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A manipulação torácica para o tratamento da cervicalgia

A cervicalgia é uma ocorrência comum na prática clínica dos fisioterapeutas e apesar da manipulação cervical ser considerada uma intervenção apropriado para o atendimento, devo reforçar a minha opinião de que os fisioterapeutas devem pesar bem se os benefícios compensam os riscos potenciais desta técnica.

 

Porém, para aqueles que não abrem mão do thrust, alguns estudos sugerem que a técnica de thrust aplicada na coluna torácica pode ser uma alternativa útil no manejo de pacientes com dor cervical. Biomecanicamente falando, distúrbios da mobilidade torácica podem ser um fator contribuinte para o desenvolvimento de distúrbios cervicais devido a uma associação existente entre a diminuição da mobilidade da coluna torácica e a presença de disfunção cervical. Vários estudos sugerem que técnicas de thrust direcionadas à coluna torácica podem diminuir a dor e melhorar a função destes pacientes.
É importante ressaltar que o thrust na coluna torácica tem um risco muito menor de complicações graves. Assim, a manipulação torácica pode ser uma alternativa adequada ao thrust cervical.

 

 
Em um estudo publicado em 2007 na Physical Therapy, e disponível para download, foram identificadas 6 variáveis capazes de identificar pacientes com cervicalgia que teoricamente se beneficiariam da técnica de thrust em coluna torácica. Embora não tenha sido conduzido um estudo clínico para comprovar a validade destes achados vale a pena a gente ficar sabendo quais são estas características:

 

[1] Sintomas presentes a menos de 30 dias
[2] Ausência de sintomas distais ao ombro
[3] Olhar para cima (extensão cervical e capital) não agrava os sintomas
[4] Pontuação na subscala de atividade física do questionário FABQ (Fear-Avoidance Beliefs Questionnaire) menor que 12.
[5] Cifose da torácica alta reduzida ( redução da convexidade da coluna torácica alta, sendo neste estudo considerada torácica alta os segmentos entre T3–T5)
[6] ADM de extensão cervical menor que 30 graus

 

 
Em outro trabalho, também publicado em 2007 na Physical Therapy, foram investigados os efeitos a curto prazo da técnica de thrust em coluna torácica Vs Mobilização tipo PA central graus III ou IV (conceito Maitland), sendo que os pacientes que receberam o Thrust obtiveram uma redução mais acentuada na dor cervical. Este trabalho tem uma série de limitações, mas gera algumas evidências interessantes, principalmente em relação aos efeitos adversos os quais foram bastante modestos.

 

 

 

 

 

 
 
Da minha parte, já tive a oportunidade de observar melhora na dor cervical de pacientes logo após manipulação torácica. No entanto, eu só opto por realizar o thrust em pacientes com rigidez importante da torácica e que relatam muita dor durante a mobilização tipo PA central.
Para finalizar quero salientar mais uma vez que este é o ponto de vista de um fisioterapeuta não osteopata que se borra de medo de manipular a cervical de alguém e que fica de cabelo em pé quando ouve alguém dizer que aprendeu a "estalar o pescoço" ou que faz "cleck-cleck" no pescoço dos pacientes.

CERVICALGIA

 

A cervicalgia costuma ser insidiosa, sem causa aparente. Mas raramente se inicia de maneira súbita, em geral está relacionada com movimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição forçada, esforço ou trauma e até mesmo alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular). O paciente com cervicalgia geralmente relata uma melhora quando está em repouso e exacerbação da dor com o movimento.
          A cervicalgia é um sintoma que atinge 18% da população geral e se torna mais prevalente com o avanço da idade, ocorrendo em 40-50% da população com idade superior a 45 anos.
 
ANATOMIA
          A coluna cervical é o segmento mais móvel de toda a coluna vertebral. A região é submetida a um grande número de agressões e pressões, a exemplo do peso da cabeça, esforços ao nível dos membros superiores, posturas de trabalho, esporte, sono e incidência do estresse. A coluna cervical é subdividida em superior, sendo composta de atlas (C1) e axis (C2), e inferior que começa em C3 e termina em C7. A cervical superior tem uma mobilidade mais baixa comparada com a inferior, que possui larga amplitude de movimento. Essas diferenças geram desalinhamentos articulares e sobrecargas musculares, provocando alteração da biomecânica.
 
 
 
 






SINTOMAS E DIAGNÓSTICOS
          As cervicalgias podem ocorrer associadas às contraturas musculares com pontos de gatilho, hérnias de disco, doença articular degenerativa, inflamatória, infecciosa e metabólica, alterações posturais, compressão nervosa, estenose do canal medular, fraturas e outros. Sendo assim, é necessário que seja feita uma avaliação fisioterápica criteriosa
          A Dor Cervical ocorre como sintoma de afecções não raquidianas. As causas mais freqüentes são: patologia do ombro; patologia ORL ou esofágica (ex. adenopatia cervical, hérnia do hiato); patologia vascular (dissecção da carótida ou da vertebral); lesões do SNC. A história clínica orienta para o diagnóstico da patologia principal. O exame da coluna cervical é geralmente normal e os exames complementares de diagnóstico são efetuados de acordo com a clínica.
         Cervicalgia irradiada por radiculopatia caracteriza-se por irradiação da dor para o membro superior (cervicobraquialgia) ou para a cabeça (nevralgia occipital). Acompanha-se de queixas neurológicas. Resulta da compressão radicular, causada geralmente por hérnias discais em idades mais jovens e por patologia degenerativa em idades mais avançadas
        Mielopatia espondilótica (artrose cervical crônica) e uma complicação grave da artrose cervical que surge geralmente após os 60 anos. A dor habitualmente não é o sintoma principal. O quadro típico é a instalação de uma paraparesia espástica e de alterações sensitivas nos membros superiores com distribuição poli-radicular e bilateral. O sinal de Lhermite (dor tipo choque ao longo da coluna e membros com a flexão cervical) é muito típico.
      Os recursos como raio X, ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultra som e exames laboratoriais, juntamente como uma anamnese (investigação através de informações colhidas) são de suma importância para o fechamento do diagnóstico e conseqüentemente o tratamento mais adequado.
 
