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deformidades do esqueleto
deformidades do esqueleto

Doenças da Parede Torácica

 

Resenha

Colaborador: Antonio Cesar Antoniazzi *

* Médico e pós-graduando do curso Saúde e Medicina Geriátrica da Metrocamp

músculos respiratórios

Os alvéolos são as unidades funcionais dos pulmões, onde a troca gasosa (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico) ocorre, mas para que o ar entre nos pulmões é fundamental o bom funcionamento da caixa torácica, sobre tudo dos músculos (figura) que agem sinérgicamente na inspiração e na expiração. Deformidades na caixa óssea ou disfunções neuromusculares podem levar a graves problemas ventilatórios.

1. Doenças Neuromusculares

As doenças que afetam os músculos da respiração ou seu suprimento nervoso incluem a poliomielite, a esclerose lateral amiotrófica, traumatismos da medula espinhal, distrofias musculares, miastenia grave, síndrome de Guillain-Barré, lesão do nervo frênico e paralisia diafragmática, acidente vascular cerebral e lesão cerebral traumática. Todas estas doenças podem conduzir à dispnéia e à insuficiência respiratória.

A incapacidade do indivíduo para realizar inspirações profundas reflete-se na redução da Capacidade Vital (CV), da Capacidade Pulmonar Total (CPT), da Capacidade Inspiratória (CI) e do Volume Expiratório Forçado (VEF).

O mais importante músculo da respiração é o diafragma, motivo pelo qual os indivíduos com doenças progressivas não se queixam de dispnéia até que este esteja envolvido. Nessa ocasião a reserva ventilatória pode estar gravemente comprometida.

A progressão da doença pode ser controlada pela medição da Capacidade Vital e dos gases do sangue. A ventilação assistida pode vir a ser necessária.

2. Cifoescoliose

É a deformidade óssea do tórax causada pela curvatura posterior (cifose) e curvaturas laterais (escoliose) acentuada da coluna vertebral. De causa na maioria das vezes desconhecida, pode ocorrer em doenças como a tuberculose óssea ou a doenças neuromusculares.

A queixa inicial é a dispnéia durante o exercício; a respiração tende a ser superficial e rápida. Evolui para hipoxemia e pode sobrevir retenção de dióxido de carbono e cor pulmonale. Indivíduos fumantes a bronquite é comum.

As provas de função pulmonar apresentam diminuição de todos os volumes pulmonares, que pode ser muito acentuada. A resistência das vias aéreas é praticamente normal, contudo existe desigualdade de ventilação devida em parte ao fechamento das vias aéreas nas regiões de declive. Algumas porções do pulmão estão comprimidas e muitas vezes há áreas de atelectasia.

A hipoxemia é devida ao desequilíbrio de ventilação-perfusão. Quando há retenção de CO2 é possível demonstrar uma diminuição da resposta ventilatória ao CO2. Isto leva ao aumento do trabalho respiratório causado pela deformidade da parede torácica. Não só a parede torácica é rígida como também o trabalho dos músculos respiratórios não é eficiente. O leito vascular pulmonar está limitado, o que eleva a pressão arterial pulmonarque é exagerada pela hipóxia alveolar. Congestão venosa e edemas periféricos podem ocorrer. O indivíduo pode ser acometido de uma infecção pulmonar intercorrente ou a uma insuficiência respiratória, podendo ser fatal.

3. Espondilite Anquilosante

É uma doença reumática que acomete a coluna vertebral e a caixa torácica. A inflamação articular crônica acarreta a fusão dos corpos vertebrais e das articulações costovertebrais, produzindo uma diminuição crítica da complacência da caixa torácica.

Há uma diminuição da CV e da CPT, mas a VEF/CVF e a resistência das vias aéreas estão normais.

O pulmão em si mantém-se normal e os movimentos do diafragma estão conservados. Não ocorre insuficiência respiratória.

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4. Tórax Frouxo (Instável)

Ocorre como resultado de fraturas múltiplas de costelas que acarretam uma flutuação livre de uma parte da parede torácica. A porção desestabilizada da parede torácica apresenta um movimento paradoxal durante o ciclo respiratório, arqueando para fora na expiração e colapsando para dentro durante a inspiração espontânea, com seu gradiente negativo de pressão intratorácico associado. A contusão pulmonar, o hemotórax e o pneumotórax estão freqüentemente associados com o tórax frouxo e exigem tratamento de urgência ou de emergência.

