paciente tem dor e isquemia em repouso, rebelde às medidas iniciais de controle clínico, uma coronariografia pode revelar uma ou mais lesões responsáveis pelo mal, com certas características que as tornam adequadas à pronta inserção de um cateter-balão. O alívio é rápido e o resultado a curto e médio prazo costuma ser muito bom, uma vez superado o risco de oclusão aguda.

Os pacientes portadores de angina estável ou de recente início, com apenas um ou dois estreitamentos arteriais identificados à cinecoronariografia, podem submeter-se a angioplastia com bons resultados a médio para longo prazo.

Os principais obstáculos à realização de uma angioplastia são o tipo de lesão abordada e a experiência da equipe. Uma placa de aterosclerose extensa, cheia de cálcio, ou localizada numa acentuada curvatura do vaso, pode traduzir um fraco resultado pós-dilatação e até mesmo produzir complicações se manipulada. Uma equipe pouco experiente no procedimento também pode exibir maus resultados. Na ausencia destas duas limitações, os resultados costumam ser favoráveis.

Quais as complicações da angioplastia?

A mais séria complicação da ATPC é a oclusão aguda da artéria coronariana dilatada nas primeiras horas após o procedimento, o que pode ocorrer em até 5% dos casos devido a descolamento (dissecção) da camada mais interna da artéria, coagulação do sangue no local (trombose) e constricção do segmento dilatado (espasmo). A aspirina oral e a heparina, um agente anticoagulante administrado por via venosa, são utilizadas para minimizar estas complicações. O espasmo pode também ser revenido por medicação específica, como os nitratos e bloqueadores dos canais de cálcio.

No caso de uma oclusão aguda da artéria angioplastada, o paciente é encaminhado imediatamente ao laboratório de hemodinamica e colocação de "stent". Alguns podem necessitar de cirurgia de revascularização miocárdica de emergência, um procedimento cuja mortalidade excede em 2 a 3 vezes aquela esperada para um procedimento rotineiro de revascularização miocárdica. De modo geral, a mortalidade da angioplastia é de apenas 0.5%, o risco de um infarto do miocardio durante o procedimento é de 1 a 2%, e o risco de uma cirurgia de urgência é também 1 a 2%.

Uma nova substância, o Abcximax (Reopro) tem se revelado capaz de reduzir substancialmente o risco de oclusão abrupta do vaso, tendo sido empregado com sucesso em pacientes de alto risco para o desenvolvimento desta complicação, especialmente ao evidenciar-se a existência de coágulos no local a ser dilatado.

Como é a recuperação após uma angioplastia?

O procedimento é realizado na sala de cateterismo cardíaco, sob anestesia local e dura em média 30-60 minutos, podendo estender-se de acordo com a situação apresentada. Em procedimentos não-emergenciais (eletivos) os pacientes recebem alta no dia seguinte, com a recomendação de evitar exercíicios vigorosos ou levantar pesos acima de 10 kg nas primeiras 2 semanas da angioplastia. Em 2 a 3 dias o trabalho e a atividade sexual pode ser retomada.

Quais os resultados a longo prazo da angioplastia?

Os benefícios a longo prazo dependem do tempo em que as artérias dilatadas permanecem abertas. Em cerca de 30 a 40% dos casos um ou mais vasos dilatados por angioplastia podem sofrer reestenose, ou seja, reestreitar num período de até seis meses (os três primeiros meses são os mais críticos) exigindo a repetição do procedimento. Comumente, procede-se à execução de um teste de esforço no terceiro mês após a angioplastia, mesmo que o paciente nada sinta, com o objetivo de detectar a reestenose. Quando o resultado do teste ergométrico sugere apenas uma reestenose pouco importante, o paciente pode ser controlado por medicamentos. Uma segunda ou terceira angioplastia da mesma região previamente dilatada, apresenta os mesmos risco e benefícios que o procedimento original. Às vezes, ao invés de nova angioplastia, pode ser preferível realizar uma cirurgia de revascularização.

O "stent", uma estrutura de aço inoxidável em forma de mola ou cilindro trançado, implantada mediante o uso de um cateter, imediatamente após a dilatação da placa aterosclerótica por balão, ajuda a evitar a reeestenose e tem sido, até o momento, a única abordagem comprovadamente capaz de evitar o reestreitamento do vaso. A contrapartida é um pequeno aumento no risco de sangramento e necessidade de transfusões de sangue durante a permanencia no hospital. A indicação para o uso de "stents" depende do tipo de placa a ser dilatada, da localização e extensão desta placa, da magnitude da dilatação obtida pelo balão e do risco de oclusão aguda do vaso.

Fonte: sociedades.cardiol.br

O que é angioplastia coronária e por que esse exame é pedido pelo médico?

angioplastia coronária é um procedimento no qual um minúsculo balão ou stent é usado para expandir ou abrir uma artéria que leva sangue para o coração. Esse exame será solicitado se você apresentar sinais ou sintomas de doença arterial coronária (DAC). Na DAC, ocorre estreitamento dos vasos sangüíneos que levam sangue para o coração. A angioplastia pode restaurar o fluxo normal de sangue para o músculo cardíaco. O médico também pode se referir ao procedimento de angioplastia como "ICP" ou intervenção coronária percutânea.

Fatores de risco para doença cardíaca ou DAC:

Hipertensão

Diabetes

Fumo

Colesterol alto

Obesidade

História familiar de doença cardíaca

A DAC começa quando o revestimento interno de uma artéria coronária é danificado. Isso geralmente ocorre devido à placa (material gorduroso composto por colesterol e outras partículas). O acúmulo de placa pode diminuir o espaço dentro da artéria, o que causa estreitamento do canal para o fluxo de sangue ao músculo cardíaco.

Quanto tempo leva o exame?

Normalmente, a angioplastia demora uma hora para ser feita. Em casos mais complexos, o procedimento pode durar várias horas. É necessário também acrescentar um tempo para a preparação antes do procedimento e para o tratamento após o procedimento.

Existe algum preparo especial para o procedimento?

Poderão ser pedidos exames laboratoriais. As doses de medicamentos para diabetes e Coumadin devem ser discutidas com o cardiologista antes da angioplastia.

Não coma nem beba nada por 6 horas antes do procedimento. Tome todos os medicamentos habituais antes da angioplastia, a menos que o médico tenha dado outras instruções.

Leve com você uma lista dos medicamentos que estiver tomando no momento. Use roupas confortáveis e deixe jóias, dinheiro, cheques, cartões de crédito e outros objetos de valor em casa.

Todos os pacientes que serão submetidos à angioplastia serão internados e passarão a noite após o procedimento no hospital.

O que acontecerá no dia do procedimento?

Consulte a Folha de informações ao paciente sobre cateterismo cardíaco. O setor de atendimento de pacientes e o laboratório de cateterismo são os mesmos para os dois procedimentos.

Da mesma maneira que no cateterismo cardíaco, cateteres serão colocados através de um introdutor e dirigidos às artérias que irrigam o coração. Você não sentirá a passagem desses cateteres. Você poderá sentir uma sensação de pressão no local da inserção do introdutor.

Vários arteriogramas, ou imagens, poderão ser feitos de cada artéria. Você verá a câmera se movimentando no corpo durante o procedimento.

Quando o bloqueio for localizado, um cateter com um pequeno balão na ponta será guiado até o ponto de estreitamento na artéria coronária. Quando for posicionado no local do bloqueio, o balão do cateter inflará para aumentar a artéria e pressionará a obstrução contra a parede da artéria para abri-la.

Freqüentemente, mas não sempre, um stent é inserido na artéria com um cateter com um balão diferente na ponta. Quando o stent é posicionado corretamente na artéria coronária, o balão é inflado para expandir o stent contra as paredes da artéria coronária. Em seguida, o balão do cateter é desinflado e removido, deixando o stent permanentemente afixado na parede da artéria coronária.

Os stents são geralmente de metal e em forma de rede. Os stents podem ser revestidos com medicamento ou sem medicamento e existem diferentes tamanhos disponíveis.

Alguns pacientes sentem um pouco de desconforto na fase de expansão do balão; alguns pacientes sentem os sintomas típicos da angina e outros não sentem nenhum desconforto. Da mesma maneira que para o cateterismo cardíaco, são usados sedação leve e medicamentos para o controle da dor durante o procedimento.

