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A dor no peito pós-infarto
A dor no peito pós-infarto

12-11-201023:20:40

A dor no peito pós-infarto

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De acordo com um estudo norte-americano desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Colorado, 20% dos pacientes que sofreram ataques cardíacos permanecem sentindo dores no peito mesmo um ano depois de ter ocorrido o evento.

 

Os pesquisadores analisaram quase dois mil pacientes, sendo que, de cada cinco, um deles sofria com as dores. Dos pacientes que responderam ao questionário do estudo, um ano após seus ataques cardíacos, 19,9% ainda tinham dores no peito e 1,2% deles sentiam dor todos os dias.

 

A angina, nome dado a essa dor no peito, é um sintoma comum de doenças cardíacas e, de acordo com os médicos, é normal que as vítimas de infartos continuem sentindo essas dores. Entretanto, é importante realizar tratamentos para tentar minimizar o problema.

 

Segundo os pesquisadores, os principais fatores que podem contribuir para essas dores são o fumo e a depressão. Ainda de acordo com a pesquisa, os homens jovens com marca-passos, fumantes ou com sintomas de depressão estão mais propensos a sofrer com a angina.

 

Diante disso, reforça-se a recomendação médica para que os pacientes parem de fumar, além de, quando necessário, procurem ajuda psicológica para controlar a depressão.

 

Fonte: Terra

Tratamento em lesões no tendão de aquiles / calcâneo

Quanto mais precocemente se inicia o tratamento, melhores as chances de bons resultados. No caso de tendões a recuperação é mais lenta, principalmente por ser pouco vascularizado, portanto, paciência e empenho no tratamento são decisivos na recuperação.

Será necessária uma consulta com ortopedista para avaliação da lesão e tipo de pisada, para que o diagnóstico e o tratamento adequado e individualizado seja traçado. Exames complementares como ultrassonografia ou ressonância magnética serão necessários para visualizar o tipo e extensão da lesão.

Pode ser necessário o uso de medicamentos antiinflamatórios e o tratamento cirúrgico pode ser indicado em alguns casos, principalmente na lesão total. Não devem ser utilizadas infiltrações de esteróides no tendão por aumentar os riscos de ruptura total.

É indicado repouso relativo, de acordo com o quadro apresentado pelo atleta, ou seja, pode ser indicado apenas diminuir o ritmo da atividade ou interromper a corrida por um determinado tempo. Muitas vezes é indicada a substituição da corrida por natação ou deep running, para diminuir o impacto e esforços sobre o tendão, facilitando sua recuperação.

A aplicação de gelo irá auxiliar no alívio de dores e na diminuição de edema (inchaço). O gelo deve ser feito por 20 minutos, podendo ser repetido a cada 3 horas no início dos sintomas (fase aguda). Pode se associar elevação da perna para auxiliar na drenagem de edema, se houver.

Após a avaliação da lesão e do tipo de pisada, pode ser indicado o uso de palmilha para correção do calcanhar e para diminuir forças sobre o tendão, ou palmilhas que fornecem um amortecimento, o que seria uma medida temporária. O uso de calcanheiras é útil para tirar as tensões do tendão, mas deve ser avaliado para não estimular o encurtamento muscular.


A utilização de calçados adequados evita lesões, portanto, a avaliação do tipo de pisada se torna importante para a compra do tênis. Para atletas com pronação excessiva (pé chato), o ideal é um calçado com menos amortecimento e mais estabilidade e para atletas com supinação excessiva (pé cavo), um calçado com mais amortecimento e boa flexibilidade é mais indicado.

Tão importante quanto usar um calçado adequado para o seu tipo de pisada e atividade física é saber quando "aposentar" seu tênis. Calçados excessivamente desgastados podem contribuir para uma lesão por não exercerem mais sua função de estabilidade, suporte e amortecimento. Vale lembrar que também pode acontecer de aparentemente o tênis parecer em bom estado, porém já ter perdido sua capacidade de amortecer impactos, por exemplo. Por isso é bom ficar de olho nas indicações dos calçados e trocá-los de acordo com a quilometragem percorrida e peso corporal, para que não fiquem desgastados demais. 


Mouse x Tenditinite




Essa imagem é bem explicativa.

Mostra a forma correta para manuseio do mouse e posicionamento de punho e dedos.

Anatomia dos meniscos

Os meniscos são duas estruturas semi circulares em forma de meia lua que possuem como função principal o amortecimento articular assim como a distribuição do peso exercido sobre a articulação.  São estruturas fibrocartilaginosas curvas e ficam entre as superfícies articulares opostas e estão ligados entre si e a cápsula articular.. São formados predominantemente de colágeno tipo I. O colágeno tem o formato circunferencial, padrão este ideal para a absorção de cargas compressivas.

Anatomia Meniscal

 


Os dois meniscos do joelho são importantes por dois motivos: (1)  funcionam como uma vedação para espalhar a força do peso do corpo sobre uma área maior de superfície, e (2) contribuem de forma secundária com a estabilidade articular.