Os pontos fundamentais do tratamento do tórax frouxo é a ventilação com pressão positiva (quando necessária), com ou sem estabilização cirúrgica da caixa torácica, e a analgesia adequada.

Referências:

1.West, John B., Doenças Restritivas, in Fisiopatologia Pulmonar Moderna, 1986, Ed. Manole.

2.Tarantino, Affonso B., Doenças Pulmonares, segunda edição, 1982, Ed. Guanabara Koogan.

3.Scanlan, Craig L. ET all, Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan, sétima edição, primeira edição brasileira, 2000, Ed. Manole.

 

 

A luxação de cotovelo (deslocamento da articulação do cotovelo) é uma lesão freqüentemente encontrada nos lutadores de judô, seja por chaves de braço ou por quedas sobre o braço de forma inadequada.

O principal mecanismo é a queda sobre o braço ou punho com o cotovelo estendido, levando à uma hiperextensão (força o cotovelo no limite máximo), sobrecarregando os ligamentos e podendo gerar lesões nos mesmos ou até mesmo fraturas.

A lesão se inicia pelo lado interno (medial) e o primeiro ligamento a ser rompido é o ligamento colateral medial. Se o trauma é mais forte, a lesão progride para a frente, lesando a musculatura flexora (bíceps, flexores do antebraço e punho) e pode chegar até o lado de fora (lateral) com conseqüente fratura da cabeça do rádio ou lesão dos ligamentos laterais.

Foi o que aconteceu com o nosso grande Flávio Canto durante os Jogos Panamericanos na luta contra o americano.

O cotovelo foi forçado para trás com a mão apoiada acompanhado de rotação de todo o membro, gerando grande estresse na articulação e conseqüente luxação.

O ideal nestes casos é reduzir (colocar a articulação no lugar) o mais rápido possível, uma vez que o atleta está ainda sobre o efeito da adrenalina da competição, quente e portanto, nas melhores condições.

Após a redução, o alívio da dor é imediato, mas deve-se encaminhar o atleta até Hospital para realização de radiografias que irão mostrar a adequada congruência da articulação e a existência ou não de fraturas associadas.

A imobilização é importante nos primeiros dias, mas nos casos onde não temos fraturas, pode ser removida após poucos dias e iniciar-se a fisioterapia para ganho de mobilidade.

O atleta nestes casos está apto a retornar à prática do judô progressivamente entre 6 a 8 semanas, após um período de fortalecimento e ganho de confiança.

Wagner Castropil – Médico da Seleção Brasileira de Judô / Instituto Vita (www.vita.org.br)

     
luxaçãodecotovelo
 
     
 

A luxação do cotovelo é comum em crianças. Nos adultos, é a 3ª articulação mais luxada (as mais comuns são do ombro e dos dedos). Em geral ocorre após uma queda sobre a mão espalmada, com o cotovelo fletido ou semi-fletido. Pode haver associação de fraturas, 
lesões de nervos e de partes moles (tendões e músculos).

O paciente chega ao pronto socorro com dor intensa, deformidade e incapacidade de movimentar o cotovelo.




Tratamento:

A redução deve ser feita o mais breve possível. Preferencialmente, deve-se fazer o raio-x (RX) antes da redução, para verificar possíveis fraturas associadas. A redução é obtida com tração do anterbaço lenta e contínua, até o alinhamento anatômico da articulação.

Após obter a redução. o cotovelo deve ficar imobilizado por um período variável (em geral 1 semana) e depois iniciar fisioterapia para reabilitação.

Pode haver instabilidade residual do cotovelo, dependendo da lesão inicial. Pode haver necessidade de abordagem cirúrgica nestes casos.


LESÕES TRAUMÁTICAS DO APARELHO LOCOMOTOR


1-CONTUSÕES Fig.1.

 

 

                                       

 

 Fig.1. a- Contusão do pé                                                                       b- Radiografia.                        

 

 

São lesões superficiais decorrente de trauma, com pele íntegra e de intensidade variável; (entre a pele e o osso). Podem ser leves e graves.