No final do procedimento, os cateteres e os balões são removidos. Alguns pacientes recebem um curativo oclusivo para vedar o local da inserção; alguns pacientes precisam de compressão manual, ou pressão no local depois que o introdutor é retirado. O método de oclusão será determinado pela anatomia do paciente e pela decisão do médico durante o acompanhamento do paciente.

Você será então removido para o setor de atendimento de pacientes.

O que acontecerá depois do procedimento?

Depois da angioplastia, o médico conversará com você sobre os resultados. Você permanecerá em repouso no leito por 2 a 6 horas e durante esse período será removido para outra ala do hospital para passar a noite. Os enfermeiros responsáveis pelo seu atendimento lhe explicarão como será o tratamento após o procedimento e lhe entregarão uma cópia assinada com instruções que deverão ser seguidas depois da alta.

O médico poderá receitar outros medicamentos. Você poderá adquirir esses medicamentos aqui na Farmácia do Danbury Hospital ou em alguma farmácia local. Você deverá marcar uma consulta para acompanhamento com o cardiologista dentro de uma semana após a alta.

O médico determinará o nível de atividades que você poderá realizar após procedimento e também fará um planejamento que incluirá a data que poderá voltar ao trabalho, dirigir e fazer exercícios. Existem programas anti-tabagismo, de orientação nutricional e de reabilitação cardíaca disponíveis para nossos pacientes. Sinta-se à vontade para conversar com o médico sobre qualquer um desses programas.

Fonte: sociedades.cardiol.br

 

Angioplastia

A angioplastia é a dilatação com um balão de uma artéria estreitada por placas de gordura. É feita através de um cateterismo, onde um catéter é colocado próximo da artéria a ser dilatada. Um catéter balão é colocado dentro da artéria e o balão inflado bem na região estreitada.

O balão promove um esmagamento da placa de gordura da artéria, aumentando o diâmetro desta, melhorando o fluxo de sangue.

O “stent” é uma pequena prótese contruída de uma rede metálica. Frequentemente é utilizado após a angioplastia no mesmo procedimento para moldar a artéria e diminuir as chances de obstrução ou retorno do estreitamento. Recentemente foram desenvolvidos “stents” recobertos com drogas que tem por objetivo reduzir as chances de novo estreitamento causado pela cicatrização do vaso após a colocação desta prótese. Ainda aguardamos resultados a longo prazo destes chamados “stents” farmacológicos.

Fonte: www.clinicasaadi.com.br

 

Causas

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Quando o colesterol ou outras substâncias se depositam nos vasos sanguíneos do coração (artérias coronárias), formam-se placas que podem provocar o estreitamento destes importantes vasos sanguíneos.

Este processo patológico designa-se por aterosclerose. O estreitamento das artérias coronárias faz com que menos sangue oxigenado seja levado até ao músculo cardíaco, o que pode provocar dores no peito (angina de peito). Se a placa obstruir completamente uma artéria coronária ou se ocorrer a sua ruptura pode originar um ataque cardíaco (enfarte do miocárdio).

Se tiver sintomas de angina de peito, deve consultar um médico o mais rapidamente possível. Os sintomas da angina de peito podem incluir dor que irradia para a parte superior do corpo ou dor de tipo opressivo no peito.

Diagnóstico

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São muitos os fatores que podem contribuir para a formação da placa e para a doença coronária (DC). Entre estes fatores contam-se um historial familiar de DC, níveis elevados de colesterol e de triglicéridos (ácidos gordos) no sangue, diabetes, tabagismo, excesso de peso, falta de exercício regular e pressão arterial elevada.

O seu médico poderá realizar vários exames para confirmar o diagnóstico de DC. O eletrocardiograma (ECG) serve para determinar a atividade eléctrica do coração; a detecção de alterações neste exame pode indicar danos nos tecidos cardíacos. Poderá ainda ser submetido a uma prova de esforço (num tapete de corrida), para melhor identificar a parte do coração que foi danificada.

Talvez seja necessária uma visita ao laboratório de hemodinâmica para realizar uma angiografia coronária. Neste procedimento, é injetado líquido de contraste nas artérias coronárias que vai permitir a sua visualização durante uma radiografia.

Estas imagens mostram ao médico exatamente quais as artérias que apresentam um estreitamento e/ou obstrução.

Tratamento da doença coronária

Após o médico efetuar o diagnóstico completo do seu estado de saúde, as recomendações de tratamento irão depender da gravidade e da extensão da doença. O médico poderá recomendar algumas mudanças no seu estilo de vida, como, por exemplo, deixar de fumar, mudar a sua dieta e praticar exercício físico controlado.

Existem várias opções de tratamento para a DC. Entre estas, contamse a medicação, a angioplastia coronária, a colocação de um stent coronário ou a cirurgia de enxerto de revascularização coronária. O seu médico falará sobre estas opções consigo.

Poderá ser realizado um procedimento de angioplastia coronária no seguimento de uma angiografia coronária. Em alternativa, o médico poderá mandá-lo para casa e pedir-lhe que regresse para a intervenção depois de tomar um ciclo de medicação. Embora o procedimento seja minimamente invasivo, ser-lhe-á solicitado que não coma nem beba nada a partir da meia-noite do dia anterior. É muito importante que siga cuidadosamente todas as instruções antes do procedimento.

Angioplastia coronária

No dia da angioplastia coronária, será levado para o laboratório de hemodinâmica e preparado da mesma forma que para a angiografia coronária.

É feita uma pequena incisão na parte superior da coxa (ou, em alguns casos, no pulso) para inserir um tubo comprido e estreito (cateter) que é guiado até ao coração. É injetado um líquido opaco aos raios X (líquido de contraste) para guiar o médico a atingir os locais corretos de potenciais obstruções (segmentos doentes) no interior da artéria.

Quando se alcança um segmento doente da artéria, um cateter muito fino com um balão insuflável na extremidade é posicionado dentro da artéria coronária doente. O balão é insuflado durante 30 a 90 segundos para alargar o segmento mais estreito da artéria. Poderá sentir alguma pressão durante a insuflação, mas essa sensação passará logo que o balão for esvaziado. é importante manter-se imóvel para que o médico possa ver as imagens com nitidez.

Angioplastia


Colocação de stent coronário

Se a artéria não ficar suficientemente aberta após o procedimento de angioplastia com balão, o médico poderá colocar um stent (uma pequena estrutura metálica) na artéria. O stent é montado num cateter com balão, pelo que o procedimento de colocação do stent é idêntico ao procedimento de angioplastia com cateter ou balão. Os stents são implantados na artéria de forma definitiva.

Após a angioplastia ou a colocação de um stent, poderá ocorrer novo estreitamento da artéria passados alguns meses. Este fenómeno designa-se por reestenose. Os stents com libertação de fármacos minimizam a ocorrência de reestenose, em comparação com os stents metálicos simples. No entanto, existe um risco, embora reduzido, de formação de coágulos sanguíneos (trombose).

Para minimizar o processo de reestenose e, em simultâneo, para proteger contra a ocorrência de uma trombose, o seu médico poderá recomendar um stent Genous produzido por Bio-engenharia, que é perfeitamente compatível com os tecidos e não liberta quaisquer fármacos na artéria danificada.

Angioplastia

Stent Genous produzido por Bio-engenharia foi concebido com uma flexibilidade máxima e resistência óptima para o tratamento de artérias obstruídas.

Angioplastia

A superfície do Stent Genous produzido por Bio-engenharia está revestida por anticorpos que tornam o stent perfeitamente compatível com os tecidos e capaz de promover uma cicatrização natural acelerada da artéria afetada, atraindo as células cicatrizantes do próprio doente.

Fonte: www.orbusneich.com

O que é angioplastia coronária e implante de stent?

Também denominados como Intervenção Coronária Percutânea, são procedimentos não cirúrgicos realizados através de um cateterismo cardíaco para tratamento de obstruções das artérias coronárias decorrentes de placas ateroscleróticas ou trombos. Esta obstrução pode ser parcial ou total e dificulta ou impede a passagem do sangue para o músculo do coração. É um tratamento que desobstrui estas artérias que nutrem o coração, promovendo melhora dos sintomas e reduzindo a incidência de infarto e óbito.

Quando é indicado o tratamento com angioplastia e/ou stent?

Ela está indicada em artérias coronárias com obstruções maiores que 70% ou em obstruções maiores que 50% com sinais de isquemia miocárdica (falta de sangue no músculo do coração) demonstradas por exames funcionais como teste ergométrico, cintilografia de perfusão miocárdica ou ecocardiografia de estresse.