CAUSAS
          As patologias possíveis são: Espondilite e espondilodiscite (bacteriana, tuberculosa, brucélica). Doenças infecciosas freqüentes em doentes imunodeprimidos, com infecções concomitantes ou após gestos locais. A cervicalgia é intensa, inflamatória, com rigidez articular e sinais gerais associados (febre, arrepios, etc.). Nas fases iniciais as radiografias podem ser normais, sendo necessário fazer TAC e/ou RM. O diagnóstico confirma-se com biópsia dirigida.
          Doenças inflamatórias: Artrite Reumatóide: 30% dos doentes com AR têm cervicalgia que se caracteriza por ritmo inflamatório e rigidez matinal. Pode dever-se a subluxação ou luxação atlanto-odontoideia (1ª e 2ª vértebra cervical) anterior (ou vertical). Raramente podem surgir complicações neurológicas. A radiografia cervical de perfil em flexão permite o diagnóstico.
         Cervicalgia de ritmo inflamatório com rigidez acentuada, em doentes com história familiar de espondilartropatias, uveítes, diarréias, psoríase e atinge globalmente articulações sacro ilíacas.
         A Uncoartose que é a diminuição do forame intramedular com compressão medular, causando formigamentos irradiados para membros superiores, cefaléias, cervicalgias, e comprometimentos da musculatura da região dorsal das costas.
         Neoplasias Tumores benignos são raros e a sintomatologia pode surgir por compressão local: geralmente agrava com o decúbito e alivia com a marcha. Sinais neurológicos sublesionais podem ocorrer. Tumores malignos: Freqüentemente são metástases de neoplasias (mama, próstata, pulmão, tiróide, rim, linfoma) e mieloma múltiplo. Os sintomas habituais são cervicalgias de início progressivo, intensas, sem ritmo definido e rebelde ao tratamento, associadas a alterações do estado geral. A caracterização histológica é fundamental para o tratamento.
          Traumatismos e Lesões com ou sem fratura apresentam cervicalgia, após acidentes de trânsito, quedas, mesmo na ausência de fatura podem surgir às lesões “em chicote”: dor cervical intensa, contratura, perda de mobilidade, cefaléia occipital (dor na nuca) e vertigens, fadiga e déficit neurológico.
         Doenças metabólicas são: Osteoporose, osteomalácia, hiperparatireoidismo. Cervicalgia aguda causada por microfratura ou achatamento vertebral.  Lesões do SNC. Tumores intramedulares, siringomielia, lesões vasculares. Cursam com clínica causada por compressão intra-raquidiana ou características da doença neurológica.
          As causas psicogênicas como depressão, ansiedade, cervicalgia geralmente difusa, mal definida. Ausência de alterações no exame objetivo. Quadro de sintomas psiquiátricos associado também pode causar cervicalgia
 
 
 
CERVICALGIA COMUM
          As cervicalgias mais freqüentes são as cervicalgias comuns que se diagnosticam após exclusão dos quadros anteriores e se caracterizam por dor cervical associada a perturbações estáticas e posturais, miofasciais ou osteoarticulares degenerativas. Evoluem de modo intermitente e pode dever-se a envolvimento dos segmentos superiores, com irradiação ocasional para a região suboccipital (nevralgia de Arnaud), médios ou inferiores (com irradiação freqüente para a região dorsal alta). Os episódios dolorosos agudos manifestam-se freqüentemente por quadros de torcicolo, com contratura muscular e posição antálgica em flexão lateral e rotação. Nos restantes períodos a clínica é pobre. A radiografia simples pode mostrar alterações da estática ou sinais de osteoartrose. No entanto, a cervico-artrose só deve ser considerada responsável pela cervicalgia após exclusão de outras causas, pois não existe paralelismo entre os sinais radiológicos e a sintomatologia.
         As perturbações das curvaturas cervicais fisiológicas e as posturas incorretas prolongadas são causa importante de cervicalgia, pelo que devem ser procuradas e corrigidas.
Outras causas freqüentes de cervicalgia são as síndromes miofasciais que se caracterizam por dor e contratura muscular exacerbadas por pressão nos “pontos-gatilho”. As mais freqüentes são: síndrome dos músculos cervicais posteriores, do elevador da omoplata e do trapézio.
 
 
CARACTERÍSTICAS DO PACIENTE COM CERVICALGIA
        O paciente apresenta freqüentemente uma cabeça anteriorizada em relação à coluna dorsal, uma extensão da cabeça em relação ao pescoço ou inclinações laterais da cabeça ou do pescoço, que podem ser de alteração leve, moderada ou grave. Depende do nível dos encurtamentos, podendo ser também de origem súbita com dor mais intensa após dormir em posturas inadequadas ou execução de um movimento brusco. Pode ocorrer em função da amplitude normal de movimento durante uma atividade funcional.
 
 
PREVENÇÃO
         As posturas sentadas ou deitadas com flexão de cabeça mantidas por longos períodos, muito comum durante a leitura, na televisão e no computador devido a baixa altura dos monitores. A postura de inclinação lateral da cabeça e elevação do ombro ao atender ao telefone, quando coloca o apoio do fone entre a cabeça e o ombro. A utilização do membro superior em elevação durante muito tempo também deve ser evitado, comum entre bibliotecários, cabeleireiros, garçons e outros. A cada 50 minutos deve ser feito um alongamento muscular e neural nessas regiões da cervical e membros superiores.
         A posição para dormir também pode ser determinante. Até onde o tipo de travesseiro ou de colchão responde pelas dores na região do pescoço e na nuca?Como boas partes da vida estamos sobre o colchão e o travesseiro, os mesmos são determinantes para manutenção de um bom alinhamento da coluna vertebral, o colchão deve ser semi-ortopédico e com densidade apropriada a cada indivíduo. O travesseiro não pode ser alto, deixando a cabeça fora do alinhamento. Pode-se dormir em decúbito lateral com um travesseiro entre os joelhos, outro apoiando a cabeça no espaço vazio entre a cabeça e o ombro e outro dando suporte ao membro superior contralateral ao colchão. Também em decúbito dorsal, com um travesseiro no espaço da cervical na altura onde a cabeça possa ficar em linha neutra; outro abaixo dos joelhos (que devem estar semi-fletidos). Deve-se evitar dormir em decúbito ventral (bruços), pois essa postura pode provocar uma rotação cervical mantida por longo período, gerando um desalinhamento entre as colunas cervical, dorsal e lombar.
         A ginástica laboral é vital para a prevenção das dores no pescoço. Os alongamentos previnem as lesões musculares e neurais, devido seus encurtamentos provocarem um tensionamento nas estruturas periarticulares, sendo responsáveis por várias patologias, a exemplo das tendinopatias, que normalmente iniciam com dores inflamatórias e evoluem para processos degenerativos dos tecidos moles como ligamentos, tendões, bursas, cápsula articular e fibras musculares. Como área de sustentação entre a cabeça e a coluna, a nuca é uma das regiões que concentra todos os excessos a que submetemos nosso organismo.
 