Os meniscos são triangulares em sua secção transversal, sendo de periferia espessa, convexa e fixa a cápsula articular. O oposto (região central) é afilada e apresenta a borda livre.  O corno posterior do menisco medial é maior quando comparado ao corno anterior. Já o menisco lateral apresenta os dois cornos de tamanho semelhante. As superfícies proximais dos meniscos são côncavas e apresentam-se em contacto com os côndilos femorais. Distalmente são planas e descansam sobre o platô tibial. O menisco medial cobre aproximadamente 64% do planalto tibial medial. O menisco lateral cobre aproximadamente 84% do platô tibial lateral.

Anatomicamente e didaticamente divide-se os meniscos em três regiões: corno anterior, corpo e corno posterior.

Anatomia Meniscal


Embriologicamente, os meniscos são formados de tecido mesenquimal e aparecem como estruturas distintas pela oitava a décimo semana gestacional de desenvolvimento. Inicialmente são altamente celulares e apresentam uma abundância de vasos sanguíneos. Progressivas e graduais mudanças ocorrem a partir do nascimento até a adolescência, que consistem em diminuição da celularidade, diminuindo consequentemente a vascularidade e aumentando o conteúdo de  colágeno.
Imagine-se o joelho como uma bola repousa sobre uma placa plana. A bola é o fim da fêmur que entra em contato com a superfície plana que é o topo da tíbia. Os meniscos atuam como uma vedação, ajudando a distribuir o peso do fêmur com a tíbia.
Sem os meniscos, qualquer peso sobre o fêmur serão concentradas em um ponto da tíbia. Mas com os meniscos, o peso está distribuído em toda a superfície da tíbia.

Os meniscos do joelho, tornam a articulaçãor mais estável, agindo como uma cunha entre os ossos.

MENISCO MEDIAL e LATERAL

O menisco medial é firmemente fixados à fossa intercondilar posterior da tíbia diretamente anterior à inserção do LCP.
O corno anterior do menisco lateral fixa-se à fossa intercondilar, anterior ao tubérculo tibial lateral e adjacente ao LCA. O corno posterior é fixado à fossa intercondilar posterior diretamente à lateral tubérculo tibial anterior.
Perifericamente, o menisco medial é continuamente fixo à cápsula do joelho. A fixação tibial do menisco, por vezes conhecido como o ligamento coronário, atribui à margem da tíbia alguns milímetros distais à superfície articular. O corno anterior do menisco medial tem a maior superfície de inserção 61,4 mm2), e o corno posterior do menisco lateral tem a menor (28,5 mm2).

O ligamento anterior do Humphry passa anterior a LCP, enquanto o ligamento de Wrisberg passa posterior à LCP. A fixação do menisco lateral é interrompido pelo hiato poplíteo através da qual passa o tendão do músculo popliteo. Este é um dos motivos pelos quais o menisco lateral não é tão amplamente anexada à cápsula como o menisco medial, sendo mais móvel e podendo movimentar-se 11 milímetros com a flexão do joelho. A mobilidade controlada do menisco lateral, que é guiado pelo tendão do poplíteo e pelo ligamento meniscofemoral pode explicar porque as lesões meniscais ocorrem com menos frequência no lado lateral do joelho.

Funções Meniscais

1. Transmissão de Carga- trabalhos demonstram que até 50% da carga compressiva é transmitida pelos meniscos. Estes aumentam a área de contato do fêmur distal com a tábia proximal. Como carga é aplicada, os meniscos tenderão a serem expulsos da superfície articular. A fim de resistir a esta tendência, tensão circunferencial é desenvolvido ao longo das fibras colágenas do menisco. A continuidade  do aro circunferencial periférico do menisco é imprescindível para a manutenção dessa função. A meniscectomia parcial consegue preservar essa função desde que este aro circunferencial periférico seja mantido. Inversamente, se uma lesão radial estende-se para a periferia e interrompe a continuidade do menisco, a transmissão de propriedades de carga do menisco são perdidas. Sob cargas de compressão axial do fêmur, o pico máximo cisalhamento e estresse na cartilagem articular aumentam mais de 200% depois de uma meniscectomia lateral em relação a medial. Este aumento explica em parte porque ocorre uma maior degeneração após uma meniscectomia lateral.

2. Aumento da área de contato articular- o contato femoro-tibial diminui até 75% após a realização de uma meniscectomia.

3. Distribuir líquido sinovial

4. Fornecer estabilidade- O menisco medial especialmente controla a translação ântero-posterior da tíbia em relação ao fêmur. Este fato é observado em maior grau nos joelhos com lesão do LCA. Isso explica o motivo pelo qual pacientes com lesão do LCA evoluem para uma provável lesão do menisco medial se optarem pelo tratamento conservador do ligamento. A função de estabilidade é secundáriamente realizada pelos meniscos.

MOVIMENTOS MENISCAIS

Thompson estudou os movimentos meniscais com ressonância magnética 3D e com ressonância magnética cinemática. A mobilidade do menisco medial foi de aproximadamente 5,1 mm, e do lateral foi de 11,2 mm. A mobilidade do corno posterior foi menor do que a do corno anterior, tanto medial quanto lateral. DePalma, demonstrou que a maior parte do movimento do menisco lateral ocorre após 5 a 10 graus de flexão, enquanto que o maior movimento do menisco medial ocorre após 17 a 20 graus de flexão. O ligamento oblíquo posterior está solidamente ligado a parte posterior do menisco medial, limitando assim o seu deslocamento e sua rotação. Isto possivelmente contribui para o aumento do risco de prejuízo das lesões do menisco medial. Inversamente, a maior mobilidade do menisco lateral é responsável pela menor ocorrência de lesões nesse lado.  