Desde quando existe este tipo de tratamento?

Desde 1977 a Angioplastia Coronária foi introduzida como um método viável e útil para tratamento das obstruções coronárias. Aproximadamente 15 anos mais tarde, em 1993 os Stents começaram a ser utilizados para melhorar os resultados que eram obtidos com a Angioplastia isolada. Em abril de 2003 o FDA (Food and Drug Administration) aprovou o uso do primeiro stent revestido com uma droga chamada Sirolimus (ou Rapamicina). É o Stent Cypher. Em março de 2004 um segundo stent revestido foi aprovado. É o Stent Taxus, com uma droga chamada Paclitaxel. Em outubro de 2005 o terceiro stent foi liberado. É o Stent Endeavor, revestido com Zotarolimus. Atualmente, outros tem sido comercializados.

Onde é realizada?

É realizada na mesma sala do cateterismo cardíaco (Laboratório de Cardiologia Intervencionista) de maneira semelhante ao que já foi descrito e utilizando o mesmo equipamento.

Quem realiza a angioplastia e o implante de stent?

Os médicos que fazem o procedimento são chamados de Cardiologistas Intervencionistas, ou seja, médicos cardiologistas especializados em tratar doenças cardíacas através de uma técnica minimamente invasiva utilizando cateteres introduzidos em uma veia ou artéria. É realizada por dois Cardiologistas Intervencionistas. Uma equipe de cirurgiões cardíacos estará de retaguarda devido ao pequeno risco de complicações que poderia necessitar de cirurgia de emergência. Estará à disposição um leito de UTI para os casos mais graves.

O que é stent e como é realizado seu implante?

Após sedação leve e anestesia local, realizamos um cateterismo cardíaco e, com injeção de contraste radiológico, conseguimos identificar com precisão o calibre da coronária, o local, a intensidade e a extensão da obstrução .

O paciente estará com um soro na veia, o tempo todo, garantindo um acesso para usar as medicações necessárias. Receberá um anticoagulante (Heparina) para evitar formação de coágulo na circulação e vasodilatadores para dilatar as coronárias e evitar espasmos contrações).

Com o cateter posicionado dentro da coronária a ser dilatada, introduzimos um fio-guia bastante flexível e fino que será avançado até ultrapassar a obstrução (fig 1 ) . Este servirá para progredirmos um balão de dimensão adequada para o calibre da coronária a ser tratada . Uma vez posicionado exatamente ao nível da obstrução, com o auxílio de uma seringa específica, conseguimos insuflar o balão com uma pressão constante e mantida por segundos ou minutos.

Consequentemente provocamos um trauma mecânico na placa aterosclerótica obstrutiva promovendo uma fratura e compressão contra a parede da coronária. Isto é o que denominamos de Angioplastia Coronária. Dessa maneira obtemos um alargamento da parte interna da artéria permitindo um aumento do fluxo de sangue através deste vaso.

A seguir removemos o balão mantendo o fio-guia inicialmente usado para ultrapassar a obstrução. Em torno de 90% dos casos finalizamos o procedimento realizando o implante de Stent coronário imediatamente após a Angioplastia.

Stent é uma tela de metal bastante delicada, montada sobre um balão desinflado e nele aderido. Desta forma é possível progredí-lo através do cateter e sobre o fio-guia ainda posicionado na coronária (fig 2). Este fio vai possibilitar novamente avançarmos o balão, desta vez levando o stent para que depois de posicionado no local desejado, espandirmos o balão e consequentemente o stent (fig 3). Ao desinsuflarmos o balão liberamos o stent promovendo uma sustentação da parede da coronária e um calibre ainda maior que aquele obtido somente com a Angioplastia (fig 4). Este Stent permanecerá imóvel, sustentando a parede da coronária aberta e nunca será retirado (fig 5). Com o tempo, o endotélio (pele que cobre a coronária na parte interna) irá recobri-lo, tornando-o parte da parede da artéria.

Em alguns casos selecionados evitamos o implante do stent e encerramos o procedimento após um bom resultado somente com a angioplastia. Em outros evitamos a angioplastia inicial e implantamos o stent diretamente na lesão obstrutiva. Às vezes introduzimos ainda um segundo balão dentro do stent após a liberação, provocando uma expansão ainda maior deste e uma maior justaposição dele com a parede interna da artéria.

Com novas injeções de contraste dentro da coronária tratada, conferimos se a artéria está adequadamente aberta e se permite um fluxo adequado de sangue para as porções distais, além da obstrução. Só aí então recolhemos o fio guia, retiramos o cateter e encerramos o procedimento.

O que devo fazer para estar preparado para o procedimento?

O paciente deverá seguir as mesmas orientações do cateterismo cardíaco. Poucos cuidados além destes serão necessários. Antes do procedimento obteremos um eletrocardiograma e uma amostra de sangue para alguns exames. Isto será importante para fazermos uma comparação dos mesmos com uma ou mais amostras realizadas no mesmo dia e/ou no dia seguinte. Diferentemente do cateterismo, aqui é fundamental que o uso ,por pelo menos 3 dias , de medicação com efeito anti-agregante plaquetário como o Acido-acetil-salicilico (AAS, Somalgin , Bufferin, Aspirina, etc) , Ticlopidina ( Ticlid ) e Clopidogrel (Iscover, Plavix, etc.) cuja ação é evitar formação de coágulos. Interromper o uso de Sildenafil (Viagra) ou Tadalafila (Cialis) 24 horas antes do procedimento. Episódio grave de pressão baixa pode ocorrer devido à associação desta droga com o vasodilatador coronário (nitrato) que utilizamos nestes procedimentos.

Qual a duração do procedimento?

O tempo está relacionado com o número de obstruções a ser dilatadas, com a complexidade anatômica das obstruções e com a dificuldade técnica de cada caso. Nosso objetivo sempre é alcançar o melhor resultado possível. A menor ou maior duração do procedimento não está necessariamente associada a um resultado melhor ou pior. Geralmente concluímos o tratamento num tempo que varia de 30 minutos a 2 horas.

Quando a angioplastia e o stent é considerado um procedimento de sucesso?

Quando utilizado apenas a angioplastia com balão é considerado sucesso os casos em que houve redução da obstrução para menos que 50% com um fluxo sanguíneo adequado no leito distal da artéria dilatada. Quando usamos os stents a redução da estenose deve ser inferior a 20% também com fluxo sanguíneo adequado. A evolução durante a internação deve ser livre de infarto, cirurgia ou de nova angioplastia.

Não seria melhor se fosse realizado com anestesia geral?

Com certeza não. Uma anestesia geral tem seus riscos e em nada ajudaria no procedimento. Realizamos apenas uma sedação leve de maneira que você permanecerá indiferente ao que ocorre, mas participando do exame. Você responderá quando solicitarmos sua colaboração. Será capaz de seguir nossas orientações em manter uma posição ideal na mesa de exame, de respirar profundamente ou suavemente, de tossir quando necessário e de nos informar sobre qualquer sintoma, especialmente dor no peito. É importante para nós, que você seja capaz de informar como está se sentindo durante o procedimento.

Posso ter um acompanhante comigo durante a realização do procedimento?

Não será permitida a presença de acompanhante dentro da sala do Laboratório a não ser que este seja médico ou enfermeiro. Procuramos manter apenas as pessoas necessárias para a realização do procedimento, na tentativa de reduzir as possibilidades de contaminação local. Os familiares e amigos permanecerão em uma sala de estar próxima ao local do tratamento.

O que vou sentir durante a angioplastia e o implante do stent?

Na grande maioria dos casos os sintomas são os mesmos de um simples cateterismo cardíaco. Poderá sentir um desconforto ou dor discreta em algum dos seguintes locais: no peito, ombro, braços, mandíbula ou nas costas. Isto é facilmente tolerável, de curta duração e corresponde ao momento da oclusão da coronária realizada pela insuflação do balão. Após segundos do balão desinflado a dor desaparecerá rapidamente.

Geralmente esta dor é parecida com a sua angina, se ela existia antes do tratamento.

É necessário repouso após o procedimento?

Sim. Diferentemente do cateterismo, se o procedimento for realizado por punção (furo) na região inguinal (virilha) o introdutor não poderá ser retirado e deverá permanecer no local em torno de 4 horas. Introdutor é um tubo de 2 mm de diâmetro, inserido na artéria, e usado para manter um caminho que facilita a introdução do cateter.