 
 
    Clínico
         Em quadros agudos, em que não há evidência de trauma, e se afasta comprometimento neurológico, o conjunto de evidências sugere que o manejo pode ser feito com antiinflamatório não hormonal ou analgésico.
Havendo contratura muscular pode-se lançar mão de relaxantes musculares, mas a evidência para o seu uso é fraca; ensaios randomizados mostram que tizanidina, baclofen e diazepan (relaxantes de ação central); ciclobenzaprina, carisoprodol, clorzoxazona e orfenadina (relaxantes de ação periférica).
      Colar cervical (faixa de segurança que restringe o movimento do pescoço) éindicado nas cervicalgias agudas provocadas por traumas de grande intensidade. O colar cervical deixa a coluna cervical em posição neutra, diminuindo a mobilidade, a tensão muscular e a sobrecarga articular, evitando a exacerbação dos sintomas.
 
    Fisioterápico
        Uma avaliação fisioterápica detalhada de modo a observar as alterações que podem ser responsáveis por essa queixa, investigando se a dor é decorrente de um trauma muscular, articular ou de problemas posturais. Sendo assim, o tratamento será indicado conforme o diagnóstico cinesiológico funcional.
A fisioterapia convencional visa tratar a dor e o processo inflamatório através da eletroterapia, termoterapia e a utilização do laserterapia
       A Fisioterapia é indicada tanto no caso das cervicalgias agudas como nas crônicas, pois existem métodos adequados para cada estágio, como a Facilitação Neuromuscular proprioceptiva e a Reeducação Postural Global, utilizando contrações isométricas ou isotônicas associadas a técnicas específicas com alongamentos ou relaxamento em posturas apropriadas.
        As alterações posturais têm grande responsabilidade pela maioria dessas dores que podem iniciar lenta e progressivamente devido aos encurtamentos musculares, que vão se formando na região anterior e posterior da cervical bem como na superior do ombro.
 
 
 
Fonte: 
Diário on line
 
 

UNCOARTROSE

Trata-se de um conjunto de alterações conseqüentes a artrose da coluna cervical. Com a idade, os discos intervertebrais perdem sua elasticidade, por perda progressiva do seu conteúdo de água. Os discos são normalmente nutridos a partir dos vasos sangüíneos das vértebras adjacentes, não tendo uma circulação sangüínea própria.
Quando a nutrição discal se torna insuficiente, há perda dos seus elementos constituintes, que leva a redução da altura do disco, da sua resistência aos movimentos e aos traumas, mesmo pequenos, facilitando a sua rotura e degeneração. Estas alterações discais são seguidas de reações ósseas das vértebras adjacentes, com a formação de osteófitos, "ou bicos-de-papagaio", que tendem a fundir as vértebras. Concomitantemente, há hipertrofia dos ligamentos e das outras articulações da coluna vertebral. Este conjunto de alterações pode determinar uma redução do canal vertebral e dos forâmes de conjugação.
O canal vertebral contém a medula espinhal, que é uma estrutura nervosa responsável pela transmissão de todos os impulsos nervosos que chegam dos membros ao cérebro e que levam os estímulos nervosos do cérebro para os nervos e, conseqüentemente, para os músculos do corpo.
 Os forâmes de conjugação são passagens laterais da coluna cervical por onde passam as raízes nervosas que formam os nervos para os membros superiores. Por elas trafégam os impulsos nervosos que trazem as informações sensitivas e os que levam as ordens do cérebro para os músculos se contraírem.


 


 

Sinais e sintomas
Sinal de Uncoartrose seria um inicio de desgaste nos processos unciformes das vértebras cervicais (localizadas na região do pescoço), esse desgaste, está prensando as raízes nervosas que saem das duas ultimas vértebras da coluna cervical, onde diminui o diâmetro dos forames intervertebrais, que são os “buracos” por onde passam as raízes nervosas, e a conseqüência disso é a compressão dessas raízes e a dor subseqüente. Esses nervos são responsáveis pela irrigação dos braços e parte das costas, então é comum nessa situação que você esteja sentindo dor nos braços, com sensação de formigamentos e perda de força muscular, leves sensações de tremores.
 
 
 

 

Etiopatogenia 
 
Existem fatores genéticos, hereditários, ambientais, físicos e ou mecânicos que podem levar a Uncoartrose. Esses fatores raramente atuam separadamente, portanto atuam no organismo em conjunto causando um quadro álgico que pode ser confundido com uma cervicalgia comum, um exame de radiografia pode ser imprescindível  para o fechamento do diagnóstico viabilizando assim um tratamento mais adequado.
 
 
 

 

Tratamento
 
O tratamento clínico é baseado em medicamentos analgésicos, antiinflamatórios e condroprotetores (como o sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina) e tem que ser associado a fisioterapia para que tenha um efeito satisfatório.
A fisioterapia tem como objetivo nesses casos, além de ajudar na analgesia e na ação antiinflamatória, realinhar o posicionamento das vértebras e, com isso, reduzir as conseqüências da artrose. O tratamento fisioterápico baseia-se em eletroterapia (com ou sem calor, depende da fase em que se encontra a enfermidade), crioterapia, reeducação postural global, osteopatia, quiropraxia e etc., lembrando que o tratamento fisioterápico só deve ser prescrito por um profissional fisioterapeuta.
 
 
 

LOMBOCIATALGIA

  A lombociatalgia, caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral das vértebras lombares é uma patologia de difícil diagnóstico e muito fácil de ser confundida com hérnia de disco, síndrome do piriforme ou mesmo artrose discal por causa da localização de certa forma complexa por onde passam importantes ramificações nervosas. A “Dor do Ciático” é aquela causada por uma compressão de sua raiz nervosa, localizada na região lombar (L3 e L4 e L5 e S1), na maioria das vezes causada por uma hérnia discal
          A hérnia discal mais freqüente, em L5-S1, é o responsável pela grande maioria das lombociatalgias. Outros fatores podem, também, determinar compressão radicular, como tumores, processos inflamatórios, osteófitos, etc. A articulação sacro-lombar, entre a L5 e S1 é o ponto equilíbrio do corpo humano. Assimetrias do quadril costumam ser responsável por diversos problemas desde o pé até o pescoço em função de esta importante articulação fazer parte de uma cadeia cinética fechada.
 
 
A má postura na posição ortostática, na marcha, ao se sentar, nas atividades físicas e diárias e durante o repouso produz desequilíbrios músculos-articulares que constituem a mais freqüente causa de dor. 