Vascularização Meniscal

Os meniscos em um neonato são inteiramente vasculares. Arnoczky e Warren demonstraram que apenas o exterior 10% a 25% do menisco lateral e de 10% a 30% do menisco medial são vascular. Os ramos vasculares são derivados das artérias geniculares. Os dois terços internos são avasculares  e são nutridos pelo líquido sinovial através de difusão.

Gonartrose

14.07.07

A artrose do joelho pode surgir em consequência de trauma, infecção, meniscectomia, lesão ligamentar ou qualquer outra agressão articular, mas também pode surgir sem causa aparente.
A gonartrose atinge mais o sexo feminino que o masculino. Isto deve-se às diferenças anatómicas entre os dois sexos: maior diâmetro transversal da bacia feminina (vantagem obstétrica) que implica um maior ângulo em valgo do joelho.



A estrutura mecânica do ortostatismo e da marcha humana assenta na posição vertical das tíbias. Na marcha, quando apenas um pé apoia no solo e o outro avança (fase de apoio), o peso do corpo ficaria medialmente ao eixo da tíbia apoiada, se não existissem importantes mecanismos de recentragem da carga. Um desses mecanismos é dinâmico e é obtido pela acção do músculo tensor da fáscia lata; o outro é estático ou anatómico e deriva da inclinação para dentro das diáfises femurais que assim colocam os joelhos e tíbias o mais próximo possível do eixo das cargas geradas pelo peso do corpo (as tíbias são verticais).

Durante a marcha, o stress na cartilagem articular é muito maior do que o considerado unicamente pelo peso do corpo. A deformidade varizante pode facilmente sobrecarregar o compartimento medial, levando à ruptura da cartilagem.


A. Durante o apoio, o peso do corpo concentra-se mais no compartimento     interno.
B. O tensor da fáscia lata recentra as cargas, no eixo do joelho em apoio.

A gonartrose começa exactamente nas áreas de menor contacto entre as duas superfícies articulares , que são os locais onde a nutrição da cartilagem hialina é menor pois depende do embebimento/esvaziamento (efeito de esponja). A tendência degenerativa que conduz à artrose do compartimento externo da tróclea fémuro-rotuliana será tanto maior quanto maior for o ângulo em varo do joelho, porque menor a nutrição das suas  cartilagens.
A gonartrose é caracterizada pela presença de: dor, espasmos musculares, rigidez, limitação do movimento, desgaste e fraqueza muscular, tumefação articular, deformidades, crepitação e perda de função. Durante a inflamação ocorre calor, rubor, tumefação e dor. (Thompson , 1994, Apley, 1998)

A dor de um doente com artrose tem um ritmo, ou seja, tem um modo de ser ao longo do dia. É uma dor mecânica, pelo facto de se agravarem ao longo do dia (devido a esforços) melhorando quando o doente repousa. A rigidez surge, sobretudo, ao iniciar os movimentos sendo esta de curta duração. A limitação do movimento pode surgir precocemente, ao contrário das deformações que, em regra são tardias.

Os músculos quadricípete e isquiotibiais, sofrem hipotrofia podendo esta estar relacionada com o desuso, devido ao quadro álgico, que provoca a limitação do movimento e da função.

Colocado por gonartrose.com. //

Osteopenia / Osteoporose.



Osteopenia

O termo Osteopenia, é usado referindo-se a qualquer condição que envolva uma redução fisiológica (em relação à idade) da quantidade total de osso mineralizado.


Osteoporose

A osteoporose é a principal doença que acomete o metabolismo ósseo da espécie humana constituindo-se em um dos mais importantes problemas de saúde pública, devido a suas implicações médicas, financeiras e sociais.

É uma doença osteometabólica caracterizada por massa óssea reduzida e deteriorização microestrutural do tecido ósseo que leva a uma maior fragilidade óssea e, conseqüentemente, aumento do risco de fratura.



Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)*, os critérios para diagnóstico da osteoporose de acordo com a Densidade Mineral Óssea (DMO) são:

  • Normal: o valor da DMO encontra-se dentro de, no máximo, um desvio-padrão, abaixo do encontrado em mulheres adultas jovens.
  • Osteopenia: o valor da DMO encontra-se entre -1 e -2,5 desvios-padrão da normalidade.
  • Osteoporose: o valor da DMO está abaixo de 2,5 desvios-padrão da normalidade.
  • Osteoporose estabelecida: (fraturas): o valor da DMO está abaixo de 2,5 desvios-padrão na presença de uma ou mais fraturas por fragilidade óssea.

Fatores de risco


maiores

  • Idade > 65 anos;
  • História familiar de fratura por Osteoporose;
  • Menopausa precoce (idade <45>)
  • Hipogonadismo;
  • Fratura de corpo vertebral por Compressão;
  • Fratura por fragilidade após os 40 anos;
  • Tendência a quedas;
  • Uso de cortisona por mais de três meses;
  • Síndrome de mal absorção intestinal;
  • Hiperparatireoidismo primário;
  • RX ósseo sugestivo de osteopenia.

menores


  • Peso corpóreo inferior a 57 kg
  • Tabagismo
  • Uso abusivo de álcool
  • Uso excessivo de cafeína (café e chá)
  • Baixa ingestão de cálcio
  • Perda > de 10% do peso corpóreo apresentado aos 25 anos de idade
  • Artrite reumatóide
  • Uso crônico de anticonvulsivantes
  • Hipertireoidismo
  • Uso crônico de heparina

Os Ossos

O osso é uma célula viva que permanece ativa em constante processo de formação e reabsorção. Suas principais células são:

  • Osteoblastos: responsáveis pela sua formação
  • Osteoclastos: responsáveis pela sua reabsorção
  • Osteócitos: responsáveis pelo processo de regulação dos níveis de minerais.