Sua posição no leito será em decúbito dorsal (barriga para cima) com a perna relaxada, estendida e evitando movimentos amplos. No momento ideal, definido pelo Cardiologista que realizou o procedimento, o introdutor será removido. A seguir, será feita uma compressão manual local durante 20-30 minutos até não ocorrer mais sangramento. Um curativo compressivo será realizado para assegurar que não haja hemorragia.

Após 2h será permitido, com a ajuda da enfermagem, mudar de posição e flexionar discretamente a perna do mesmo lado do curativo. Poderá elevar a cabeceira para as refeições.

Após 12h poderá deambular naturalmente. Antes disso não recomendamos utilizar o banheiro devendo solicitar à enfermagem o utensílio adequado para a sua necessidade.

Após 24h seu curativo será retirado e trocado por outro muito discreto e sem compressão. A partir daí o melhor é evitar o leito e fazer caminhadas nos corredores do Hospital. Logo você estará pronto para receber alta.

Embora seja improvável que sangramento ou hematoma ocorra após este curativo, algumas situações como movimentos bruscos sem auxílio, tosse e espirros freqüentes poderão favorecer este inconveniente. Você terá a sensação de um líquido morno neste local que corresponde ao sangue extravasado do curativo. Permaneça deitado e solicite a presença da enfermeira que providenciará nova compressão local e outro curativo. Todos esses cuidados são importantes porque o anticoagulante usado durante o procedimento aumenta os riscos de sangramento.

Quando realizamos o procedimento por punção no punho o introdutor será retirado imediatamente após, seguido de um curativo compressivo. O risco de sangramento é menor e o repouso no leito se faz necessário por apenas 2 horas e devido à sedação leve que foi utilizada.

Como a medicação que foi usada durante o procedimento poderá provocar tontura com a mudança de posição, peça a ajuda da enfermagem quando for sair da cama a primeira vez.

Tenho que ficar internado no hospital?

Sim. Geralmente durante 24 à 48h e muitas vezes não necessitamos que seja na UTI. Você poderá em situações favoráveis permanecer no apartamento com o seu acompanhante.

Após o tratamento, é esperado algum desconforto?

O curativo compressivo poderá trazer algum desconforto local principalmente quando utilizamos a região da virilha. O esparadrapo, mesmo o mais delicado, traumatiza a pele e pode dar a sensação de ardência local, especialmente para quem tem a pele bastante delicada ou é alérgico a ele.

O paciente terá vontade de urinar várias vezes. Isto é provocado pelo contraste usado no exame que estimula a diurese e pelo soro que é oferecido na veia durante todo o procedimento.

É obrigatório que seja feito no leito usando o utensílio adequado (veja em é necessário repouso no leito).

Cefaléia é uma queixa freqüente. A medicação usada para dilatar as coronárias provoca este sintoma. Geralmente se mantém por horas, mas é aliviada com analgésico.

Manter a mesma posição no leito pode provocar dor nas costas. Se o introdutor ainda não foi retirado usaremos analgésicos e sedativos.

Você deve aliviar a tensão da sua musculatura mantendo seu corpo relaxado.

Se o introdutor já foi retirado procuramos qual é a melhor posição para sentir-se mais confortável. É permitido inclinar-se lateralmente para a direita ou esquerda mantendo um suporte nas costas. A perna do outro lado poderá ser flexionada. Um travesseiro pode ser usado ou a cabeceira da cama elevada em até 45 graus. Mantenha seus braços à vontade. Não faça movimentos apenas com o seu esforço. Peça ajuda da enfermagem. Se mesmo assim o Sr.(a) encontra-se incomodado, poderá receber medicação analgésica e sedativa.

Raramente ocorre uma sensação de desconforto no peito imediatamente após o procedimento e que será atenuado ou abolido 1 ou 2h após o procedimento. Se a dor retorna ou intensifica-se a enfermagem deverá ser chamada rapidamente. O cardiologista será comunicado e fará uma avaliação para descartar qualquer problema com a artéria dilatada. Às vezes a retirada do introdutor da virilha pode causar tontura, palidez, mal estar, sudorese fria e náuseas. Isto geralmente é provocado pela dor local da compressão. Por isto, antes da retirada iniciamos analgesia com medicação na veia e prevenimos qualquer sintoma.

Sangramento ou hematoma local após o curativo podem ocorrer. Procuramos evitá-los seguindo as orientações anteriormente comentadas na pergunta: “É necessário repouso após o procedimento?”.

Quais são os riscos?

O sucesso do procedimento é conseguido em torno de 96% a 99% dos casos selecionados. Em torno de 1 a 4% dos casos não obtemos sucesso no procedimento pela impossibilidade de ultrapassar a obstrução pelo guia, pela dificuldade de progredir o balão ou o stent através da obstrução ou pela incapacidade do balão insuflador desfazer a obstrução. Isto pode ocorrer quando encontramos coronárias totalmente ocluídas, finas, calcificadas e com importantes tortuosidades. Estas situações levam a dificuldades técnicas que impossibilitam a realização do procedimento.

A angioplastia e implante de stent têm riscos maiores que o do Cateterismo Cardíaco porque é um procedimento mais complexo.

Os riscos de complicações são menores que 2% e decorrentes de oclusão arterial causada pelo trauma mecânico na coronária provocado pelo cateter, pelo fio guia, pelo balão ou pelo stent. Conseqüentemente podemos ter 1 a 2% de infarto e menos de 0,5% de risco de óbito e necessidade de cirurgia de emergência.

Vou ter que receber sangue?

Alguns procedimentos podem promover uma perda sanguínea maior, mas raramente será necessário receber sangue.

Quando a angioplastia e o stent é considerado um procedimento de sucesso?

Quando utilizado apenas a angioplastia com balão é considerado sucesso os casos em que houve redução da obstrução para menos que 50% com um fluxo sanguíneo adequado no leito distal da artéria dilatada. Quando usamos os stents a redução da estenose deve ser inferior a 20% também com fluxo sanguíneo adequado. A evolução durante a internação deve ser livre de infarto, cirurgia ou de nova angioplastia.

Quais os cuidados que devo ter após a alta?

Deverá retornar ao seu cardiologista do consultório na primeira semana após a alta, levando consigo o relatório médico do procedimento realizado.

É fundamental manter o uso da medicação orientada no momento da alta hospitalar até quando o seu Cardiologista fará uma nova avaliação. Não pare de usar a medicação anti-agregante plaquetária (AAS, Ticlid, Iscover, Plavix etc). Se houver intolerância procurar orientação médica no mesmo dia.

Suas atividades intelectuais habituais, consideradas não estressantes na sua avaliação, poderão ser retomadas logo após a alta conforme sua conveniência.

Em geral, as atividades físicas habituais como caminhar naturalmente e dirigir não necessitam ser evitadas. Atividades físicas intensas competitivas iniciar somente após um mês.

Observar o local da punção (no punho ou virilha) se não existe algum processo inflamatório (dor, rubor, calor e secreção) ou aumento de volume local, que previamente não existia. Às vezes o antiagregante favorece o extravasamento de sangue que permanece aprisionado debaixo da pele. Nestes casos é conveniente procurar a equipe médica, que realizou o seu tratamento, para reavaliação.

A qualquer sinal de dor no peito com a menor suspeita de que possa ser do coração, dirija-se ao Pronto Socorro do nosso Hospital para uma avaliação cardiológica, levando o relatório da angioplastia. Existe uma pequena possibilidade de infarto (menos de 1%), principalmente nos primeiros 06 meses.

Existe algum risco de complicações se parar de usar as medicações orientadas após a alta?

Aspirina (AAS, Somalgin, Buferin etc) deve ser mantida indefinidamente. A associação do AAS e Clopidogrel (Plavix, Iscover, etc ) não deverá ser interrompida de forma alguma, por pelo menos um ano. Nenhum médico está autorizado a suspender esta medicação antes deste período , a não ser em extremo risco de vida, como ocorre em sangramentos graves por trauma , sangramento cerebral ou cirurgia vascular de emergência. A suspenção desta medicação aumenta consideravelmente o risco de formar coágulo ao nível do stent e provocar Infarto com conseqüências catastróficas.