Os sinais e sintomas são: dor, impotência funcional relativa, edema, equimose, hematoma, derrame cutâneo e articular.

O derrame articular: hidrartrose e hemartrose.

A - Diagnóstico.

História clínica, exame físico e exames complementares: Radiografias, R.N.M., U.S.

B-Tratamento:

Nas contusões, durante as primeiras 24 horas aplicar compressas de gelo. Após 24 horas fazer calor local para ajudar a absorver edemas, hematomas e relaxar a musculatura.

Medicação: Cetoprofeno®, Diclofenaco de sódio®, Nimesulida® etc.

Derrames articulares: punção asséptica e bandagens compressivas.

Hematoma e abscessos: fazer cirurgia de drenagem.

Nas complicações vásculo-nervosas: cirurgia.

 

2 – ENTORSES- Fig. 2 e 3.

 

É o resultado de movimentos bruscos que a articulação realiza acima do normal. Se a lesão for mais violenta pode resultar em torções de osso configurando um quadro de luxação. As entorses são lesões de partes moles podendo ser leves e graves.

A - Diagnóstico de entorse leve: dor, impotência funcional e aumento de volume;

B - Diagnóstico de entorse grave: dor, impotência funcional, derrame articular, equimose com e sem rompimento ligamentar.

C - Exames complementares: Radiografia simples por muitas das vezes vem associada à entorse apresentando fraturas. Ultra-som (U.S.), Ressonância Magnética (R.N.M.) para confirmação de lesão ligamentar ou Radiografia com manobra de stress.

D – Tratamento: Imobilização com gesso (talas gessadas). Aplicações de gelo por 24 horas, em seguida calor local, analgésicos e antiflogísticos.

 

       

 

                              a                                                          b

 

Fig.2-Entorse do tornozelo a e b.

 

 

                   

 

 a                                                              b                                      c

 

Fig.3- Entorse do joelho a, b e c

 

 

3 - LESÕES MUSCULARES- Fig. 4 e 5.

 

A - Distensão Muscular =Ruptura de pequenas quantidades de fibras musculares.

B - Clínica=dor, impotência funcional, aumento de volume, equimose.

C - Locais mais freqüentes: coxa e região lombar.

D - Rotura Muscular= Trauma direto ou rotura espontânea.

ü      Clínica: dor, impotência funcional, diminuição dos movimentos locais mais freqüentes = bíceps, quadríceps e panturrilha. No exame físico (altera o formato muscular).

ü      Exames complementares: U.S., RNM para partes moles, Radiografia.

ü      Tratamento: rotura muscular importante= cirurgia, a cicatrização é fibrosaà hipertrofia diminuição dos movimentos e da força muscular.

ü      Lesões Tendinosas: por trauma, rotura violenta, gota causando ruptura de grandes tendões mesmo com pequenos traumas.

 

  

 

Fig. 4- Tenorrafia de tendão de Aquiles

 

 

   

 

Fig.5.1- Via de acesso da tenorrafia do tendão  Fig 5.2- Lesão do tendão de Aquiles

 

 

 

do punho 

                                        

3.1 – Lesões Nervosas de acordo com Seddon- Fig.6

 

v     Neuropraxis:

- Contusão do tronco nervoso periférico → perde a capacidade de condução do estímulo → paralisia, anestesia;

- Recuperação rápida

 

v     Axoniotmesis:

- Fibras nervosas rompidas, bainhas intactas;

- Degeneração Walleriana;

- Recuperação em alguns dias

 

 

v     Neurotmesis:

- Lesão da bainha e das fibras;

- Espaço preenchido por tecido fibroso → fibrose

- Tto: Cirúrgico (Neurorrafia) – 6 a 8 meses

 

 

 

 

    a                               b                            c

 

Fig.6- Tipos de lesões de nervos (a – Neuropraxis; b – Axoniotmesis; c – Neurotmesis)

 

 

4 - FRATURAS:

 

Solução de continuidade do osso por mecanismos traumáticos que supera a elasticidade e resistência do osso. Do ponto de vista patológico é: solução continuidade + fenômeno físico patológico + lesão anátomo-patológica (complexo 2º)

 

☻ Fenômeno físico patológico = congestão, edema, retardo da circulação, processo inflamatório traumático.