Ao lado da cefaléia, a dor lombar talvez seja a queixa mais freqüente na prática médica. Em ambas, a dor tem localização lombar ou sacra lombar, quase sempre bilateral, mas predominando em um dos lados.
 
 
 
           Na lombalgia é comum a dor não apresentar irradiação importante, enquanto na lombociatalgia ela se irradia para a nádega e face posterior da coxa, podendo estender-se até o pé. A intensidade da dor é variável, desde uma sensação de desconforto até uma dor lancinante e a movimentação da coluna agrava a dor. Quase sempre há transtorno funcional, impedindo o paciente de trabalhar, recostar ou deitar. Em alguns casos há completo bloqueio funcional, ficando o paciente numa posição rígida, sem condições de exercer qualquer atividade. A dor pode ser aguda, desencadeada por um esforço físico (levantar um peso, por exemplo) ou surgir gradativamente. É comum a presença de rigidez matinal que melhora com a movimentação. Mudanças de posição, o ato de sentar, deambulação, tosse, espirro e pequenos esforços provocam dor. Observa-se limitação da mobilidade da coluna, dor à palpação da região lombar, podendo haver uma área extremamente sensível. A compressão da região lombar pode despertar dor pelo trajeto do nervo ciático, sendo ele em região de nádegas, coxa perna e pé.
As lombociatalgias são ocasionadas por processos inflamatórios, degenerativos, por alterações da mecânica da coluna vertebral, malformações e sobrecarga da musculatura lombar.
Admite-se que a principal causa da lombociatalgia seja uma alteração do disco intervertebral, que se tornaria incapaz de amortecer as cargas que lhe são transmitidas. Mas sabendo que a parte central do disco não possui inervação sensitiva, admite-se que a dor só surge quando as alterações discais atingem as lamelas superficiais e o ligamento posterior, estruturas ricamente inervadas.
          Quando ocorre herniação do disco, a raiz nervosa comprimida é que dá origem a dor, a qual adquire, então, as características de uma síndrome radicular.

Nos casos de lombociatalgias ou síndrome ciática, deve-se pensar em primeiro lugar em hérnia de disco intervertebral.


As lombociatalgias por hérnia discal compreendem as seguintes variedades:
 
          Raiz L4 (disco herniado entre L3 e L4) – Dor na região lombar, face posterior da coxa, face medial da perna. Parestesia na região medial do joelho ou do pé. Deficiência do movimento de inversão do pé. Diminuição ou abolição do reflexo patelar.
 
          Raiz L5 (disco herniado entre L4 e L5) – Dor lombar, na face posterior da coxa, face lateral da perna e região maleolar externa. Parestesias no dorso do pé e hálux. Déficit motor na flexão do pé. Reflexos normais.
 
         Raiz S1 (disco herniado entre L5 e S1) – Dor lombar, na face posterior da coxa, face posterior de perna e calcanhar. Parestesias na borda lateral do pé e dois últimos pododáctilos. Déficit motor na flexão plantar do pé. Diminuição ou abolição do reflexo aquileu.



A rigidez pós-repouso, geralmente matinal, costuma ocorrer tanto nas doenças inflamatórias como nas degenerativas. Há, contudo, uma diferença que merece ser destacada. A rigidez de origem inflamatória é mais persistente, ou seja, o paciente se levanta com dor e rigidez na coluna que persiste por tempo prolongado, enquanto nosprocessos degenerativos o paciente pode levanta-se com rigidez, mas este é fugaz, passageira, logo desaparecendo.
 
Causas:
· Espondiloartrose;
· Protusão Discal;
· Hérnia de Disco;
 
Quadro Clínico:
· Dor local, sendo aumentada com a palpação;
· Dor irradiada para o membro ou membros inferiores e pés;
· Parestesia do local ou do membro ou membros inferiores e pés;
· Dor durante repouso e em movimento;
· Hipotrofia e Hipotonia;
· Arco de Movimento Incompleto, incapacidade de movimento devido à dor;
· Alteração da biomecânica da coluna lombar, aparecimento de outras patologias tal como escoliose, hiperlordose e etc.;
 
Avaliação Fisioterapêutica:
     · Anamnese;
     · Exame Físico:
     · Inspeção: observar postura, marcha, coloração da pele, cicatriz;
     · Palpação: visa observação da tensão muscular;
     · Teste Articular e Muscular para coluna lombar e membro inferior;
     · Teste de Laségue: utiliza-se para observar se há compressão de raiz nervosa. O Fisioterapeuta realizará passivamente uma flexão de coxo-femural e aos 30/45 graus desta posição o paciente pode referir dor, dormência (parestesia), caracterizando uma compressão radicular.
· Perimetria;
· Sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa);
· Reflexos;
 
Diagnóstico:
Radiografia (Raio X), são evidenciados no exame:
· Escoliose;
· Diferença de comprimento dos membros, que predispõe a escoliose;
· Alterações das sacro-ilíacas;
· Hiperlordose lombar;
· Sacro horizontalizado;
· Diminuição acentuada do espaço entre L5 e S1;
· Espondilólise;
· Espondilolistese;
 
Objetivos do Tratamento:
· Abolir ou diminuir a dor o mais rápido possível;
· Melhorar ou manter a ADM (Amplitude De Movimento);
· Normalizar tensão muscular, proporcionar relaxamento da musculatura;
· Normalizar o trofismo;
· Normalizar a força muscular através de exercícios;
· Abolir parestesia com descompressão das raízes nervosas;
· Normalizar a marcha com a exclusão da dor;
 
Tratamento Fisioterapêutico Proposto:
· T.E.N.S.;
· Ondas Curtas pulsado na fase aguda e continuo na fase crônica;
· Crioterapia deve ser realizado duas vezes ao dia por vinte minutos;
· Calor Superficial, melhorando assim o metabolismo local;
· Massagem Relaxante poderá ser realizada sem a presença de dor;
· Hidroterapia é indicada, pois dentro da água não tem compressão entre as vértebras, facilitando assim a realização de alguns exercícios;
· Repouso é necessário;
· Cinesioterapia é indicada para o restabelecimento da musculatura, atuando também na prevenção de futuras complicações, como:
         - Exercícios de alongamento da Coluna Lombar;
         - Exercícios de Báscula Pélvica;
         - Exercício de fortalecimento dos abdominais;
         - Exercício de alongamento dos Ísquios-tibiais;
         - Exercícios de alongamento do Tendão de Aquiles;
         - Exercícios de alongamento dos flexores de quadril;
 