Pico de Massa Óssea

Nas mulheres o pico (máximo da reserva) de massa óssea ocorre por volta dos 16 anos de idade, permanecendo estável até 30 anos e a seguir começa a cair 1% ao ano. Já nos homens, o pico ocorre aos 18 anos de idade, permanecendo estável até os 40 anos. A seguir começa a cair lentamente ao longo dos anos, segundo características individuais de cada pessoa.

Vários fatores são responsáveis pelo ganho da massa óssea na adolescência:
  • hereditário: principal (60%);
  • nutricional: ingestão de cálcio;
  • endócrino: hormônios sexuais;
  • mecânico: atividade física orientada, com ênfase aos exercícios de contração dos músculos que atuam contra a força da gravidade e o próprio peso corporal.

Classificação da Osteoporose


Na mulher:

A classificação da osteoporose é extensa, entretanto daremos ênfase a osteoporose involucional, que se divide em:

  • osteoporose pós-menopausa: Ocorre maior perda de massa óssea devido a um aumento da formação e reabsorção do osso, conseqüente a diminuição de produção de estrógenos (hormônio feminino). Maior incidência entre 50 a 60 anos de idade, com velocidade maior de perda de massa óssea nos primeiros anos de menopausa, da ordem de 3 a 5% por ano. O osso trabecular é o mais acometido.
  • osteoporose senil: Ocorre uma perda mais lenta de massa óssea decorrente a diminuição da formação e reabsorção óssea. Acomete mulheres em menopausa a mais de dez anos. Os ossos trabecular e cortical são igualmente comprometidos.

No homem:

A Osteoporose nos homens se classifica em:

  • osteoporose idiopática: Nesta forma, não se identifica doenças ou fatores de risco que possam explicar a perda da massa óssea. Acomete homens com idades entre 20 a 80 anos com maior incidência na sétima década.
  • osteoporose secundária: Nesta forma, se observa 30 a 60% das fraturas da coluna vertebral. Entre suas principais causas, temos: alcoolismo e tabagismo crônico, redução de testosterona, drogas (anticonvulsivantes, heparina, cortisona, hormônios tiroideanos), hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, cirrose hepática, doenças inflamatórias intestinais, artrite reumatóide , espondilite anquilosante, diabetes mellitus , insuficiência renal, transplantes de órgãos, vida sedentáriar e imobilização prolongada.

Sinais e Sintomas

A osteoporose é uma doença indolor, entretanto quando ocorrer uma fratura ou micro fraturas pode ser sintomática apresentando:

  • Redução da altura do indivíduo;
  • Retificação da lordose da coluna lombar;
  • Alteração do diâmetro da caixa torácica (infecções respiratórias);
  • Alteração da forma abdominal (obstipação intestinal crônica).

Diagnóstico

Atualmente a densitometria é o método mais indicado para detectar uma baixa densidade óssea, antes de uma fratura ocorrer; prever as chances estatísticas de ocorrer uma fratura no futuro; auxiliar um diagnóstico de osteoporose se existiu uma fratura e determinar a sua taxa de perda de osso e ainda avaliar os efeitos do tratamento.


É um exame sem dor, não invasivo e seguro. Avalia a densidade da sua coluna e quadril ou de outros ossos, dependendo do equipamento utilizado. Sua densidade óssea é comparada à de pessoas de sua idade e de jovens normais; o resultado habilita seu médico a identificar se você está dentro dos limites normais ou se você tem risco de sofrer uma fratura; quanto mais baixa a densidade do osso, maior o risco de sofrer fraturas.


Risco de Fraturas

O risco estimado do desenvolvimento de fraturas durante a vida depende da região do corpo acometida.

Em mulheres a fratura da coluna vertebral é observada em 16% , proximal do fêmur (osso da perna) em 17,5%, do radio distal (osso junto ao punho) em 16% e qualquer uma das três em 39,7%.

Homens apresentam uma menor incidência, a fratura da coluna vertebral em 5%, proximal do fêmur em 6%, distal do rádio em 2,5% e qualquer uma das três em 13,1%.


Medidas de prevenção

Uma das medidas de prevenção consiste no fornecimento de cálcio aos ossos nas quantidades que eles necessitam diariamente. De fato, sendo o cálcio o principal constituinte dos ossos, percebe-se a importância que este mineral assume para a saúde óssea.