☻ Fenômenos patológicos associados= hemorragia de tendão, aponeuroses e dos músculos.

☞ Fratura= solução de continuidade do osso + complexo 2º

  • Conceito= foco de fratura, hematoma, fragmentos, complexo 2º.
  • Descolamento epifisário= não há fratura. Ocorre descolamento de epífise que pode lesionar a fise causando diminuição docrescimento.Fig.7.

 

 

 

 

 

 

 

 Fig.7- Classificação de Salter-Harris (Fraturas em criança)

 

 

1)     Fratura articular: quando o osso fratura ele se reconstitui novamente em osso. Se lesar a cartilagem forma fibrose e dá origem a artrose, com encurtamento do osso e, conseqüente diminuição do movimento. Toda fratura articular requer cirurgia para tentar reconstruir a anatomia.

Obs.: Cartilagem articular= facilita movimentos porque diminui o atrito e absorve impactos. Não têm circulação.

 

2)       Fratura luxação: quando há fratura do osso (articulação) perto de uma luxação.

3)      Fratura de stress: não há trauma, mas há quebra de osso por submetê-lo a uma atividade que ele não está acostumado. É mais comum nos membros inferiores. EX: indivíduos que passam a exercer atividades militares sem preparo (2º, 3º metacarpiano).

4)      Fraturas nas distorções: entorses graves normalmente têm fratura.

5)      Fratura aberta: foco de fratura se comunica com meio externo. Potencialmente contaminadas.

6)      Fratura envelhecida: que não tiveram tratamento imediato.

 

 

 Etiologia das fraturas:

 

- Freqüência variável, idade – crianças e jovens (+), adulto (-), idosos (+)

- Causas internas ou externas

- Mecanismos de produção:

Ø      Direto

Ø      Indireto: flexão, compressão, torção, cisalhamento, arrancamento.

 

 Classificação:

I-Quanto ao foco da fratura em relação ao seu traço fraturário       

   1-com desvio Ex: fraturas com desvio lateral dos fragmentos, fraturas com desvio angular, fraturas impactadas – no caso seriam aquelas cujos dentes das extremidades ósseas se entrelaçam uns aos outros, fraturas cavalgadas superpõem um fragmento sobre o outro fragmento resultantoencurtamento ósseo, fratura em diástase quando existe afastamento dos fragmentos principais da fratura ocorrendo como conseqüência alongamento ósseo, fratura em rotação dos fragmentos( interna ou externa ;2-  Fraturas sem cesvio ex: Fraturas em fissuras ósseas

 

II- Quanto à relação entre foco e ambiente: Fig.8 à 16.

  III- Quanto à extensão do traço de fratura: completa e incompleta.

 

   Simples: 1 fragmento

   Cominutiva: 2 fragmentos ou mais

  

 

     IV-Quanto á localização do traço da fratura: Epifisária, diafisária, metafisária, apofisária (tíbia e cotovelo).

       V-Fraturas especiais: em “galho verde”- comum em crianças, o osso entorta, mas não quebra e as fraturas por decolamento epifisário.

 

 

 

                 A                                                                 B

 

 

 

 Fig.8. A- Fratura incompleta da tíbia 1/3 médio e B- Fratura completa do 1/3 proximal do fêmur.

 

                    

 

      

                     A                                                                                   B

 Fig.9. A - Fratura do 1/3 proximal aberta da fíbula por projétil de arma de fogo; B - Fratura do punho.

 

           

 

Fig.10. Fratura de clavícula.                                            Fig.11. Manobra de redução de fratura

de clavícula.

 

                            

 

 Fig.12  – Fratura de patela                    Fig.13– Fratura do 1/3 distal rádio              

 

            

       

Fig.14- Fratura  de punho cominutiva com                Fig.15 – Fratura exposta dos ossos da perna.

fixação tipo Fixador Externa.

 

 

 

 

Fig.16 – Fratura do 1/3 proximal do fêmur e fratura

pilar posterior do acetábulo.

 

            VI. Classificação das fraturas quanto a exposição de acordo com GUSTILO-ANDERSON MODIFICADA:

     Tipo I:

vFratura:

Ø      Exposta;

Ø      Limpa;

Ø      Exposição < 1 cm.