           A coluna vertebral é a estrutura de sustentação da parte superior do corpo humano, responsável pela mobilidade da porção superior do tronco. A estabilidade dessa estrutura pode ser rompida por acidentes e situações, como quedas, sobrecarga, atitude postural, colisão, etc, que atingem principalmente a saúde, que solicita de forma anormal a coluna vertebral, acarretando para si os riscos de uma lombalgia e lombociatalgia.
          Como vimos ao longo deste, tais patologias costumam ser decorrentes de sete mecanismos principais e apresenta uma ordem de freqüência variada, sendo mais comum a lombalgia por fadiga da musculatura paravertebral, freqüente em indivíduos que adotam uma postura inadequada durante a realização de suas atividades. A Fisioterapia aplica soluções diferenciadas, visando ensinar o indivíduo como manter de forma sadia a sua estrutura vertebral a fim de evitar-lhe danos algumas vezes de tratamento prolongado ou até mesmo irremediáveis
 
Fonte:
www.institutocoluna.com.br
 

Coluna Vertebral, Anatomia, Patologias e Tratamento

 

 As vértebras compõem-se pelas seguintes estruturas: corpo, pedículos, lâmina e apófises. O corpo vertebral, nesta posição, suporta as forças de carga e pressão e é composto por uma estrutura óssea esponjosa, apresentando uma placa cartilaginosa na sua porção superior e inferior. Varia de altura e de diâmetro conforme o segmento vertebral onde se localiza. Os corpos das vértebras cervicais são de menor diâmetro e altura, sendo a porção mais alta da coluna na posição ortostática. Os corpos dorsais ou torácicos aumentam progressivamente a sua altura e diâmetro, apresentando um aspecto cilíndrico. Os corpos vertebrais lombares são achatados e largos por constituírem as vértebras que suportam as maiores pressões da coluna vertebral. As vértebras sacras são fusionadas entre si, constituindo-se num osso que apresenta forma triangular. Este por sua vez articula-se com o ilíaco na região pélvica, apresentando a base fixa da coluna vertebral e sua relação com a pelve ou bacia.
 
          A coluna vertebral é composta por quatro curvas fisiológicas assim formadas: curva cervical, com 7 vértebras, a dorsal com 12, a lombar com 5, a sacra também com 5 vértebras e a coccígena variando de 3 a 4 estruturas. 
 
          O conjunto de curvas exerce entre si um fenômeno compensatório, pois as lordoses se compensam com as cifoses e vice-versa. Este fenômeno auxilia na descarga do peso corporal. Se não houvesse essas curvas, a base da coluna lombar suportaria pressões de até 1.000 Kg num homem de 70 Kg na posição sentada.
 
          Existem muitas patologias relacionadas a postura tais como: 
 
- Hérnia de disco
- Protusão discal
- Lombalgia
- Cervicalgia
- Dor nas costas
- Dor Ciática
- Uncoartrose
- Lordose
- Escoliose
- Degeneração Discal
- Espondilolistese
- Cifose
- Espondilólise
- Osteopenia e Osteoporose
 

Protusão Discal

Segundo o Dicionário Médico Ilustrado Dorland define a hérnia como sendo a protrusão anormal de um órgão ou outra estrutura do corpo através de um defeito ou uma abertura natural em um invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso. Portanto, toda hérnia é uma protrusão. Mas nem toda protrusão é uma hérnia. Para que se constitua em hérnia, a protrusão deve ir além da abertura natural do invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso; ou rompê-lo. Essa é a diferença entre protrusão discal e hérnia de disco. Na chamada protrusão discal, o disco não rompe o anel fibroso. Na hérnia discal ocorre ruptura do anel fibroso em volta do disco intervertebral, e projeção do disco além desse anel, saindo da cavidade que o contém, conforme mostrado na figura abaixo.

Sintomatologia 
          Esta lesão é caracterizada por dor local, que é aumentada pelo tossir e espirar, pelo espasmo da musculatura paravertebral e antalgia da coluna lombar. Quando ocorre pressão nas raízes nervosas vertebrais, cria-se uma dor que se irradia pela perna. Essa compressão nervosa pode acarretar déficit de força muscular nos membros inferiores
          Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos).
Causas          Segundo Adersson GBJ, 1992 e Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996, as causas principais são de quem sofre exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir e realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas, aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas

Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:

• Trabalho físico pesado
• Postura de trabalho estática
• Inclinar e girar o tronco freqüentemente
• Levantar, empurrar e puxar pesos
• Trabalho repetitivo
• Vibrações
• Psicológicos e psicossociais


Tratamentos

Medicamentosos
         Geralmente com injeções de analgésicos, antiinflamatórios e relaxantes musculares na fase aguda e o controle com medicamentos orais, para os mesmos fins, para a fase crônica.

Tratamento Cirúrgico
          Quando o tratamento conservador não estiver fazendo efeito e o paciente não conseguir realizar suas atividades diárias.
Fisioterapia Convencional
          Fisioterapia Traumato - Ortopédica: Eletroterapia (TENS, Endofasis, Corrente Interferencial, Ultra Som), Termoterapia (Ondas Curtas, Infra vermelho), Fototerapia, Cinesioterapia (Exercícios passivos, tração, alongamentos e exercícios ativos), Hidroterapia, Massagem para relaxamento da musculatura.
Fisioterapia manual
          A disfunção dos tecidos moles pode alterar o movimento articular e diminuir a eficácia da mobilização-alongamento da articulação. É por isso que o tratamento freqüentemente começa com este procedimento visando diminuir a dor e o espasmo muscular ou aumentar a mobilidade dos tecidos moles. Esses procedimentos auxiliares podem também tornar mais fácil a realização da mobilização das articulações, produzindo um efeito mais duradouro. Dentre as técnicas de fisioterapia manual utilizamos a Osteopatia, Maitland, Mulligan e mobilizações articulares.

Mesa de Tração Eletrônica
          Grandes fabricantes de equipamentos terapêuticos e cientistas americanos investiram seriamente em pesquisas durante décadas enquanto aprimoravam técnicas seguras e eficazes de utilizar a tração vertebral e melhorar seus benefícios. Pesquisas realizadas nos EUA mostram que técnicas de tração vêm sendo usadas com sucesso, durante anos, no tratamento das discopatias e doenças degenerativas da coluna vertebral.