O que devo fazer para manter o bom resultado da angioplastia e do stent ?

acompanhamento cardiológico em longo prazo junto ao seu cardiologista do consultório é fundamental. Ele é quem fará a sua avaliação clínica periódica e quem solicitará os exames necessários para comprovar se as coronárias continuam sem obstrução.

Pare de Fumar
Mantenha seu peso ideal
Siga as orientações dietéticas
Reduza os níveis de colesterol
Pratique atividades físicas regulares
Controle a Diabete e a Hipertensão Arterial

Mesmo com todos estes cuidados, algumas vezes o bom resultado não se mantém. Essa resposta inadequada e de causa desconhecida, é uma característica da doença aterosclerótica em determinados pacientes.

Depois que a angioplastia e o stent coronário foram realizados com sucesso, posso dizer que estou curado?

Não. Ela não cura a doença aterosclerótica coronária obstrutiva mas simplesmente controla as obstruções restaurando o fluxo sanguíneo normal e irrigando adequadamente o miocárdio (músculo do coração).

Principalmente nos primeiros 06 meses, a obstrução tratada com angioplastia ou stent poderá retornar naquele mesmo local. É o que chamamos de Reestenose. Ela é diferente da aterosclerose (placa de gordura) e representa uma cicatriz que cresce na parede interna da artéria prejudicando a passagem do sangue.

Também é possível haver progressão da doença coronariana, representada pelo surgimento de novas obstruções ou pelo agravamento de uma obstrução discreta, já existente.

Porque usar os stents?

Depois de exaustivamente testados na última década, os Stents tornaram-se a opção terapêutica preferencial para revascularização percutânea, sendo utilizados no mundo todo em percentuais superiores a 90% dos casos tratados por cateter. Este fato se deve a duas importantes razões:

1°- Os Stents proporcionam um resultado mais previsível e satisfatório. Eles reduzem o risco da artéria ocluir abruptamente durante o procedimento. Isto significa que ele reduz a possibilidade de que a coronária tratada volte a obstruir totalmente nas primeiras 24 horas, o que ocorre em 5 a 10% dos casos em que se usa apenas o balão de angioplastia. Quando isto acontecer o paciente pode ter um infarto ou necessitar ir para cirurgia cardíaca de emergência. Com o surgimento dos stents isto passou a ser muito raro tornando um procedimento extremamente seguro.

2°- Os Stents reduzem a incidência de Reestenose, especialmente os revestidos, também conhecidos como stents eluídos com medicação. Utilizando apenas a angioplastia com balão a reestenose variava de 35 a 45%. Com os Stents convencionais reduziu para 20% e com os revestidos é menor que 8%.

Este “stent especial” não reduz a mortalidade dos pacientes nem proporciona a cura da doença coronária, mas promove um grande impacto em reduzir a necessidade de repetir o exame para redilatar a mesma obstrução. Novo procedimento é necessário em 28% quando utilizamos apenas o balão, em 17% quando utilizamos o stent convencional e 4,7% para o stent revestido.

Uma das limitações dos Stents é o desenvolvimento da oclusão subaguda que ocorre dias a meses após a alta hospitalar. Da mesma forma que a oclusão aguda, ela resulta em infarto ou outras complicações maiores.

A disponibilidade de Stents mais modernos, a prática de uma técnica adequada no seu implante e o uso mantido da associação de medicação anti-agregante plaquetária, tornou esta complicação pouco freqüente, ocorrendo em menos de 1% dos casos.

Qual a vantagem de usar stents revestidos com medicamentos?

Poucos dias após liberar um Stent Convencional dentro de uma artéria a parede vascular reage por meio de mecanismos reparadores na tentativa de restaurar sua integridade. Esta resposta cicatricial pode torna-se tão excessiva a ponto de causar uma reobstrução maior ou igual a 50% do calibre da artéria. Isto é conhecido como reestenose e ocorre em 20 a 30% dos casos nos primeiros 06 meses. Como conseqüência, pode retornar os sintomas e/ou alterações nos exames (Teste Ergométrico, Ecoestresse e Cintilografia do Miocárdio).

Até então, a reestenose permanecia como a maior limitação da abordagem percutânea para tratamento da doença aterosclerótica coronária.

Atualmente a técnica mais eficaz na prevenção da reestenose são os stents com eluição de medicamentos (stents farmacológicos ou revestidos). Esta nova tecnologia é extremamente engenhosa e possibilita que o stent carregue na sua superfície uma fina capa contendo um medicamento denominado “agente anti-proliferativo”. Este é liberado de forma contínua e local, durante aproximadamente 30 dias, com ação eficaz em suprimir a cicatrização exagerada levando à reobstrução. Os primeiros medicamentos disponíveis para uso clínico com stents e hoje com eficácia comprovada são: sirolimus (rapamicina), paclitaxel e zotarolimus.

A primeira experiência clínica com essa nova técnica foi realizada no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – São Paulo em 1999 pelo Dr. Eduardo de Sousa.

Pelas vantagens inequívocas dos Stents revestidos que reduziram as taxas de reestenose para níveis inferiores a 8%, eles tornar-se-ão a opção de escolha em praticamente todos os casos.

Como fico sabendo se houve reestenose?

Este é outro motivo de extrema importância para que o paciente mantenha o acompanhamento clínico com o Cardiologista do consultório que indicou a realização do procedimento.

Através dos seus sintomas e/ou dos resultados dos exames solicitados durante o acompanhamento (Teste Ergométrico, Ecocardiograma de estresse e Cintilografia Miocárdica) se fará a suspeita da Reestenose. É muito provável que um novo cateterismo cardíaco seja necessário para comprovar esta suspeita.

Geralmente a Reestenose se manifesta com o retorno da angina, mas pode não ter qualquer sintoma. Raramente causa infarto e não está relacionada com aumento de risco para óbito.

Quem são os pacientes que estão mais propensos a desenvolver a reestenose?

Diabéticos

Coronárias de pequeno calibre que recebeu o stent (menor de 2,5mm)

Extensão da lesão coronária maior que 20mm, necessitando stents mais longos.

Coronária totalmente ocluída a mais de 3 meses.

Obstruções causadas por reestenose.

Obstruções localizadas em enxerto de veia safena e em bifurcações de coronárias.

Por isto que, principalmente nestes casos, é fundamental o uso do stent revestido com medicação que irá reduzir em mais de 50% a possibilidade de reestenose.

Se há reestenose, o que deverá ser feito?

A conduta a ser tomada será definida baseada numa série de fatores analisados pelo seu cardiologista do consultório.

Na maioria das situações uma nova Angioplastia e Stent serão realizados da mesma maneira da anterior. Aqui é indispensável o uso do Stent revestido com drogas, que será implantado por dentro do stent já colocado previamente. Uma vez colocada um stent, este jamais será retirado do coração.

Alguns casos, apesar de considerados como reestenose, poderão ser mantidos em tratamento clínico. Isto é possível porque em algumas situações a obstrução de 50% não é suficiente para trazer conseqüências para o músculo do coração.

Raramente o tratamento da reestenose se faz com cirurgia.

Quais as vantagens da angioplastia e stent em relação à cirurgia?

É um procedimento minimamente invasivo sem a necessidade de abrir o tórax.

Recuperação mais rápida com menor tempo de internação.

Não necessita de anestesia geral.

Evita transfusão sanguínea.

Dispensa remoção de uma veia da perna ou de uma artéria do braço para tratar as obstruções, como frequentemente é necessário na cirurgia.

Qual a vantagem da cirurgia em relação à angioplastia e stent?

Na nossa opinião, não há nenhuma vantagem e fica reservada apenas para os casos que não há possibilidade técnica em realizar o procedimento, quando encontramos obstruções difusas em coronárias de pequeno calibre e quando o paciente é submetido a risco elevado de complicações com a técnica menos invasiva.


Algumas vezes o paciente tem indicação para alguma cirurgia não cardíaca , de grande importância e que não pode ser realizada durnate o uso de duas medicações que alteram a coagulação do sangue. Neste caso é preferível a cirurgia de Ponte Safena.

Eu posso ter rejeição ao stent?

O Stent não provoca rejeição. O que pode ocorrer é a reestenose.

Quem já foi submetido ao implante de stent deverá ter algum cuidado especial com detectores de metal?

Não há necessidade de cuidados especiais e ele não é detectado nestes equipamentos.

Quem já fez o implante de stent deverá ter algum cuidado especial ao fazer uma ressonância magnética?