 

     Tipo II:

vFratura:

Ø       Exposta > 1 cm de extensão;

Ø       Sem dano excessivo de partes moles;

Ø       Sem retalhos ou avulsões.

 

     Tipo III:

vFratura segmentar:

Ø       Com dano excessivo de partes moles;

Ø       Com amputação traumática.

       Tipo III-A à Dano extenso das partes moles, lacerações, fraturas segmentares, ferimentos por armas de fogo, com boa cobertura óssea de partes moles

       Tipo III-B à Cobertura inadequada de partes moles ao osso.

       Tipo III-C à Lesão arterial  importante, requerendo reparo.

 

       

Fig17. Tipo III-A                                   Fig.18. Tipo III-B                                          Fig19. Tipo III-C

 

 

 Sintomas:

 

    Subjetivos: dor, impotência funcional relativa

☞ a dor é sinal de que não houve consolidação. A consolidação clínica é precoce; já a radiológica é tardia.

    Objetivos: edema (tumefação, equimose, flictema), deformidade, mobilidade anormal, creptação.

 

 Diagnóstico: anamnese, exame físico, exames complementares.

                                                                                                                 -Inspeção

       No exame clínico (atentar p/ estado circulatório):     -Palpação

     -Mensuração

     -Comparação

 

                                                                                  - RX simples (PA, perfil, oblíqua)

                                                                    . Incidência de rotina

      Nos exames complementares:                 . Incidências especiais

- Radiografias contrastadas

 

 

  

 Tratamento das fraturas :

 

Basear-se nos princípios gerais:

1.      Não agravar lesões iniciais (iatrogenia= ap. gessados, tração, cirurgias)

2.     Diagnóstico e prognóstico precisos: idade, local e tipo de fratura, desvio e irrigação dos fragmentos.

 

3.     Finalidade do tratamento: anular a dor, obter e manter posição de fragmentos ossos, permitir ou estimular colocação de enxertos e a união óssea, restabelecer função do membro.

4.     Tratar cada paciente individualmente (de acordo com idade, pois o tratamento de crianças diferente do adulto, sexo, outras enfermidades, deformidades residuais).

 

 Métodos específicos de tratamento das fraturas:

 

            - Indicação do método-Fig.17

- Contra-indicação e riscos, baseiam-se em prognóstico, experiência pessoal, evolução dos conhecimentos.

  

 

Fig.20 – Fratura do 1/3 médio traço de fratura

      oblíquo e 3º fragmento com fixação haste

   bloqueada Faculdade de Medicina Ribeirão

   Preto (FMRP).

 

v     Tratamento: executar redução dos fragmentos, restabelecendo o mais perfeitamente a morfologia do osso, proceder à imobilização da fratura reduzida, garantindo a reparação terminada a consolidação obter a recuperação funcional, corrigir as conseqüências do traumatismo.

 

5 - LUXAÇÃO

Perda da contigüidade das superfícies ósseas das articulações. Necessita forte trauma.

Exemplos de Luxação: Fig. De nº 21 à 31.

Características da luxação do ombro:

- Ângulo reto no ombro / braço

- Paciente chega segurando a mão

- O braço luxado parece mais curto

- Parece faltar a cabeça do úmero

 

      

                        A                                                                    B

 Fig.21-A-Luxação de cotovelo e B- pós-redução

 

      

 

Fig.22– Luxação inter falangiana proximal                  

 

 

 

 Fig.23- O “ombro em dragona”

      deformidade – Característica

      da luxação escápulo-umeral.

 

 

 

 

 

     

       

Fig. 24- Luxação do ombro                           Fig. 25- Luxação do joelho

 

        

 

 Fig.26- Radiografia de luxação             Fig.27- Luxação voluntária do ombro            

 

 

 Fig. 28- Luxação do quadril

 do joelho                                        

 

           

Fig.29- Luxação do Tornozelo          

 

 

 

 Fig. 30- Luxação do tornozelo        

 

 

 

 Fig. 31- Luxação do quadril

 

 

Como corrigir a luxação do ombro:

 

I-Tração, rotação externa, adução;

II-Rotação interna;

  III-Imobilizar: Velpeau gessado por 3 semanas (“Kocher”).