Musculação ou Pilates
Musculação
          Após o término das sessões previstas é fundamental buscar alternativas para manter os benefícios decorrentes do tratamento. Serão necessários estímulos freqüentes e graduais que garantam a integridade das estruturas músculo-esquelético envolvidas e previnam contra novas crises. A opção eficiente e segura é um programa de exercícios de musculação que incluem os principais componentes da aptidão física relacionados à saúde (potência aeróbica, força e flexibilidade) ajustados de acordo com a especificidade da situação e supervisionados por profissionais de Educação Física


Pilates
         O método, preconiza alcançar um desenvolvimento do corpo de forma uniforme, objetivando uma melhora no condicionamento físico e mental com exercícios globais, isto é, que exigem um trabalho do corpo todo, utilizando diferentes aparelhos e equipamentos. Através dos seus princípios, concentração, fluidez, controle, respiração, centro de força, postura o praticante do método irá melhora sua consciência corporal, flexibilidade, equilíbrio e força muscular.

RPG/RPM - Reeducação Postural Global/Reequilíbrio Proprioceptivo Muscular
          A RPG/RPM, que tem como um de seus princípios básicos identificar e alongar os músculos responsáveis pela alteração postural, realinhar, fortalecer e reeducar o corpo, fazer com que o corpo tenha consciência corporal, através da propriocepção corporal, atuando sobre as cadeias musculares de uma maneira global e os músculos de maneira analítica.

 
 
 
 
 
Mesa de RPG
 
 
 
 
 
 
 
Acupuntura
          Consiste no estímulo de pontos determinados da superfície da pele, denominados “meridianos” ( canais de energia, onde se localiza “pontos“ que deverão ser estimulados tanto para sedação , como para tonificação, com o objetivo de equilibrar a energia vital do ser humano ). Podem ser utilizados neste processo: agulhas, ventosas, massagens, e até o calor proveniente da queima da moxa, preparada à partir da erva artemísia (moxabustão).

 

Como Prevenir? 
          A prevenção da Hérnia de Disco é realizada com a Higiene Postural. A Higiene Postural é na verdade saber lidar com o corpo em diversas situações cotidianas, por exemplo: saber abaixar corretamente, levantar da cama, ergonomia no local de trabalho, exercícios corretos na sua atividade física regular; ou seja, consciência corporal. A Reeducação postural global atua nesta consciência corporal, alongando, fortalecendo, reeducando a postura.


Qual profissional procurar?
          Deve-se Procurar inicialmente o Médico Traumato- Ortopedista para realizar o Diagnóstico Médico e tratamento medicamentoso. Após, procurar um Fisioterapeuta para realizar o Diagnóstico Fisioterapêutico e Tratamento Reabilitativo.


Lombalgia

A lombalgia, Dor lombar, lumbago ou dor nas costas é a dor que pode ser aguda ou crônica, na região lombar inferior e afeta a maioria das pessoas em algum estágio da vida. Uma lombalgia aguda pode ser causada por evento traumático, como acidente de carro ou queda. Ela aparece subitamente e a pessoa geralmente é capaz de identificar o que aconteceu. Nos casos de lombalgia aguda as estruturas danificadas geralmente são os tecidos moles como músculos, ligamentos e tendões. No caso de acidente grave, fraturas vertebrais na espinha lombar podem ocorrer. Lombalgia crônica ocorre por um longo período de tempo e tem como causas mais comum: osteoartrite, artrite reumatóide, tumores (incluindo câncer), degeneração dos discos entre a vértebra ou hérnia no disco lombar, más posturas.



Lombalgia não é  uma doença e sim um sintoma.


Causas
As causas que estão na origem da lombalgia são variadas:
   -excesso de peso corporal/obesidade;
   -adoção de posturas incorretas quando se está sentado ou de pé durante longos
           períodos de tempo;
    -levantamento de peso excessivo e/ou por um período de tempo prolongado,
            principalmente se realizado de uma forma inadequada;
    -infecções virais/ síndromes gripais;
    -menstruação ou síndrome pré-menstrual;
    -hérnias discais na região lombar;
    -doenças articulares degenerativas e/ou inflamatórias de diversos tipos;
    -traumatismos da região lombar, com ou sem fratura;
    -fratura dos ossos da coluna lombar por doenças que fragilizam os ossos
           (por exemplo, osteoporose);
    -cólica renal;
    -infecção renal;
    -algumas doenças (benignas ou malignas) que afetam o útero e o ovário;
    -Processos degenerativos discais e articulares;
    -más-formações congênitas,
    - hérnias discais;
    -escorregamentos vertebrais (Listeses);
    -estenose de canal vertebral, muitas vezes pré-existentes, já de longa data,
           em determinado momento, em virtude de esforços inadequados;
    -vícios posturais;
    -quedas.
          Todos esses mecanismos, processos, causas, descrito anteriormente passam a desencadear sintomatologia dolorosa.
           Quando pensamos em um indivíduo com queixa de Lombalgia, devemos ter em mente que esta sintomatologia pode ser originária de problemas próprios da coluna, de vícios posturais ou, ainda, decorrente de alterações em outros órgãos.
          Doenças intra-abdominais tais como apendicite, aneurismas, doenças renais, infecções da bexiga, infecções pélvicas, distúrbios ovarianos, tumores, processos vesiculares entre outras, podem causar dor referida na região lombar.
          Sem dúvida, de todas as causas de lombalgia na população economicamente ativa, os vícios posturais respondem pela grande maioria das queixas lombares em prontos socorros.

Diagnóstico da lombalgia
         Geralmente é complexo obter um diagnóstico das causas por trás da lombalgia e seus sintomas relacionados, como ciática. Um diagnóstico completo geralmente é feito através da combinação do histórico médico do paciente, exame físico e, quando necessário, testes diagnósticos como raios-X e ressonância magnética.
          Toda vez que estivermos diante de uma queixa de lombalgia, secundária a alguma doença de base, a história clínica e um exame clínico minucioso podem determinar o grau de incapacidade gerado por esta doença.
          Hiper contratura para vertebral, desvios antálgicos, dificuldade de flexão e lateralização, marcha antálgica, alterações de reflexos, são achados freqüentes observados nos exames clínicos de pacientes com sintomatologia verdadeira, como os portadores de hérnia discal aguda.
Existem várias doenças que podem estar na origem de uma lombalgia, pelo que é importante conhecer as características da dor e os sintomas associados, bem como fazer um exame físico completo. Também se podem realizar vários exames com o objetivo de avaliar melhor todas as estruturas anatômicas da região lombar, tais como Raios-X, Tomografia, Ressonância.


Possíveis causas de cervicalgia e cefaléia
 

Uma das causas mais comuns de dor cervical e algumas vezes cefaléia é postura inadequada e que chamamos de cervicalgia postural. É fácil adquirir hábitos posturais ruins sem ao menos se conscientizar disso.
A regra básica é simples: mantenha o pescoço em posição neutra sempre que possível. Em outras palavras, não curve o pescoço para frente e nem para trás por períodos muito longos. Também tente não ficar sentado em uma mesma posição por muito tempo, se for necessário, certifique-se de que a postura está adequada: cabeça em posição neutra, costas com apoio, joelhos ligeiramente abaixo do quadril e com os braços apoiados.