Não. Poderá ser realizada desde o primeiro dia de implante do stent.

Fonte: www.hcbr.com.br

 

O procedimento para a angioplastia coronária em suas etapas iniciais é igual ao cateterismo (vide ítem anterior), com a diferença que após ser constatada a obstrução coronariana, é colocado um balão desinsuflado no interior da artéria comprometida e então feita a insuflação:

Descrição

Método invasivo, realizado em um laboratório de hemodinâmica, em que é feita a punção e cateterização de um vaso periférico do paciente, com o intuito de se introduzir um cateter até a artéria coronariana comprometida. Esta punção é feita sob anestesia local (que pode ser associada ou não ao uso de anestésico injetável, feito por um anestesista), estando o paciente deitado em uma maca. Após o exame o paciente deverá ficar internado sob observação por pelo menos 18 horas, seja em apartamento ou em UTI (sob vigilância), para então ser liberado para casa.

Duração

O procedimento em si dura entre 20 a 60 minutos, devendo o paciente se internar e permanecer por cerca de 18 horas após. Como exigirá repouso no dia posterior ao da angioplastia evite marcar qualquer compromisso.

Riscos para o paciente

Os riscos são considerados mínimos principalmente quando comparamos ao da cirurgia de ponte de safena (alternativa quando não existe possibilidade de angioplastia). Este exame poderá utilizar uma quantidade de contraste superior ao da própria coronariografia. O principal determinante de risco para realização deste exame é o estado clínico do paciente, portanto, converse com seu cardiologista ou hemodinamicista (médico que realiza o cateterismo) sobre estes dados.

Complicações mais frequentes

Complicações no local da punção: hematoma, infecção, ...

Complicações alérgico com o uso de contraste: prevenidos naqueles com histórico de alergia com o uso de anti-alérgicos

Complicações renais com o uso de contraste: pode ser prevenida em pessoas susceptíveis com o uso de contrastes menos tóxicos aos rins e pela realização de preparo medicamentoso específico

Complicações cardíacas: resultantes da própria doença cardíaca do paciente que pode descompensar durante o procedimento, incluindo assim complicações no local da obstrução coronariana, como obstrução por trombo ou mesmo dissecção da artéria.

Preparo do pacientes / Cuidados antes do exame

O paciente deve estar em jejum (o ideal de 12 horas, mas pode ser feito em alguns casos com 6-8 horas),vir acompanhado, os medicamentos devem ser utilizados de acordo com orientação médica (algumas drogas devem ser descontinuadas antes do procedimento).

O paciente deve relatar ao seu médico histórico de alergia (contrastes, iodo, antibióticos e inclusive alergia alimentar), doença renal, pulmonar, cerebral, vascular, queixas nas pernas como dormências ou dor ao andar, principalmente se estas queixas apareceram após o cateterismo prévio.

Fonte: www.realcor.com.br

Artéria Coronária direita bloqueada
Artéria Coronária direita bloqueada

Está indicada quando uma ou mais artérias estão bloqueadas pelo estreitamento localizado, resultante do acúmulo de colesterol (a chamada placa aterosclerótica) diluindo assim o fluxo de sangue e oxigénio para o músculo cardíaco. Quando essa obstrução é parcial o doente desenvolve o que se chama de ANGINA de diversas características, por outro lado quando a obstrução é completa e não existe o que se chama de circulação colateral o doente desenvolve um quadro de ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO.

Aorta (Vermelho); Cateter (Azul); Artéria Femoral; Incisão
Aorta (Vermelho); Cateter (Azul); Artéria Femoral; Incisão

A angioplastia coronária é realizada com o auxílio de um delicado e sofisticado catéter-balão, disponíveis em diversos diâmetros e comprimentos, na dependência do tamanho e extensão da placa aterosclerótica, que é posicionado no local da lesão obstrutiva. A seguir este balão é expandido (insuflado) sob pressão (que também é variável, dependendo das características da placa) "esmagando" assim a placa contra as paredes do vaso, desobstruindo a artéria e permitindo que o fluxo sanguíneo retorne ao normal.

Um Balão é inserido na artéria coronária e inflado
Um Balão é inserido na artéria coronária e inflado

Trata-se de um tratamento extremamente seguro e eficiente, onde as complicações graves ocorrem na ordem de 2 a 3%.

Entretanto se essas complicações ocorrerem, há que se estar preparado para resolve-las. Em função desta percentagem pequena de complicações é que a angioplastia coronária, no nosso hospital é SEMPRE realizada com uma equipe cirúrgica em "stand by".

Nestes casos é possível em um curto espaço de tempo ( aproximadamente 15 minutos) se iniciar e realizar uma cirurgia de revascularização miocárdica com a realização de pontes de safena e/ ou mamária.

Em um número ainda significativo de casos (cerca de 30 %) pode ocorrer o que se chama de REESTENOSE, ou seja a obstrução retorna na mesma localização anterior, geralmente no período entre 3 e 6 meses após a realização da angioplastia, e que poderá ser tratada com nova angioplastia "convencional" ou ainda com nova angioplastia com implante de uma prótese endovascular "STENT".

Fonte: medicina2.med.up.pt

 

O QUE É ANGIOPLASTIA?

A angioplastia é um procedimento no qual um médico especialmente treinado conhecido como radiologista intervencionista abre ou alarga a passagem de vasos bloqueados ou estreitados sem necessidade de cirurgia.

Durante o procedimento, o radiologista insere um cateter (um fino tubo) na artéria bloqueada ou estreitada. Existe um balão na extremidade deste cateter que, quando está posicionado exatamente no local do bloqueio ou do estreitamento, é inflado, melhorando significativamente o fluxo sangüíneo na área afetada. O radiologista usa Raios X e contraste durante a introdução e posicionamento do cateter.

Qual a vantagem da angioplastia?

A vantagem da angioplastia é que este procedimento pode desbloquear artérias restabelecendo o fluxo sangüíneo para os tecidos alimentados pela artéria comprometida eliminando os sintomas sem a necessidade de cirurgia.

Porque alguém precisa de angioplastia?

A razão mais comum para uma angioplastia é liberar um bloqueio da passagem de sangue por uma artéria causado por arteriosclerose (endurecimento das artérias). A arteriosclerose causa depósito de gordura (placas) nas paredes internas das artérias, diminuindo ou impedindo a passagem do sangue.

As artérias são como tubos que transportam sangue e oxigênio para todos os tecidos do corpo. Quando uma artéria fica estreitada ou bloqueada, os tecidos que esta artéria alimenta não recebem oxigênio suficiente. Os sintomas dependem de qual artéria tem o problema.

Por exemplo, uma artéria bloqueada nas pernas causarão dor ao caminhar ou mesmo quando em repouso. Se o problema acontece numa artéria renal, isso causará aumento de pressão sangüínea pois os rins ajudam a regular a pressão arterial. Alguns bloqueios são melhores tratados através de cirurgia. Na maioria dos casos a angioplastia pode resolver o problema, retirando o bloqueio e liberando o fluxo sangüíneo permitindo assim ao oxigênio chegar aos tecidos alimentados pela artéria comprometida.

Preparação para uma angioplastia. Se o paciente já está hospitalizado, os médicos e a enfermagem instruirão e prepararão o paciente para a angioplastia. Os paciente externos serão hospitalizados e preparados da mesma forma.

Exames de laboratório são necessários para avaliar o estado clínico geral do paciente e assegurar o sucesso do procedimento.

Já no centro de Radiologia, a equipe endovascular cuidará dos preparativos de rotina indispensáveis ao procedimento.

Se é paciente externo ou está indo fazer uma angioplastia, siga as instruções abaixo, a menos que seu médico o instrua diferentemente:

Alimentação

Jejum a partir da meia noite do dia anterior ao do procedimento. Somente líquidos são permitidos.

Medicação

A maioria dos paciente continuam a tomar a medicação prescrita pelo seu médico. No caso dos diabéticos, o médico do paciente deve ser consultado para saber se é possível modificar a dose diária no dia do procedimento. Se o paciente usa Marevan, o médico do paciente deve ser alertado que esta medicação não poderá ser tomada nos dias precedentes ao procedimento. O paciente deverá levar consigo todos os medicamentos que usa.