Para além do cálcio, há outros requisitos a cumprir para a prevenção da osteoporose:

  • Fornecer quantidades adequadas de vitamina D por exposição moderada ao sol e ingestão de alimentos ricos nesta vitamina;
  • Praticar exercício físico com regularidade, falando anteriormente com o médico. Os exercícios possíveis incluem passeios, subida e descida de escadas, dança, natação, etc.;
  • Abandonar o excesso de tabaco e de álcool;
  • Prevenir quedas que têm como consequência a morte, lesões, fraturas, hospitalizações, incapacidade permanente, isolamento social e problemas psicológicos. Os programas de exercício, entre outras vantagens, aumentam a capacidade muscular e a confiança;




Tratamento

As medidas não farmacológicas incluem particularmente a conscientização do indivíduo em mudar o seu estilo de vida, adquirido ao longo da vida .Estas devem ser iniciadas desde a infância e adolescência orientadas por seu médico pediatra.

Pelo fato da osteoporose ter múltiplas causas, as várias drogas ministradas para a sua prevenção e tratamento devem ser individualizadas após estudo criterioso de cada indivíduo. O tratamento medicamentoso tem como objetivo proteger o patrimônio ósseo residual preservando a integridade estrutural do esqueleto, assim promovendo uma redução do risco de fraturas.


Fisioterapia

A fisioterapia é muito importante para a gestão da osteoporose, sendo utilizada para aliviar a dor e para melhorar a mobilidade. Em pacientes com fratura da coluna, os músculos que circundam a coluna freqüentemente entram em espasmo como resultado da dor, e assim aumentam ainda mais a dor. O alívio deste tipo de espasmo muscular com uma fisioterapia suave relaxa o músculo, sendo portanto uma grande ajuda no alívio da dor. A hidroterapia (exercício suave na água morna) pode ser um grande auxílio para o relaxamento dos músculos.

Outro efeito muito útil da fisioterapia é a melhoria na postura. A dor nas costa e o espasmo muscular freqüentemente provocam no paciente uma tendência à curvatura dos ombros e a evitar esticar as costas, mas com exercícios suaves e relaxamentos dos músculos da coluna, a postura tende a melhorar. É compreensível que os pacientes que sofrem de osteoporose da coluna fiquem aborrecidos com mudança do formato da coluna e com a curvatura dos ombros, mas é importante considerar que freqüentemente essa situação pode melhorar.

A quantidade e o tipo de exercício que deve ser feito varia de acordo com a intensidade do problema em cada pessoa afetada. O exercício muito intenso, em algumas circunstâncias, pode ser prejudicial, portanto é melhor procurar uma orientação do médico ou do fisioterapeuta antes de iniciar os exercícios. Os exercícios que causam dor, de um modo geral, devem ser evitados, mas um pequeno desconforto não deve ser levado em consideração.


Fontes:
http://www.portaldacoluna.com.br
http://www.herniadedisco.com.br

A Coluna Vertebral constitui o eixo ósseo do corpo humano promovendo sustentação e flexibilidade e protege a medula espinhal que se localiza em seu interior. Sua principal função é suportar o peso da maior parte do corpo e transmiti-lo para os ossos do quadril.

É composta por 33 corpos vertebrais, dentre eles 7 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeos.



Uma vértebra constitui-se de corpo, arcos, lâminas, pedículos, articulações posteriores e processos transverso e espinhoso, uma fina camada externa de osso cortical e em seu interior osso esponjoso.



As vértebras são dispostas em quatro curvaturas que facilitam o suporte da coluna oferecendo uma resposta à carga, semelhante a uma mola, dando equilíbrio e força, que são: lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e curvatura sacral.



Essas curvas aumentam a flexibilidade e a capacidade de absorver choques, enquanto mantém a tensão e estabilidade articular. As curvas da cervical e da lombar são devidas ao disco intervertebral que é mais alto na frente e a torácica é devida ao aumento em cunha das vértebras.

Um desequilíbrio muscular causa alterações das curvaturas da coluna vertebral que recebem nomes de acordo com sua localização: na região cervical seu aumento denomina-se lordose cervical geralmente associada com anteriorização da cabeça; na região torácica chama-se cifose o aumento da curvatura torácica normalmente associada com ombros curvos e, na região lombar quando está aumentada chama-se hiperlordose lombar acentuada pelo posicionamento anterior da pelve ou músculos abdominais fracos e a diminuição da curvatura denomina-se retificação lombar. O distúrbio postural mais sério é a escoliose, um desvio lateral da coluna.

Apresenta-se entre os corpos vertebrais, um disco, chamado disco intervertebral, depressível, capaz de absorver os aumentos de pressão numa súbita sobrecarga da coluna e conferir mobilidade entre as vértebras adjacentes. Estes discos que se intercalam são de fibrocartilagem (com uma polpa gelatinosa central) envolvidos por uma estrutura fibrosa entrecruzada e firmemente ajustada (anéis fibrosos). Os discos intervertebrais suportam enormes esforços, de modo que os anéis têm de ser fortes e elásticos.



E, unindo cada corpo vertebral podemos citar diversos ligamentos: longitudinal anterior e posterior, flavo, interespinhal e supraespinhal.

As patologias mais comuns e que serão discutidas posteriormente são:
  • osteoporose;
  • artrose;
  • hérnia de disco;
  • espondilolistese;
  • escoliose;
  • estenose espinhal;
  • discopatia dolorosa;
  • trauma;
  • e tumor.

Osteoartrite

A osteoartrite, doença articular degenerativa, artrose ou osteoartrose, como ainda é conhecida no nosso meio, é a doença reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade.

Resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a reparação da mesma. Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos (unidos) que possuem algum grau de movimentação entre eles.






Cartilagem

A função básica da cartilagem articular é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque quando submetido à forças de pressões ou de tração, como no caso dos membros superiores.

Uma articulação normal é formada por células chamadas condrócitos, cuja função básica é fabricar todas as substâncias necessárias para o bom funcionamento da cartilagem articular. Dentre estas substâncias, encontra-se uma proteína denominada colágeno, cuja finalidade é funcionar como uma malha de sustentação, retendo as demais substâncias existentes dentro da cartilagem que funcionam como moléculas que retêm água, ajudando, com isso, a absorção de stress mecânico de compressão e tração.

Toda vez que tivermos alterado o estado de equilíbrio entre os constituintes articulares, estaremos sujeitos ao processo de degradação articular e, consequentemente, o desenvolvimento da osteoartrite.



Osteoartrite

A Osteoartrite é, do ponto de vista médico, dividida em dois grandes grupos.

O primeiro denominado de Osteoartrite Primária, é formado por aqueles indivíduos que já possuem um patrimônio genético, que faz com que a patologia se desenvolva independentemente de fatores externos.

O segundo grupo, denominado de Osteoartrite Secundária, é formado por pessoas que, em virtude de algum fator agressivo ocorrido em determinado período da sua vida, passam a apresentar a patologia. Fazem parte deste grupo os indivíduos muito obesos, os que sofreram algum traumatismo articular (entorses, fraturas, luxações), os que sofreram algumas alterações hormonais específicas, os que executam esportes com micros traumatismos de repetição, os que executam esportes de desaceleração (saltos) etc...

Estas pessoas fazem parte de um grupo denominado de risco e, sem dúvidas, devem iniciar precocemente um tratamento preventivo, evitando ou minimizando a sintomatologia desagradável da patologia, a qual em fase avançada, é traduzida por dor e incapacidade funcional.

Os conhecimentos adquiridos recentemente no conhecimento da fisiopatogenia levaram a uma alteração no conceito desta doença. Antes se acreditava tratar-se de uma doença progressiva, de evolução arrastada, sem perspectivas de tratamento, encarada por muitos como natural do processo de envelhecimento. Hoje, no entanto, é vista como uma enfermidade em que é possível modificar o seu curso evolutivo, tanto em relação ao tratamento sintomático imediato, quanto ao seu prognóstico.

É uma das causas mais freqüentes de dor do sistema músculo-esquelético e de incapacidade para o trabalho no Brasil e no mundo. É uma afecção dolorosa das articulações que ocorre por insuficiência da cartilagem, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos seus principais elementos, associada a uma variedade de condições como: sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial e fatores genéticos.

Provoca também sensação de rigidez e inchaço e pode ocasionar limitações funcionais como: perda de movimento, deformidades e incapacidade total do membro, de acordo com a articulação atingida.

É uma doença crônica, multifatorial, que leva a uma incapacidade funcional progressiva. O tratamento deve ser também multidisciplinar, e buscar a melhora funcional, mecânica e clínica.


Causa e Fatores de Risco

A osteoartrite não é transmissível e pode surgir sem causa aparente, sendo considerada primária ou idiopática (sem causa conhecida) ou ter um fator identificado que favoreça seu aparecimento, assim chamada de osteoartrite secundária. Diversos fatores como doenças metabólicas, distúrbios anatômicos, traumas e infecções podem causar a osteoartrite secundária.

Homens e mulheres que apresentam fatores de risco para osteoartrite são os que estão mais expostos a doença. São eles: hereditariedade, obesidade, disfunções hormonais, hipermobilidade, trauma, uso repetitivo.


Principais Sinais e Sintomas

Geralmente, o aparecimento dos sintomas é lento. No início surge dor que aparece e desaparece na junta atingida, na maioria das vezes relacionada a esforço físico. É comum ocorrer sensação de rigidez articular associada a uma dor de difícil localização. Pode acontecer também a diminuição gradual da amplitude dos movimentos das articulações afetadas. Um trauma pode transformar uma articulação com osteoartrite sem sintomas em uma articulação muito dolorosa. A dor é, sem dúvida, o sintoma mais importante e comum da osteoartrite. Sua intensidade varia muito, podendo ser bem leve ou muito intensa, com variações semanais ou até diárias. Pode ser pior no final do dia e no final de semana.

A sensação de rigidez articular é referida pela maior parte dos portadores da doença, podendo ser difícil iniciar os movimentos, dando a impressão de que a articulação acometida está presa. Essa sensação, porém, vai gradativamente desaparecendo com a movimentação. A rigidez ocorre após um período sem movimentação e, geralmente, não dura mais que 30 minutos.

A restrição de movimentos pode ser descoberta na evolução da doença, sendo, com freqüência, acompanhada de dor, que tende a ser pior no final da amplitude do movimento realizado.

O edema, muitas vezes sensível ao toque, é outro sinal freqüente de osteoartrite. Pode variar em volume e manter-se por períodos variados de tempo. Nos casos mais avançados, pode haver grande destruição das estruturas articulares, com importantes deformidades e conseqüentemente perda de função, impondo ao paciente dificuldade na sua rotina como, por exemplo, perda de habilidade para vestir-se sozinho, limitações para subir ou descer escadas ou até para caminhar pequenas distâncias.