Ler na cama pode causar tensão cervical, principalmente se estiver sem apoio, flexionando a cabeça e tentando manter os braços pra frente para segurar o livro (Figura). Se você lê na cama, considere adquirir um produto específico para este propósito como um travesseiro triangular ou uma mini-mesa portátil. Finalmente, lembre-se de não ficar em uma mesma posição por muito tempo, nossos corpos foram feitos para se movimentar.

A posição de dormir é outra fonte possível de problemas cervicais (Figura). O seu travesseiro o força a dormir com o pescoço em um ângulo, seja ele muito alto ou muito baixo? Se sim, deve-se investir em um novo travesseiro que deixe a cabeça alinhada com a coluna e esta, paralela à cama. Deve-se certificar que o espaço entre a parte de trás do pescoço e a cama esteja preenchido por um travesseiro de maneira que o pescoço fique relaxado em posição neutra. Peça para alguém observar o alinhamento da coluna por trás se você dorme de lado ou pelo lado se você dorme de costas. Não durma de bruços, esta posição coloca grande pressão sobre o pescoço. Travesseiros de pena são geralmente melhor que os de espuma; eles se ajustam facilmente ao formato da cabeça. Não use muitos travesseiros. Lembre-se também que travesseiros não duram para sempre e depois de alguns anos, travesseiros tendem a diminuir e precisam ser substituídos. Além disso, uma cama que não ofereça suporte suficiente para as costas também pode ser uma fonte de desconforto cervical.
 

Algumas outras dicas para evitar tensão cervical e dor:

Tente fazer exercícios de alongamento antes de dormir e logo ao acordar.

A regra da posição neutra também vale para pessoas que passam muito tempo trabalhando em computadores (Figura). Novamente, não flexione o pescoço para frente. Ajuste a mesa, monitor e cadeira para uma altura confortável, para que o monitor fique na altura dos olhos e os joelhos ligeiramente abaixo do quadril. Um apoio para os pés pode ajudar a manter a posição correta. Sente perto suficiente do monitor para que não tenha que flexionar a cabeça para poder ver melhor. Use o apoio de braços, deixá-los suspensos força a musculatura cervical. Use os óculos se necessário. Consulte um profissional capacitado para encontrar a posição que é correta para você.

Muitos se prepararam adequadamente para trabalhar em computadores (desktops) preocupando-se da maneira correta com a postura, daí recentemente houve o grande "boom" dos laptops e novamente a postura tornou-se um grande problema para a população. Laptops sobre a cama, sobre o colo e mesmo sobre a mesa são um perigo para a saúde da coluna. É importante lembrar que é essencial que o monitor esteja na mesma altura os olhos para evitar a deflexão da coluna e o sofrimento das estruturas cervicais. Para isso existem dispositivos, suportes que elevam o laptop deixando-o em uma posição aceitável (Figura)

A posição neutra também deve ser encontrada ao se dirigir um carro. Ajuste o assento para que fique perto suficiente dos pedais e que não seja preciso trazer o pescoço para frente. Levante o banco o suficiente para que não haja extensão excessiva da coluna. O punhos devem estar no nível do volante quando os braços estiverem esticados para trazer conforto e segurança ao dirigir e apoios de braço devem ser utilizados quando possível
 

Maneira correta de levantar peso


Outra causa de dor cervical é técnica incorreta para levantar peso. As pessoas sempre pensam na região lombar como área de risco, mas a região cervical é tão vulnerável quanto. Segue-se a maneira correta de se levantar peso:
- fique com a coluna reta, perto do objeto
- agache-se sobre o quadril e joelhos, mantendo as costas em posição neutra e a cabeça e ombros para cima
- agarre firmemente o objeto e levante com os músculos do quadril e da perna
- mantenha o objeto próximo ao corpo. Seu quadril e pernas absorvem a maior parte do peso, e mantendo-se próximo ao objeto coloca-se menos tensão nas costas e pescoço.
- os pés devem estar posicionados na mesma distância dos ombros, com um pé ligeiramente a frente do outro.

Além disso, você pode perceber que colocando um pé a frente e um pé atrás deve facilitar o levantamento de um objeto, mas do que a posição de cócoras.

Evitando tensão cervical

Evite carregar itens em um só ombro por muito tempo. Para tal, mochilas com 2 alças são adequadas por distribuírem melhor o peso a ser carregado. 
Evite carregar itens muito pesados. Para tal, uma mochila com rodinhas e alça retrátil pode resolver o problema. 
Preste atenção quando estiver ao telefone, principalmente se estiver falando e realizando outras atividades simultaneamente, isso pode trazer problemas cervicais. Algumas pessoas têm o hábito de espremer o telefone entre o ombro e o pescoço (Figura), isso não só trás tensão à região cervical, mas por um período longo pode levar à compressão das raízes nervosas no forame intervertebral por uma protusão discal por exemplo. Se você passa um período longo do dia no telefone, talvez seja interessante adquirir um produto específico tipo headset, atualmente a disponibilidade destes dispositivos sem fio e comunicação bluetooth ou wireless aumentou bastante.
 

Disfunções da articulação têmporo-mandibular (DATM)

A ATM é a articulação pela qual a mandíbula se conecta com o crânio. Problemas dolorosos com a ATM ocorrem em pessoas que apresentam má-oclusão dentária, rangem os dentes, utilizam a articulação de maneira inadequada ou apresentam outras doenças. Como o pescoço e a ATM estão diretamente relacionadas, a DATM pode causar cervicalgia e vice-versa. Numa sucessão de mordidas erradas, desgastes e compensações, o corpo se encarrega de adequar, nesse caso negativamente, articulações, músculos e ossos, o que resulta em dor cervical. Em alguns casos o dentista deve criar um dispositivo oral que permita a articulação repousar e permite finalizar o tratamento da cervicalgia associada. O fisioterapeuta também pode ajudar a minimzar a dor na mandíula através de um programa de exercícios especial.
 