Alergias

Se o paciente é alérgico a contraste iodado, comunique imediatamente ao médico. O radiologista intervencionista também deverá ter conhecimento desta alergia se possível alguns dias antes da angioplastia. Os médicos poderão então tomar as precauções especiais que o caso requer durante o procedimento.

Fumo

O paciente não deverá fumar pelo menos 24 horas antes da angioplastia.

Todos os que farão uma angioplastia terão que ter feito exame de sangue recente. Ao chegar no local do exame, o paciente vestirá uma camisola hospitalar e soro será colocado em uma de suas veias. Isso é feito para permitir a injeção de medicação e soro durante o procedimento e permanecerá até o final do tratamento.

Antes de começar, um médico da equipe da radiologia intervencionista entrevistará o paciente explicando o procedimento e respondendo alguma eventual dúvida. A angioplastia geralmente demora de 1 a 2 horas mas, alguns procedimentos podem ser mais demorados.

Como é feita a angioplastia?

A angioplastia consiste de 3 momentos principais: posicionamento do cateter de angioplastia na artéria comprometida, inflar o balão e a remoção do cateter. O procedimento é executado com anestesia local, de modo que o paciente apenas sentirá uma leve pressão no local da punção.

O que acontece após a angioplastia?

Na maioria dos casos o paciente permanece em observação no hospital após a realização da angioplastia. O paciente será orientado para saber quando pode se alimentar e durante quanto tempo deve permanecer em repouso.

Caso o paciente possa ir para casa, ainda assim permanecerá em repouso relativo.

Ao chegar em casa:

Permaneça relaxado e calmo por 24 horas. Alimentação normal. Mantenha a bandagem no local da inserção do cateter por um dia. Não dirija por, pelo menos, 24 horas. Não faça esforço físico por, pelo menos, 48 horas. Não fume por, pelo menos 24 horas.

Chame imediatamente o médico se:

Houver sangramento no local da colocação do cateter. Se houver sangramento, permaneça deitado aplicando pressão no local. O médico decidirá se é preciso retornar ao hospital. Houver alteração de cor ou temperatura na área onde o cateter foi colocado. Houver dormência, frio ou alteração de cor no braço ou perna onde o cateter foi inserido. Houver dor na área onde o balão de angioplastia foi inflado.

Quais os riscos envolvidos?

Com as técnicas modernas, a angioplastia é mais segura que a cirurgia. Entretanto, como o procedimento alargará uma das artérias e inclui o uso de catéteres e injeção de contraste, alguns riscos existem, porém as complicações não são freqüentes. A colocação do cateter na artéria pode causar algum trauma à mesma e provocar sangramento.

Mesmo quando a artéria não é afetada pode haver um pequeno hematoma ou um nódulo no local que pode provocar dor mas que cederá e acabará por completo após alguns dias. Como as pessoas são diferentes, podem haver riscos envolvidos e não descritos aqui.

Os riscos exatos para cada caso serão discutidos em detalhes entre o paciente e a equipe de radiologia intervencionista antes da execução do procedimento.

Fonte: www.ctscan.com.br

A angioplastia é um procedimento para reconstruir ou reparar o vaso sanguíneo. Na maioria dos casos, este termo se refere ao procedimento para abrir e restaurar o fluxo sanguíneo através de uma artéria entupida. Este procedimento é freqüentemente usado por ser menos invasivo do que a cirurgia tradicional.

A angioplastia pode ser realizada em artérias do coração, pescoço, e pernas. De forma geral o procedimento é o mesmo, tendo pequenas variações dependendo da localização.Um pequeno tubo chamado catéter é usado para realizar a angioplastia. No final do catéter existe um balão inflável. O catéter é inserido através da pele para dentro da artéria, geralmente numa área da virilha. Antes da inserção do catéter, a pele sobre a artéria é depilada e limpa. Em seguida, é injetado um anestésico local na área. A pessoa pode também receber um sedativo para relaxar.

Uma pequena incisão é feita então no local. É passado um arame através do vaso, o qual é usado para guiar o catéter. A parte do catéter que contém o balão inflável é posicionado no ponto do bloqueio. Para saber exatamente onde está a posição do balão, são feitos exames de radiografia. Estas radiografias são feitas em tempo real, ou seja, ao invés de tirar uma chapa, são feitas várias imagens uma atrás da outra. Isto ajuda o cirurgião a posicionar o arame, o catéter e o balão, e olhar as áreas de bloqueio nas artérias. Este procedimento envolve injeção de um meio de contraste na artéria. O contraste “desenha” a parede das artérias de forma que aparece o seu contorno quando as imagens radiográficas são tiradas. Dessa forma o cirurgião poderá ver o bloqueio.

Depois de estar bem posicionada, o balão é inflado. Quando o balão é inflado, ele expande dentro da artéria entupida. O balão expandido força a abertura do bloqueio empurrando as paredes das artérias para fora. A artéria permanecerá aberta, pois as paredes foram esticadas e alguns dos depósitos na parede foram quebrados. Isto restaura o fluxo sanguíneo através da artéria. Um novo grupo de radiografias são tiradas após o procedimento para garantir o sucesso da abertura da artéria. Se estas imagens confirmam que a angioplastia restaurou o fluxo sanguíneo, acaba o procedimento. Se não, o processo pode ser repetido. Em alguns casos, a angioplastia pode não ser bem sucedido e o procedimento é interrompido. Caso isso ocorra, outras opções de tratamento precisam ser consideradas, tais como cirurgia cardíaca. Do contrário, o catéter é removido e a incisão na pele suturada.

Após o procedimento, o paciente é levado para sala de recuperação para ser monitorado por algumas horas. Geralmente há pouca dor após o procedimento, mas analgésicos podem ser dados se necessário. Em alguns casos o paciente pode voltar para casa no mesmo dia. Em outras situações tais como a realização da angioplastia após um ataque cardíaco, a internação é necessária.

Em casa, deve tomar cuidado com relação à ferida da incisão. Ela não pode ficar infectada ou sangrando. Analgésicos podem ser dados se necessário. Pacientes que fizeram angioplastia precisam também estar atentos quanto aos sintomas de novos bloqueios arteriais, tais como dor torácica.

As complicações deste procedimento incluem:

-sangramento e infecção do local de introdução do catéter; -reação alérgica ao contraste usado; -reincidiva do bloqueio na artéria. Isto pode ocorrer rapidamente ou dentro de vários meses.

Algumas pessoas precisam repetir o procedimento para manter as artérias abertas.

Raramente, pode ocorrer ruptura ou rasgão na parede da artéria. Isto pode ser causado pelo balão quando ele é insuflado ou pelo arame quando ele é usado para guiar o catéter com o balão. Esta é uma complicação com risco de vida que pode levar à cirurgia cardíaca de emergência.

Fonte: www.agendasaude.com.br

1) O que é Angioplastia?

A angioplastia coronária é um procedimento não cirúrgico empregado para corrigir um estreitamento, geralmente formado por uma placa de gordura, na artéria coronária.

Durante a intervenção, se introduz um cateter-guia em uma artéria do braço ou da perna e - com o auxílio do raioX - ele é avançado até alcançar os vasos sanguíneos do coração. Depois de se tirar radiografias dos vasos (chamadas de angiogramas), insere-se um cateter menor e flexível através do cateter-guia. Na ponta deste segundo cateter há um balão especial de plástico, que é avançado até o estreitamento na artéria. A seguir, o balão é inflado e desinflado várias vezes para comprimir as placas arteriais (depósitos de gordura) contra as paredes da artéria.

Durante o procedimento, injeta-se um meio de contraste (também chamado contraste ou "radiopaco") através dos cateteres, para ajudar o médico a ver a artérias na tela de raios X. A angioplastia coronária é realizada por um grupo especializado de profissionais que integram uma equipe de hemodinâmica. Geralmente, este grupo conta com um técnico de raios X, uma enfermeira especialmente treinada e dois cardiologistas com experiência em procedimentos de angioplastia coronária.

Todo o procedimento é realizado em um Serviço de Hemodinâmica e, em geral, leva apenas 60 minutos.

2) O que fará a Angioplastia?

A angioplastia coronária aliviará a dor no peito que você sente quando o seu coração não recebe sangue e oxigênio suficiente. Ao comprimir as placas de ateroma contra a parede da artéria, a angioplastia aumenta o espaço no meio da artéria para melhorar a passagem de sangue até o coração. Em conseqüência, o coração recebe mais sangue e funciona melhor.

3) O que ocorre antes do Procedimento?