Geralmente no início da doença ocorre uma modificação da cartilagem articular, que se interpõe entre os ossos para permitir o contato de um com o outro. À medida que a cartilagem sofre um processo inflamatório que desgasta a articulação, o osso prolifera e vai formando nódulos. Nessa fase a doença já superou o estágio inicial e os nódulos característicos da osteoartrite jamais desaparecerão.


Fisioterapia

O Fisioterapeuta deve trabalhar com o esclarecimento sobre a doença: salientar que a doença não é sinônimo de envelhecimento e está relacionada com a capacidade funcional, sendo que a intervenção terapêutica trará considerável melhora de qualidade de vida. Motivar e envolver o paciente no seu tratamento, pois o paciente é um agente ativo no seu programa de reabilitação.

A prática de atividades esportivas deve ser estimulada, porém, sob orientação de um profissional habilitado.

Os exercícios terapêuticos prescritos englobam:

  • Fortalecimento – ganho de massa muscular. O fortalecimento do músculo quadríceps deve ser feito nas artrites do joelho.
  • Aeróbios – Condicionamento físico.
  • Alongamento – Flexibilidade, como parte da cinesioterapia.

Órteses e equipamentos de auxílio à marcha também podem ser indicados quando há necessidade de melhorar, auxiliar ou substituir uma função.

Agentes físicos – termoterapia, eletroterapia analgésica e o TENS são meios coadjuvantes efetivos no tratamento sintomático da dor.


Tratamento Farmacológico

O tratamento sempre deve ter uma abordagem multifatorial, pois cada vez é mais claro que a prescrição medicamentosa isolada não é suficiente para o controle ideal da doença. São prescritos medicamentos como analgésicos e antiinflamatórios, agentes tópicos e drogas sintomáticas de ação duradoura.

A terapia intra-articular com infiltração também pode apresentar controle da dor e da inflamação em casos com quadro inflamatório evidente.

Novas drogas no dia de hoje são consideradas condroprotetoras e possuem papel de grande importância no tratamento e prevenção da osteoartrite.


Tratamento Cirúrgico

Os pacientes com osteoartrite grau II e III com comprometimento progressivo da independência das atividades de vida diária e falha do tratamento conservador devem ser referidos para o ortopedista que fará a indicação do tratamento cirúrgico. As cirurgias indicadas são: desbridamento artroscópico, osteotomias e artroplastias.


Osteotomia

São feitos dois tipos de osteotomias:

• Profilática – indicada precocemente em pacientes sintomáticos e ainda sem alterações radiográficas para a correção dos desvios de eixos articulares.

• Terapêutica – indicada em casos sintomáticos e com alterações radiográficas. É feita para modificar o eixo de alinhamento do membro afetado e deslocar a carga para outra região da superfície articular.







Desbridamento Artroscópico


De acordo com alguns autores, são indicações precisas para correção das lesões parciais de meniscos, labrum e retirada de corpos livres intra-articulares da mesma forma que para as osteoartroses de quadril.


Artroplastia

As artroplastias totais promovem acentuada redução na dor e melhora funcional na maioria de casos selecionados da doença.





Artrodese

Indicada principalmente na dor e incapacidade funcional persistentes da osteoartrite de tornozelos e que não tenha melhorado com tratamento conservador.


Observação

Não podemos confundir OSTEOATRITE com ARTRITE REUMATÓIDE, que é outra patologia remática. Falarei sobre ela em outra oportunidade.

Espero que tenham gostado.
Abraços.


Fontes:

http://www.projetodiretrizes.org.br
http://www.osteoartrose.com.br
http://www.clarian.org/

Parkinson


É uma doença neurológica, que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio além de alterações na fala e na escrita.

Não é uma doença fatal, nem contagiosa, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do parkinsoniano.

Também não há evidências de que seja hereditária. Apesar dos avanços científicos, ainda continua incurável, é progressiva (variável em cada paciente) e a sua causa ainda continua desconhecida até hoje.

A Doença de Parkinson é devida à degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.



Essas células produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente, provocando os sintomas acima indicados.

Quem é que contrai a doença ?

A doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sexo, raça, cor ou classe social. A doença de Parkinson tende a afetar pessoas mais idosas. A grande maioria das pessoas tem os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos de idade. Mas pode também acontecer nas idades mais jovens, embora os casos sejam mais raros.

Um por cento das pessoas com mais de 65 anos têm a doença de Parkinson.

Como é que se sabe que se tem a Doença de Parkinson?
Existe algum exame para diagnosticá-la ?

O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por exclusão. Às vezes os médicos recomendam exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, etc., para terem a certeza de que o paciente não possui nenhuma outra doença no cérebro. O diagnóstico da doença faz-se baseada na história clínica do doente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para fazer o diagnóstico da doença de Parkinson, nem para a sua prevenção.

A história usual de quem é acometido pela doença de Parkinson consiste num aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para a frente.

O tremor típico afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro.

O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é chamado de tremor de repouso.

Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia. Torna-se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.

A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas. Uma das primeiras coisas que os membros da família notam é que o doente demora mais tempo para fazer as coisas que antes fazia com mais desenvoltura. Banhar-se, vestir-se, cozinhar, preencher cheques. Tudo isso leva cada vez mais tempo. Quando a pessoa fica mais idosa, é comum colocarem a culpa na sua velhice. Mas a lentidão de movimentos torna-se mais acentuada, e evolui mais rapidamente do que a pessoa envelhece normalmente.