Enxaqueca e outros tipos de dor de cabeça


A verdadeira enxaqueca geralmente não tem relação com cervicalgias. No entanto, alguns tipos de dores de cabeça podem se apresentar com sintomas semelhante e na verdade serem secundários a problemas cervicais. Os sintomas típicos de enxaqueca são: dor latejante, unilateral, de forte intensidade e duração, náusea ou vômitos, intolerância à luz e som, piora com exercícios. 
Repare se existe dor cervical associado à sua dor de cabeça. Seguir as medidas preventivas aqui citadas não fará mal se você realmente tiver enxaqueca., no entanto não deixe de procurar um profissional capacitado que possa orientar o melhor tratamento.
A maioria das pessoas sabe por experiência própria que stress emocional pode causar dor de cabeça. Essas dores de cabeça simples podem ser tratadas de várias maneiras, desde medicações analgésicas simples a psicoterapia. A maioria dessas dores melhora espontaneamente; no entanto, se a dor for persistente ou recorrente procure um médico especialista e certifique-se de que tensão cervical, má postura, ou tensão ocular não sejam as causas iniciais. A tensão muscular na parte posterior do pescoço pode irritar alguns nervos da cabeça causando a dor. este problema pode ser tratado com medicamentos, fisioterapia e até pequenas infiltrações que são realizadas no próprio consultório.

Osteoartrite

É a inflamação das articulações causada por desgaste devido ao uso. Todos nós apresentamos um certo grau de osteoartrite enquanto envelhecemos, mas esta condição também ocorre em jovens que apresentam predisposição à este tipo de doenças ou por lesões repetidas. A osteoartrite do pescoço ou espondilose é caracterizada por rigidez, limitação de movimento e disfunção neurológica nos casos mais graves.
Fisioterapia pode ajudar no tratamento da osteoartrite através da hidroterapia, exercícios específicos, alongamento, massagem e outras técnicas terapêuticas, levando gentilmente e vagarosamente a uma melhora da rigidez e aumento da amplitude de movimento.


Lesão em chicote
 

É uma movimentação brusca e violenta do pescoço para trás e para frente e é provavelmente a maior causa de lesão traumática da região cervical. Freqüentemente associada a acidentes automobilísticos, embora possa ocorrer em outras situações. Em casos agudos um colar cervical pode ser apropriado para descansar o pescoço e melhorar a inflamação. A fisioterapia nesta situação deve ser indicada de maneira cautelosa por um especialista, mas é instrumento importante para ajudar a recuperar força, função e amplitude de movimento.
 

É somente uma dor cervical?

Dores cervicais podem vir acompanhadas de dores nos braços porque os nervos provenientes da região cervical inervam todas a região dos braços e mãos. Algumas vezes é difícil descobrir a real origem da dor.
Outros sintomas nos braços além da dor, incluem falta de sensibilidade, formigamento, fraqueza. Esses sintomas podem ser confundidos com síndrome do túnel do carpo (STC), uma condição encontrada em pessoas que trabalham com movimentos repetidos por períodos prolongados. Na STC, o nervo que percorre o centro do antebraço torna-se inflamado e o seu deslizamento e movimentação torna-se restrito. Mas é possível que a compressão do nervo esteja ocorrendo mais acima na região do pescoço e até mesmo em ambos os lugares.


O que fazer quando o pescoço já está doendo?

Diversas medidas podem ser tomadas para o tratamento da cervicalgia crônica. O benefício individual de cada terapia é difícil de ser comprovado, portanto o melhor tratamento está na combinação de medidas que se adéqüem melhor ao paciente e à doença em questão. É importante ter em vista a melhora a longo prazo e não apenas ao alívio sintomático imediato, e para isso deve-se respeitar a idéia básica de evitar novas lesões através da identificação e eliminação dos fatores causadores, reeducação postural e restabelecimento funcional da região cervical. 
A primeira medida a ser tomada após o diagnóstico de cervicalgia crônica, sem traumatismo associado, é descansar e, de preferência, deitado e com a coluna em posição neutra. 
Pode-se também aplicar compressa quente ou fria. Muitos profissionais preferem a compressa fria, devido seu efeito em reduzir a dor e a inflamação, e esta é a melhor estratégia de fato para dores agudas, podendo também ser utilizada em dores crônicas. Para usar uma compressa, adquira uma bolsa própria ou coloque gelo triturado em uma bolsa, coloque uma toalha sobre a área afetada e só então aplique a bolsa, não use-a diretamente sobre a área afetada. Calor também proporciona alívio para algumas pessoas, mas deve ser usado com cuidado porque pode algumas vezes piorar uma área inflamada.
Aplique compressa quente ou fria por 15-20 minutos por vez com 40 minutos de descanso entre a aplicações. Pode-se também usar as duas compressas de maneira alternada.
 

Considerações quanto a fisioterapia

O fisioterapeuta escolhe o tratamento, em conjunto com o médico, entre várias modalidades: exercícios para flexibilidade, força, estabilidade e recuperação de amplitude de movimento. Outras opções incluem gelo, calor, estimulação elétrica, tração ou mobilização e massagem. O fisioterapeuta avalia o ambiente em casa e no trabalho para garantir que você não esteja se machucando continuadamente.
A hidroterapia é também uma excelente alternativa para tratamento da cervicalgia. Ela conta com vários fatores benéficos, só o fato de ser realizada em água aquecida em sessões de 40-60 min já auxilia no relaxamento da musculatura cervical aliviando dores musculares. Exercícios na água diminuem a tensão sobre as articulações, levando ao fortalecimento da musculatura sem prejuízo articular. E ainda exercícios passivos na água com movimentações do tronco e da região cervical promovem um restabelecimento do que é a postura correta pelo sistema nervoso central. 
Há muitas evidências de que exercícios aeróbicos de baixo impacto como natação, caminhada, e aeróbica d baixo impacto, bicicleta ergométrica podem ser úteis para reduzir a dor cervical. O fisioterapeuta ou educador físico capacitado pode realizar uma programação de exercícios não dolorosa exclusiva para você.
Uma vez alcançados os objetivos da fisioterapia, é necessário continuar a terapia em casa com uma programa domiciliar realizado para suprir as necessidades de cada pessoa individualmente. O objetivo da fisioterapia é conseguir com que o paciente retorne as suas atividades o mais rápido possível com o conhecimento necessário para minimizar ou eliminar o problema.


Que profissional devo procurar ?

Não hesite em procurar um especialista em coluna, neurocirurgião, ortopedista, reumatologista ou fisiatra ao sentir dor, desconforto cervical ou torcicolo. Uma consulta precoce pode facilitar a eficácia das medidas preventivas e evitar problemas mais sérios no futuro. Se não houver queixa alguma, apenas dúvidas quanto a postura correta e as medidas preventivas para problemas de coluna, procure um fisioterapeuta. Tratamentos cirúrgicos, clínicos e fisioterápicos são continuamente desenvolvidos e aperfeiçoados para que possam auxiliar no bem estar de cada um e proporcionar melhor qualidade de vida.
 

 

 

 

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