 

     Elementos de estabilidade:

§  Contornos recíprocos de articulação (Ex: Fêmur)

§  Ligamentos internos e externos (Ex: Joelhos)

§  Cápsula articular potente

§  Músculos (Ex: Mm. que envolvem o ombro).

 

 

 Etiologia: trauma direto, indireto, congênita, luxação habitual.

 Tipo: fechada, aberta.

 Quadro clínico: dor menos intensa e por curto período, impotência funcional absoluta, deformidades típicas.

                                    

                                      - Imediatas: luxações abertas (infecções, lesão de vasos e nervos)

 Complicações:      

                                                              - Tardias: rigidez, luxação recidivante, artrose

 

 

  Tratamento imediato: Redução sob anestesia, imobilização, fisioterapia.

 

 

6- BIBLIOGRAFIA BÁSICA Ortopedia e Traumatologia:

 

1.        ADAMS, JCManual de Ortopedia, ed.: Livraria Anter Médica Ltda.

2.        CHADAvaliação das lesões Ortopédicas esportivas, ed.: Manole, 2001.

3.        CRENSET, AH. Cirurgia Ortopédica De Campbell, ed.: Manole Ltda, vol: I, II, III e IV.

4.        DANDY. Ortopedia e Traumatologia, ed: Revinter, 2000.

5.        HERBERT, S; XAVIER, R; PARDINI, A.G.Jr; DE BARROS, EP. Filho e colaboradoresOrtopedia e Traumatologia, ed: Artmed.

6.        HOPENFELDTratamento e reabilitação das fraturas, ed: Manole, 2001.

7.        HOPPENFELDS. Propedêutica Ortopédica (coleções), ed: Atheneu.

8.        JONES, WFraturas e Traumatismos das Articulações, ed: Guanabara-Koogan, 2 volumes.

9.        PEREIRA, HNeurotraumatologia, ed: Revinter, 2000.

10. ROCKWOD, CA.Jr; GREEN, DPFraturas em adultos, ed: Manole Ltda, vol: I e II.

11.     ROCKWODCA Jr.; GREEN, DPTratamento em crianças, ed: Manole Ltda, vol.: I e II.

12.     SIZINO, H. Ortopedia e Traumatologia, ed: Artmed, 2002.

13.     SPRINGER, EPU. Burri – Cirurgia do Trauma, ed: Pedagógicos e universitár4ia São Paulo Ltda.

14.     TUREK, SLOrtopedia (Princípios e suas aplicações), ed: Manole Ltda, vol: I, II e III, 1991.

15.     WEINSTEIN, S. Ortopedia de Turek, 5ªedição, ed: Manole, 2001.

16.      PERIÓDICOS:

            Clinical Orthopedics and Related Research.

             - Journal of Bone and Joint Surgery (vol. Americano e Inglês).

             - Journal of Trauma.

             - Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

 

 

FRATURA DE ESCAFÓIDE (NAVICULAR)
 
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O que é ?

O punho é composto por 8 pequenos ossos, posicionados entre os ossos do antebraço e da mão.  Existe um osso próximo ao polegar que tem 2 nomes: Navicular ou Escafóide.  

A fratura é caracterizada pelo rompimento da extensão de um osso, ou seja, ele se quebra.  Quando esse osso é fraturado, existe uma grande preocupação em relação a sua calcificação, porque a sua irrigação sanguínea pode ter sido comprometida.

 

Como ocorre?

Essa fratura é causada por uma queda com apoio sobre a mão espalmada ou um golpe direto no punho.


Quais os sintomas?

Dor e edema no punho, normalmente abaixo do polegar e tensão na região da fratura.


Como é feito o diagnóstico?

O médico examinará o punho e revisará os sintomas. Geralmente, um raio-x é pedido, mas nem sempre ele mostrará a fratura e por isso, o médico poderá pedir para o paciente voltar depois de 1 ou 2 semanas para novos exames radiológicos comparativos. 


Como é o tratamento?

O paciente precisará usar aparelho gessado no braço, incluindo o polegar, podendo ou não chegar acima do cotovelo, por pelo menos 12 semanas.