O médico avalia a condição geral do paciente. Antes de programar a angioplastia, o seu médico deve ter as respostas para as seguintes perguntas:

Você tem pressão elevada?

Você tem glaucoma?

Você já teve hepatite?

Você usa prótese dentária ou aparelho auditivo?

Atualmente você está tomando ácido acetilsalicílico (como o AAS) ou outros remédios que interferem na coagulação do sangue?

Você tem antecedentes de sangramento excessivo?

Você está sendo tratado de infecção em alguma parte do corpo?

Recentemente você foi tratado de algum tipo de infecção?

Você discute com o seu médico os benefícios e os riscos da angioplastia.

O seu cardiologista descreverá os benefícios do procedimento planejado e lhe explicará os riscos e as alternativas. Não hesite em fazer quaisquer perguntas para esclarecer suas dúvidas.

O seu cardiologista poderá reservar uma sala cirúrgica para o dia em que for realizar a angioplastia, e uma equipe cirúrgica estará disponível, caso seja necessário. Deste modo, a equipe estará preparada para qualquer emergência.

Entrada no hospital

Provavelmente você será internado no hospital na noite anterior ao procedimento. Em geral, depois da internação tira-se uma radiografia do tórax, faz-se um eletrocardiograma (ECG) e vários exames de sangue de rotina. A seguir, você será examinado por seu médico. Não se permitirá que coma antes do procedimento e provavelmente será administrado um sedativo. Na manhã seguinte, lhe administrarão uma pré-medicação. Pedirão que esvazie a bexiga antes de deixar o seu quarto. A seguir, você será levado ao Laboratório de Hemodinâmica.

4) O que ocorre durante o Procedimento?

Quanto você chegar à Hemodinâmica, as enfermeiras examinarão os seus dados e registrarão seus sinais vitais. Depois, uma agulha conectada a um frasco ou a uma bolsa de soro é introduzida numa veia próxima ao pulso. Com o auxílio das enfermeiras e do técnico, você será transferido para a mesa do cateterismo.

Administração de anestesia local. Rasparão cuidadosamente a sua virilha ou o seu braço, a região será pintada com solução antisséptica e você será envolvido em lençóis estéreis. Enquanto a equipe se prepara, o cardiologista lhe administrará um anestésico local no ponto do cateterismo (virilha ou braço).

Inserção do cateter-guia

Durante a angioplastia coronária se utiliza um sistema especial de cateteres. Primeiro se introduz um cateter-guia com um revestimento relativamente rígido e a seguir um cateter balão menor e flexível, o cateter de dilatação. Para fazer com que os cateteres avancem através da artéria, utiliza-se um fio-guia flexível.

Se os catetes forem introduzidos pela virilha, aí se fará uma pequena incisão, onde se colocará uma agulha seguida do fio-guia. O fio-guia é avançado até o coração mediante ajuda da tela radiográfica, e o cateter-guia avança sobre o fio-guia.

Se os cateteres forem inseridos pelo braço , faz-se uma pequena incisão sobre a artéria na parte interna da articulação do cotovelo. A seguir, o fio-guia e o cateter-guia são colocados em posição por controle radiográfico.

À medida que o cateter-guia avança pela artéria, provavelmente lhe pedirão que respire fundo para facilitar a introdução. Se tiver vontade de tossir em qualquer momento, comunique imediatamente o médico.

Obtenção de radiografias Um meio de contraste será injetado através do cateter para que se possa ver claramente a posição do cateter por fluoroscopia e também para se obter imagens radiográficas (angiogramas). Quando o cateter-guia estiver na posição correta, serão tiradas radiografias da artéria coronária estreitada. As imagens radiográficas serão gravadas em filme para que se tenha um registro permanente e dinâmico da angioplastia.

O contraste pode provocar uma sensação de calor e, às vezes náuseas. Estas sensações não são motivos de alarme, e somente duram de 15 a 30 segundos. Atualmente existem novos compostos radiopacos que provocam menor incidência de sensações desagradáveis.

Introdução do cateter balão. O seu cardiologista estudará os seus angiogramas para determinar exatamente onde colocará o cateter-balão. A seguir, o cateter-balão é introduzido através do cateter-guia e é lentamente avançado até a porção estreita da artéria. Quando o cateter-balão estiver em posição dentro do local de estreitamento, o balão é inflado, normalmente durante 90 a 120 segundos. Quando isto for realizado, você pode sentir dor no peito. Isto é normal, mas avise o médico quando isso acontecer. O balão é desinflado, podendo ser inflado e desinflado mais vezes, para comprimir a placa contra as paredes da artéria e depois ser retirado.

Mais radiografias são obtidas. O contraste é novamente injetado e radiografias são tiradas da artéria recém-dilatada. O seu cardiologista examinará a artéria a partir de vários ângulos para avaliar a sua condição. Depois , o cateter-balão e o fio-guia são retirados e são obtidas mais radiografias para se determinar a melhora do fluxo de sangue. Mais tarde, o ponto do cateterismo será fechado e provavelmente você será retirado da sala deitado numa maca.

5) O que ocorre depois do Procedimento?

Se o cateter foi introduzido pela virilha, você terá que permanecer na cama depois da intervenção e pode ser deixado com o cateter durante a noite. Em alguns hospitais você deve permanecer numa sala de recuperação especial durante várias horas antes de voltar para o seu quarto. Você ficará deitado de costas na cama, com as pernas esticadas.A cabeceira da cama estará nivelada ou ligeiramente elevada, e de quatro a seis horas mais tarde será levantada ainda mais. Se precisar urinar ou evacuar, deverá utilizar um recipiente especial.

Se o cateter foi introduzido pelo braço, ele será retirado depois do procedimento e um curativo será realizado sobre o ponto da incisão. Em geral, se permitirá que levante da cama para sentar-se. Também se permitirá que use o banheiro pouco tempo depois de voltar ao seu quarto.

Ao voltar para o seu quarto, você poderá receber visitas e, mais tarde, alguém lhe trará algo para comer ou beber.

As enfermeiras avaliarão periodicamente a sua condição

Quando voltar ao seu quarto, serão registrados a pressão arterial e o pulso no braço ou na perna, mais tarde serão feitas revisões freqüentes. Também será feito outro ECG e sangue será coletado. A linha intravenosa de soro continuará instalada durantes várias horas.

Freqüentemente, o curativo será revisado para se comprovar que não houve sangramento. Se houver sangramento ou se se sentir dor ou incômodo (sensação de pressão) no ponto do cateterismo, comunique imediatamente à enfermeira. Lembre-se de informá-la, também, se sentir dor no peito.

Você pode sentir algum incômodo

Como a angioplastia coronária requer a punção de um importante vaso sanguíneo, pode haver complicações de sangramento. Geralmente, o sangramento limita-se à zona de punção, mas podem aparecer manchas escuras que desaparecem rapidamente. Se o sangramento for considerável, pode ocorrer uma inchação por derrame, que pode persistir durante alguns dias, mas que na maioria das vezes desaparece rapidamente. O médico pode recomendar que você caminhe.

Se o cateter foi introduzido no braço, cerca de 12 a 24 horas depois do procedimento se recomendará que você caminhe. Se o cateter foi introduzido na virilha, você deverá permanecer na cama com a bainha do cateter colocada até a manhã seguinte. A seguir, será administrado um analgésico e a bainha será retirada. Aproximadamente seis horas depois, poderá caminhar.

A capacidade de poder caminhar sem ajuda e sem sentir dores é um indício de que você pode deixar o hospital. Se os exames de sangue estiverem normais e o ECG estiver estável, você receberá alta do hospital dois dias depois do procedimento.

Consulta com o cardiologista

Antes de deixar o hospital, o seu cardiologista lhe comunicará os resultados da angioplastia. Às vezes, o médico discute os seus resultados preliminares logo após terminar a intervenção. Os resultados definitivos serão comunicados de 12 a 24 horas depois. Nesta ocasião, talvez você possa ver os angiogramas do procedimento para que verifique como melhorou o fluxo de sangue para o coração.

Durante uma consulta de controle no consultório do cardiologista, ele pode pedir que faça uma prova de esforço pra comprovar o seu progresso. Depois da prova, o cardiologista avaliará os medicamentos que você deverá tomar como parte de um tratamento prolongado e lhe informará sobre suas atividades.

Fonte: www.cmsmedical.com.br

 

 




 



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