A diferença é que o parkinsoniano perde uma certa automação dos movimentos, comparado com as pessoas normais. Para uma pessoa normal abotoar a camisa é muito simples: abotoa-a, e pronto! O parkinsoniano tem que guiar os dedos para o conseguir, como se fosse um robô a guiar uma máquina. Esta perda automática ou não consciente controle dos movimentos, explica porque é que os parkinsonianos piscam muito menos que as pessoas normais e por isso parecem que sempre estão a nos olhar fixamente.

Quando se sentam, mantêm-se na mesma posição, enquanto outras mudam de posição: cruzam as pernas, coçam a face ou fazem outros pequenos movimentos. A rigidez muscular é outra característica da doença. O afetado pela doença pode ou não senti-la, mas o médico pode verificar no consultório se ela existe nos braços, nas pernas e até no pescoço. A face torna-se rígida e parece que está congelada. Não se sabe se é a rigidez que causa a postura anormal do parkinsoniano. Quando se sentam têm também a tendência de inclinar a cabeça e encolher os ombros.

O caminhar do parkinsoniano se parece com o de uma pessoa idosa. Os ombros estão encolhidos e inclinados para a frente, os braços caem paralelos ao corpo e quase não balançam. Os calcanhares arrastam-se no chão causando um caminhar bastante típico.

O médico neurologista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar da doença de Parkinson.



Qual a rapidez que a doença progride?

A progressão é muito variável e desigual entre os pacientes. Para alguns até parece que a doença está estabilizada, porque a evolução é muito lenta. Na maior parte dos casos a lentidão causada pela enfermidade altera a qualidade de vida do paciente. É impossível predizer o futuro. A doença de Parkinson não piora rapidamente. Em contraste com outras enfermidades, possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.

Que tratamentos existem para a Doença de Parkinson ?

É importante lembrar e compreender que atualmente não existe cura para a doença. Porém, ela pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana. No cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam. Por isso, nada há a fazer diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra. A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os remédios e cirurgias, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e a voz.

a) Levodopa ou L-Dopa ainda é o medicamento mais importante para amenizar os sintomas da doença. A levodopa se transforma em dopamina no cérebro, e supre parcialmente a falta daquele neurotransmissor. Infelizmente, o uso prolongado de muitos anos pode causar reações secundárias bastante severas, como os movimentos involuntários anormais. Além da levodopa, existem diversos outros que complementam o arsenal de medicamentos para combater os sintomas da doença.

B) Cirurgias
As cirurgias também podem ser bastante benéficas para determinados pacientes. As cirurgias consistem em lesões no núcleo pálido interno (Palidotomia) ou do tálamo ventro-lateral (Talamotomia), que estão envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor. Porém, a lentidão de movimentos responde melhor aos medicamentos. Essas lesões podem diminuir a rigidez e abolir o tremor. Todavia, nenhuma delas representa a cura da doença. O médico dirá se um paciente pode ou não se beneficiar do tratamento.

Estimulação profunda do cérebro (marcapasso cerebral)
Atualmente já disponível no Brasil, o marcapasso é muito benéfico, especialmente para reduzir o tremor. No início foi aplicada apenas em alguns países europeus, e depois foi também aprovado nos Estados Unidos. Com a sua difusão em todos os países, espera-se que a sua produção em larga escala possa torná-lo acessível a um grande número de parkinsonianos em todo o mundo, principalmente em nosso país.

Fisioterapia

Esta técnica, através da reeducação e a manutenção da atividade física, é um complemento indispensável ao tratamento da doença de Parkinson, e é tão importante quanto os remédios. Ela permite que o tratamento tenha melhor eficácia; portanto, é necessária sob todos os pontos de vista, inclusive para melhorar o estado psicológico do paciente. De fato, os exercícios físicos conservam a atividade muscular e flexibilidade articular. Inativos, os músculos têm tendência a se atrofiar, se contrair e sua força diminui. A rigidez resultante limita a amplitude dos gestos.

Terapia ocupacional
O terapeuta ocupacional é o profissional que melhor poderá orientar o paciente com o objetivo de facilitar as atividades da vida diária, bem como indicar condutas que propiciem independência para a higiene pessoal e sua reinserção em sua atividade profissional.

Fonoaudiologia
Os problemas com a fala ocorrem devido à falta de coordenação e redução do movimento dos músculos que controlam os órgãos responsáveis pela produção dos sons da fala. A reabilitação da comunicação ou, em simples palavras, uma terapia dirigida à fala e à voz, pode ajudar o paciente com Parkinson a conservar, apesar da doença, uma fala compreensível e bem modulada e, dessa maneira, manter um contato mais efetivo com seus semelhantes. Oriente-se sempre com um profissional em Fonoaudiologia para corrigir seus problemas com a fala e a voz.

Nunca inicie, não modifique e nem interrompa o tratamento sem orientação médica. As orientações prestadas nesta página são reproduzidos exclusivamente para fins informativos. dessa forma, não devem ser utilizadas como indicação de tratamento, mas, antes, para conversar com o médico do próprio paciente."

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