Às vezes a calcificação pode não ocorrer e os fragmentos do osso não se consolidam. Nesses casos, a cirurgia é indicada.

A complicação principal é a necrose avascular, quando alguma parte do osso “morre” pela falta de irrigação sanguínea. Nesses casos, a cirurgia também é indicada, para ser retirado este fragmento do osso, ou colocado enxerto e osteossíntese.

Após a retirada do gesso, habitualmente o paciente é encaminhado à fisioterapia, para reabilitação funcional.


Quando retornar ao esporte ou à atividade?

O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.

Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:

• Tiver movimentação do punho ativa, livre e sem dor.

• Tiver recuperado a força, comparada ao outro braço.

• Não apresentar dor durantes atividades manuais.


Exercícios de reabilitação da Fratura de Escafóide:

*** Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.

A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.


1 - Movimentos Ativos:

A – Flexão: Gentilmente flexione o punho para frente

B – Extensão: Leve a mão para trás, estendendo o punho.

C – Lateralmente: Leve a mão de um lado para outro




2 - Alongamentos:

A - Flex ão e Extensão de Punho: Com a mão lesionada flexionada para frente, use a outra mão para aplicar pressão.  Mantenha 20 segundos e relaxe.  Leve a palma da mão lesionada para trás e com a outra mão aplique pressão.


B - Flex ão de Punho em Pé: Em pé, apóie as costas das mãos em uma mesa, a palma e os dedos devem estar para cima, apontando para o seu corpo.  Mantenha os cotovelos estendidos, incline-se para frente.  Mantenha essa posição por 20 segundos e relaxe.


C. Extens ão de Punho em Pé: De frente para mesa, apóie as palmas das mãos na mesa, mantenha os cotovelos estendidos e incline o corpo para frente. Mantenha 20 segundos e relaxe.


 




3 - Flexão de Punho: 

Segurando uma lata de molho de tomate, com a palma da mão para cima, flexione o punho. 

Lentamente, volte à posição inicial. 

Faça 3 séries de 10 repetições. 









4 - Extensão de Punho: 

Com a palma da mão para baixo, segurando uma lata de molho de tomate, lentamente, traga a mão para cima.  Volte à posição inicial.  

Faça 3 séries de 10 repetições.






5 - Flexão de Dedos:

Segure uma bola de borracha e aperte-a o máximo possível, mantenha por 5 segundos e relaxe.

Faça 3 séries de 10 repetições.






6 - Extensão de Dedos:

Com a palma da mão apoiada em uma mesa, levante um dedo, mantenha 5 segundos e relaxe.

Repita com os outros dedos até fazer 10 vezes cada dedo.















7 - Pronação e Supinação do Antebraço: 

Com o cotovelo flexionado a 90º e apoiado no tronco, gire a palma da mão para cima e para baixo, sem mexer o cotovelo.  

Faça 3 séries de 10 repetições.








 


 

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 Peito de pombo

 

Deformidades do tórax

 

As principais e mais conhecidas, são o “Pectus carinatum”também conhecido como “peito de pombo” e o “pectus escavatum”, em ambos, ocorre uma deformidade nas cartilagens costais, no local onde elas unem as costelas ao osso esterno, esta alteração é Congênita e de mecanismo ainda totalmente desconhecido. Na primeira situação, estas deformidades projetam-se para frente, causando uma elevação da parede torácica anterior, e na segunda situação, projetam-se para traz, no sentido da coluna.

Dependendo do seu grau de intensidade, produz um efeito estético menor ou maior, esta alterações, na grande maioria das vezes não acarretam transtornos de saúde ou limitações às atividades diárias, porém pode promover, no caso do pectus escavatum, desde desvio das estruturas intra torácicas, reduzindo a capacidade pulmonar,   podendo ainda, em casos mais raros, associar-se a síndromes sistêmicas como Poland, Marfan, etc.

No entanto, a principal repercussão do pectus, refere-se à limitação social e psíquica imposta ao indivíduo, principalmente na adolescência, quando a deformidade torna-se mais evidente.

O tratamento, quando indicado, é sempre cirúrgico, seja através da implantação de barras metálicas, transitórias, até a cirurgia de remodelação.

 

 

 

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